quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Vale a pena ler

Título: O Que é a Arte?
Autor: Nigel Warburton
Tradução: Célia Teixeira
Edição: Bizâncio, 2007, 186 pp.

Com a sua habitual clareza e precisão, Nigel Warburton apresenta neste pequeno livro as teorias filosóficas centrais sobre o problema da definição da arte. Aparentemente, todos sabemos o que é a arte; contudo, mal tentamos articular uma definição ou mesmo uma simples caracterização, enredamo-nos imediatamente em dificuldades. Será a arte fundamentalmente expressão de emoções ou vivências? Ou será sobretudo uma linguagem, uma forma significante? Poderá a arte ser realmente definida, ou será um conceito aberto insusceptível de ser definido?

5 comentários:

Fátima André disse...

Penso que todas as interpelações aqui colocadas são válidas, mas nenhuma delas por si só será suficiente para explicar o que é a arte. Haverá talvez na sua complexidade um misto de aspectos que se complementam. Por isso, não dúvido que a arte também é uma expressão de emoções e de vivências, mas já duvido que seja fundamentalmente isso, e parece-me que não. Porque ela é também uma expressão de comunicação, uma das linguagens mais antigas da humanidade.

Anónimo disse...

Meu Caro Desidério: Sei que anda demasiado atarefado com trabalhos inadiáveis. Mais uma razão, para saudar efusivamente a sua, ainda que breve, reaparição neste blogue e cuja ausência muito se faz sentir.

Como é óbvio, sem estar ao meu alcance uma definição de arte, julgo ter algum interesse deter-me apenas na condição biológica que a suporta.

Segundo Nietzsche (1884-190): "A fim de haver arte, para que existam um fazer e um olhar estético, é indispensável uma condição biológica: a embriaguez; primeiro a embriaguez deve intensificar a excitabilidade de toda a máquina: antes a nenhuma arte se chega".

T.E. disse...

Agradeço a sugestão. Vou ler. Mas antes de o fazer gostaria de deixar aqui a minha visão (simplista, bem entendido) do que é a Arte. É natural que depois de ler o livro, a minha visão seja outra.

Resumindo: a arte será a manifestação sensorial da sedução intelectual...

Anónimo disse...

Se as tentativas de definição da arte causam dificuldades, o problema poderá não estar na arte, mas sim nas tentativas de definição.

B. Cil

Arte e Comentários disse...

Olá!! Muito bacana o seu blog! Penso que uma definição deveria mesmo englobar todos os aspectos que foram citados. Na verdade, parece que diferentes conjunturas, ao longo da História, favorecem uma maior aproximação ou afastamento de cada um desses fatores, em tempos distintos. Ex: certas conjunturas são mais abertas a se pensar a arte como forma de expressão das emoções; outras, em outras épocas, passam a fazer oposição a isso, vendo a arte como exercício da técnica, ou como uma leitura crítica da realidade, sem comrpomisso com as emoções... Mas eu acho que o grande lance será realmente não se pretender excluir nenhum dos fatores.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...