Há uns valentes anos uma chuvada provocou uma derrocada para cima da linha dos eléctricos, na zona da Cruz-Quebrada. Temporariamente, o percurso foi assegurado por autocarros e o eléctrico passou a terminar o seu percurso em Algés.
O interrupção temporária da circulação dos eléctricos passou a definitiva quando se arrancaram parte dos carris que permitiam que estes pudessem dar a volta na Cruz-Quebrada. E agora o governo pretende acabar com a carreira de autocarros que os substituiu, com argumentos tecnico-tácticos absurdos tais como "a carris nunca teve concessão para essa zona".
Os eléctricos andaram décadas ilegais?
Estamos a falar de uma linha que serve não só a Faculdade de Motricidade Humana (entende-se que por serem desportistas talvez os seus alunos possam vir a correr ou de asa delta), como o Complexo Desportivo do Jamor (talvez quem não tenha carro deva fazer jogging à porta de casa, fazendo slalom entre os excrementos de canídeo e os carros estacionados no passeio) e um colégio com professores, funcionários e alunos. É também a carreira que serve o Estoril Open, mas nesse caso os espectadores mais pobres chegam de Mercedes e BMW topo de gama, que poderão continuar a estacionar em cima da paragem de autocarro, agora ainda com mais descontracção.
Quanto à VIMECA, empresa privada que segundo o gabinete do ministro Álvaro Santos Pereira faz a quase totalidade do percurso da carreira da Carris que se pretende extinguir, é apenas uma alternativa para quem quiser pagar um passe mais caro.
E assim se promove o uso do transporte público em Portugal.
1 comentário:
Chocante! Haja quem escreve sobre estas coisas que se estão a passar agora, debaixo do nosso nariz, e que comprometem e perturbam o trabalho de tanta gente...
HR
Enviar um comentário