terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Por uma reforma urgente no Ensino Superior Politécnico


Post convidado de Armando Vieira, físico que já tem colaborado neste blogue:

A mediocridade é como uma doença contagiosa, uma vez infectados nunca mais nos vemos livres dela. É uma máxima que se aplica a pessoas e a instituições. Em Portugal convivemos e toleramos demasiado a mediocridade. O resultado é visível em quase todas as áreas, sobretudo as áreas ligadas às estruturas do Estado.

No sector do Ensino Superior esta conivência com a mediocridade é notória. Todos os anos são formados alunos, investigadores e cientistas de excelente qualidade. Estamos na média da percentagem do PIB em investimento na educação e investigação científica. Poderíamos, por isso, ter um ensino superior de excelente qualidade que reflectisse o esforço feito na qualificação dos recursos técnicos e humanos.

Mas a verdade é que não temos. As nossas universidades estão bem longe dos lugares cimeiros nos rankings internacionais. Temos uma produção científica por doutorado abaixo da média e, do ponto de vistas de patentes, estamos também muito abaixo da média. Ainda que existam excelentes cursos onde os alunos saem bem preparados para o mercado de trabalho, a maioria falha nessa missão, como mostra a elevadíssima taxa de desemprego dos recém-licenciados.

Mas se nas Universidades o problema é sério, nos Institutos Politécnicos a situação é desastrosa. Fui docente durante 10 anos no ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto, por muitos considerado um dos melhores politécnicos do país. É o maior em número de alunos inscritos e é dos poucos que desenvolve alguma investigação científica, tendo alguns grupos bastante activos.

No entanto, o que vi e assisti ao longo desses 10 anos talvez ajude a explicar algumas razões da mediocridade que grassa impune no ensino superior politécnico. Um dos grandes males, senão o mal maior, é o nepotismo. No primeiro júri para Professor Adjunto de que fiz parte deparei-me com uma grelha de avaliação irreal. O CV dos candidatos era avaliado ao metro, sem qualquer critério de qualidade, tanto importava que publicasse num pasquim ou na Nature. Quando chegávamos à parte pedagógica surgia uma outra grelha curiosa. Se o candidato tivesse dado aulas numa universidade tinha um factor multiplicativo de 1, ao passo que se tivesse dado aulas num politécnico o factor seria 2. Se tivesse sido no ISEP então teria um factor 3. Perante 20 candidatos, um deles com excelente curriculum, adivinhem quem ficou em primeiro lugar? Einstein não teria a mínima hipótese neste concurso!

Não se pense que esta é a única escola a ter este tratamento discriminatório e ilegal. Alguns institutos politécnicos chegam ao patético de publicar concursos públicos à medida do candidato que querem colocar para que fique bem claro que os “de fora” não são bem vindos. Neste corporativismo generalizado quem sai penalizado é a qualidade. Não é estranhar que, no meu ex-departamento, o de Física, com um total de cerca de 30 docentes, apenas existam três doutorados na área científica de Física. O pudor impede-me de referir o número de publicações científicas em revistas internacionais que são produzidas anualmente por este departamento.

Não é difícil adivinhar as consequências desta atitude hermética, não promotora da excelência, antes complacente com a mediocridade. A rígida obediência da hierarquia e a antiguidade substitui outros critérios mais compatíveis com o ensino superior, como a capacidade científica, o espírito universalista ou o empreendedorismo. Este não é o ambiente propício ao livre pensamento, ao saudável confronto de ideias, à abertura ao exterior, à inovação pela procura constante de superar os objectivos.

No caso do ISEP vi apoderar-se dos principais órgãos de chefia pessoas que foram impondo um regime de terror, que mais parecia saído de um trama palaciano do final da decadente monarquia francesa. Os alunos têm medo de falar por recearem represálias, os professores têm medo de contestar decisões ad-hoc impostas sem discussão prévia, os colegas espiam-se denunciando pequenas irregularidades, as pressões são constantes para não sair da linha imposta pela direcção. O cúmulo, que para mim foi algo inaudito: as entradas e saídas de docentes e alunos, em todas as salas, eram controladas ao minuto. Nem me arrisco a perguntar se não haveria câmaras de vídeo-vigilância em pontos estratégicos ou microfones nas salas.

Neste regime ditatorial, um regime governado com mão de ferro, é caso para perguntar: não se terá ido longe demais? No início surpreendia-me a baixíssima taxa de participação dos alunos nas aulas. Mais tarde percebi. Ouvi histórias arrepiantes de alguns alunos que foram severamente castigados (na avaliação, claro está) por contestarem alguns professores. No início surpreendia-me existirem disciplinas com altas taxas de reprovação. Mais tarde percebi. A matéria era apresentada para ser decorada, não para ser compreendida. Matéria essa que, por vezes, nada tinha de relevante para o curso em questão.

Escrevo este texto em jeito de desabafo mas também de alerta. O país está a atravessar um período único na sua história. Para conseguirmos sair desta crise ímpar, são necessárias reformas profundas. O ensino superior é dos sectores mais importantes e que consome mais recursos do orçamento. Muito foi feito nos últimos 20 anos, mas é crucial levar a cabo reformas para que o dinheiro dos contribuintes tenha um uso justo e adequado. O Ensino Superior Politécnico tem certamente muitas virtudes, mas é preciso encarar de frente os seus problemas crónicos e aproveitar ao máximo as suas riquezas. É altura de fazer algo a bem da sanidade do ensino superior politécnico e de quem luta para o melhorar substancialmente.

Armando Vieira

36 comentários:

Anónimo disse...

"Alguns institutos politécnicos chegam ao patético de publicar concursos públicos à medida do candidato que querem colocar. Para que fique bem claro que os “de fora” não são bem vindos."

Caro Armando Viera, onde escreveu alguns institutos politécnicos deveria ter escrito quase todas as universidades e politécnicos em Portugal, pois é essa a realidade e se a cunha não fosse já por si má, o problema vem que com a cunha entra gente incompetente, pois os competentes em avaliações sérias não têm qualquer receio..

Ainda não ouvi por parte de ninguém com poder de decisão para quando a separação de águas entre politécnicos e universidade no que toca ao tipo de cursos e competências.

A minha mais sincera opinião é que os politécnicos apareceram para dar emprego a muita boa gente que na sua maioria não tem muitas habilidades intelectuais..

Anónimo disse...

Desculpe-me, o senhor pode ser um grande cientista mas não sabe conjugar o verbo haver. Isso é grave, muito grave. Que posso pensar da sua cultura se não conhece um dos principais verbos da língua que parece ser a sua língua materna? Retiro tudo o que disse se o português não é a sua língua materna, nesse caso diria que o seu domínio da língua é muito bom. Caso contrário vá estudar verbos antes de criticar os Politécnicos.

Graciete Rietsch disse...

Gostava de fazer um pequeno comentário. Também fui profesora no ISEP e o elevado índice atribuído a professores do ISEP nos respectivos concursos tinham a única finalidade de manter na nossa Escola professores que já lá trabalhavam e tinham dado excelentes provas. Não havia favoritismos . Apenas queríamos manter os bons professores que já lá trabalhavam e que depois vieram mostrar a justeza do critério completando doutoramentos e fazendo investigação apesar de, no meu tempo as condições não serem lá muito boas, e ter que se fazer a investigação conjuntamente com a Universidade. Mas já lá vão uns 15 a 20 anos e por hoje não posso falar.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Eu, como ex aluno do ISEP, confirmo tudo o que este artigo relata. Ao ler o artigo senti a minha pele arrepiar-se, pois parecia que estava a viver aquele pesadelo novamente, o tratamento arrogante e parcial, os professores estavam ali, com um objectivo que nao o de transmitir conhecimento. Alguns deles com problemas serios de relacionamento com os alunos. A esta distancia da vontade de rir, mas na altura tinha, eu e os meus colegas, vontade era de chorar. E de abandonar o barco, o que muitos fizeram, para não prescindir do respeito próprio. Só os masoquistas, como eu, é que aguentaram estoicamente ate ao fim. Talvez numa proxima ocasiao meta aqui algumas cenas, para todos nos rirmos (ou lamentarmos) um bocado.

José Batista da Ascenção disse...

Caro Armando Vieira.

Admito que este texto não lhe tenha aumentado o número de amigos.
Não sou conhecedor das realidades específicas a que se refere.
Mas tenho-as por realidades por serem indesmentíveis e indiscutíveis as suas consequências. De modo geral, claro.
Fui/sou conhecedor do extraordinário sistema de avaliação de professores do ensino secundário, que uma "socióloga inspirada", com muitos (e graúdos) apoiantes, introduziu no sistema de ensino. O modo como funcionou/funciona não fica atrás do que refere. E há quem espreite (e aproveite?...) e bata palmas.
É o que temos.
Por isso, pelo que diz, e pela frontalidade com que o diz, o considero merecedor da minha estima e admiração.
Muito obrigado.
José Batista da Ascenção

Rantanplan disse...

"Também fui profesora no ISEP e o elevado índice atribuído a professores do ISEP nos respectivos concursos tinham a única finalidade de manter na nossa Escola professores que já lá trabalhavam e tinham dado excelentes provas"

Ou seja, endogamia à bruta e sem complexos.

Anónimo disse...

Boas.. li o texto.. concordo com o que o foi dito.. neste momento sou aluno do isep, e faço parte daquela minoria quase inexistente que acha que os professores são nossos iguais e que falam quando vêmalgo mal quer com o metodo, quer com as atitudes que com a materia que é lecionada. já deixei cadeiras para trás, para não ter de chamar incompentente ao docente e com isso sofrer represálias.. vejo alguns docentes queixarem-se e a falarem quase como se me estivessem a fazer um favor.. Não quero favores.. quero qualidade e actualidade ! Não acho que que vá sair preparado para o mundo dotrabalho... vale-me já ter trabalho e saber como é o trabalho... Acho sobretudo um mal "português", o contento e aceitação da medriocridade.. gostava que houvessem mais como eu e alguns colegas meus.. que falam sem medo de represálias.. que as há !!

Anónimo disse...

As minhas desculpas pelo que vou dizer se alguma coisa me escapou (julgo que não, visto ter pesquisado por "h"). Encontrei o verbo "haver" conjugado uma única vez. Note-se que estava bem conjugado, o que me deixa profundamente triste face a um comentário em particular. Já num outro comentário encontrei o mesmo verbo mal conjugado, e ainda ninguém se queixou.

Cuprimentos

Anónimo disse...

Estas instituições são uma farsa.
Fico com pena que este colega só tenha de facto despertado seriamente para esta questão depois de ter sido despedido por vingança e autoritarismo do actual gestão.
Eu já trabalhei por lá e sei bem o que é: Ignorância dos docentes nas coisas mais básicas! Compadrio às claras e sem complexos. Tirando os alunos noturnos que eram muito interessados, o grosso de alunos não sabe o suficiente para uma boa prova de Física 12 ano. Tudo isto pago alegremente pelo estado. Talvez esteja a ser muito dramático... E com isso a inviabilizar a veracidade deste comentário. Mas é verdade! O impensável existe nessa casa. Com muita tristeza minha.

Anónimo disse...

Eu não me deixo de espantar quando falam em professores que já tinham dado excelentes provas!
Porque por lá andei e não vi provas nehumas de competência ...
Presumo que a colega Graciete deve estar a referir-se às provas dadas no PCP ... De facto essas vi abundantemente!

Anónimo disse...

Eu sou aluno do ISEP e concordo com tudo o que foi dito. Inclusive, assisti impotente à "novela" que se arrastou (e arrasta) durante semanas despoletada com o despedimento deste professor no final do semestre. Escusado será dizer, que os alunos deste professor ficaram como o "tolo no meia da ponte", sem qualquer explicação/informação por parte de quem tinha o dever de nos informar.

Em relação à qualidade geral do ensino nas várias cadeiras, é com tristeza que confirmo que infelizmente os bons professores (aqueles que realmente estão ali para nos ensinar)contam-se pelos dedos de 1/2 mão. Não é minha intenção, com estas palavras, ferir susceptibilidades ou ofender quem possa estar a ler estas linhas. É apenas a minha opinião pessoal sobre o tenho visto e sentido dentro do ISEP, opinião esta que é partilhada em silêncio por muitos colegas meus.

Outro pormenor curioso, é o facto de sermos muitas vezes contemplados com emails provenientes das "altas instancias desta instituição", chamando-nos a atenção para o bom nome e excelente reputação que o ISEP tem no publico em geral, e para a necessidade de os manter. Esta preocupação com as aparencias em detrimento da qualidade de ensino, faz com que cada vez mais os alunos se sitam desiludidos e enganados, já que a realidade dentro do ISEP é muito diferente daquela que vendem no exterior.

Urge mudar esta atitude/mentalidade em prol de um ensino de qualidade e acabar com os favorecimentos/panelinhas (tachos) de A, B ou C que só prejudicam o ISEP e os seus alunos.

José Matos disse...

Caro Armando Vieira,

tanto quanto julgo saber, o Armando Vieira exerceu funções de topo de carreira, durante 10 anos na qualidade de Professor Coordenador. Durante esse tempo assumiu cargos da mais alta responsabilidade, quer no seu departamento quer na gestão central do ISEP. Na minha opinião seria durante esse tempo, no exercício das suas funções e enquanto lhe pagavam para isso, que deveria denunciar estes problemas e participar na sua resolução.

Eu sou docente do ISEP e repudio com veemência a generalização de falta de seriedade e de competência implícita no seu texto, que atinge docentes e alunos.

Com os meus cumprimentos.

Anónimo disse...

Sou aluno no isep e apenas me falta uma disciplina para acabar a licenciatura. Repito: apenas uma. E essa disciplina é Física aplicada. Não sou caso único, existem muitos colegas como eu.
Já conheci vários professores na disciplina pois é o 3º ano que a frequento, e pela primeira vez tive um professor que conseguia estimular-nos. Um programa mais interessante. E mais, pela primeira vez um professor que resolvia e disponibilizava todos os problemas resolvidos. É com espanto que soube que tinha sido despedido. Tenho imensa pena. É um erro mandar um professor destes embora da escola.
Tive no passado um prof. de física que nas aulas perguntava se queríamos expor dúvidas. Quando lhe dizíamos que não e lhe perguntávamos se não podia resolver alguns problemas. A resposta era não. Que só ali estava para tirar dúvidas, e perante isto saia pela porta fora. E nós ficávamos incrédulos com esta atitude. Esse professor ainda lá anda, e não deixa saudades.
Mas caro professor Armando, voce deixa!
Muitas felicidades.

Anónimo disse...

Valdemar Silva
Caro Armando Vieira, concordo em alguns pontos com o que descreveu.
Discordo completamente com este, e que designou como o cúmulo: "as entradas e saídas de docentes e alunos, em todas as salas, eram controladas ao minuto."
Tenho imensos bons motivos para esta discordância, mas prefiro deixar-lhe uma pergunta:
Como acha que deve ser controlado, e assegurado, o dever de assiduidade que qualquer trabalhador está obrigado?

Anónimo disse...

Valdemar Silva, concordo totalmente com o que disse.
A assiduidade deve ser controlada.
O que não se pode aceitar él que existam câmaras de filmar nas salas de aulas. O professor Armando Vieira afirma : "Nem me arrisco a perguntar se não haveria câmaras de vídeo-vigilância em pontos estratégicos ou microfones nas salas". Se quiser arriscar perguntar, a resposta é "SIM". No ISEP EXISTEM câmaras de vídeo-vigilância nas salas de aulas de eng. Informática". O que é deveras estranho! E pergunto, será legal?

Anónimo disse...

Para que serve uma disciplina de Física para um aluno do curso de eng. Informática? É sempre essa a pergunta que faço enquanto aluno desse curso no isep.
Na minha opinião, para nada. Claro que isto é discutível e aceito quem pense o contrário. Penso que esta disciplina não traz qualquer benefício de relevo para as competências profissionais um engenheiro informático. Não tive qualquer aula de física no ensino secundário. Nem esta disciplina é específica para um aluno que se queira candidatar a este curso.
700 alunos têm esta disciplina para fazer. Acho que quem ganha com esta situação é a escola (com mais dinheiro de propinas) e os professores de física claro está, pois são precisos cada vez mais.
Se para o ano formos 900 deve existir dinheiro para se contratar mais professores de física. Faz falta a troika no Isep.

Anónimo disse...

Exmo. Doutor Armando Vieira,

Li com atenção o seu texto. Fiquei estupefacto!
Falta sem dúvida o direito ao contraditório de quem de direito - o responsável máximo do Instituto Superior de Engenharia do Porto.
A ser "verdade", este tipo de actuação é gravíssimo. Só passará inócuo se neste país as pessoas com responsabilidade continuarem a olhar para o lado para não verem o que está à frente dos seus olhos. Recordo-me do mal afamado BPN!
Entidades com responsabilidade neste país, deveriam averiguar a veracidade dos factos que relata terem acontecido.
A serem verdade, compreendo cada vez melhor porque razão Portugal não sai da cauda da Europa.
Infelizmente!
Respeitosos cumprimentos.

Anónimo disse...

Conheço bem o departamento de Física do ISEP, pois já lá leccionei.
Um departamento marcado por cunhas, já que os docentes eram filhos ou maridos de professores dessa mesma escola. Fui seleccionado para a docência nesse departamento pois concorri a um concurso que foi público (mas a prazo).
Quando terminou o prazo do contracto, fizeram um concurso "interno" pois havia a possibilidade de aumentar esse prazo para apenas um docente. Sabia que a partir daí já não teria possibilidades nenhumas. As competências passaram não a ser científicas, mas outras: laços de amizade e familiares.
Mas o que mais me incomodou na minha curta experiência nesse departamento foi um certo clima de intimidação que existia.
Mesmo surrealista, e apenas um ou outro docente desse departamento tinham a coragem de se manifestar contra esse estado de coisas.
Gostaria muito de ouvir a opinião do sindicato, mas nestas alturas não se ouvem.
Obrigado pela oportunidade de poder expor esta minha experiência.

Anónimo disse...

COMENTANDO: Li com atenção o seu texto. Fiquei estupefacto!NÃO É DE ESTAR ESTUPEFACTO É A REALIDADE EM MUITAS INSTITUIÇÕES QUER PUBLICAS OU PRIVADAS
Falta sem dúvida o direito ao contraditório de quem de direito - o responsável máximo do Instituto Superior de Engenharia do Porto.: CONTRADITÓRIO PARA... ? TODOS OS ÓRGÃOS DA ESCOLA SABEM DESTAS SITUAÇÕES QUER VERBALMENTE QUER DOCUMENTALMENTE ; HAJA IMPUNIDADE !
A ser "verdade", este tipo de actuação é gravíssimo. Só passará inócuo se neste país as pessoas com responsabilidade continuarem a olhar para o lado para não verem o que está à frente dos seus olhos. Recordo-me do mal afamado BPN!
Entidades com responsabilidade neste país, deveriam averiguar a veracidade dos factos que relata terem acontecido.
A serem verdade, compreendo cada vez melhor porque razão Portugal não sai da cauda da Europa.
Infelizmente!
Respeitosos cumprimentos.
ACRESCE QUE TRATA-SE DE UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO . SITUAÇÃO QUANTO MUITO MAIS GRAVE POIS SÃO ESTES OS EDUCADORES DOS H/M DE AMANHA! ENFIM REFLEXO DA SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS E QUE FICAMOS PASSIVOS PERANTE ESTE TIPO DE FACTOS.

Anónimo disse...

O entusiasmo, orgulho e apoio que a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do Instituto Politécnico de Santarém, suscita ao Sr. Ministro da Educação, Prof. Nuno Crato, é partilhado por sucessivos titulares do Ministério com a Tutela do Ensino Superior, nomeadamente, pela Sr.ª Prof.ª Maria da Graça Carvalho, titular da pasta do Ensino Superior nos XV e XVI Governos Constitucionais, como resulta da vibrante intervenção da mesma Senhora, no dia 24 de Maio de 2013, em Rio Maior:
http://www.gracacarvalho.eu/xms/files/ACTIVIDADE_EM_PORTUGAL/OUTRAS_ACTIVIDADES/2013/5_24-05-2013_IP_Santarem/Speech_final_site.pdf

Anónimo disse...

E o que dizer das despesas do ensino superior politécnico público tais como, a celebração do aniversário de uma Escola, integrada no Instituto Politécnico de Santarém, com um cruzeiro na barragem do Castelo do Bode, com almoço a bordo e transferes em autocarro ao cais de embarque, para docentes, funcionários e convidados, noticiada pelo jornal “O Mirante”, na sua edição de 18.12.2008, pág. 33, em artigo intitulado “Aniversário da Escola de Gestão celebrado em tom de discórdia”, e pelo Diário de Notícias, na sua edição de 19.12.2008, pág.13, em artigo intitulado “Um passeio à conta dos contribuintes”.
Despesas estas, que não suscitaram um reparo por banda dos órgãos do Estado.

Anónimo disse...

Num ensino superior politécnico público que já anunciava doutoramentos, em parcerias com universidades, o panorama da habilitação dos seus docentes é elucidativo, pelo menos, segundo dados divulgados pela Direcção-Geral do Ensino Superior, “Análise de todos os Docentes em 2008 por Categoria”, INDEZ2008, reportados a 31 de Dezembro de 2008, num universo de 8.181 docentes, no ensino superior politécnico, 35 tinham habilitação ignorada e os demais a seguinte habilitação: - 49 décimo segundo ano ou menos; - 30 Curso de Especialização Tecnológica; - 111 Bacharelato; - 2.796 Licenciatura; - 73 Pós-Graduação; - 3.602 Mestrado; - 1.485 Doutoramento.
Segundo dados da mesma Direcção-Geral, o REBIDES, no ano lectivo 2011/12, no ensino superior politécnico público num universo de 10.284 docentes, 104 têm habilitação não especificada, e os demais a seguinte habilitação: - 66 Bacharelato; - 3. 390 Licenciatura; - 4.255 Mestrado; - 2. 496 Doutoramento.
Ou seja, mais de 75% dos docentes do ensino superior politécnico público nem sequer são doutorados.
Acresce que, de 31.12.2008 até ao ano lectivo 2011/12, o nº de docentes do ensino superior politécnico público aumentou cerca de 26%. Não obstante ser sabido que o n.º de alunos nos Politécnicos tem vindo a decrescer…
A menor qualificação académica dos docentes do ensino politécnico público - em que mais de 75% dos docentes não são doutorados – mas que auferem remunerações equivalentes às dos docentes universitários, independentemente do grau académico de que sejam titulares, ou mesmo de serem titulares de um grau académico… – radica no facto de no ensino superior politécnico público não ser necessário que sejam mais qualificados academicamente para ministrarem a sua oferta educativa de Licenciaturas, Mestrados e Doutoramentos.
Ainda que alguns Mestrados – e os Doutoramentos – sejam omissos da oferta educativa divulgada no site da Direcção-Geral de Ensino Superior.

Anónimo disse...

Nos Ciclos de Estudos Autorizados, constantes do site da DGES, não só não consta o Doutoramento em Ciências do Desporto da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do Instituto Politécnico de Santarém, em parceria com a Universidade da Madeira - anunciado no site desta Escola, em página actualizada em 30.1.2013 - como também não consta nenhum Doutoramento em parceria com Politécnicos. Apenas constando: - Doutoramentos em parcerias entre Universidades.
Acresce que o próprio Doutoramento em Ciências de Desporto, de Universidade da Madeira, mencionado no n.º 67 dessa listagem da DGES, porque não acreditado devia ter sido descontinuado…

Anónimo disse...

Se no motor de busca pesquisarem:

Anexo Técnico nVI –UMa – IPS.tif – GPC – Universidade da Madeira

Vão encontrar um ficheiro PDF, que encerra um documento que ficará para a história do ensino superior – PÚBLICO - e nessa medida, caso nele tenham interesse, aconselho que façam a sua impressão, enquanto está disponível. Documento este, que nos permite perscrutar o modus operandi seguido para o Doutoramento em Ciências do Desporto, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do Instituto Politécnico de Santarém, em parceria com a Universidade da Madeira. E, com alguma ironia, até concluir que, no ensino superior público português, é muito mais fácil ministrar um Doutoramento do que uma Licenciatura.

Não fora este documento ser o princípio do fim da Universidade Pública, quantos mais empreendedores, em nome do princípio da igualdade, num futuro próximo não seriam tentados a fazer parcerias idênticas.

Anónimo disse...

Quando a oferta educativa do ensino politécnico se traduz em licenciaturas, mestrados e doutoramentos, importa destrinçar as diferenças entre o ensino politécnico e o universitário.

A diferença mais evidente é a qualificação académica dos corpos docentes que necessariamente se reflecte no conhecimento produzido, transmitido e difundido pelas instituições de ensino superior a que esses corpos dão suporte.

Os corpos docentes têm a relevância que lhe é dada pelas próprias instituições de ensino superior, responsáveis pelo seu recrutamento, e pelos currículos académicos desses mesmos docentes.

A menor qualificação académica dos corpos docentes das instituições de ensino politécnico resulta da sua desnecessidade.

Ao invés do ensino universitário, em que todos os professores na carreira docente são titulares do grau de doutor, este grau académico no ensino politécnico não é valorizado, tendo mesmo o Governo do Sr. Eng. José Sócrates, o que dispunha de uma maioria absoluta na Assembleia da República, na redacção dada pelo DL nº 207/2009 de 31/8 ao artigo 19º do ECDESP, estipulado um período de carência de cinco anos para o acesso à categoria de professor coordenador de um doutorado. E como tal apoucamento deste grau académico não fosse bastante, ainda privilegiou os detentores do título de especialista que, uma vez obtido este título, logo podiam candidatar-se a esta categoria, em detrimento dos titulares do grau de doutor que a ela só se podiam candidatar depois de se terem doutorado há mais de cinco anos…

Mantido aliás, na legislatura seguinte na nova redacção dada ao artigo 19º de ECDESP pela Lei nº 7/2010 de 13/5, quando o Governo já não dispunha de uma maioria absoluta na AR…

E para elucidar o Leitor veja-se: o Decreto-Lei n.º 206/2009 de 31/8 que aprovou o regime jurídico do título de especialista, previsto na Lei n.º 62/2007 de 10/9; a nova “Via Verde” criada para o ensino politécnico, por via de título de especialista, habilitação substitutiva do grau académico de doutor no acesso às categorias de professor adjunto e de professor coordenador e que releva para efeitos da composição do corpo docente das instituições.

Artigo 7º, alíneas a) e b), do DL n.º 206/2009 de 31/8, pode requerer a prestação de provas para a obtenção deste título de especialista quem satisfaça cumulativamente as seguintes “condições”: «deter formação inicial superior e, no mínimo, 10 anos de experiência profissional no âmbito da área para que são requeridas as provas» e «deter um currículo profissional de qualidade e relevância comprovadas para o exercício da profissão na área em causa».

Impõe-se por isso o regozijo pelo alargamento de significados inerentes ao conceito de especialista pois tal deixou de corresponder à denominação aplicada ao indivíduo conhecedor de matéria ou domínio específico, resultante de um trabalho de investigação contínuo, com provas dadas e reconhecidas pela comunidade científica; passou a designar igualmente toda e qualquer pessoa que, provida de formação inicial numa qualquer área, desempenhe funções na mesma durante uma década e eis que todos somos, ou podemos ser, especialistas de alguma forma em alguma coisa; qual milagre da multiplicação actualizado aos dias e necessidades dos nossos tempos.

Pois, assim, a diferença mais evidente entre o ensino politécnico e o universitário é a qualificação académica dos corpos docentes; porém, poderá não ser a única… Quando, por exemplo, se entende no ensino politécnico que a área de ciências jurídicas pertence a área de ensino predominantemente técnica, e que não tem áreas e disciplinas afins, quiçá a natureza do ensino politécnico também é diferente da natureza do ensino universitário… e, de resto, assim devia efectivamente ser, não fosse o caso de só parecer às vezes, de forma tão incompreensível quanto estas!





Anónimo disse...

Tesourinhos deprimentes

Em meados de Setembro de 2011 a Direcção Geral de Ensino Superior divulgou o INDEZ 2010. A adopção de um novo formato condensado trouxe como consequência uma redução na quantidade de informação pelo que deixa de ser possível conhecer as habilitações académicas do corpo docente de cada um dos estabelecimentos de ensino superior públicos…

E a qualidade da informação divulgada é obscurecida, pelo gráfico 2, da página 6, de leitura imprecisa, que torna a simples compreensão das percentagens da distribuição das habilitações académicas dos docentes no ensino politécnico e no ensino universitário num quebra-cabeças mais apropriado a passatempo do que a informação oficial. Ao que acresce alguma prosa pouco assertiva e até equívoca ao reflectir que 48% dos docentes do ensino superior (a 31/10/2010) estavam habilitados com o doutoramento, o que está muito aquém da realidade da nossa universidade pública, e muito além da realidade do ensino politécnico público.

E não será despiciendo recordar que um dos objectivos do “Contrato de Confiança” é o aumento do número de docentes do ensino politécnico com o grau de doutor, de modo a cumprir o objectivo de 50% do corpo docente ser detentor do grau de doutor; em que a meta do ano de 2010 era chegar aos 25%...

No ensino universitário 48% dos docentes habilitados com o grau de doutor é a negação da realidade da Universidade portuguesa, no ensino politécnico 48% dos docentes habilitados com o grau de doutor uma miragem.

Anónimo disse...

No ano lectivo 2007/2008, com pré-inscrições one-line até 3 de Setembro e candidaturas de 4 a 14 de Setembro de 2007, a Escola Superior de Gestão de Santarém anunciou um Mestrado em Gestão, usando o seu símbolo e o da Universidade de Évora; o Sr. Prof. Carlos Zorrinho, então Coordenador da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, foi o convidado de honra na abertura do que então era noticiado* como o Mestrado em Gestão na ESGS em parceria com a Universidade de Évora; em Janeiro de 2008** a polémica instalou-se: para o Sr. Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Gestão de Santarém, o Mestrado que decorria na ESGS era um Mestrado em parceria com a Universidade de Évora, já para a Sr.ª Prof.ª Marta Silvério da Universidade de Évora tratava-se de um curso de pós-graduação não conferente de grau…

Nos anos subsequentes, o Mestrado em Gestão em parceria com a Universidade de Évora constou da oferta educativa do Instituto Politécnico de Santarém, sem que no site da Direcção-Geral do Ensino Superior se tenha descortinado o mesmo (Mestrado) na oferta formativa do Instituto Politécnico de Santarém.

*O Ribatejo edição de 19/10/2007.
**O Mirante edição de 25/1/2008

Anónimo disse...

Quando a oferta educativa do ensino politécnico se traduz em licenciaturas, mestrados e doutoramentos, a perspectiva do ensino politécnico enquanto o ensino superior de curta duração labora em equívoco pois o ensino politécnico concorre com o ensino universitário na atribuição de graus académicos.

Contudo, as diferenças existem; eventualmente, a mais evidente é a qualificação académica dos corpos docentes que, necessariamente, se reflecte no conhecimento produzido, transmitido e difundido pelas instituições de ensino superior a que esses corpos dão suporte.

Ao invés do ensino universitário, em que todos os professores na carreira docente são titulares do grau de doutor, este grau académico no ensino politécnico não é valorizado, resultando a menor qualificação académica dos corpos docentes das instituições de ensino politécnico devido à sua desnecessidade.

Desnecessidade esta recentemente robustecida pelo título de especialista , habilitação substitutiva do grau académico de doutor no acesso às categorias de professor adjunto e de professor coordenador e que releva para efeitos da composição do corpo docente das instituições. Neste contexto, o conceito de especialista deixou de corresponder à denominação aplicada ao indivíduo conhecedor de matéria ou domínio específico, resultante de um trabalho de investigação contínuo, com provas dadas e reconhecidas pela comunidade científica e passou a designar igualmente toda e qualquer pessoa que, provida de formação inicial numa qualquer área, desempenhe funções na mesma durante uma década e eis que todos somos, ou podemos ser, especialistas de alguma forma em alguma coisa.

Preparando-se já o próximo ano lectivo, seria de elementar transparência que o Governo impusesse aos Institutos Politécnicos, e às Escolas de ensino politécnico não integradas em Institutos Politécnicos ou em Universidades, a obrigação de divulgação nos sites das próprias instituições dos currículos académicos de todos os seus docentes. Divulgando de forma obrigatória, relativamente a cada um dos seus docentes, os seus os graus académicos e demais habilitações, a categoria, as disciplinas que lecciona e os ciclos de estudos a que essas disciplinas pertencem, bem como os artigos e livros científicos que publicou, a participação em projectos de investigação, as comunicações apresentadas em congressos e colóquios científicos, os prémios de reconhecimento científico obtidos, a participação em júris académicos de provas e concursos, a orientação de teses concluídas dos 2.º e 3.º ciclos.

Mais, os alunos deviam ser isentos do pagamento de propinas às instituições de ensino politécnico que não divulgassem, no seu site, o grau académico e demais habilitações de algum dos seus docentes

Anónimo disse...

Diz a sabedoria popular que “ o Diabo está nos pormenores…”, e eu concordo!

3 Questões a colocar ao Ministro da Educação, Sr. Prof. Nuno Crato.

1.ª Questão:

Do INDEZ 2010 há, pelo menos, três versões:

A) A versão do INDEZ2010 datada de Setembro de 2011, para a qual aliás, expressamente, remete o esclarecimento de 20 de Setembro de 2011 do Reitor da Universidade de Lisboa, Sr. Prof. Sampaio da Nóvoa, sobre os concursos desta Universidade; publicado na News n.º 23; Setembro/Outubro de 2011.

http://news.fm.ul.pt/Content.aspx?tabid=76&mid=517&cid=1629

B) A versão do INDEZ 2010 datada de Outubro de 2011.

http://www.dges.mctes.pt/NR/rdonlyres/896E77DB-6B33-4C44-A42C-72CDB3D71B8F/5817/EstudoINDEZ2010V13.pdf

C) E a versão do INDEZ 2010 datada de Fevereiro de 2012.

http://www.dges.mctes.pt/NR/rdonlyres/896E77DB-6B33-4C44-A42C-72CDB3D71B8F/5922/Relat%C3%B3rioINDEZ2010comUnidOrganicas.pdf

- Assim sendo, porque é que no site da Direcção-Geral do Ensino Superior deixou de constar a versão do INDEZ2010 datada de Setembro 2011, nele apenas constando a versão datada de Outubro de 2011, e a versão datada de Fevereiro de 2012 ?

2.ª Questão:

- Atento o enquadramento legal vigente, restritivo de contratações no ensino superior público, como explica o Sr. Ministro que, de 31.12.2008 até ao ano lectivo 2011/12, o número de docentes do ensino superior politécnico público tenha aumentado cerca de 26% ?

3.ª Questão:

- Como justifica que a Direcção-Geral do Ensino Superior não divulgue nem o INDEZ 2011, nem o INDEZ 2012, que reportam dados referentes ao ensino superior público respectivos aos anos de 2011 e de 2012 ?

Anónimo disse...

O anterior Ministro com a Tutela do Ensino Superior, Sr. Prof. Mariano Gago, em entrevista ao Expresso, publicada no 1º Caderno, pp. 14-15, na edição de 18/4/2009, assegurou que as garantias de transparência nos concursos nas carreiras docentes do ensino superior eram impostas, pela primeira vez, de forma muito exigente nos estatutos.

De alguma forma, o Governo assim fez ao estabelecer na lei a nulidade dos concursos de recrutamento de docentes, no ensino politécnico e universitário, que não contenham nos editais os critérios de selecção e seriação dos candidatos.

O artigo 29º-B, n.º 2 e nº 3, do Estatuto da Carreira Docente do Ensino Superior Politécnico, e o artigo 62º-A, n.º 2 e n.º 3, do Estatuto da Carreira Docente Universitária, nas redacções respectivamente dadas pelo DL n.º 207/2009 e pelo DL n.º 205/2009, ambos de 31/8, que cominam a sobredita nulidade, entraram em vigor em 1 de Setembro de 2009.

Basta tão só comparar editais de recrutamento de docentes para ensino superior público para o leitor poder aperceber-se quais os editais em que constam os critérios de selecção e seriação dos candidatos e os editais em que não constam os critérios de seriação dos candidatos que deles deviam de constar.

Em apreço estão os concursos para o recrutamento de docentes para a carreira do ensino superior politécnico público, alguns deles para a nova categoria, criada pelo DL n.º 207/2009 de 31/8, de Professor Coordenador Principal, com vencimento equivalente ao de Professor Catedrático, cujos editais se encontram plasmados na 2ª Série do Diário da República, desde 1 de Setembro de 2009, e em que, com os critérios de selecção e seriação dos candidatos constantes dos editais, é insusceptível ordenarem-se dois candidatos…

Insanável, a nulidade é arguível a todo o tempo.

As autoridades administrativas podem, a todo o tempo, declarar a nulidade, bem como qualquer Tribunal.

Será que não é tempo para o Ministro da Educação, com a Tutela do Ensino Superior, Sr. Prof. Nuno Crato, agir…?


Anónimo disse...

Relativamente ao Post de 17 e Agosto de 2013 às 12:39, vejam
http://semanal.omirante.pt/index_access.asp?idEdicao=323&id=40726&idSeccao=4680&Action=noticia

Anónimo disse...

Se for ao D. R. comparar os editais de concursos públicos para o recrutamento de docentes nos politécnicos com os das universidades estou certo de que se aperceberá que são realidades muito diferentes. Corre mesmo o risco de, iludindo-se, convencer-se que o País não é o mesmo.

E, no particular, que respeita à gigantesca onda de abertura de concursos de provas públicas para prof. adjuntos nos politécnicos que, legalmente (artigo 7.º, n.º2, do ECDESP), apenas eram admissíveis em áreas de ensino predominantemente técnicas, de que a Ciência é diferente…

Anónimo disse...

Tal como a Lusófona deve ser compelida a fundamentar os créditos que atribuiu a Miguel Relvas em razão da experiência deste, também os Politécnicos devem ser compelidos a fundamentar a área de ensino predominantemente técnica nos concursos por provas públicas para o recrutamento de Professores Adjuntos. Porquanto, em ambos os casos, o que está em apreço é a integridade científica.

Inevitável na comunidade científica, este debate urge. Tal como a fundamentação dos créditos concedidos a Miguel Relvas na sua Licenciatura, a fundamentação de que a Geografia, a História, o Direito e outras ciências, são áreas de ensino predominantemente técnicas ameaçam arrasar a integridade científica destas instituições de ensino superior.

Anónimo disse...

Antes tarde do que nunca. Que o "Rei vai nu" todos sabem, mas tardou que alguém qualificado o mencionasse ... Aqui vai, http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=675024

Anónimo disse...

Na Feup tb existem e ninguém questiona. A verdade e,quem as salas estão abertas aos alunos

Anónimo disse...

Tem toda a razão.

Pergunto qual a autoridade académica de um Puto chamado Pedro Guimarães que fez um mestradozito por ai têm.para.passar cartas de recomendação para amigos leccionarem nessa instituição?
Nomeadamente nesse mesmo departamento encontram-se/ encontraram-se alguns do recomendados a.leccionar... Por acaso pessoas que ate tem cv miseráveis..

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