sábado, 10 de dezembro de 2011

Lua cheia: um indutor natural do parto?


13 de Setembro de 2011. Ao serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria vão chegando senhoras grávidas com queixas de contracções dolorosas. Visivelmente muitas delas estarão já em trabalho de parto.

-Isto hoje é uma enchente, comenta um futuro pai para outro.

-É verdade, parece que só já têm uma cama livre. Se isto assim continua penso que vão começar a redireccionar para outros hospitais.
-É normal, ontem foi noite de Lua cheia... Quando reparei nisso adivinhei logo que seria para hoje...

Será de facto assim? Afinal de contas, é sabido que a Lua influencia as marés. Por que não havia de influenciar também, através de um mecanismo ainda desconhecido, os nascimentos? Ainda bem que possuímos o método científico, que nos permite destrinçar entre factos empiricamente comprováveis e simples crenças infundadas.

Foi este o assunto estudado por Dan Caton no seu artigo Do Birth Rates Depend on the Phase of the Moon? publicado em 2001 no Bulletin of the American Astronomical Society. Com base em informação fornecida pelo Centro Nacional de Estatística para a Saúde, Caton compilou dados referentes aos cerca de 70 milhões de nascimentos ocorridos nos Estados Unidos durante um período superior a vinte anos. O gráfico seguinte mostra aquilo que segundo este estudo é um ano típico:

Podemos facilmente constatar a existência de uma periodicidade semanal. Trata-se de uma diminuição do número de nascimentos durante o fim de semana, que acontece uma vez que as cesarianas e os os partos induzidos não são por norma programados para sábados e domingos. Observa-se também um aumento médio linear do número de nascimentos entre Fevereiro e Agosto, com uma queda abrupta em Setembro. O autor atribui este facto a fenómenos sociais, como, por exemplo, algum resquício do calendário agrícola. Seja como for, aquilo que não se constata de todo é a existência de um qualquer padrão de período mensal que corresponderia a um eventual efeito da Lua. Estes dados foram ainda estudados numericamente em função do período sinódico da Lua tendo-se demonstrado a inexistência de uma qualquer correlação estatisticamente significativa entre o dia do mês lunar e o número de nascimentos.


Conclusão: os partos não são influenciados pela Lua cheia ou por uma qualquer outra fase da Lua. Não deixa de ser curioso que tantos defendam a tese contrária, afirmando terem já constatado pessoalmente uma ligação entre os dois fenómenos. Trata-se da força da superstição: uma visão enviesada do mundo assente em crenças irracionais profundas.


Podemos encontrar por exemplo o seguinte texto no site de Márcia Mattos - projectos, produtos e serviços em astrologia:


"A LUA E A FERTILIDADE
Tradicionalmente, a Lua representa o Princípio Feminino por excelência: a mulher/mãe na sua capacidade de fecundar, gestar, proteger e nutrir sua cria. Por isso, se atribui a ela o domínio sobre todos os processos e forma de fertilidade e nutrição. Partos, gravidez, gestação, concepção - estão todos sob a regência da Lua. É conhecido o impacto sobre a incidência de partos na troca de Lua. A Lua Cheia é a campeã na precipitação dos nascimentos. É muito difícil resistir à chegada da Lua Cheia quando as semanas de gestação já estão cumpridas ou próximas de se cumprirem. Para quem tem ciclos de ovulação/menstruação irregulares recomenda-se um tratamento que siga a Lua de nascimento da pessoa para que a menstruação se regule assim naturalmente."

30 comentários:

Anónimo disse...

Curioso. Como todos, também já tinha ouvido falar nesta "teoria" das fases da luta ligadas aos partos.

No entanto, não me tinha apercebido do absurdo. Não pensei que fosse uma questão de a fase da lua influenciar as mulheres grávidas como as marés.

Pensava é que as grávidas contavam as luas até ao nascimento do filho e aquilo batia certo. Ou seja, era apenas um calendário.

Cisfranco disse...

Muito bem! Obrigado por este post. Tinha dificuldade em aceitar que a lua tivesse a influência que lhe é tão atribuída e que se encontra tão entranhado no pensamento popular. Ele é os nascimentos, as culturas plantadas ou não em boa fase, a oportunidade de certos trabalhos agrículas etc etc... O poder e influência dos mitos é muito grande.
Já agora, lembrou-me, a talho de foice, o que se passou em minha casa, quando eu era criança. Houve uma galinha que teve uma ninhada de pitaínhos que sairam quase todos "loucos". Tinham um comportamento estranho: fugiam da mãe-galinha que os chamava cacarejando. Corriam em sentido contrário e acabavam por cair rebolando sobre si próprios ficando no chão com as patas para o ar. Era uma cena mesmo espectacular e tudo incompreensível. Até que alguém perguntou quando começou a galinha a chocar os ovos. Tinha iniciado o choco na Semana Santa. Pronto,estava encontrada a justificação: toda a gente dizia que tudo o que seja gerado nessa semana vem a ter problemas. Eis o mito e o seu poder!...
Hoje sei que se tratava da carência duma vitamina nos ovos, essencial para o desenvolvimento saudável do cérebro dos pintos.

Anónimo disse...

Desculpem-me, senhores cientistas, mas misturar partos induzidos ("...que acontece uma vez que as cesarianas e os partos induzidos não são por norma programados para sábados e domingos...") com partos naturais para procurar uma relação causa/efeito de ordem natural parece-me, no mínimo, estranho.

José Batista da Ascenção disse...

Ainda não há muitas semanas, a meio de outubro, estava a lecionar a gestação e o momento do parto a alunos de biologia do 12º ano. E lá surgiu, mais uma vez, o caso de uma aluna que tem uma familiar ou conhecida enfermeira, a qual juraria a pés juntos que há alturas em que é uma catadupa de partos na maternidade, precisamente relacionada com as fases da lua.
E lá voltei, como de outras vezes, a referir que há estudos que demonstram o contrário. Sugeri mesmo, dada a relutância de muitos, um pequeno exercício: que aqueles que estivessem interessados se pusessem a anotar num pequeno calendário, por exemplo com pintas vermelhas, as datas de aniversário de todas as pessoas suas conhecidas. E que reparassem depois no padrão de distribuição das pintas.
Ninguém se terá dado a tal trabalho. Mas suponho que em muitas cabeças o mito permanece mais forte do que as minhas explicações. E do que o meu desafio.
De qualquer modo, agora vou insistir com este "post".
Obrigado a António Piedade (deixo o Doutor de lado, posso?)

Xico disse...

Julgo que este assunto está mal analisado. Da parte de quem defende a Lua e da parte dos cientistas. Julgo que os defensores da lua erram ao atribuir a lua cheia. O que os antigos julgo queriam dizer, é que o parto se dará, cumpridas as luas deste o tempo da concepção. Logo não calham todos no mesmo dia. Também há quem afirme que as mulheres eram menstruadas na lua nova, logo o seu período fértil seria na lua cheia... A única coisa que sei é que ontem estava um esplêndido luar...!!!

José Batista da Ascenção disse...

Nota 1: no comentário que fiz anteriormente, onde escrevi:"as datas de aniversário de todas as pessoas suas conhecidas" devia ter escrito "as datas de aniversário de todas as pessoas suas conhecidas nascidas num mesmo ano"

Nota 2, e a mais importante: as minhas desculpas e agradecimentos ao autor do "post", que é Filipe Oliveira, e não António Piedade.

João Cão disse...

O que está em abcissas e ordenadas do gráfico?

Anónimo disse...

Sem defender a influência da Lua no momento do parto, nem o seu contrário, parece-me que um estudo objectivando verificar a sua correlação, não deveria incluir os partos induzidos e os por cesariana; até que se vêm no gráfico diferenças de cerca de 30% entre semana e fim-de-semana e que pode mascarar uma avaliação correcta da correlação.

Concordando com o Anónimo das 12:50, parece-me, no mínimo, bizarro, que num estudo científico se incluam dados para análise que se sabe à partida não terem qualquer interesse para o que se procura; antes pelo contrário: apenas contribuem para dificultar a análise final.

Mas há sempre a possibilidade de se ter realizado um estudo com conclusões pré-determinadas.

Cruz Gaspar

José Batista da Ascenção disse...

Em ordenadas: número de nascimentos;
Em abcissas: os 365 dias de um ano.

Filipe Oliveira disse...

A situação ideal seria naturalmente retirar todos os nascimentos provocados. Aparentemente os dados não o permitem. Sobre estes nascimentos os autores dzem:
"These are not separable from natural births in the data base and are assumed to be random with respect to
any lunar effects when averaged over a 20-year span."

maria disse...

sem dúvida um belo estudo : soma peras com maças e a explicação dos resquícios de calendário agrícola para explicar o aumento de nascimentos entre fevereiro e agosto está ao nível de "a primavera o sangue altera". ora , fiquei então sem saber se a lua influencia ou não .

Anónimo disse...

Quem faz investigação em ciências experimentais sabe que nem sempre dispõe de dados perfeitos para provar as suas teses. A ideia é justamente explorar as medidas imperfeitas que possuímos de forma coerente e rigorosa para tirar conclusões válidas. Este post não descreve o tratamento estatístico a que os dados foram submetidos (nem tinha de o fazer, trata-se de divulgação, os interessados podem ir procurar o artigo original) mas certamente, se está publicado no Boletim da Sociedade Americana de Astronomia, foi devidamente validado por "peer-review". Acho alguns comentadores "especialistas" um pouco mal dispostos...Um anónimo diz "senhores cientistas" em tom irónico, outro até já acusa o autor de ter levado a cabo um "estudo com conclusões pré-determinadas", sem obviamente nada saber sobre a metodologia adoptada!

Joana Marques

Velho disse...

Também quero agradecer este útil post, mas com uma pequena crítica à linguagem final usada («Trata-se da força da superstição: uma visão enviesada do mundo assente em crenças irracionais profundas.»):
As superstições e outros erros são, com certeza, erros. A ciência, tal como a filosofia e outros discursos rigorosos (por exemplo, a divulgação científica, como este post), vai revelando muitos desses erros. Mas isto não quer dizer que esses erros sejam «irracionais», nem em si mesmos nem naquilo em que assentam. O senso comum não é irracional, e funciona para muitos efeitos do dia-a-dia. O problema do senso comum não é ser irracional, mas simplesmente falhar muitas vezes. A inclinação de alguns cientistas para chamar «irracional» a tudo aquilo que não é ciência ou, pelo menos, a tudo aquilo que não é feito com grandes cuidados de rigor parece-me geradora de equívocos e, do ponto de vista da divulgação, contraproducente. Além de errada, claro.

Anónimo disse...

Não percebo o porquê de tanta polémica num assunto tão simples...os dados vêm misturados e não se sabe quais correspondem a partos provocados? Azar, antes tivessem todos os dados tão poucos problemas como estes. Parece-me óbvio que em vinte anos de nascimentos (70.000.000 de nascimentos de acordo com o post, não vi o artigo original) isto tem um efeito de ruído aleatório totalmente irrelevante que em nada afecta as conclusões. O facto de aparecem diminuições no fim de semana até mostra que tudo isto foi feito com cuidado. Se não aparecessem é que já era pior

Anónimo disse...

Ui,... que estudo!!!

"O gráfico seguinte mostra aquilo que segundo este estudo é um ano típico:"

Então o importante seria compreender os gráficos dos anos atípicos... como é evidente, porque ao que parece existem!!!

Anónimo disse...

Bom, a ciência diz isso, até dizer o contrário.

Eloi Ribeiro disse...

Durante o período que antecedeu o nascimento do meu filho tive de ouvir uma e outra vez o mesmo comentário, de que iria nascer em lua cheia. Um pouco farto de ouvir a mesma história e sem outro argumento que a mera fase da lua pareceu-me mais uma frase feita do que um raciocínio lógico. Investigando um pouco cheguei até este estudo
http://www.uclm.es/ab/enfermeria/revista/numero%2014/influencia_lunar_y_barom%E9trica_s.htm
com os mesmos resultados do estudo apresentado nesta entrada, mas tendo em conta apenas os partos espontâneos.

Alegra-me ver que alguém gasta um pouco do seu tempo para desmascarar estas crenças infundadas, por vezes bastante irritantes.

Jose Paulo disse...

Encontrei mais este paper e o seu comentário.

José Paulo Andrade
www.pbase.com/jandrade

Am J Obstet Gynecol. 2005 Jun;192(6):1970-3.
Birth rate and its correlation with the lunar cycle and specific atmospheric conditions.
Morton-Pradhan S, Bay RC, Coonrod DV.
Source

Department of Obsetetrics, Gynecology and Women's Health, Maricopa Integrated Health System/MedPro, Phoenix, AZ, USA.
Abstract
OBJECTIVE:

This study was undertaken to use the Arizona State birth certificate database for Phoenix metropolitan hospitals, in conjunction with National Weather Service records to determine whether there is a relationship between birth rate and meteorologic or lunar conditions. This study attempts to dispel or lend significance to beliefs among hospital staff that the phase of the moon and/or meteorologic conditions are related to birth rate.
STUDY DESIGN:

Birth records were limited to spontaneous vaginal deliveries, 37 to 40 weeks' gestation, in Phoenix, between 1995 and 2000 (n = 167,956). Daily birth counts were merged with daily surface weather statistics from the National Weather Service for Sky Harbor Airport, and records of lunar phase for the same period.
RESULTS:

The analyses revealed no significant correlates of birth rate.
CONCLUSION:

Although there exists a popular belief that the phase of the lunar cycle and weather conditions affect birth rate, no such evidence was found in this study.

maria disse...

Fui ler o estudo que recomenda , sem dúvida bem mais sério , sobretudo porque : "Destacar también que en la obstetricia actual se interviene mucho sobre los partos, y aunque en nuestro trabajo hemos eliminado las inducciones y las cesáreas electivas, la mayoría de los partos ven alterada su evolución natural por la administración de oxitócicos, rotura artificial de membranas, etc. Por lo que para realizar un estudio más exhaustivo sobre este tema pensamos que se debería dejar evolucionar el parto de una forma totalmente natural, cosa que actualmente no es factible. "

Anónimo disse...

os dados são imperfeitos, mas atendendo a que o estudo abrangeu dados de vários anos, as conclusões permanecem validas.

No entanto os resquicios agricolas, não. O que há é uma programação dos nascimentos de acordo com o calendário de férias, permitida pelos meios de planeamento familiar.

Anónimo disse...

Obrigada, Maria.

Anónimo de 10 de Dezembro de 2011 12:50

José Batista da Ascenção disse...

Já agora, uma pequena nota:

Conheço muitas professoras (portuguesas, claro) cujos filhos nasceram por finais de Março e Abril. Isso foi propositado. Quando as licenças de maternidade andavam pelos 3 meses, elas ficavam legalmente em casa em Abril, Maio e Junho, se trabalhavam no ensino básico, ou em Maio, Junho e Julho, se trabalhavam no secundário (os exames eram em Junho-Julho), para encaixarem no tempo de acompanhamento dos bebés mais os meses de Agosto (férias) e Setembro (em que se ia pouco à escola).
Há obviamente, vários factores a influenciar a altura dos nascimentos... Que não as fases da lua. Nem os "resquícios agrícolas", parece-me...

Anónimo disse...

Maria (e demais colegas),

é dificil dizer qual dos dois estudos "é mais sério". Á partida são os dois sérios. Se por um lado um só considera partos naturais, ou seja, tem dados mais adaptados ao que se procura medir, por outro tem uma amostra muito pequena. 170.000 nascimentos comparados com 70.000.000 não é absolutamente nada. Em todo o caso, ambos os estudos vão no mesmo sentido. Eu teria dificuldade em afirmar qual dos dois é o "melhor", mas a experiência ensinou-me a valorizar (mesmo muito) o tamanho da amostra.

Anónimo disse...

Caro José Batista da Ascenção, faço amigavelmente notar que as férias grandes constituem um dos mais conhecidos "resquícios" do calendário agrícola. É aliás um argumento de quem defende que as férias deveriam ser mais repartidas durante o ano. Alegam que já não faz sentido libertar as crianças para ajudar nas colheitas, que acontecem na Europa nos meses de Junho, Julho e Agosto. Será a este tipo de fenómeno que se referem os autores?
Um abraço, João Brás,

analista curioso disse...

Enfim, para um estudo válido teríamos de procurar uma sociedade primitiva, sem serviço de saúde, e muito menos planeamento familiar de qualquer espécie, para mantermos tudo o mais natural possível.
E que, mesmo assim, tivesse registos de nascimentos fiáveis. Talvez alguns períodos da Idade Média e Renascimento.
Mesmo assim, não é de se excluir que não tivesse havido enamoramentos por via da Lua Cheia, que produzissem, no final, um acerto do ciclo lunar com o parto ...

No fundo é o eterno problema da relação dos acontecimentos com a estatística que sobre eles é feita.
Por exemplo, se a estatística de atendimento nos pagamentos de super-mercado é de 3 minutos, por que "me calham sempre caixas em que fico 10 minutos, perdendo o autocarro"?

Carlos Medina Ribeiro disse...

Ainda hoje, em muitas terras, se tem em consideração a fase da lua (ou a chamada "volta de lua") para decidir quando se deve matar o porco (onde tal ainda é possível).
E não vale a pena argumentar, com essas pessoas, que os matadouros municipais funcionam sem ter isso em conta.
--
A minha sogra, pessoa do campo a caminho de uns invejáveis 90 anos, continua a atribuir fenómenos como as dores nas pernas à "volta de lua"...

José Batista da Ascenção disse...

Caro João Brás,
Caro C. Medina Ribeiro

A João Brás agradeço o "alargamento da perspetiva" que refere. Pode ser assim, realmente.

A CMR queria dizer que também na minha aldeia e a pessoas da minha família (as de mais idade) ouvi muitas vezes referir a expressão "volta de lua". Por causa de certas dores (não sei bem quais...), da matança do porco e das sementeiras. Ao meu avô paterno ouvi ainda outras expressões, como a conveniência de semear no "crescimento" (creio que da lua) ou a "desvantagem/inconveniência" de enxertar ou semear no "finamento". Tão impressionado com a sabedoria do meu avô nunca lhe perguntei o que significava "finamento", mas suponho que seria a passagem de quarto minguante para lua nova.

Já agora só queria dizer a ambos que falar destas coisas me transporta para um tempo que recordo com um carinho particular.

Cláudia S. Tomazi disse...

A lua de Euler...
Publicou em São Petersburgo em 1772, o ano da Reforma Pombalina na Universidade de Coimbra, um livro sobre o movimento do nosso satélite natural: “Theoria Motuum Lunae” (“Teoria do movimento da Lua”).

Mas é em outra obra que se encontra a famosa fórmula de Euler para a exponencial de um imaginário puro, que tem como caso particular a identidade de Euler que relaciona os dois números irracionais mais conhecidos, o pi e o número de Euler, com o número imaginário puro e o número real -1 (esta identidade tem sido considerada uma das mais belas expressões matemáticas de todos os tempos).

maria disse...

bem , o tamanho da amostra é importante , mas os parãmetros de construção da amostra ainda são mais..
de todas formas , a mim , os sentimentos que me despertam essas crenças (?) "lunáticas" inofensivas são , como diz o José , carinho e simpatia. e acho que é peanuts dizer que o cabelo cresce mais se cortado em crescente quando comparado com os mitos modernos publicitados à exaustão , até nas montras das farmácias , "templos" da ciência , dos produtos xpto , fabricados em laboratório por cientistas , demonstrados a partir de uma amostra fantástica , que lavam mais branco , reduzem as rugas em 50% , fazem crescer o cabelo , dão cabo do colasterol , têm umas bactérias do outro mundo e tal. porque isto sim , é fraude , é crime tentar lucrar enganando as pessoas. e era para estas coisas nada inofensivas que a Ciência , até para defender o seu bom nome , devia dirigir baterias. não para a romântica Lua , que faz tanta companhia .

José Batista da Ascençao disse...

Só mais um apontamentozinho, desculpem lá.
É para dizer que gostei desta conversa a vários.
E que me esqueci de retribuir o abraço que, lá mais acima, João Brás, simpaticamente, me deixou.
Faço-o agora, com todo o gosto.
E gostosa e gratamente o "estendo" a todos os outros conversadores.

Tudo porque gosto muito de vir a este "sítio". Dos poucos aonde vou, em boa verdade, que frequento, na rede.