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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Debate: Europa de Pós-Crescimento

"Geopolítica de uma Europa Pós-Crescimento" é o tema do debate que irá ter lugar amanhã, sábado, dia 14 de dezembro, às 14h30, no auditório da Casa Fernando Pessoa. 

No debate participarão Richard Wouters, Ana Gomes, Inês Cosme e Rui Tavares, que irão trocar ideias sobre os conceitos de pós-crescimento, decrescimento ou crescimento verde. Num contexto histórico marcante de depleção de recursos naturais, de alterações climáticas, de asscenção de autoritarismos e de guerra às portas da Europa, importa debater os vários rumos para o futuro da Europa.

Data: Sábado, 14 de dezembro, 2024, às 14h30
Local: Auditório da Casa Fernando Pessoa, R. Coelho da Rocha 18, Lisboa

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

"Não escolham a extinção"

A United Nations Development Programme (UNDP) criou um vídeo para alertar para o investimento feito em indústrias poluentes em detrimento do investimento que poderia estar a ser feito para melhorar o ambiente e as condições sociais. Nesse vídeo, um dinossauro dirige-se à Assembleia das Nações Unidas para explicar o absurdo do investimento da Humanidade em negócios que destroem o ambiente, alertando para que os dirigentes políticos "não escolham a extinção".

Para saberem mais, consultem a campanha Don't choose extinction.






 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Ainda sobre os incêndios

Recentemente foi publicado na revista Algarve Vivo, o meu texto Incêndios: entre a tragédia e a oportunidade, em que defendo que uma das soluções possíveis passa por actuar simultaneamente em três níveis: individual, político e colectivo. No mesmo texto dou exemplos do que se pode fazer e do que já está a ser feito.

Créditos: Pixabay

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A PLUVISILVA (AMAZÓNIA) E SOBREVIVÊNCIA HUMANA


Na próxima 4ª feira, dia 30 de Outubro de 2019, pelas 18h00, vai ocorrer no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra a palestra A PLUVISILVA (AMAZÓNIA) E SOBREVIVÊNCIA HUMANA”, por Jorge Paiva, um dos principais botânicos e divulgadores de ciência portugueses, investigador do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.
Esta palestra integra-se no já popular ciclo "Ciênciaàs Seis – 4ª temporada", coordenado por António Piedade, Bioquímico, escritor e Divulgador de Ciência.

Sinopse da palestra:
O Planeta Terrestre tem cerca de 4.600 milhões de anos (Ma). A vida surge no meio aquático, quase 2.000 Ma depois da formação do Globo Terrestre. Durante cerca de outros 2.000 Ma foram-se diferenciando muitas formas de vida no meio aquático, até que os seres vivos evoluíssem e conseguissem adaptações para começarem a ocupar o meio terrestre desabitado (570-500 Ma). A biodiversidade foi sempre aumentando, quer no meio aquático, quer no terrestre, apesar de épocas de diminuições massivas de biodiversidade, até atingir o máximo do seu valor durante a era Cenonozóica, no Terciário, período em que surgem os Hominóides. 7-6 Ma houve não só alterações climáticas, como também relevantes movimentos tectónicos, tendo-se originado o Vale do Rift, com altas montanhas e vastas planícies, no que resultou uma grande diversidade de habitats e, portanto, elevada biodiversidade e um grupo de Símios, os Cercopitecídeos. Aparecem, então, os principais grupos de animais herbívoros das savanas africanas e terão surgido, há cerca de 6 Ma, nessa região africana, os primeiros representantes dos Hominídeos. Isto é, os Hominídeos surgem numa época de elevada biodiversidade (Terciário), numa área de grandes superfícies lacustres (Lagos do vale do Rift), portanto muita água doce, e junto das florestas tropicais, ecossistemas de elevadíssima biodiversidade. É assim que, nessa mesma área do vale do Rift (Omo, Olduvai e Lago Turkana), aparecem fósseis do Homo habilis (± 2 Ma). Onde se situa a garganta do Olduvai, existia um grande lago, no qual desaguavam vários rios ladeados de florestas ripícolas de galeria (nas margens dos rios), que forneciam frutos e outros produtos, e grandes quantidades de mamíferos, que serviram de alimento a esses nossos antepassados.

Portanto, a nossa espécie só sobrevive desde que haja água, elevada biodiversidade e florestas, onde se encontram os maiores produtores de biomassa, as enormes árvores tropicais.

Há cerca de 1,8-1,5 Ma surge o Homo erectus, nómada e caçador. Com as alterações climáticas de há 1,5 Ma, aumenta a área de savanas e sobrevive este caçador nómada, que migra para o Sul e para o Norte, penetrando no continente asiático. Há cerca de 1 Ma, segundo alguns autores, o H. erectus evolui, aparecendo o H. neandertalensis (± 120 mil anos) e o H. sapiens (± 100 mil anos), que chegaram a conviver.

O certo é que ao longo da dispersão pelo Globo Terrestre fomos sempre derrubando florestas para combustível (lenha), construção de habitações e embarcações, produção de mobiliário e utensílios, bem como para outros fins.

Um exemplo de devastação florestais com resultados drásticos para a vida humana, foi o que aconteceu na Ilha de Páscoa. Esta ilha, Rapa Nui na língua nativa, situada no Oceano Pacífico (Polinésia Oriental) e que hoje pertence ao Chile (3700 km da costa oeste deste país) esteve coberta por uma floresta subtropical antes da chegada de polinésios, há cerca de 1600-1700 anos (300-400 depois de Cristo). Esta floresta foi completamente devastada pelos rapanuios, o que, praticamente, provocou a extinção deste povo.

Apesar de se ter este conhecimento, as florestas continuam a ser derrubadas a um ritmo verdadeiramente alucinante e drástico. Actualmente, com potentes máquinas e sofisticadas técnicas, por cada 11 segundos é derrubada uma área de floresta tropical correspondente à superfície do relvado de um campo de futebol, ou seja o equivalente à área de Inglaterra por ano. Assim, resta no Globo Terrestre pouco mais de 20% da cobertura florestal que existia depois da última glaciação (Würm), isto é, após o início do período actual, o Holoceno (Antropogénico). Números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) revelam que, na década de 2000 a 2010, 13 milhões de hectares/ano dessas florestas tropicais foram derrubados. Por exemplo, no Brasil, que está entre os cinco países com maior área de floresta, a perda chegou a 2,6 milhões de hectares anuais. Da “Mata Atlântica” brasileira, outro ecossistema florestal subtropical, resta menos de 6% do que existia quando os portugueses descobriram o Brasil.

Sabemos que as florestas, particularmente as equatoriais (pluvisilva), devido à elevada biomassa vegetal que elaboram, são ecossistemas de elevadíssima biodiversidade. Sabemos, ainda, que é nestas florestas, que estão os maiores produtores de biomassa (árvores com mais de 5.000 toneladas), um enorme volume de sequestradores de carbono (plantas), pela quantidade de dióxido de carbono (CO2) que utilizam e imensas (plantas) fábricas naturais de oxigénio (O2).

Para a criação massiva de gado bovino são necessárias amplas áreas de pastagens, o que levou ao derrube de enormes superfícies de florestas, particularmente das tropicais. Além de ter sido mais um contributo para o aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera devido à devastação da floresta tropical, o elevadíssimo número de reses, constitui, actualmente, um dos maiores factores de poluição atmosférica, pois cada um destes ruminantes liberta, diariamente, para a atmosfera cerca de 50 litros de metano.

Devastação florestal, particularmente da pluvisilva, e imensas manadas com inumeráveis cabeças de gado bovino, são, actualmente, dos factores mais relevantes que contribuem para as alterações climáticas e, consequentemente, para o Aquecimento Global.

Além de tudo isso, para se conseguirem rapidamente vastas áreas desarborizadas para campos agrícolas e agropecuária, anualmente incendeiam-se áreas florestadas de maneira incontrolada e devastadora, aumentando ainda mais o volume de gás carbónico (CO2) na atmosfera.

Apesar de se saber isso, a grande maioria da população mundial não tem a mínima noção do que está a acontecer ao planeta em que vivemos e que não é mais do que uma pequeníssima “ilha” do Universo, que temos vindo a desflorestar, assim como também é uma enorme “gaiola”, que temos vindo a poluir há milénios (depois da designada “Revolução Industrial” emitimos para a atmosfera terrestre 72.000 produtos químicos que ali não existiam) e a provocar-lhe uma elevação de temperatura tal que se tornará inabitável para a espécie humana.

ENTRADA LIVRE
Público-Alvo: Público em geral
Link para o evento no facebook

terça-feira, 5 de abril de 2016

CONTRIBUTOS PARA A LUTA CONTRA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

As alterações climáticas são uma realidade inegável: a temperatura média da Terra está a aumentar, os glaciares e a neve estão a derreter e o nível médio das águas do mar está a subir. A emissão de gases com efeito de estufa, como o CO2, é a causa do problema que importa travar ou solucionar. A captura do CO2 da atmosfera é uma das respostas possíveis a esta questão.

 Infografia sobre alterações climáticas pelos alunos da Escola Panamericana de Artes. Documento completo aqui

Liliana Tomé, do Laboratório de Tecnologias de Separação e Extracção ITQB NOVA, vai dar uma palestra sobre técnicas de captura de CO2 usando líquidos iónicos que constam no mais recente artigo científico do seu grupo de investigação na Chemical Society Review deste mês.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

AQUILO QUE COMEMOS INFLUENCIA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Artigo primeiramente publicado na imprensa regional.



Dietas mais saudáveis e a redução dos desperdícios alimentares são parte de uma combinação de soluções necessárias para assegurar comida para todos e evitar desastrosas mudanças climáticas, segundo uma equipa de cientistas da Universidade de Cambridge.

Em 2050 existirão 9,6 mil milhões de humanos no planeta Terra. A disponibilidade de alimentos para alimentar esses milões de pessoas é um assunto actual e de preocupação global. O que será necessário fazer a nível agrícola e pecuário para responder às necessidades alimentares futuras?

Num artigo publicado recentemente na revista Nature Climate Change, investigadores da Universidade de Cambridge efectuam uma simulação que tenta responder àquela questão, mas mais sobre a perspectiva que envolve as mudanças climáticas resultantes do impacto da tendência actual e futura da dieta humana.

Segundo este novo estudo, a crescente ocidentalização das dietas da maior parte dos países de todo o mundo, em que se verifica um aumento desmedido no consumo de carnes e de alimentos muito processados, terá como impacto um aumento muito superior ao até agora estimado para a emissão de gases com efeito de estufa em 2050.

Os autores do artigo sublinham a necessidade de urgentemente repensarmos cuidadosamente o que comemos e impacto ambiental disso. O crescimento exponencial da população mundial associado à mudança dos gostos alimentares para uma dieta farta em carnes, exige um aumento considerável na produção agrícola, muito para além do que o agora é possível. Para satisfazer os novos apetites de uma população crescente é necessária mais terra cultivável, para criar mais pastagens, o que implica o aumento da desflorestação.

Segundo os autores deste estudo, se se mantiver a actual tendência alimentar, por volta de 2050 a extensão de terras cultiváveis ter-se-á expandido para mais de 42% e o uso de fertilizantes químicos aumentará acentuadamente em cerca de 45 % em relação aos níveis de 2009. E cerca de 10 % das florestas virgens do mundo desaparecerão nos próximos 35 anos.

Se assim se continuar, quando os nossos filhos forem adultos o mundo terá um clima diferente, com mais catástrofes ambientais, com uma maior perda de biodiversidade, com uma menor qualidade de vida para os então 9,6 mil milhões de habitantes humanos neste planeta, o único que conhecemos onde existe vida.

Para responder às necessidades alimentares baseadas no consumo de carne, uma acentuada actividade pecuária aumentará perigosamente os níveis de metano emitido para a atmosfera. Este gás é dez vezes mais potente a causar efeito de estufa do que o dióxido de carbono.

Todos os aspectos mencionados resultarão num aumento de 80% na previsão da emissão de gases com efeito de estufa em 2050, segundo os cientistas deste estudo, o que é muito superior ao estimado só para as emissões resultantes da actividade económica global. Aliás, estas terão de ser somadas àquelas, o que não agoira nada de bom para o ambiente.

Os autores também chamam a atenção para as consequências nefastas sobre o ambiente causadas pelo sempre excessivo desperdício alimentar verificado nos países desenvolvidos. Estes desperdícios, para além serem em si um mal social, obrigam a um gasto energético necessário ao seu tratamento o que também aumenta a emissão de gases com efeito de estufa.




Uma dieta mais equilibrada

É imperativo que encontremos formas de alcançar uma segurança alimentar sem expandir as culturas e as terras de pastagem. A produção de alimentos é um factor causador de perda de biodiversidade e um grande contribuinte para as alterações climáticas e poluição, pelo que as nossas escolhas alimentares são de um extrema importância e têm consequências não negligenciáveis”, diz Bojana Bajzelj da Universidade de Cambridge e primeiro autor do estudo.

No artigo, os cientistas apresentam uma composição para a dieta que consideram adequada para evitar as consequências da actual tendência alimentar. Sugerem uma dieta equilibrada composta por duas porções de 85g de carne vermelha e cinco ovos por semana, assim como uma porção de carne de aves por dia. “Não se trata de uma proposta para uma dieta vegetariana, mas sim para uma dieta que inclua carne em quantidades adequadas para uma dieta considerada mais saudável”, diz Keith Richards um outro autor do estudo.

Diminuir os desperdícios alimentares e moderar o nosso consumo de carne numa dieta mais equilibrada é assim considerado essencial para que possamos diminuir o impacto da dieta global sobre as alterações climáticas.

Pense pois no que come, não só para manter um bom estado de saúde, mas também para construir um futuro melhor em termos ambientais.

António Piedade 

terça-feira, 22 de abril de 2014

HENRIQUE RAPOSO E A NEGAÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL

Como a ignorância aliada à arrogância vai desembocar na negação do aquecimento global. Gostava de dizer que este texto do Henrique Raposo me surpreende. Mas não. Pelo menos dá para pôr em perspectiva os seus outros textos. Afinal, se escreve isto sobre um assunto acerca do qual existe um consenso científico avassalador, podemos inferir a seriedade com que fundamenta as suas habituais opiniões políticas. 

Henrique Raposo, face ao trabalho voluntário de centenas de cientistas de todo o mundo que revêem todo a ciência publicada acerca de alterações climáticas, num processo transparente e sujeito a revisão pelos pares, o que tem para contrapor? Histórias sobre erupções vulcânicas na Idade Média e considerações chico-espertas, como esta:
se o "homem industrial" é o responsável pelas mudanças climáticas, por que razão o clima mudou tanto antes do advento da revolução industrial?
Vamos rever: Henrique Raposo pensa que é visionário e que viu o que os cientistas climáticas não foram capazes de vislumbrar nos dados das amostras de gelo com 800 mil anos à frente dos seus narizes: que o clima tem uma variabilidade natural. Brilhante. Não tínhamos pensado nisso. Boa. Obrigado. Será que Henrique Raposo não compreende que, apesar do variabilidade natural do clima, as actividades humanas provocaram mudanças que não são devidas a essa variabilidade natural? Henrique Raposo pensa, seriamente, que os cientistas não pensaram nisso? Estavam distraídos a olhar para um panda gigante a jogar à macaca com um koala?

Henrique Raposo comete ainda um erro primário de lógica. Que é mais ou menos assim: se as laranjas são frutos, então como podemos ter fruta sem laranjeiras? Raposo infere que para a actual ciência climática ser válida, toda a variabilidade do clima tem que ser devida à actividade humana. E isso é uma falácia. O clima tem variabilidade natural e, para além disso, há as alterações causadas pelo homem. As laranjas são frutos, mas também há pêras e maçãs.

O consenso científico acerca das alterações climáticas é avassalador. A historiadora de ciência Naomi Oreskes, fez uma análise de todos os artigos científicos publicados entre 1993 e 2003 e chegou à conclusão que nenhum (vou repetir: NENHUM) contrariava a ideia de que o clima está a ser alterado por causa das actividades humanas. 
Desde então, o mesmo têm mostrado os sucessivos relatórios do Painel Internacional das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, nomeadamente o quinto relatório, publicado este ano. A posição de Henrique Raposo é a velha corrente TTB (Tá Tudo bem). Podemos continuar a passear nos nossos carros a gasóleo com mais de uma tonelada, a comer toda a carne de vaca que conseguirmos (o metano dos intestinos das vacas também é um gás de efeito de estufa). Não é preciso mudar nada, Tá Tudo Bem, os cientistas são parvos.

Claro que Raposo também pode supor, e aparentemente é o que faz, que há uma conspiração dos poderosos ecologistas contra as indefesas companhias petrolíferas, no sentido de falsificar o conhecimento acerca de alterações climáticas.

Mais uma vez, nada que surpreenda.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CONVITE PARA PROFESSORES

A Companhia de Teatro CAUSA tem o prazer de convidar todos os docentes, em particular aos das área científicas, para assistirem ao espectáculo conferência humorística AQUECIMENTO ESCLARECIDO no Teatro da Trindade dia 20 de Maio, sábado às 17horas. 
Esta é a última oportunidade para assistir a um espectáculo visto por milhares de estudantes de todo o país em 2011/12. O grande sucesso obtido junto do público escolar leva-nos a propô-lo de novo no próximo ano lectivo. 
Venha passar connosco alguns momentos hilariantes ao mesmo tempo que conhece um espectáculo vencedor do Prémio Ideias Verdes, que poderá ser uma ajuda complementar à sala de aula. 
Gostamos tanto de fazer rir quanto de reflectir.
Convite válido para 2 pessoas. 
Confirmação através do número de telefone 911 777 144 ou para o email causa.ac[arroba]gmail.com.


sexta-feira, 27 de abril de 2012

O problema ambiental mais deprimente não é a perda de habitat ou a sobreexploração, mas a indiferença humana a esses problemas


Órgão da Administração Direta do Ministério da Ciência e Tecnologia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / INPA - foi criado (1952) com a finalidade de realizar o estudo científico do meio físico e das condições de vida da região amazônica, tendo em vista o bem estar humano e os reclamos da cultura, da economia e da segurança nacional. Sua missão é gerar e disseminar conhecimentos e tecnologia, e capacitar recursos humanos para o desenvolvimento da Amazônia. Ao longo de cinco décadas, vem assumindo responsabilidade crescente na tarefa de produzir conhecimento, estabelecendo um compromisso com o desenvolvimento sustentável, a defesa do meio ambiente e de seus ecossistemas, expandindo os estudos sobre a biodiversidade, a sociodiversidade, os recursos florestais e hídricos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

VIDEO: Aquecimento Esclarecido



Aquecimento Esclarecido já foi apresentado em Almada, Lisboa, Coimbra e Porto! Disponível para apresentações em escolas, sempre seguido de um debate com um especialista em alterações climáticas. Pedidos de informações por email.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ESTREIA: AQUECIMENTO ESCLARECIDO (é hoje!)


Hoje, estreia do espectáculo AQUECIMENTO ESCLARECIDO.

As datas e locais das primeiras apresentações são estas:

- 4 de Janeiro de 2012 Casa da Cerca, Almada (18h30)
- 5 de Janeiro de 2012, Teatro da Trindade, Lisboa (17h30)
- 6 de Janeiro de 2012, Jardim Botânico da Universidade do Porto (16h30)
- 7 de Janeiro de 2012, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (15h)

Duração aproximada de 35 minutos, seguido de um debate entre público, artistas e especialistas em questões climáticas.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ESTREIA: AQUECIMENTO ESCLARECIDO

(clique para ampliar)

Vai estrear já no início de Janeiro o espectáculo AQUECIMENTO ESCLARECIDO, , que em conjunto com o espectáculo sobre ambiente dos Cientistas de Pé, faz parte da concretização do Prémio Ideias Verdes 2010.

As datas e locais das primeiras apresentações são estas:

- 4 de Janeiro de 2012 Casa da Cerca, Almada (18h30)
- 5 de Janeiro de 2012, Teatro da Trindade, Lisboa (17h30)
- 6 de Janeiro de 2012, Jardim Botânico da Universidade do Porto (16h30)
- 7 de Janeiro de 2012, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (15h)

Duração aproximada de 35 minutos, seguido de um debate entre público, artistas e especialistas em questões climáticas.

A entrada, nestas sessões de estreia, é livre. No caso do Museu da Ciência de Coimbra (geral@museudaciencia.org) e da Casa da Cerca (causa.ac@gmail.com ) é necessária uma inscrição prévia por email.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Boa Álvaro!


Há uns valentes anos uma chuvada provocou uma derrocada para cima da linha dos eléctricos, na zona da Cruz-Quebrada. Temporariamente, o percurso foi assegurado por autocarros e o eléctrico passou a terminar o seu percurso em Algés.

O interrupção temporária da circulação dos eléctricos passou a definitiva quando se arrancaram parte dos carris que permitiam que estes pudessem dar a volta na Cruz-Quebrada. E agora o governo pretende acabar com a carreira de autocarros que os substituiu, com argumentos tecnico-tácticos absurdos tais como "a carris nunca teve concessão para essa zona".

Os eléctricos andaram décadas ilegais?

Estamos a falar de uma linha que serve não só a Faculdade de Motricidade Humana (entende-se que por serem desportistas talvez os seus alunos possam vir a correr ou de asa delta), como o Complexo Desportivo do Jamor (talvez quem não tenha carro deva fazer jogging à porta de casa, fazendo slalom entre os excrementos de canídeo e os carros estacionados no passeio) e um colégio com professores, funcionários e alunos. É também a carreira que serve o Estoril Open, mas nesse caso os espectadores mais pobres chegam de Mercedes e BMW topo de gama, que poderão continuar a estacionar em cima da paragem de autocarro, agora ainda com mais descontracção.

Quanto à VIMECA, empresa privada que segundo o gabinete do ministro Álvaro Santos Pereira faz a quase totalidade do percurso da carreira da Carris que se pretende extinguir, é apenas uma alternativa para quem quiser pagar um passe mais caro.

E assim se promove o uso do transporte público em Portugal.

domingo, 23 de outubro de 2011

O AQUECIMENTO GLOBAL É VERDADEIRO


Ler aqui.

Robert Park comentou, no seu What's New:

"The most comprehensive scientific review of historical temperature records ever carried out seems to remove any lingering doubts.  A group of scientists at the University of  California, Berkeley find that the average global land temperature has risen by about 1C since the mid-1950s.  That’s big. The group has submitted four papers describing their findings to Geophysical Research Letters.  It is unusual to circulate papers prior to peer review, but Richard Muller, author of "Physics for Future Presidents," who heads the project, may have been influenced by the apparent attempts of the energy industry to corrupt the scientific process, such as the hacking." of private climate-files at the University of East Anglia."

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dia Mundial para a Protecção da Camada de Ozono


A 16 de Setembro de 1987, 46 países assinaram um documento que ficou conhecido por "Protocolo de Montreal", no qual se comprometeram a parar de fabricar o gás Clorofluorcarbono (CFC), apontado pela comunidade científica como o maior responsável pela destruição da camada de ozono na estratosfera. Para comemorar esse esforço multinacional, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a data como Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono.

E hoje como estamos?

António Piedade

quinta-feira, 17 de março de 2011

Blind Carbon Copy


Informação recebida da companhia de teatro marionet:

Estreou no dia 16 de Março, prolongando-se a exibição até ao dia 20 de Março, às 21h30 (Domingo às 16h) um novo espectáculo da marionet, intitulado "BCC - Blind Carbon Copy", sobre alterações climáticas, que tem lugar no Teatro da Cerca de S. Bernardo, Coimbra

Está no ADN da marionet formular perguntas e procurar responder-lhes, mesmo que não o consiga, conjugando a dimensão subjectiva e emocional dos artistas com que trabalha com o olhar preciso e desconfiado dos cientistas que coloca no seu caminho. Para construir o BCC acompanhámos o Instituto do Mar - Centro do Mar e Ambiente durante quase dois anos, olhando com especial atenção a vida dentro dos rios, plural, complexa e ameaçada como a nossa.

BCC é a nossa reflexão sobre o importante tema das alterações climáticas e outras alterações importantes que cada um de nós provoca com a sua acção quotidiana.

Como num email em que não conhecemos os destinatários ocultos, a nossa vida parece muitas vezes estar a esconder de nós mesmos o essencial. Aparentemente translúcida como um riacho de água corrente, a nossa existência é parte de um caos impossível de compreender com o olhar.

A Humanidade está a tornar o planeta insuportável e quente, diriam os macro-invertebrados que vimos à lupa durante esta residência.

Já passaram mais de dois anos desde a primeira vez que visitámos o trabalho desenvolvido no grupo Freshwater Ecosystems and Catchment Areas do IMAR-CMA, quando nos surpreendemos pela primeira vez com a imensa vida existente nos rios e desenvolvemos consciência da fragilidade e complexidade destes ecossistemas e das constantes ameaças a que a Humanidade os expõe.

O fascínio pelo quase invisível mundo dos macroinvertebrados e a vontade de colocar as atenções no tema muito actual das alterações climáticas fez-nos persistir neste projecto e agora, finalmente, levá-lo a palco.

Durante a nossa residência neste centro de investigação fomos recolhendo amostras do trabalho científico aí desenvolvido para o trabalho que viríamos a compor. Fomos ao campo observar a relação entre os cientistas e os seus objectos de estudo, estivemos no laboratório a vê-los criar experiências controladas, apreendemos os seus métodos, os seus motivos, as suas visões do mundo, as suas dúvidas, as suas perguntas. E fomos estabelecendo as bases para a nossa própria experiência no nosso laboratório.

No momento em que iniciámos a fase final do nosso projecto, já a apontar a uma performance colectiva criada a partir dos materiais recolhidos e das experiências vividas, parecia inevitável dar a conhecer o microcosmo dos rios e da vida que os habita, pelo fascínio que nos provocou. Contudo, as variáveis da nossa experiência não foram completamente controladas, talvez assinalando aqui uma diferença fundamental entre arte e ciência, e o resultado é uma inesperada reflexão sobre o ser humano. Com a lupa a incidir numa caixa de petri com macroinvertebrados potencialmente ameaçados por um aumento global da temperatura média do planeta, descobrimo-nos a olhar para um espelho a tentar perceber as razões de fazermos como somos.

Sobre o IMAR- CMA

O IMAR-CMA é uma unidade de investigação do consórcio Instituto do Mar criado em 1994. O IMAR-CMA, sediado na Universidade de Coimbra, é uma unidade classificada de Muito Bom por painéis internacionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Os mais de 100 investigadores do IMAR trabalham em áreas complementares em estudos focados nos ecossistemas costeiros e das águas interiores. Os estudos da unidade de investigação fornecem respostas científicas e técnicas a entidades públicas e privadas relacionados com avaliação e gestão da qualidade ecológica; optimização do uso dos recursos hídricos; e desenvolvimento de estratégias de conservação biológica. A linha 2 do IMAR - Centro do Mar e Ambiente (Freshwater ecosystems and Catchment areas) desenvolve especificamente estudos relacionados com a decomposição de material foliar, a biomonitorização dos rio, e ainda a interacção entre os nemátodas e as plantas.

Informações e reservas: 239 718 238 | 966 302 488

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Exterminação ecológica

Na sequência do post 10-10-10:

Alertar para a relação entre os nossos comportamentos poluidores e o aquecimento global é legítimo (ainda que, ao que me é dado saber, essa relação não esteja inteiramente percebida e, portanto, explicada). A maneira como isso se faz é que pode ser ilegítima...

A jornalista Joana Viana exemplica isto mesmo no jornal i do passado dia 6 de Outubro, dando a notícia de um filme no mínimo polémico, cujo propósito era esse alerta.

No âmbito da campanha da União Europeia "20% até 2020" - redução de emissões de CO2 nessa percentagem na próxima década -, fervorosos activistas ambientais e um realizador (Richard Curtis, guionista do Quatro Casamentos e um Funeral) idealizaram várias cenas em que as pessoas displicentes quanto aos perigos da poluição são simplesmente... explodidas! E fizeram um filme chocante que as mostram...

O Reino Unido reagiu e proibiu-o de passar na televisão, mas talvez valha a pena vê-lo aqui... para que cada um possa tirar as suas conclusões.

domingo, 10 de outubro de 2010

10-10-10


Hoje, dia do triplo 10, 10 de Outubro de 2010, ocorre um movimento global de activistas em favor de cautelas contra o aquecimento global: ver aqui.

EM QUE ACREDITA O SENHOR MINISTRO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E INOVAÇÃO E A SUA EQUIPA?

No passado Ano Darwin, numa conferência que fez no Museu da Ciência, em Coimbra, o Professor Alexandre Quintanilha, começou por declarar o s...