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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Conferência sobre Mobilidades em Transição

Irá decorrer esta semana, mais concretamente de 3 a 5 de Novembro, a 19ª Conferência Anual T2M - International Association for the History of Transport, Traffic and Mobility, acolhida pela Faculdade de Ciências de Lisboa e pela NOVA School of Science & Technology.  

Este ano o tema será dedicado às "Mobilidades em transição: circulação, apropriação, globalização".

A iniciativa, coordenada por membros do CIUHCT, insere-se no âmbito do Ano Europeu do Transporte Ferroviário 2021.

A conferência será totalmente online.

Para mais informações, consultar o site: https://t2m2021.ciuhct.org/

O Programa pode ser consultado aqui.



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Boa Álvaro!


Há uns valentes anos uma chuvada provocou uma derrocada para cima da linha dos eléctricos, na zona da Cruz-Quebrada. Temporariamente, o percurso foi assegurado por autocarros e o eléctrico passou a terminar o seu percurso em Algés.

O interrupção temporária da circulação dos eléctricos passou a definitiva quando se arrancaram parte dos carris que permitiam que estes pudessem dar a volta na Cruz-Quebrada. E agora o governo pretende acabar com a carreira de autocarros que os substituiu, com argumentos tecnico-tácticos absurdos tais como "a carris nunca teve concessão para essa zona".

Os eléctricos andaram décadas ilegais?

Estamos a falar de uma linha que serve não só a Faculdade de Motricidade Humana (entende-se que por serem desportistas talvez os seus alunos possam vir a correr ou de asa delta), como o Complexo Desportivo do Jamor (talvez quem não tenha carro deva fazer jogging à porta de casa, fazendo slalom entre os excrementos de canídeo e os carros estacionados no passeio) e um colégio com professores, funcionários e alunos. É também a carreira que serve o Estoril Open, mas nesse caso os espectadores mais pobres chegam de Mercedes e BMW topo de gama, que poderão continuar a estacionar em cima da paragem de autocarro, agora ainda com mais descontracção.

Quanto à VIMECA, empresa privada que segundo o gabinete do ministro Álvaro Santos Pereira faz a quase totalidade do percurso da carreira da Carris que se pretende extinguir, é apenas uma alternativa para quem quiser pagar um passe mais caro.

E assim se promove o uso do transporte público em Portugal.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Metro em Coimbra


(a minha coluna "Passeio Público" do Jornal de Notícias de 10 de Fevereiro de 2010)

Recentemente estive em Zurique, na Suíça, a propósito de um congresso científico (CogSys2010) que durou dois dias. Para além do congresso, tinha como objectivo apresentar à comunidade científica europeia os objectivos do ECHORD, um projecto científico, financiado pelo 7º programa quadro da União Europeia, do qual sou co-coordenador.

Zurique é uma cidade muito bonita que se desenvolve pelas duas margens do rio Limmat. A baixa da cidade está dividida em duas partes pelo rio: a parte velha, na margem esquerda, é muito frequentada à noite para diversão (bares, restaurantes e cafés), e a parte nova, na margem direita, é onde se encontra a maioria da actividade económica e financeira, e uma actividade comercial muito intensa. A baixa de Zurique é um grandioso centro comercial com uma oferta muito completa, de alta qualidade, espalhada pelas várias ruas e ocupando todos os espaços disponíveis.

Toda a cidade é servida por um metro de superfície que funciona muito bem, está muito bem organizado e é bem gerido. Funciona como elemento integrador da cidade, permitindo remover automóveis e simplificar a mobilidade das pessoas. Chegar a Zurique é simples, vindo de fora do país ou de outra cidade. O metro chega ao aeroporto, à estação de caminho de ferro e liga as várias zonas da cidade. É por isso um meio de transporte imprescindível, e quem vai a Zurique usa-o frequentemente.

Coimbra é em muitas coisas equivalente a esta cidade suíça. O metro faz todo o sentido e é uma das coisas que espero com expectativa para a cidade. Pode revolucionar a mobilidade no seu interior e nos respectivos acessos. Pode também revolucionar a baixa da cidade, permitindo o afluxo de pessoas sem a necessidade de carros. Poderá também ser muito importante para a Universidade, unindo os seus vários pólos e devolvendo-lhe a dimensão de universidade de múltiplos saberes: um único campus espalhado pela cidade. Terá certamente um papel importante na reactivação da baixa da cidade, melhorando-lhe as acessibilidades, contribuindo assim para que seja uma alternativa interessante relativamente a outros espaços comerciais e de lazer.

Uma intervenção deste tipo permitirá o completo reordenamento da mobilidade na cidade de Coimbra, especialmente ao nível do tráfego automóvel, circulação pedonal e do estacionamento. A introdução de um metro de superfície na cidade de Coimbra é acima de tudo uma aposta no futuro da cidade como grande centro urbano de dimensão metropolitana. E é nessa perspectiva que tem de ser construído e planeado. Tem de ser fácil chegar à cidade, mover-se no seu interior e ligar-se com facilidade aos meios de transporte internacionais. De facto, a criação dos corredores de circulação compatíveis com o metro de superfície será só por si uma enorme evolução na cidade.

A actividade empresarial, bem como a respectiva atractividade da cidade, terá muito a ganhar com um sistema de mobilidade simples e eficiente. É muito importante que o metro seja rapidamente uma realidade, passando do papel ao terreno, como parece ser o momento.

Coimbra está a mudar. É uma cidade mais empreendedora e criativa, a preparar-se para o futuro.

SOBRE O GRANITO E A SUA ORIGEM, NUMA CONVERSA TERRA-A-TERRA.

Por A. Galopim de Carvalho Paisagem granítica na Serra da Gardunha. Já dissemos que não há um, mas sim, vários tipos de rochas a que o vulgo...