Os principais actores do sistema imunológico são os linfócitos B e T. Os linfócitos B são células que produzem anticorpos ou imunoglobulinas, as proteínas que reconhecem zonas específicas (os epítopos) de bactérias, vírus e outros invasores externos (antígenos). Existem vários tipos de linfócitos T, sendo que as células T citotóxicas são muitas vezes designadas por células T assassinas já que a sua função é destruir esses invasores, nomeadamente os identificados pelos anticorpos.
Há já algum tempo que se utiliza anticorpos monoclonais produzidos em laboratório no tratamento de alguns tipos de cancro. Esta terapia segue normalmente uma de três estratégias: a ligação do anticorpo a um epítopo na superfície da célula cancerosa desencadeia ou um processo de destruição da célula ou sinaliza o sistema imunonológico para atacar e destruir essa célula. A terceira estratégia consiste em produzir um anticorpo ligado a uma toxina ou a um agente radioactivo que destrua a célula a que o anticorpo recombinado se ligue.
O problema destes tratamentos, tal como acontece com a radio e quimioterapia, é que muitas células saudáveis são destruídas no processo, o que resulta em efeitos secundários que podem ser fatais e que são certamente debilitantes.
Este problema pode ser em breve ultrapassado graças ao trabalho de um grupo da Universidade de Newcastle, descrito em dois artigos no último número da revista ChemMedChem, «Light directed activation of Human T-Cells» e «Light activation of anti-CD3 in vivo reduces the growth of an aggressive ovarian carcinoma».
Os cientistas desenvolveram uma tecnologia inovadora que utiliza radiação no ultravioleta próximo (ou UV-A) para activar anticorpos específicos para células cancerígenas. Para isso, envolveram os anticorpos numa capa de óleo que é removida pela luz. Fazendo incidir luz nas zonas afectadas, os anticorpos iluminados activam células T assassinas que destroem as células cancerígenas apenas nessas zonas, minimizando os danos a tecido saudável.
O cientista resonsável pelo trabalho, Colin Self, descreveu o processo como «equivalente a uma bala mágica ultra-específica».
Embora existam alguns perigos associados a tratamentos envolvendo a activação de células T, como os nossos leitores certamente se lembrarão de ver nos telejornais há cerca de ano e meio, esta técnica de activação muito localizada parece minimizar os riscos de «overdrive» do sistema imunológico. Nos ensaios com ratos, de um total de seis tumores de ovário, cinco foram destruídos e o sexto diminuiu muito, sem alterações notáveis no sistema imune dos ratos testados.
A companhia BioTransformations Ltd, fundada por Colin Self para desenvolver esta tecnologia, pretende começar testes clínicos em pacientes com cancros secundários de pele no início de 2008.
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11 comentários:
A existência do cancro é uma evidência de que as mutações destroem a informação no genoma, em termos degenerativos.
As mutações não são, certamente, a varinha mágica da evolução. Infelizmente conhecemos bem os seus efeitos. Os hospitais estão cheios de pessoas afectadas por mutações.
É de muito mau gosto enaltecer o que há de positivo nas mutações.
O evolucionismo diz que as mutações são o motor da evolução. O criacionismo afirma que as mutações são a causa de muitas doenças, sofrimento e, em muitos casos, morte.
A Bíblia afirma que com o pecado humano toda a criação ficou corrompida. Por isso toda ela será restaurada.
A Bíblia convida-nos a procurar superar as consequências do pecado, através do amor a Deus e ao próximo.
O desenvolvimento da medicina adequa-se muito bem a este mandamento. Crentes e não crentes têm dado contributos muito importantes para o desenvolvimento da medicina. É sempre bom quando o conhecimento é colocado ao serviço das pessoas.
Raymond Damadian foi um dos cientistas envolvidos no desenvolvimento da imagiologia por ressonância magnética nuclear.
Damadian terá sido preterido na atribuição do prémio Nobel da Medicina apenas por ser criacionista, facto que suscitou protestos mesmo por parte de Michael Ruse, um conhecido intelectual evolucionista.
Veja-se: Michael Ruse, “The Nobel Prize in Medicine - Was there a Religious Factor in this Year's (Non) Selection?”, Metanexus Institute, March, 18, 2004.
Ó anónimo, cale-se e crie o seu blogue para pregar, a sério que já mete nojo. É por causa de gente como você que há quem rejeite a religião.
Peço desculpa aos membros do DRN pelo desabafo, um bocado exagerado.
Palmira, creio que vi aqui há coisa de uns dois anos uma apresentação em que se utilizavam anticorpos específicos para células já afectadas pelo cancro. Esses anticorpos eram ligados a nanopartículas de ouro que assim se ligavam aos tumores. Depois, os cientistas accionavam uma fonte de radiação (não me lembro qual o tipo, mas não afectava quaisquer células) que aquecia as partículas e assim destruía de forma localizada o tumor. A forma de actuação seguia parâmetros semelhantes. Mas este post deixou-me na dúvida sobre a minha memória, uma vez que fico com a ideia, a partir do que diz, que os anticorpos não serão capazes de distinguir células saudáveis das células já cancerígenas. É isto verdade?
Olá JSA:
Também vi qualquer coisa sobre as nanopartículas não me lembro bem dos detalhes mas a ideia que fiquei, conjugada com o que li agora sobre este novo tratamento luminoso, é que é difícil produzir anticorpos muito específicos. Nos tratamentos com anticorpos monoclonais que já são utilizados para alguns tipos de cancro, por exemplo, do pâncreas, tecidos saudáveis são igualmente destruídos.
"Para isso, envolveram os anticorpos numa capa de óleo que é removida pela luz. Fazendo incidir luz nas zonas afectadas, os anticorpos iluminados activam células T assassinas que destroem as células cancerígenas apenas nessas zonas, minimizando os danos a tecido saudável."
Não percebi como é que os anticorpos activam as células T, simplesmente com a luz. O óleo tem alguma coisa a ver com o processo?
Obrigado
Caro ignorante (que certamente não é)
O anticorpo liga-se às células T despoletando a sua acção «assassina» das células na zona onde foi activado pela ligação ao anticorpo.
Como o anticorpo está envolvido pela tal capa, a célula T só é activada quando se «despe» o anticorpo, o que é feito com UV-A.
Isto é, consegue-se um controle muito preciso das zonas onde se libertam os assassinos.
"Ó anónimo, cale-se e crie o seu blogue para pregar, a sério que já mete nojo. É por causa de gente como você que há quem rejeite a religião."
As razões pelas quais as pessoas rejeitam a Deus são variáveis, embora tenham a sua raiz comum no pecado.
A resposta está no livro de Génesis.
Adão e Eva esconderam-se de Deus quando pecaram. Caim sentiu-se profundamente incomodado quando Deus lhe perguntou pelo seu irmão Abel, que ele matara.
Todos nós, como somos pecadores, temos uma tendência inata para nos esconder de Deus ou por o substituir por um deus menor, criado à nossa imagem e semelhança.
Muitos fabricam os seus deuses, de pau e pedra, e depois ajoelham-se perante eles.
Richard Dawkins revolta-se furiosamente contra o Deus, de Abraão, de Isaque e de Jacob.
Trata-se, certamente, para Dawkins, de um Deus demasiado concreto, comprometido e próximo da História humana, demasiadamente referenciado geográfica, temporal e pessoalmente.
Um Deus mais abstracto provavelmente até seria uma hipótese científica séria (diz Dawkins no seu livro The God Delusion".
Mas na Bíblia Deus diz: “De que se queixa o homem? Queixe-se de si, e dos seus pecados”.
O evolucionismo tem sido uma forma aparentemente boa de as pessoas se esconderem de Deus.
Isto, porque criou a impressão errada de que tudo consegue explicar sem Deus.
No entanto, a ciência nada consegue dizer de definitivo sobre a origem da matéria, da energia, do espaço, do tempo, das galáxias, das estrelas, do sistema solar, da Terra, da Lua, da vida, das espécies, da linguagem, da consciência, etc.
O apóstolo Paulo diz (Romanos 1:20) que aqueles que rejeitam o Criador são indesculpáveis, porque “os atributos invisíveis de Deus, assim como o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas criadas”.
Além disso, o mesmo apóstolo Paulo (II Coríntios 10:4,5) diz que os cristãos devem “anular todos os sofismas e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus”.
Eis a razão da nossa participação neste blogue, que desde há muito, de forma altiva e arrogante, insiste em zombar de Deus e daqueles que nele acreditam.
Um pouco à semelhança de Golias, que também zombava de Deus diante de David.
Pretendemos ir tornando gradualmente mais claro que aqueles que, neste blogue, insistem em acreditar que o ser humano é apenas o produto de um processo de evolução cósmica e biológica aleatória, fazem-no sem qualquer fundamento empírico sólido nesse sentido, movidos apenas por um problema espiritual mais profundo diagnosticado nos primeiros capítulos de Génesis, que esteve na base da encarnação, da morte e da ressurreição de Jesus Cristo.
Nada temos contra a ciência. Pelo contrário. Um Deus racional criou o universo racionalmente para ser compreendido de forma racional por seres racionais.
Apenas temos muito contra a tentativa do naturalismo de viver de forma parasitária à custa da ciência.
Caro "anónio", salvo seja...
Lembro-me de o ver na faculdade de ciências na palestra sobre criacionismo e evolucionismo, e já aí me ocorreu o mesmo que agora depois de ler os seus comentários...
Ó homem! Arranje uma namorada, saia mais, tenha uma noite romântica e de amor, e isso passa-lhe.
Não sei o que darão em vez da hóstia nas missas evangélicas mas o que for é muito potente!
O Jónatas está pior do que é costume.
Este comentário é completamente atrasado mental, acéfalo, intolerante e fundamentalista.
É completamente inútil tentar fazer um fundamentalista usar a razão mas Jónatas Machado veja lá se usa os 2 neurónios funcionais que tem para perceber que:
1: Pape as hóstias, as aldrabices, as tretas que quiser, no século XXI não tem direito nem pode dizer que é indesculpável não ser crente!
2: A ciência é naturalista, nem podia ser de outra forma. Se não aceita o naturalismo da ciência, que explica fenómenos naturais co leis naturais, faça uma colónia tipo Amish, esfregue pauzinhos para fazer lume ou faça umas rezas para ter fogo.
Não encha de lixo anti-ciência um espaço que devia ser de debate de ciência!
Ninguém está interessado na sua participação. Já nos rimos o suficiente com os disparates que debita, dispensamos o ódio à ciência e aos cientistas que regurgita.
Faça a tal colónia de obscurantistas e fuja da realidade se tem tanta dificuldade em a aceitar.
Sr. Anónimo, primeiro gostava de lhe dizer que a Bíblia é uma metáfora gigante, segundo, o que está escrito na Bíblia foi escrito por homens e terceiro, não pode desaprovar a ciência com dogmas, pois a única coisa que o pode fazer são outras hipóteses menos erradas (pois porque na ciência tudo está errado, só que umas menos do que outras), ou seja a única coisa que pode desaprovar a ciência é a própria ciência. Ao tentarmos desaprovar a ciência com dogmas estamos a cometer uma falácia, ou melhor várias, pois a ciência destinge-se porque se deixa testar e ao resolvermos a ciência com dogmas, então deixava de ser ciência já que os dogmas não se deixam testar.
"(...)o ser humano é apenas o produto de um processo de evolução cósmica e biológica aleatória, fazem-no sem qualquer fundamento empírico sólido nesse sentido,(...)"
O Sr. Anónimo até tem uma um certa razão, pois a ciência não se assenta em factos empíricos ("contra factos não há argumentos" mas na verdade há), mas sim na racionalização do real pois o conhecimento nasce da da construção de teorias que explicam os factos, e não dos próprios factos.
Se detectarem alguma falácia ou outra coisa errada, por favor digam e desculpem pelo meu mau português e por este comentário não estar muito no tema do tópico.
Obrigado.
Obrigado, Palmira. Por mais este bom post.
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