E mais do que isso: Nuno Crato, Leonor Parreira e Miguel Seabra têm que sair a terreiro e mostrar que estão do lado da ciência e dos investigadores e não do lado das políticas cegas do Ministério das Finanças.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
BOM DIA, A SUA BOLSA FOI CORTADA!!!
E mais do que isso: Nuno Crato, Leonor Parreira e Miguel Seabra têm que sair a terreiro e mostrar que estão do lado da ciência e dos investigadores e não do lado das políticas cegas do Ministério das Finanças.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
A POLÍTICA DE CIÊNCIA É BOA, OS CIENTISTAS É QUE NÃO PRESTAM
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
CARTA ABERTA AO SR. MINISTRO
CARTA ABERTA SOBRE A CIÊNCIA DO CONSELHO DOS LABORATÓRIOS ASSOCIADOS
Os resultados do concurso nacional de bolsas de doutoramento e pós doutoramento lançado em 2013 pela FCT foram agora tornados públicos.
Por decisão da FCT e do governo, foram atribuídas apenas metade das bolsas de doutoramento habitualmente concedidas, e menos de um terço das bolsas de pós-doutoramento. Depois de há poucas semanas de terem sido excluídos mais de 1000 investigadores doutorados enviando-os para o desemprego ou para o exílio forçado, esta nova decisão apenas parece confirmar a vontade de reduzir a comunidade científica portuguesa.
Tais medidas não resultam de cortes no orçamento da FCT, que se mantém quase idêntico ao do ano anterior. A questão não está pois na falta de recursos financeiros mas sim numa absoluta falta de conhecimento das regras elementares do desenvolvimento científico.
Reduzir drasticamente, como se pretende, a formação avançada de recursos humanos em ciência, e mandar embora grande número de cientistas qualificados, tem como consequência imediata reduzir a capacidade científica do País e a sua cultura científica e conduz ainda, inevitavelmente, à quebra de capacidade tecnológica do tecido empresarial português, atrasando a sua renovação e penalizando a sua competitividade.
Dois argumentos foram finalmente apresentados em defesa destas medidas, tomadas à revelia das instituições científicas e académicas.
O primeiro argumento, ditatorial, afirma sem vergonha que, tendo o sistema científico crescido muito haveria que “podá-lo”, isto é, mandar para o desemprego e para o exílio, a maioria dos mais jovens e mais capazes, há poucos anos recrutados por concurso público internacional.
O segundo argumento, contudo, tenta convencer-nos que nada mudou. O desemprego e emigração forçada de cientistas agora impostos pela FCT seria apenas, como ouvimos estupefactos, “uma mudança de paradigma”. O que eram dantes bolsas e contratos pagos pela FCT seriam doravante bolsas e contratos pagos por projectos científicos dos laboratórios, a financiar pela FCT. A ser verdadeira essa intenção teriam sido, primeiro, financiados projectos com fundos suficientes para contratar investigadores e, seguidamente, se alteraria o financiamento de bolsas e contratos. Mas nada disso aconteceu. Aconteceu, sim, termos hoje grupos científicos decapitados e muitos mais investigadores à procura de emprego no estrangeiro.
O CLA não quer acreditar que estas medidas tenham sido aprovadas pelo primeiro-ministro, ou pelo governo no seu conjunto, nem que tenham a concordância do parlamento ou o apoio do Presidente da República.
Acreditamos sim que todos os quadrantes políticos, sem excepção, designadamente os partidos hoje responsáveis pelo governo, estão unidos na aposta no desenvolvimento científico do País.
Por isso apelamos hoje de forma veemente a todos os responsáveis para a urgentíssima e indispensável inversão das medidas tomadas.
Comissão Executiva do Conselho dos Laboratórios Associados (CLA)
21 de Janeiro de 2014
NOTAS
1.
Para além do facto de, no caso das 298 bolsas de doutoramento agora atribuídas, se destinarem a programas de doutoramento (nacionais e internacionais) que se iniciaram em Setembro/Outubro de 2013 e que se arriscam a ficar sem alunos, o que de mais grave decorre da análise rigorosa dos números é o brutal desinvestimento na formação avançada de recursos humanos (doutoramento e pós-doutoramento), sector em que o país é ainda fortemente deficitário. Se às 298 bolsas de doutoramento atribuídas no concurso nacional (3433 candidatos) adicionarmos as 431 bolsas de doutoramento dos novos Programas de Doutoramento FCT, resulta o número de 729 a comparar por exemplo com 872 em 2002, 2031 em 2007, 1640 em 2010 ou 1378 em 2011. Quanto às bolsas de pós-doutoramento que no presente concurso se ficaram pelas cerca de 210 (2100 candidatos), só em 1999 tiveram valor igual, pois de então para cá foram sempre atribuídas em número superior, mesmo muito superior como em 2006 (737), 2007 (914), 2008 (634), 2009 (690), 2010 (718), 2011 (mais de 670).
Também os 1200 contratos de investigadores recrutados por concurso público internacional há 5 anos, já terminados ou em vias de terminar, foram até agora substituídos por apenas cerca de 400 contratos novos.
2. O Conselho dos Laboratórios Associados reúne 26 laboratórios de investigação científica classificados como excelentes em avaliações internacionais e aos quais foi atribuído o estatuto de laboratório associado pela sua função de referência no sistema científico nacional. Os Laboratórios Associados reúnem cerca de 4300 doutorados.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
RESUMO DA AUDIÊNCIA COM O PRESIDENTE DA FCT A PROPOSITO DO FIM DA ÁREA DE PROMOÇÃO DE CIÊNCIA
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
CONCORRER EM 2013 A UMA BOLSA É UM TIRO NO ESCURO
Os resultados só serão anunciados daqui a 90 dias. Até lá, Cristina Matos, Francisco Leitão, Ana Filipa Ferreira, e Carolina Bento, que concorreram a estas bolsas, vão ter de esperar para saber como vão ser os próximos quatro anos.
Anualmente, alguns milhares de candidatos com vontade de se especializarem — parte deles com a esperança numa carreira científica —, atravessam esta espera. Mas as hipóteses de se ganhar uma bolsa individual de doutoramento da FCT em 2013 parecem mais reduzidas.
"A FCT não anuncia quantas bolsas estão a concurso, tendo apenas ameaçado com mais cortes", diz ao PÚBLICO Francisco Leitão, 28 anos, candidato que quer fazer um doutoramento na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, centrado na forma como a Europa olhava para a Península Ibérica no século XV, com base em relatos de viajantes. "Pretendo recriar as impressões, preconceitos ou choques sentidos por um europeu do século XV", explica. Mas o que espera do concurso? "Independentemente da qualidade do projecto ou do curriculum vitae [do candidato], qualquer prognóstico é um tiro no escuro." Há alguns dados que podem ajudar a decifrar a escala da redução das bolsas, temida pelos candidatos com quem falámos. No concurso de 2012 foram atribuídas 1198 bolsas individuais de doutoramento e 677 de pós-doutoramento, cujo prazo de candidatura este ano também termina hoje. Em 2007, no pico do financiamento da FCT, a relação foi de 2031 bolsas para 914. Desde aí, o número tem vindo a descer.
No final de Junho, a presidência da de bolsas individuais que serão concedidas, pois o orçamento para 2014 encontra-se em discussão", referiu ao PÚBLICO o gabinete de imprensa da FCT na sexta-feira, três dias depois do seu presidente, Miguel Seabra, dizer na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, na Assembleia da República, que a verba atribuída à fundação no Orçamento do Estado 2014 deverá aumentar, mas este aumento será para as despesas com novas competências da FCT.
Última oportunidade
O que se sabe é que as candidaturas tanto a bolsas individuais de doutoramento como às de pós-doutoramento têm subido. Em 2011, foram 5285 candidaturas, 3775 para doutoramentos. No ano seguinte o total passou para as 6490.
Para 2013, a FCT explica que só vai poder aferir esse número a partir de amanhã, quando o concurso ficar fechado e for possível "contabilizar as candidaturas lacradas". Mas a ABIC diz ter recebido um "fluxo semelhante aos outros anos de pedidos de reclamações e dúvidas para as candidaturas", conta-nos André Janeco, presidente desta associação.
Para Cristina Matos, 30 anos, esta é a terceira e "última oportunidade" para conseguir a bolsa de doutoramento. Pelo menos em Portugal. Cristina está a trabalhar no grupo de Química Organometálica e Bioorganometálica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). A jovem investigadora tem um percurso diferente dos outros candidatos com quem o PÚBLICO falou, já que começou por tirar a licenciatura em Física e Química na área do ensino na Universidade dos Açores, deu aulas e só mais tarde, em 2008, é que tirou o mestrado em Química Inorgânica e Biomédica. "Quando fui para a licenciatura sempre quis ir para a área de investigação", diz. A primeira vez que se candidatou para uma bolsa de doutoramento já tinha a tese de mestrado feita mas não tinha artigos publicados, o que desvalorizou o seu currículo. Em 2011 começou a trabalhar neste grupo da FCUL e no ano passado candidatouse de novo à bolsa sem conseguir.
Agora, voltou à carga. "Vou bem preparada. Mas nunca assumo que vou conseguir a bolsa porque nunca se sabe", confessa. No seu projecto de doutoramento vai investigar moléculas com elementos metálicos. "Estou à espera de desenvolver um composto mais próximo para aplicar na medicina", explica. Além disso, se ganhar a bolsa, quer aproveitar estes quatros anos para estabelecer contactos, fazer colaborações e avaliar quais as futuras oportunidades profissionais que terá.
Mas sente as limitações que a crise está a trazer à actividade científica. "Mesmo em relação a 2011, a sensação que me dá é que a burocracia cresceu. As pessoas que deveriam ter mais tempo para a investigação ficam mais presas a justificações orçamentais e a procurar por outras fontes de financiamento", exemplifica. Isto, já por si, pode limitar a capacidade de apoio que os orientadores dão aos alunos de doutoramento— que apesar de toda a experiência, estão ainda numa fase de aprendizagem da sua carreira —, mas Cristina Matos defende que estes problemas são ainda mais insidiosos nos peqquenos grupos de investigação.
"Os grupos maiores têm pessoas vocacionadas para fazerem propostas. Quando isso não há, torna-se complicado gerir tudo", explica, acrescentando que esses grupos "vão acumulando projectos e os mais pequenos não o conseguem, apesar da qualidade, por falta de dimensão."
A incerteza e a escassez do financiamento para o trabalho científico podem, para Helena Freitas, "acabar por condenar a própria investigação", defende a bióloga e professora da Universidade de Coimbra. "É inegável que a insatisfação da própria comunidade que acolhe os estudantes também começa a ser muito grande, até porque a carga lectiva dos docentes é cada vez maior", refere. Apesar disso, a bióloga considera que continua a valer a pena tirar o doutoramento em Portugal onde os grupos são globalmente competitivos.
A experiência de Maria Mota dá-nos um contexto da evolução portuguesa recente. "Enquanto em 1995, quando sai para Londres para fazer o meu doutoramento não havia grandes opções em Portugal, hoje os jovens têm uma grande gama de escolha com muitos laboratórios a serem referências internacionais", defende a especialista em malária e líder de uma equipa no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Mas avisa que "em tempos de crise, com menos acesso à obtenção de projectos por parte dos investigadores, o número de equipas de investigação nestas condições começa a reduzir".
Mas as duas investigadoras são peremptórias na necessidade dos doutorandos. "Não há ciência sem alunos de doutoramento. São eles a base de um sistema científico de sucesso", diz Maria Mota.
Condições piores
Há outros factores que pioram as condições de um doutoramento. Além da mensalidade das bolsas de 980 euros não ser actualizada há mais de dez anos, há uma série de mudanças que limitam as possibilidades de quem escolhe esta via.
No último ano lectivo, os alunos que ganharam uma bolsa mista e já tinham iniciado este tipo de doutoramento — feito a meias numa universidade portuguesa e noutra estrangeira —, viram as regras mudar. A FCT deixou de pagar as propinas de ambas as universidades, e passou a pagar só as da instituição que confere o grau. No final de Julho de 2013 haviam 2007 bolsas mistas em execução, 126 destas era a instituição estrangeira a conferir o grau.
A FCT cortou ainda o subsídio de execução gráfica da tese, que pode custar algumas centenas de euros e que, segundo André Janeco, também ajudava a pagar os emolumentos do final do doutoramento. Além disso, os 750 euros anuais que os alunos tinham direito para a apresentação de trabalhos em reuniões científicas — uma ajuda fundamental quando estas acontecem noutros países —, passaram a ser concedidos uma única vez nos quatro anos do grau.
Mas qual é a importância destas conferências? "Por um lado, vemos o que os outros países estão a fazer [no nosso tema] e podemos aprender com isso. Por outro, damos a conhecer aquilo que estamos a fazer aqui. É assim que a ciência evolui", responde-nos Ana Filipa Ferreira, 26 anos, que há quatro está a trabalhar no Centro de Oceanografia da FCUL e da Universidade de Évora.
Ana Filipa Ferreira é bióloga de formação e esteve nestes últimos quatro anos com bolsas de projectos científicos e fez ainda alguns trabalhos de monitorização ambiental encomendados por empresas ao centro. Agora candidatou-se a uma bolsa de doutoramento para um projecto que tem como objectivo a regulamentação da pesca nos estuários dos rios portugueses para "maximizar o lucro económico e a conservação das espécies de peixe", resume. "Espero poder contribuir para o país."
Se não conseguir a bolsa, as perspectivas não são muito boas. "O projecto onde estou acaba no final do ano e têm sido poucos os projectos aprovados. Apesar de trabalhar há quatro anos, os bolseiros não têm direito a qualquer subsídio de desemprego. Terei de voltar para casa dos meus pais", antecipa.
Alguns têm mais sorte. Carolina Bento, 25 anos, sente-se uma "felizarda". Se não ganhar a bolsa da FCT, pode contar com os seus pais. "Sei que muita gente não vai ter essa oportunidade."
A jovem tirou a licenciatura em Engenharia Informática no Instituto Superior Técnico. Fez aqui o mestrado onde estudou as ligações virtuais de "pessoas influentes" nas redes sociais. A Internet vai continuar a estar no centro no doutoramento. Desta vez, irá analisar redes sociais com localização geográfica como o Foursquare onde pode estudar "padrões de movimentos diários ou as pessoas que vão de férias".
Francisco Leitão já foi prejudicado pelo atraso do concurso das bolsas deste ano, que só abriu no final de Julho, um problema apontado desde logo pela ABIC. Por isso, vai ter de tomar a decisão de se candidatar ao doutoramento em Cambridge antes de saber se ganhou a bolsa. "Como muitos outros doutorandos, terei de começar a minha investigação já em Outubro com a necessidade de pagar imediatamente propinas", conta, acrescentando que as alternativas para se financiar serão contrair um empréstimo ou, "muito provavelmente" arranjar um trabalho.
O estrangeiro é uma opção tentadora. Cristina Matos refere que se não conseguir a bolsa, poderá virar-se lá para fora. Francisco Leitão aponta as condições da Universidade de Cambridge, que terá "mais medievalistas do que em todo o nosso país", além de bibliotecas com mais material para consultar sobre Portugal do que cá. E depois do doutoramento, vai voltar? "É provável que não. Nesta como noutras áreas, a tendência é para que se fechem portas, se limitem oportunidades e o país se torne mais deprimido."
Público 23.09.2013
sábado, 16 de março de 2013
Um Matemático Com Um a Menos
2- Annuario da Universiade de Coimbra – Anno lectivo de 1875 a 1876. Coimbra 1875
3- Annuario da Universiade de Coimbra - Anno lectivo de 1876 a 1877, pag 60-1. Coimbra 1876
4- Annuario da Universiade de Coimbra - Anno lectivo de 1878 a 1879. Coimbra 1878
5- Annuario da Universiade de Coimbra - Anno lectivo de 1881 a 1882. Coimbra 1881
6- Livro de registo de doutoramentos deprofessores. 1917-1943. Arquivo Digital UP
7-
Baptismos Foz do Douro – Porto 1853-05-12/1859-12-20,
PT/ADPRT/PRQ/PPRT05/001/00158- Piranha Gomes (1989): Roberto Guilherme Woodhouse (1828-1876) - Resposta aos detractores e mofadores da religião e dos seus ministros. Lusitania Sacra, 2ª série, 1, 149-177.
9- Alexandra Nobre (2013): A Biologia, a Matemática e o Croché. Blog De Rerum Natura (http://dererummundi.blogspot.pt/2013/03/a-biologia-matematica-e-o-croche.html)
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
PORTUGAL NA NATURE POR CAUSA DOS CORTES NA CIÊNCIA
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
PORTUGAL, ACADEMIA DE ALCOCHETE DA CIÊNCIA?
terça-feira, 4 de outubro de 2011
DAS SUPERNOVAS ÀS SUPERCONSULTORAS
Patrícia Castro, ex-investigadora do Centro de Astrofísica do Instituto Superior Técnico e atualmente consultora na empresa Cap Gemini, escreveu vários artigos científicos sobre as supernovas distantes. É até co-autora do artigo fundamental de 1998 de Saul Perlmutter e não tem dúvidas sobre a importância da descoberta: "É o reconhecimento merecido de um trabalho de grande valor e impacto na cosmologia".Na altura em que o artigo foi escrito, Patrícia Castro estava em Berkeley, na Califórnia, no grupo de Saul Perlmutter a terminar o seu projeto de licenciatura: "Por sorte cheguei a tempo de participar no artigo, assisti à sua elaboração e ajudei, como outros, na análise das supernovas que o grupo detetou".Posteriormente, Patrícia Castro acabou por se doutorar em Astrofísica na Universidade de Oxford, foi bolseira de pós-doutoramento na Universidade de Edimburgo e no Centro de Astrofísica do Instituto Superior Técnico, de onde saiu em 2010: "Por falta de perspectivas de investigação em Portugal, acabei por sair da investigação com grande pena minha e estou a agora a trabalhar como consultora na Cap Gemini, em Lisboa."
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
VIDA DE CIENTISTA DESCOBERTA NOUTRO PLANETA
Synchrotron experts 'may leave'AUSTRALIA risks losing crucial expertise as one of the most important scientific facilities in the southern hemisphere runs out of money, federal officials have warned.(...)Notícia completa aqui.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Bolseiros: FotoProtesto 2011

terça-feira, 10 de maio de 2011
FotoProtesto 2011

Informação recebida da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC)
A ABIC - Associação dos Bolseiros de Investigação Científica dinamiza durante esta semana uma nova edição do FotoProtesto. Os propósitos da Iniciativa podem ser lidos aqui. As fotos da primeira edição, realizada em 2010, podem ser visualizadas aqui.
A ABIC apela à participação criativa dos Bolseiros de todo o país, apelando ao envio para o seu e-mail geral (geral@abic-online.org) de fotografias que dêem conta da diversidade de situações, problemas e propostas que nos caracteriza. Entre os tópicos que podem figurar como mote para as fotografias poderão estar a reivindicação mais geral do estabelecimento de contratos de trabalho para os Investigadores Bolseiros ou propostas mais específicas, como as que dizem respeito ao acesso a uma cobertura justa em termos de protecção social ou à actualização dos montantes das bolsas. Uma alternativa, designadamente no caso de colectivos de Bolseiros mais pequenos, poderá ser ainda a apresentação, na fotografia, do número de anos que cada Bolseiro/a leva nessa situação. Ficará a cargo dos dinamizadores locais de cada FotoProtesto a definição quanto aos moldes concretos da fotografia a tirar.
Votos de bons protestos!
A Direcção da ABIC
quarta-feira, 4 de maio de 2011
O fim da Nature e da Science?
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Reuniões de bolseiros
Informação recebida da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC)
Durante as próximas duas semanas, a Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) irá realizar nos diversos institutos e cidades do país reuniões de Bolseiros de Investigação.
Estas iniciativas têm ainda como objectivo o recrutamento de sócios para ABIC e a sensibilização dos partidos políticos candidatos às eleições legislativas para os problemas dos bolseiros de investigação.
Reuniões da ABIC a nível nacional já agendadas:
Porto - 5 de Maio na FEUP;
Oeiras - 4 de Maio no ITQB (entre as 13-14.30h)
Coimbra - 5 de Maio no auditório do CES às 18h
ICS e ISCTE - 5 de Maio, 16h, Sala C407 (Edifício II Iscte)
IST - 6 de Maio (sala V1.14, Pavilhão de Civil)
Passa a palavra. Participa nas sessões de esclarecimento e divulga o FotoProtesto 2011.
Votos de bom trabalho,
A Direcção da ABIC
--
Direcção da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC)
Para receber informações regulares da ABIC
Para se tornar associado
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
VIDEO: Cientistas de Pé no Jardim Botânico Tropical
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Bolseiros forçados a dar aulas de graça
Universidades usam bolseiros para dar aulas sem remuneração
(...) Na opinião dos bolseiros, esta prática não só é prejudicial para os bolseiros, mas também para os professores, "na medida em que constitui uma ameaça à carreira e prejudica a qualidade do ensino", visto que os bolseiros "não são docentes experientes".
A ABIC já pediu uma audiência ao presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), no sentido de haver uma chamada de atenção às universidades.
A associação de bolseiros está consciente de que a FCT pouco mais poderá fazer além disso, devido à autonomia universitária, que permite às instituições de ensino superior aprovar esta medida nos seus regulamentos.
A ABIC está também a contactar os sindicatos e já alertou os membros da Assembleia da República, acrescentou André Levy.
"A nossa oposição não é contra o uso de bolseiros para dar aulas, é contra o não serem remunerados, mostrando a fragilidade da sua condição, utilizando-os para tapar buracos", acrescentou (...)
Texto completo aqui.
O grupo parlamentar do PCP (goste-se ou não, quem tem levantado a voz na Assembleia da República em favor dos bolseiros de investigação tem sido o PCP, o BE e mais timidamente o CDS-PP) formulou há dois dias uma pergunta ao governo sobre este assunto, de que transcrevo o essencial:
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Noite Europeia dos Investigadores 2010
PORTO
Praça dos Leões, 15h-00h
Programa
COIMBRA
Museu da Ciência, 15h-00h
Programa
LISBOA
Jardim Botânico Tropical, 17h-00h
Programa
OLHÃO
Ria Shopping, 10h-23h
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Beautiful mind

O seu contributo para a teoria dos jogos foi muito importante. O que é a teoria dos jogos?
A expressão teoria dos jogos é uma descrição popular. A mesma área científica poderia ter tido outro nome. A teoria dos jogos foi desenvolvida com a publicação de um livro [em 1947], por John von Neumann e Oskar Morgenstern, intitulado em inglês Theory of Games and Economic Behavior (Teoria dos jogos e Comportamento Económico), que se tornou muito influente. Mas Von Neumann já tinha publicado na Alemanha em 1928 - o ano em que eu nasci - um artigo intitulado Zur Theorie der Gesellschaftsspiele, que significa "jogos sociais". E antes disso, tinha sido publicado em França um artigo com théorie du jeu no título. Von Neumann também publicou uma nota [em 1928] na Comptes Rendus de l"Académie des Sciences onde falava de théorie des jeux. Foi assim que o nome ficou.
É algo que permite a modelização matemática de comportamentos sociais e económicos?
Sim, mas com a ênfase nas escolhas alternativas e na ideia de estratégia - uma palavra de origem grega que significa a escolha de uma política. Há estratégia no xadrez e noutros jogos. Pode haver uma estratégia no futebol. Só que, aí, as estratégias têm como objectivo fazer com que o outro perca. É o que chamamos um jogo de "soma zero". Todos os jogos de entretenimento e desportivos são desse tipo. Também podem ser de "soma constante", com um certo benefício para ambos os lados, como a final de um Mundial de futebol - mas onde o vencedor beneficia mais do que o outro. E também há jogos onde todos perdem... Sim, são os jogos de soma negativa. Por exemplo, podemos imaginar uma situação em que uma prisão obriga prisioneiros a entrar num duelo onde apenas um irá sobreviver.
(...)
O seu contributo para a teoria dos jogos é hoje conhecido como "equilíbrio de Nash" e mudou a maneira de fazer teoria dos jogos aplicada à economia. O que é o equilíbrio de Nash?
O equilíbrio de Nash define-se em termos de estratégias, do conceito de estratégia do jogador. Temos dois, três ou mais jogadores. Cada jogador tem um número finito de acções ou estratégias "puras" pelas quais pode optar, fazendo isto ou aquilo. Mas também existem estratégias mistas, que são planos baseados numa mistura de estratégias puras, em que uma certa probabilidade de ser escolhida é atribuída a cada estratégia pura. Assim, se um jogador tiver três escolhas possíveis, três acções puras entre as quais optar, poderá optar por uma delas com uma probabilidade de 20 por cento, pela segunda com 50 por cento e pela terceira com 30 por cento, o que dá 100 por cento. E o conjunto das estratégias mistas dos jogadores apresenta um equilíbrio quando nenhum dos jogadores pode mudar de estratégia e aumentar os seus benefícios. O benefício tem de ser calculável a partir da estratégia mista em questão. Calcula-se o benefício previsto para todos os jogadores e cada jogador olha para a sua fatia.Quando duas empresas competem pelo mesmo mercado, usam a sua teoria para ver se compensa produzir mais ou menos, ou subir ou descer os preços?
Essa é considerada uma óptima área de aplicação da teoria. Existe uma abordagem clássica que é equivalente a uma análise de teoria dos jogos em certos casos especiais. É o chamado equilíbrio de Cournot. É um conceito certamente mais antigo do que o equilíbrio de Nash, mas é um caso particular. Augustin Cournot, economista francês do século XIX, considerou o caso em que duas empresas produziriam algo para o mesmo mercado - dois grandes produtores de leite, por exemplo. Se uma dada quantidade de leite é produzida, pode ser vendida por um certo preço; se produzirem mais, não vão conseguir vender o leite por um preço tão bom. Por outro lado, se produzirem menos, o preço sobe, mas também há um limite. E se produzirem muito pouco, pode ser preciso importar leite. Pode então existir um equilíbrio de Cournot em que cada um deles produz uma certa quantidade do produto - e em que nenhum deles pode produzir mais ou menos e obter uma vantagem. Mas, aqui, trata-se de um jogo não-cooperativo com dois jogadores onde o equilíbrio reside numa estratégia pura. No caso do equilíbrio de Nash, as estratégias são mais complexas... Podem ser mistas. Por exemplo, se os produtores produzirem produtos diferentes [para o mesmo mercado], podem ter uma estratégia secreta - podem decidir que, durante um ano, só vão produzir uma certa quantidade desse produto. Podia ser a Apple a decidir produzir uma certa quantidade de iPods ou de Macintosh. O outro lado pode não conhecer o plano, mas precisa de ter um plano em que preveja o que pode acontecer - e pode tomar uma decisão ao acaso, de última hora, para surpreender os rivais.E em casos deste tipo, você provou que também existe uma situação de equilíbrio, que é calculável?
Há um equilíbrio desde que se consiga determinar a função [a fórmula matemática] que determina os benefícios. Em princípio, é possível calculá-lo.Existe software que as empresas usam para fazer este tipo de previsão?
Nem por isso. Existe há já uns tempos algum software de teoria de jogos, mas é mais útil do ponto de vista teórico. Há coisas que apenas são usadas ao nível do ensino académico.Ou seja, a sua teoria é mais uma ferramenta para os especialistas do que uma ferramenta prática, concreta, para o mundo empresarial?
Qualquer teoria, seja ou não económica, é em grande parte utilizada apenas ao nível académico. O que os responsáveis empresariais fazem na prática costuma ser algo diferente daquilo que aprenderam quando estudaram teoria económica. Quando uma pessoa se torna efectivamente um banqueiro, tem de tomar decisões práticas - e isso não é algo que se possa fazer utilizando apenas o que se ouviu e aprendeu nas aulas.Por que é que a sua teoria foi considerada pouco ortodoxa na altura em que a desenvolveu em Princeton?
Não consigo responder muito bem a essa pergunta. Depende da maneira de olhar para as coisas. É verdade que eu fui mais longe do que Von Neumann e Morgenstern. Mas não foi tanto o equilíbrio de Nash [nos jogos não-cooperativos] que foi considerado pouco ortodoxo, foi a minha teoria da cooperação aplicada aos jogos com duas pessoas, que é bastante diferente da ideia que eles tinham dos jogos cooperativos.Mais próxima da realidade?
A área dos jogos cooperativos é muito complexa. Eu não fui para além de dois jogadores (duas partes). Mas a área dos jogos com mais de duas partes constitui um desafio muito interessante. Aliás, é a minha área de investigação actual. As minhas ambições são algo limitadas, porque posso não viver para sempre [ri-se] e este tipo de teoria pode levar muito tempo a desenvolver.O génio científico anda de mãos dadas com uma certa peculiaridade de pensamento?
Esse é um terreno perigoso. Newton, por exemplo, desconfiava muito dos outros e, a dada altura, parecia psicótico em relação a alguns temas. Nunca foi casado, teve uma vida invulgar e fez experiências de alquimia. Também tinha escritos sobre a religião e as ideias religiosas que eram em parte convencionais para a época, mas também bastante impróprias. Mas quem pode dizer exactamente o que são a doença e a saúde mental?
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Protesto fotográficos dos bolseiros de investigação científica IV
EM QUE ACREDITA O SENHOR MINISTRO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E INOVAÇÃO E A SUA EQUIPA?
No passado Ano Darwin, numa conferência que fez no Museu da Ciência, em Coimbra, o Professor Alexandre Quintanilha, começou por declarar o s...
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