sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Efeito dos Raios Gama nas Margaridas


Informação recebida do Teatrão:

O Teatrão em Lisboa - O EFEITO DOS RAIOS GAMA NAS MARGARIDAS DO CAMPO, n' A Comuna, nos dias 19, 20 e 21 de Outubro

A 33ª produção d' O Teatrão, O Efeito dos Raios Gama nas Margaridas do Campo, de Paul Zindel, com encenação de João Mota, director artístico d' A Comuna - Teatro de Pesquisa, estreada a 7 de Fevereiro de 2007 em colaboração com a IX Semana Cultural da Universidade de Coimbra, apresenta-se, agora, na Sala Nova d' A Comuna, em Lisboa, no dias 19, 20 e 21 de Outubro. Esta é a 2ª saída em digressão do espectáculo, depois de uma passagem bem-sucedida em Évora, no Teatro Garcia de Resende, no passado mês de Abril. O texto de Paul Zindel foi premiado no ano de 1971 com o Pulitzer Prize for Drama.

É, para O TEATRÃO, uma proposta de discussão sobre as relações familiares entre uma mãe e duas filhas adolescentes, de sonhos perdidos, da dificuldade em viver a realidade nua e crua. O autor utiliza a experiência da exposição das margaridas aos raios gama como metáfora da própria vida desta família. Uma discussão sobre o indivíduo como produto do seu meio, produto dos seus próprios raios gama, onde uns têm capacidade de sobreviver e outros são destruídos. No fundo, uma discussão sobre o estado de “meia-vida” onde todos nos movemos, gastando a energia q.b. para sobreviver e encontrando no dinheiro o nosso meio e objectivo de vida. Só sonhamos o impossível, nunca concretizamos.

Sinopse:

Beatriz Cunha é uma mulher amarga, de língua afiada, que recebe em casa uma velha inválida como inquilina, tirando daí o sustento da sua família. Uma das filhas, Rute, é bonita, com frequentes ataques epilépticos. Matilde, a filha mais nova, não tem beleza aparente e é quase patologicamente tímida, possuindo, no entanto, um talento intuitivo para as ciências. Motivada pelo o seu professor de Física, Tillie realiza uma experiência com os efeitos de raios gama em margaridas do campo. Com esta experiência Tiliie ganha o prémio no concurso de ciências na sua escola – e provoca também o clímax arrasador da peça: orgulhosa e invejosa e, simultaneamente, demasiado afectada com as suas próprias mágoas para aceitar o sucesso da sua filha, Beatriz só mutila quando precisaria amar, critica quando quer louvar. Torturada, ela é vítima quer da sua própria natureza quer da cruel realidade que é a sua vida. Mesmo assim, a experiência de Tillie discute a possibilidade de que uma vida cheia de esperança pode surgir dum solo infértil e contaminado. Esta é a questão intemporal da peça, a raiz do seu poder emocionante e da sua verdade.

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Espectáculo para maiores de 12 anos / Duração _ 1h30 min.
19, 20 e 21 de Outubro na Sala Nova d' A Comuna - Praça de Espanha
Sexta-Feira e Sábado às 21h30 _ Domingo às 16h00
Reservas: 21 722 17 70

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