A American Association for the Advancement of Science, AAAS, tem como missão «desenvolver a ciência e servir a sociedade», tarefa que cumpre, entre muitas outras actividades, publicando a revista Science, a revista de Ciência mais lida no mundo.
No encontro deste ano da AAAS, realizado em Fevereiro na cidade São Francisco, o co-fundador do Google, Larry Page, declarou que «a ciência tem um problema sério de marketing». O bilionário considera que os cientistas são «muito bons cidadãos» mas sublinhou que precisam envolver-se mais em política, meios empresarial e de comunicação se pretendem «melhorar o nosso nível de vida fazendo coisas realmente fantásticas», uma vez que a ciência tem dificuldade em chegar ao cidadão comum. Page propôs uma série de medidas radicais para alterar a situação, como sejam a sugestão de que as Universidades deveriam supervisionar a educação de ciência desde a escola primária e de que a «tenure» (o equivalente a entrar nos quadros da Universidade) e o financiamento da investigação fosse indexado ao impacto dessa investigação nos meios de comunicação social.
Na era em que os meios de comunicação têm uma importância enorme na formação de opinião, a comunicação de ciência acende um debate, especialmente nos Estados Unidos, sobre o chamado «framing» de ciência, termo lançado por Matthew C. Nisbet, professor na Escola de Comunicação da American University em Washington. Um artigo recente de Nisbet publicado na revista «The Scientist», vai buscar a intervenção de Page para concluir que muitos se concentram na ideia de que a ignorância pura e simples está na base dos conflitos acerca de ciência e que basta educar o público para esses conflitos desaparecerem e poucos consideram que a forma, o «framing», tem uma importância enorme.
Embora a sua aplicação à divulgação de ciência seja muito recente, o «framing» já mereceu um Prémio do Banco da Suécia em Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel (normalmente designado Prémio Nobel da Economia).
Daniel Kahneman, que trabalha em ciência cognitiva, foi galardoado em 2002 pelo seu trabalho que pretende explicar o comportamento aparentemente irracional da maioria da população na gestão de risco. Kahneman, com Amos Tversky - que falecera à altura da atribuição do Nobel - desenvolveu o que chamaram a «Prospect Theory». O Nobel foi-lhe atribuído por «ter integrado conhecimentos de investigação psicológica na ciência económica, especialmente no que concerne ao julgamento humano e capacidade de decisão sob incerteza».
Os dois cientistas conduziram experiências que pretendiam examinar a racionalidade económica, isto é, as escolhas e avaliação de riscos dos consumidores. Descobriram que a tomada de decisão depende mais da forma como o problema é apresentado do que do conteúdo propriamente dito. Por outro lado, mostraram que a maioria das pessoas é incapaz de analisar completamente situações complexas em que as consequências de uma decisão são incertas. Um resultado especialmente interessante do trabalho dos dois cientistas ilustra que a maioria das pessoas tem uma ideia totalmente errada sobre probabilidades e acontecimentos aleatórios (como comprova o nosso espaço de debate em praticamente todos os posts sobre evolução e/ou criacionismo).
Assim, concluiram que a maioria das pessoas atribui a mesma probabilidade a um evento independentemente das dimensões da amostra, sem fazerem ideia que a incerteza associada à (variância da) média diminui drasticamente para grandes números. Por exemplo, imaginemos uma caixa com 500 bolas das quais 10 são pretas. Se A é o evento «bola preta» e a referência são todas as bolas, a frequência relativa de bolas pretas é 10/500, 0.02 ou 2%. A probabilidade de um evento A é simplesmente o limite da sua frequência relativa quando o número de observações tende para infinito. Mas as pessoas parecem aderir a uma lei de números pequenos sem considerarem a lei dos grandes números em teoria das probabilidades.
As noções intuitivas (e erradas) de probabilidades da população em geral podem ser exploradas pela forma como algo é apresentado - o «framing» - sendo relativamente fácil manipular os factores não conscientes que também governam a tomada de decisões e que incluem referências sociais, políticas ou religiosas, emoções e percepções. Como referiu Kahneman na aula do Nobel, a «percepção é dependente da referência», isto é, o mesmo facto é percepcionado de forma diferente por pessoas diferentes.
Nas últimas décadas, investigação em comunicação política e sociologia sobre o tema «framing» explica-nos que a opinião pública sobre algo é fortemente dependente das referências culturais/sociais e da forma como os meios de comunicação social apresentam esses temas.
Por exemplo, nesta era de consciencialização ambiental, as referências culturais/sociais em relação à química são negativas a ponto de que o termo «químico» tomou quasi um sentido pejorativo. Todos nós ouvimos alguém asseverar que um determinado produto é excelente porque não contém «químicos», o que é um disparate total, tudo na Terra é constituído por «químicos», do ar que respiramos a nós próprios. Mas no «framing» de um novo produto por publicitários, a referência a «químicos» é algo que evitam como a peste!
A opinião pública sobre química foi formada com base em referências sociais que associam a química a doenças sortidas e a poluição. O «framing» (nos dois sentidos) da química pelos meios de comunicação social ajudou à construção desta imagem, embora esteja certa que o segundo sentido (de tramar), muitas vezes conseguido com publicidade absolutamente imbecil, foi não intencional.
Esta questão muito recente do framing de ciência tem dividido as opiniões na comunidade científica.Num artigo na Science de Abril, os autores referem a oposição dos que preferem deixar os factos falar por si e consideram que a divulgação de ciência deve ser feita de forma «tradicional». Neste ponto convém esclarecer que a oposição aos autores, Matthew C. Nisbet e Chris Mooney da SEED Magazine, tem a ver não com «framing» mas mais com religião, o filtro com que muitos americanos e não só leêm ciência.
Embora discorde em absoluto da maioria dos «frames» de Nisbet e Mooney, nomeadamente em relação à questão da religião e evolução e em especial em relação às alterações climáticas, especialmente à reacção ao Nobel de Al Gore, o meu ecran perceptual é, penso eu, suficientemente transparente para reconhecer que têm razão quando afirmam:
«Na realidade, os cidadãos não assimilam as notícias como os cientistas pensam. Há investigação que mostra que as pessoas raramente estão informadas ou motivadas para pesarem ideias ou argumentos opostos. Face a um dilúvio diário de informação, os cidadãos usam as suas predisposição de valores (como crenças políticas ou religiosas) como ecrans perceptuais, seleccionando fontes de notícias ou sítios da internet cuja perspectiva esteja de acordo com a sua. Este filtro de informação reduz as escolhas sobre ao que prestar atenção e aceitar como válido».
Isto é, concordo com ambos neste ponto, mas tenho dúvidas sobre se o «framing» de ciência, que arrisca «vender» ciência de forma panfletária, será a melhor resposta. Considero que acima de tudo nos devemos preocupar em melhorar os tais filtros de informação investindo na formação de ciência da população em geral. Como me interroguei há pouco mais de um mês, se o conhecimento de ciência for insuficiente, isto é, o filtro for de má qualidade, será que a divulgação de notícias de ciência pode ser contraproducente no sentido em que o público as consumirá à luz de crenças e pseudo ciências sortidas, fortalecendo essas crenças? Fará sentido apostar em divulgação de ciência, com ou sem «frames», sem cimentar simultaneamente o conhecimento científico básico, nomeadamente nos curricula escolares?
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20 comentários:
La Recherche [Contents], N° 412 - OCTOBRE 2007
The dictionnary of second-handed ideas in science
Science fights second-handed ideas.
Big-Bang, an idea growths on tree.
If it comes from nature, it is good for health.
Soft drugs lead to hard drugs.
There is a boundary between quantum and classical worlds.
Pyramid construction.
Invasive species threat ecosystems.
True propositions are demonstrable.
Mushrooms belong to the plants.
Only 10% of our brain are used.
Mankind destroy forests.
Hybrids are always sterile.
America has been discovered by Christophe Colomb.
Universe is full of galaxies.
A black hole eats everything.
There is no exclusive homosexual animals.
Numbers are a construction of the human mind.
A good material is a perfect.
Clones are identical.
Animals do not think.
Rainbow has 7 colors.
There is an ultimate component to the matter.
Incest taboo is peculiar to human beings.
Because of the warming, malaria is coming back to Europe.
Neanderthal man was a lout.
Evolution always leads to progress.
We drown ourselves in quicksands.
GMO are dangerous for health.
Acupuncture is ineffective.
Space is emptyness.
Man is descended from the ape. There is no little earthquake in France.
Male fertility is not limited by age.
10 second-handed ideas about climate.
Alien life necessarily exists.
Earth can not feed 9 billions of human beings.
Quizz : test your knowledges.
O texto é muito interessante e mais ainda porque mostra que, até entre as pessoas de ciência, os conhecimentos sobre probabilidade e estatística são frequentemente insuficientes. Misturar numa mesma frase probabilidade (probabilidade de um evento) com estatística (dimensão da amostra) sem mais esclarecer ou como se fosse tudo a mesma coisa, e apresentar como 'definição de probabilidade' (coisa que, a meu ver, nem existe!) uma interpretação limitada como a frequencista não é grande serviço.
O exemplo pouco esclarece e a autora, nessa questão, 'framed mathematics'.
Muito interessante este texto.
;-)
A divulgação científica faz sempre sentido. É a unica forma de combater "Um Mundo Infestado de Demónios". O melhor filtro é aquele que induzimos nas pessoas, e isso faz-se com divulgação, e claro com melhor ensino.
:-)
Cara Palmira,
É verdade que a química produziu pesticidas tóxicos, não é? Que andam para aí em bolandas para serem queimados em algum país cuja população seja suficientemente framed para achar que não há mal nenhum nisso, não é? Estas coisas são verdadeiras. Aconteceram de facto, *e estão a acontecer*, por isso deixemo-nos de falsas questões: importa dizer a verdade às pessoas. Não é esse o argumento que move tanta gente neste fórum contra o criacionismo? Pois apliquemo-lo a tudo o mais.
A verdade pode ser seriamente afectada pelas necessidades de marketing e pela falta de financiamento de certas áreas (uma vez que o que conta é o número de alunos, número de artigos, número de citações, independentemente duma série de outros factores que deveriam contar), mas agora virem-me dizer que a ciência do framing é que faz bem à química parece-me um bocado despropositado!
O que faz bem à química é, por exemplo, a química explicar-me por que raio o alho que ando a comer diariamente há cerca de mês e meio fez tão bem agora às articulações do meu pé torcido, ao ponto de eu achar que esta cura foi... desculpem-me a palavra, mas é a que me ocorre: «milagrosa»!
Não, e não acredito mesmo em milagres, mas os antigos, como a Palmira muito bem sabe e já demonstrou inúmeras vezes neste blogue, não eram sempre tão estúpidos como certo framing da ciência actual faz deles.
Abraço
Adelaide Chichorro Ferreira
Li hoje à tarde um pouquinho do livro sobre criacionismo e evolucionismo que aqui foi recomendado há dias. É interessantíssimo e este blogue está de parabéns por nos permitir acompanhar um pouco estas discussões - que, afinal de contas, não são somente científicas. Têm tudo a ver com os frames em que nos arriscamos a tropeçar por aí, enquanto cidadãos.
Um abraço
Adelaide
Caro Paulo Soares:
Parto sempre do princípio que os nossos leitores seguem os links do texto o que nem sempre se verifica. Aquele pequeno parágrafo do site Nobel de facto podia «frame» a estatística de forma que cortei uma parte para não induzir em confusão os leitores que não sigam os links.
Cara Adelaide:
Acho que continua completamente confusa em relação à química.
Em primeiro lugar a química não produz pesticidas, tóxicos ou não tóxicos. A química produz conhecimento que pode ou não ser aproveitado pela indústria. Na maioria das vezes os químicos apenas deslindam mecanismos, se quiser dão as bases teóricas que depois outrem concretiza.
Tal como Page, considero que por isso os químicos, no sentido dos cientistas que trabalham nas muitas áreas da química, se deviam envolver mais na «res publica» para que ideias erradas como as da Adelaide não subsistam.
Exactamente porque urge corrigir os problemas ambientais e outros que algumas aplicações do conhecimento de química provocaram é que são necessários mais químicos.
Em relação ao alho, a química há muito que explicou o que acontece e que tem também a ver com aqueles compostos pestilentos de que falei nas «Bombas de mau cheiro».
Em relação aos produtos naturais, convém não esquecer que as plantas produzem «químicos» :-) e são esses químicos que por vezes apresentam efeitos benéficos como os que descreve. Mas alguns desses químicos «naturais» são francamente tóxicos.
Aliás, a Natureza dá cartas na questão de toxicidade, por exemplo, há alguns caracóis do mar das Filipinas que segregam toxinas cuja toxicidade ainda não fomos capazes de emular em laboratório :)
O que acontece é que a concentração desses químicos depende de inúmeros factores, e mesmo a natureza desses químicos depende, por exemplo, do historial de pragas e doenças da planta.
Há uns tempos fez furor um anti-oxidante muito poderoso descoberto no vinho (e nas uvas), o resveratrol. A concentração de resveratol é muito menor em plantas saudáveis que em plantas que tenham sido atacadas por pragas.
Isto é, as plantas sintetizam determinados químicos como defesa. Alguns podem ser benéficos outros não.
Se soubermos qual é o composto responsável por determinada acção benéfica, pessoalmente prefiro sem sombra de dúvidas um produto de síntese em que sei exactamente o que ingiro que um produto dito «natural» com dosagem e composição variável...
A Palmira afirmou isto:
«Exactamente porque urge corrigir os problemas ambientais e outros que algumas aplicações do conhecimento de química provocaram é que são necessários mais químicos.»
Nisto eu estou de acordo, e aliás disse-o, há umas quantas mensagens atrás! Só que essa tarefa não cabe apenas aos químicos. Quanto ao uso da linguagem «sem químicos», concordo que é problemático para quem trabalha nessa área, da mesma forma que quem trabalha na minha área (a Germanística) é frequentemente recebido por colegas com a saudação nazi, um absurdo e um insulto absolutamente ignorante e irresponsável, que todavia decorre da incompreensão que existe por uma língua e cultura diferente. A mesma que eu assumo ter relativamente à química, à Física, à matemática, etc.
São coisas que acontecem, em resultado da simplificação excessiva do discurso e de alguma contaminação pelo falar dos outros a que inevitavelmente estamos sujeitos, como seres falantes e ouvintes dos outros, e não como ilhas...
Já agora, sobre a história do framing, no contexto americano, havia ainda o Lakoff...
http://www.berkeley.edu/news/media/releases/2004/08/25_lakoff.shtml
Um abraço
Adelaide Chichorro Ferreira
Existe uma corrente de pensamento designada por Abordagem Integral (Integral Approach) que tenta exactamente colocar os diversos tipos de conhecimento humano (objectivo e subjectivo) num contexto maior de desenvolvimento. A utilização dos 4 quadrantes é especialmente indicada para o assunto em questão: interior individual (crescimento pessoal e subjectivo), exterior individual (conhecimento objectivo, como as ciências exactas), interior colectivo (questões de moral e de valores de uma sociedade) e exterior colectivo (teoria de sistemas e ciências sociais).
Alguns links:
Textos por Ken Wilber e Integral Institute.
Concordo com a Palmira, antes de qualquer tentativa de "vender" a ciência, o ideal seria explicá-la correctamente, aumentar a cultura científica da população. Sem esse passo, o resultado seria voltarmos aos anos 50 em que tudo o que era "químico" era bom, quase como se vivessemos numa era de ouro da alquimia. Um pouco como agora com a nanotecnologia, em que qualquer coisa que seja vendida como "nano-" está destinada a receber maior sucesso. Isto vai ao ponto de vermos os próprios cientistas a integrarem estes termos nas suas propostas de financiamento prque os políticos nada percebem daquilo que lêem e atribuem os financiamentos em virtude de um projecto ser mais ou menos "sexy". ou, como dizem os meus colegas, basta promover um projecto como "gree bio-nano" e a coisa está vendida.
Palmira,
Nas minhas reuniões da Tupperware tenho debatido incansavelmente as grandes questões tipicamente filosóficas.
- como subir para baixo sem fazer ruído;
- entrar para fora sem pagar juros;
- reequacionar pela primeira vez;
- as três receitas de bacalhau à caçador;
- etc, etc.
Mas vejo-me agora a braços com outro desafio completamente novo e irresistível:
- a incerteza associada à média diminui drasticamente para grandes números!!
Associamos a ocorrência a um denominador que quanto maior... menor. OK, já percebi.
Só que para além de me fazer engraçadinho, venho também concordar absolutamente com Adelaide.C.Ferreira, às 18:53. Até porque a química não "se faz" apenas nas universidades. Há muita indústria a pôr dinheiro na investigação em química, e aí é que está tudo framed.
Divulgar ciência sempre. com ou sem frames, agora,não tenhamos dúvidas que o conhecimento básico cientifico é fundamental e deve ser adado nas escolas, porque senão qualquer dia temos aí uma rebelião nacional porque os pastorinhos não foram beatificados pelo milagre da senhora que rezou com mais intensidade e ficou curada. eu que sou católico não entro nessa.
pedro oliveira
http://vilaforte.blog.com/
E por falar em ciencia e ligeiramente off topic, gostaria de pedir aos donos desta tasca um post que divulgue as publicações de caracter cientifico que se publicam em portugal , é que tropecei numa scientific american escrita em portugues (já vai no nº 9 pelo menos), coisa que eu não sabia existir.
Era um ganda favor que faziam cáà malta...
obrigado
"To propose and argue that mutations even in tandem with 'natural selection' are the root-causes for 6,000,000 viable, enormously complex species, is to mock logic, deny the weight of evidence, and reject the fundamentals of mathematical probability."
Cohen, I.L. (1984)
Darwin Was Wrong: A Study in Probabilities
New York: New Research Publications, Inc., p. 81
É importante salientar que a existência de vida é extremamente complexa, sendo certo que os naturalistas não têm nenhuma explicação científica para a sua origem a partir de químicos inorgânicos.
Quando os evolucionistas afirmam que a vida surgiu por acaso, os mesmos estão a fazer uma afirmação de fé, totalmente desprovida de fundamentação empírica. Não é certamente uma afirmação científica. A mesma não pode ser comprovada. Não vemos a vida a surgir por acaso por aí.
É importante notar que a vida não-complexa é uma impossibilidade, já que toda a vida necessita de ter a capacidade para se reproduzir.
Mesmo o organismo auto-reprodutivo mais simples que se conhece, o Mycoplasma genitalium (uma bactéria parasita), tem 482 genes com 580 000 ‘letras’ (pares de bases).
Mas mesmo este não é suficiente para sustentar-se a si mesmo independentemente de um organismo mais complexo.
Assim, pode legitimamente concluir-se que uma célula primordial capaz de se sustentar a si mesma teria que ser extremamente complexa.
É por essas e por outras que Francis Crick disse que a probabilidade de a vida surgir por acaso é zero!
Os evolucionistas (com uma lógica saltacionista) acham que isso é argumento suficiente para demonstrar que a mesma só pode ter surgido por acaso!!
Curiosamente, Richard Dawkins concorda inteiramente com os criacionistas quando afirmam a radical improbabilidade da sintonia do Universo e da extrema complexidade da vida.
Ele não discorda deles quanto aos factos observáveis, o que mostra que a ciência é a mesma para evolucionistas e criacionistas.
Para combater os criacionistas, Richard Dawkins não nega estas realidades, nem a aparência esmagadora de design na natureza (embora acredite sem fundamento em propriedades criadoras “mágicas” que a selecção natural manifestamente não tem e fantasie acerca de inobservados multiversos).
Diferentemente, Richard Dawkins afirma, apenas, que Deus teria que ser muito mais complexo do que o Universo e a Vida, e, por isso, muito mais improvável.
Em seu entender, se um Universo sem Deus já é extremamente improvável, um Universo com Deus ainda seria muito mais improvável.
Este argumento enferma de um vício: ele parte do princípio de que as características físicas materiais, energéticas, temporais, espaciais e informativas que tornam o Universo e a vida tão improváveis, também existem em Deus, tornando-o ainda mais improvável.
Sucede, porém, que, como a Bíblia ensina, Deus é Espírito.
Ele não tem múltiplas partes componentes, nem é composto por uma combinação improvável de eventos físicos.
Quando muito, Ele é Trinitário.
A Bíblia ensina que Deus é espírito, omnipotente, infinito, omnipotente, omnisciente, vivo, pessoal, comunicativo, moral, amoroso e justo.
Só um Deus espiritual é que pode criar a matéria.
Só um Deus eterno é que pode criar o tempo.
Só um Deus omnipotente é que pode criar a energia.
Só um Deus omnisciente é que pode criar a informação.
Só um Deus vivo é que pode criar a vida.
Só um Deus pessoal é que pode criar a pessoa.
Só um Deus comunicativo é que pode criar a linguagem.
Só um Deus moral pode criar o amor e a liberdade.
Só um Deus justo pode criar a responsabilidade.
Só um Deus a um tempo, moral, amoroso e justo é que pode levar sobre si as consequências morais dos nossos pecados, através da morte e da ressurreição de Cristo.
Em última análise, Deus transcende largamente a nossa razão.
Das duas uma: ou tentamos arranjar um lugar para Deus na nossa razão, ou tentamos arranjar um lugar em Deus para a nossa razão.
1. Acabo de folhear o Público e... fala-se que a China terá como que abandonado o «desenvolvimento sustentável» em favor do «desenvolvimento científico». Alguém me troca isto por miúdos?
2. Quanto à toxicidade dos produtos naturais, eu não os procuro às cegas! Sigo o conselho de autoridades, claro. E se os procuro não o faço somente por causa da minha saúde, mas (no caso do alho) porque é muito mais barato e está sempre à mão na cozinha. Quanto ao mau hálito (que até afasta os vampiros, reza a superstição...): mascar um pouco de salsa, ou trincar uma folhinha de hortelã criada na varanda é o ideal para acabar com ele (li isto algures, mas já não sei bem onde). Finalmente, dá gosto descascar os produtos da terra (quando há tempo para isso). É uma espécie de ioga também, faz bem a tudo, e a gente precisa de mexer as mãos.
Adelaide Chichorro Ferreira
Elohim: nós, o deus majestático, sabendo o bem e o mal ...
[Gén, 1:26]
26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; ...
[Gén, 3:22]
22 - Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente,
Mas quantos deuses existem no CALHAMAÇO DOS EMBUSTES ?
Saber e ciência são coisas diferentes.
Adelaide Chichorro Ferreira
"A Bíblia ensina que Deus é "espírito", omnipotente [?], infinito [?], omnipotente [2 vezes ?], omnisciente [?], vivo [?], pessoal [?], comunicativo [??????], moral [?], amoroso [?] e justo [?]."
[Mateus, 10:34-38]
34 - Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
35 - porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra.
36 - E, assim, os inimigos do homem serão os seus familiares.
37 - Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
38 - E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim.
Em milhares de anos não conseguiram provar a existência de deus ou de deuses.
É aliás um disparate algo semelhante à retórica das tjotas sobre o fim do mundo ...
Qual a probabilidade de deus do CALHAMAÇO DOS EMBUSTES existir ?
0, como é óbvio !
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