quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Criacionismo banido nas escolas suecas


Considerando que «Os alunos devem ser protegidos de todas as formas de fundamentalismo», o ministro da Educação Jan Björklund anunciou as medidas do governo sueco para diminuir o peso da religião nas escolas confessionais do país. Entre as novas regras, a entrar em vigor no próximo ano lectivo, destaca-se a separação total da religião e do ensino, nomeadamente os professores de biologia em algumas escolas cristãs não poderão continuar a apresentar como científico qualquer forma de criacionismo.

A maioria das escolas independentes, onde se incluem as confessionais, são privadas mas funcionam com financiamento estatal. Björklund anunciou igualmente que o equivalente sueco do ministério da Educação, o Swedish National Agency for Education, irá duplicar as inspecções às escolas, quer públicas quer independentes. Estas últimas vão ser proibidas de receber doações anónimas de forma a facilitar o encerramento de escolas que se desviem dos curricula estipulados, especialmente no que ao criacionismo apresentado como ciência que não é diz respeito.

Aparentemente a Suécia prepara-se para cumprir escrupulosamente a resolução recentemente aprovada pelo Conselho da Europa, que condena em termos muito vigorosos o ensino de pseudo-ciência nas aulas de biologia. Esperemos que mais estados membros sigam rapidamente o exemplo.

27 comentários:

Joana disse...

Grandes suecos! Depois admirem-se do sucesso do Norte da Europa! Eles não brincam em serviço.

Anónimo disse...

Acho que vou criar o premio palmira silva dedicado à caça aos fantasmas.
Se alguem encontrar em portugal um escola aonde o criacionismo seja ensinado como uma alternativa à evolução ganha uma medalha de cortiça.
O criacionismo é tipico de alguns protestantes fundamentalistas (ou melhor dizendo literalistas) e de tradicionalistas catolicos da sociedade de S. Pio X. Em Portugal ambos são irrelantes em termos populacionais.
Mas enfim há quem dedique muito tempo a caçar pulgas.

Cam

Joana disse...

Também acho que o Conselho da Europa devia ser repreendido por andar "a caçar pulgas" e "perder" tempo com aquela resolução.

Afinal que mal faz o criacionismo ter infectado países europeus como "Belgium, France, Germany, Greece, Italy, the Netherlands, Poland, Russia, Serbia, Spain, Sweden, Switzerland, Turkey and the UK"?

Portugal vai anos-luz em literacia e educação à frente de países como a Suécia, a Holanda, Bélgica, Suiça ou mesmo a vizinha Espanha. Para quê prevenir (em vez de remediar) um problema que em Portugal, como se vê aqui nas caixas de comentários, não existe?

Anónimo disse...

Cam:

De facto, o criacionismo em Portugal não é problema nos moldes em que o coloca. Eu entendo que o Cam sinta aquilo que afirmou: se ninguém seriamente e sem a capa cobarde de anonimato defende que o criacionismo deve ser ensinado em Portugal, para quê dedicar-lhe tanto tempo? Mas, por compreender isto, não deixo de discordar com o que a pergunta retórica pretende implicar. E explico-lhe porquê.

O criacionismo é a face visível de uma tendência social geral para santificar a religião (passe a redundância, que na verdade nem o é). O criacionismo é a face mais extrema de uma tendência irracional para descredibilizar o pensamento anti-dogmático, sustentado e baseado em evidências. O movimento geral para o qual o criacionismo serve de testa-de-ferro também está bem espelhado na recusa do preservativo, na concordata, no não podermos criticar crenças místicas religiosas, no absoluto do "respeito pela fé", na impossibilidade de fazer humor com a religião, etc.

E esse existe em Portugal mais que em outra parte (que o diga o Herman José). Toda a gente sabe que Fátima é um degredo e um embuste, mas quem o diz? Toda a gente conhece histórias ridículas de santos que curam dores de dentes, mas em todas as vilas e aldeia há capelas onde milhares de emigrantes deixam capital estrangeiro em Agosto (será uma forma de captar investimento de fora?).

E é isso que faz o nosso país tão permeável a fenómenos como o criacionismo. Sabe, meu caro Cam, só lhe parece que o criacionismo não é moda em Portugal porque ele ainda não chegou às elites urbanas. Mas ele sempre cá esteve! Vá às paróquias rurais, e pergunte a alguém o que é a evolução. Ninguém lhe saberá dizer. Pergunte-lhes se deus criou o Mundo, certifique-se que o está a dizer num sentido literal, e verá que todos os padres, reis no seu pequeno mundinho atrasado, passam esse discurso há décadas, e por estradas salazaristas ele foi implementado na consciência colectiva.

Resumindo, concordo que em Portugal o problema do criacionismo nas salas de aula (ainda) não se coloque. Mas acredite que ele faz parte do tecido do chamado "Portugal profundo". Desde criança convivo com ele. E por ele ainda não ter penetrado nas nossas elites é que é tão urgente "tomar a vacina".

Ricardo

Anónimo disse...

Se o Lemaître (sou um fã incondicional), padre e primeira pessoa a propor a teoria do Big Bang, fosse vivo hoje o que diria sobre o Criacionismo?

Talvez algo como "o Big Bang/evolução encaixam muito melhor na crença de um criador. Tudo o resto é ignorância que advêm do facto de não se olhar a natureza com olhos de ver e assim não se perceber o que implicam as suas propriedades".

Anónimo disse...

Parabéns Ricardo pela cordialidade do seu comentário.

Anónimo disse...

Ricardo:

O mundo rural não é tão parvo como pensa. Se alguém perguntar a um rural quem criou o Mundo, muito possivelmente, terá como resposta: eu não fui e eles (os padres) dizem que foi Deus. O dinheiro dos emigrantes cai nas Igrejas e nos santos e santinhos, mas cai com peso e medida, o tempo de doar à paróquia fortunas já lá vai. E o dinheiro também vai para os bolsos dos cartomantes, das bruxas, dos astrólogos, etc.

Anónimo disse...

Pois Ricardo, da mesma forma que o criacionismo é a "face visível de uma tendência social geral" o seu comentário é o exemplo acabado de uma percepção social distorcida lapidarmente demonstrada com o seu comentário sobre o mundo rural.
De qualquer forma não me parece que o conselho da europa dedique ao criacionismo 1/100 do tempo que Palmira silva dedica.

Cam

Anónimo disse...

"Esperemos que mais estados membros sigam rapidamente o exemplo."

Incluindo o de rezar antes das aulas come�arem

Luís Bugalhão disse...

Cam,

sim, sim, e cá tb nunca houve fascismo; nem racismo; nem colónias; e todos sabemos bem a diferença entre o que é da ciência e o que é da religião?

isto é tudo fantasmas. pois então, deuses nos livrem dos fantasmas! t'arrenego belzebu! cruzes canhoto! nas nossas escolas (e casas, e parlamentos e ... em todo lado) não!

vou acender uma velinha para que o pinto de sousa traga tb esta lá da escandinávia (sempre fazia melhor que com a flexisegurança).

cumps

Nuno disse...

Por estes pequenos(grandes) exemplos se vê o nivel civilizacional, de desenvolvimento humano e de vivência em sociedade dos países nórdicos! Não fora o facto eu não poder estar o ano inteiro longe do sol e do mar já me tinha mandado para lá! Nós aqui temos mto q aprender!

Um anónimo escreveu "...rezar antes das aulas começarem.." E eu pergunto rezam q religião? A do anónimo? A da preferência dos alunos? Sp a velha tendência de impor os seus códigos morais a terceiros! Nunca falha!

Anónimo disse...

ganda nivel civilizacional, se lá têm de proibir o ensino do criacionismo e cá não é porque lá há quem ensine o criacionismo e cá não.
Talvez rezem as orações da religião oficial do estado sueco, é um estado confessional.

Cam

Joana disse...

A Suécia é o país com a maior percentagem de descrentes do mundo :) Não me importava de viver num estado confessional destes:)

ALguns números tirados de:

Zuckerman, Phil. "Atheism: Contemporary Rates and Patterns", chapter in The Cambridge Companion to Atheism, ed. by Michael Martin, Cambridge University Press: Cambridge, UK (2005)

% Atheist/Agnostic/Nonbeliever in God

Suécia --- 46-85%
Dinamarca 43 - 80%
Noruega 31 - 72%
Rep. Checa 54 - 61%
Finl^ndia 28 - 60%

Anónimo disse...

A Joana não se iluda com essas estatísticas. Porque a percentagem de descrentes na Suécia não é muito diferente de em Portugal. A diferença é que lá dizem-se ateus ou agnósticos, e cá dizem-se católicos não praticantes. A diferença prática entre um católico nominal e um ateu é quase nula.

Anónimo disse...

A suécia foi edificada sobre princípios cristãos. Ninguém pode negar o papel que a Reforma Protestante desempenhou no desenvolvimento de toda a escandinávia.

Actualmente o naturalismo é a nova religião oficial do Estado.

Os alunos serão doutrinados na evolução naturalista, apesar de as mutações corromperem o genoma e contribuirem para a sua destruição, e apesar de a selecção natural ser um processo de redução gradual da informação genética disponível.

Aquilo que nos é dado realmente observar todos os dias nos laboratórios não é evolução. É exactamente o oposto: entropia genética.

Esta corresponde exactamente ao estado de corrupção da Criação de que a Bíblia dá testemunho.

Por razões estritamente ideológicas, a evolução, apesar de contrariada pelas evidências, é preferida à criação, apesar de esta ser suportada pelas evidências.

Uma visão do mundo que exclui Deus à partida só pode defender a evolução naturalistica aleatória, mesmo que todas as evidências apontem noutro sentido.

A evolução é essencialmente um modelo teorético, que existe apenas na cabeça do cientista, destituído de evidência empírica.

Como sugestivamente afirmou Richard Dawkins,

‘Evolution has been observed. It’s just that it hasn’t been observed while it’s happening.’

Anónimo disse...

de 46% a 85%! É realmente a mesma coisa.
Aqui poderá encontrar outros valores:
http://adherents.com/adhloc/Wh_312.html#716

Se recorrermos à wikipedia encontraremos:

http://en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_atheism

http://en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_atheism

According to Davie (1999), 85% of Swedes do not believe in God.[11] In the Eurostat survey, 23% of Swedish citizens responded that "they believe there is a God", whereas 53% answered that "they believe there is some sort of spirit or life force" and 23% that "they do not believe there is any sort of spirit, God, or life force". This, according to the survey, would make Swedes the third least religious people in the 25-member European Union, after Estonia and the Czech Republic. In 2001, the Czech Statistical Office provided census information on the ten million people in the Czech Republic. 59% had no religion, 32.2% were religious, and 8.8% did not answer.[12]


Acho que encontrará aquilo que procura na republica checa. Aliás com uma "vantagem" adicional. Actualmente é considerada a capital mundial da pornografia. Certamente é apenas coincidencia.

Cam

Anónimo disse...

A proibição do ensino do criacionismo nas escolas suecas significa: a evolução será ensinada como um dogma religioso incontestável.

Anónimo disse...

Quem recusa a relevância da Bíblia para a questão das origens já tem, à partida, uma determinada visão das origens da qual Deus está ausente.

Uma tal pessoa já está a tomar partido acerca do modo como as questões científicas podem, e não podem, ser formuladas.

Ora, essa visão não é neutra, objectiva e imparcial. Ela decorre de uma atitude filosófica e ideológica diante do mundo.

Não existe uma visão mundividencialmente neutra da ciência, especialmente da ciência das origens, que se ocupa de factos ocorridos no passado não observado.

A verdade é que os criacionistas e os evolucionistas, os cristãos e os não cristãos, os religiosos e os não religiosos, têm as mesmas evidências, os mesmos factos.


Todos temos os mesmos fósseis, as mesmas rochas, o mesmo DNA, as mesmas mutações e a mesma selecção natural.

No entanto, interpretamos esses factos de forma diferente consoante as pressuposições ou premissas mundividenciais que adoptamos à partida.

A relevância destas pressuposições é maior quando lidamos com eventos, como a origem do Universo, da Vida e do Homem que ninguém observou e registou.


Os criacionistas partem da Bíblia porque acreditam que a mesma contém o relato da Criação fornecido pela única testemunha (e actor principal) da Criação: o Criador.

Para os criacionistas esse é o melhor ponto de partida possível, muito melhor que as extrapolações falíveis e improváveis que os cientistas do presente fazem sobre o passado distante a partir de observações feitas no presente.

É claro que se uma pessoa não aceita essas premissas, ela interpretará a evidência de outra maneira completamente diferente.

No entanto, a verdade é que os evolucionistas ainda não encontraram respostas convincente para questões como a origem da matéria e da energia, do espaço e do tempo, da informação e da vida, etc.

Isso, porque as leis da natureza que se observam são leis de conservação e de entropia, e não leis de criação. Os mecanismos verdadeiramente criativos só estiveram activos na semana da Criação. Não os podemos observar, repetir e experimentar. Apenas podemos estudar os seus efeitos.

Anónimo disse...

Desde Gutemberg que a história mostra que o que realmente conta não é o que se ensina dogmaticamente nas escolas, mas sim a maior ou menor facilidade de acesso à informação sobre o que se diz nas escolas.

A livre e rápida circulação de informação criacionista encarregar-se-à de possibilitar aos alunos de todos os graus de ensino que coloquem em questão o que os seus professores lhes tentam impingir.

Daí a importância do acesso em massa, por parte de docentes e discentes, à informação disponível em:

www.answersingenesis.org

www.creationwiki.org

Anónimo disse...

Realmente pode-se ver que a noticia do criacionismo ter sido banido das escolas na Suécia é verdadeira e esta pode-se ver no jornal "The Local", com noticias em inglês http://www.thelocal.se/8790/20071015/

Interessante é ver que no mesmo jornal, encontra-se uma noticia que diz que 95% dos Suecos engana o sistema
http://www.thelocal.se/8814/20071017/
Ou seja, algo poderá não estar a funcionar muito bem naquele país que se diz tão evoluído.

Mas também há outra noticia que chama a atenção, que é o aumento do consumo de alcool em jovens mulheres, um aumento de 119% desde os anos noventa. Parece que falta-lhes um propósito.
http://www.thelocal.se/8833/20071018/


Realmente o criacionismo ou a questão de Deus criar o mundo e que por isso somos criação sua e portanto subjugamo-nos às regras que ele definiu possa ser algo muito estranho para muita gente, mas como vemos também o outro lado da questão a não apresentar melhores soluções, acredito que, ou vamos andar continuamente em circulos à procura de soluções, ou realmente reconhecemos que Deus criou, ainda que não percebamos como, ainda que não imaginemos como seria possível tal feito, mas que realmente porque Ele criou, decerto teremos responsabilidades perante Ele que não são mais complicadas de cumprir que aquelas que realizamos sem Deus.

As noticias não nos deixam enganar.

Cumprimentos,

Anónimo disse...

O biólogo Nobel James Watson acaba de dar mais uma evidência do potencial racista do Darwinismo, ao fazer afirmações muito depreciativas acerca da inteligência da "raça" negra.

Em matéria de racismo, a Bíblia é bem clara: todos descendemos de Adão e Eva.

Como esta também foi criada a partir de Adão, todos somos do mesmo sangue.

Somos literalmente familiares uns dos outros. Os estudos científicos sobre o DNAmt atestam isso mesmo, como também sucede com os estudos em torno do Cromossoma Y.

Do ponto de vista bíblico, o racismo só pode ser compreendido como pecaminoso. O darwinisismo não é causa do racismo.

Ambos são o sintoma de uma humanidade afastada do seu Criador.

O Apóstolo Paulo, cuja missão era precisamente reconciliar os homens com Deus, disse aos filósofos atenienses (Actos 17)que Deus tinha criado toda a humanidade a partir de um só homem.

O livro do Génesis, por sua vez, diz que todas as nações da Terra são descedentes de Adão e Eva e, mais especificamente, de Noé e seus filhos, sobreviventes do dilúvio.

Quem partir de um ponto de vista bíblico só pode concluir que não existe qualquer base teológica e científica para o racismo.

Embora a Bíblia tenha sido muitas vezes utilizada, de forma infame, com propósitos racistas, a verdade é que uma análise objectiva e racional do que ela realmente ensina só pode levar a uma conclusão: todos pertencemos literalmente a uma só família!

Diferentemente, com base nas teorias "científicas", os darwinistas já meteram pigmeus e outros seres humanos em jardins zoológicos, já defenderam políticas eugénicas de extermínio das "raças" mais desfavorecidas, já usaram os povos "primitivos" (v.g. aborígenes, índios) como evidência de que a evolução é verdade, etc., etc.,

Daí que seja importante discutir abertamente o darwinismo e a religião.

Anónimo disse...

O problema da Suécia é que um número crescente de suecos se está a converter ao islamismo, ameaçando introduzir um outro tipo, bastante mais sinistro, de criacionismo.

Anónimo disse...

Há muito que os criacionistas vêm chamando a atenção para o facto de que nem as mutações aleatórias nem a selecção natural constituem mecanismos plausíveis para a evolução.

A selecção natural vai diminuindo gradualmente a quantidade de informação genética disponível.

As mutações vão deteriorando as espécies, conduzindo à perda sucessiva de robustez e à própria extinção.

Em ambos os casos, os factos observados vão exactamente no sentido oposto ao requerido pela evolução. (se a isto somarmos a inexistência de evidência de evolução gradual no registo fóssil…)

Mas vejamos dois recentes papers técnicos sobre o assunto.

Três biólogos de Harvard acabam de publicar, nos PNAS, um estudo sobre os limites de velocidade das mutações e o modo estas afectam negativamente o genoma, ameaçando a sua própria subsistência.

Uma excessiva instabilidade e mutabilidade das proteínas pode conduzir à extinção da espécie e ao erro catastrófico.

Nas suas palavras, a capacidade para evoluir para um organismo mais complexo é limitada pela quantidade de mutações que os organismos conseguem suportar.

Esta realidade ser tomada em conta nos modelos computacionais acerca da origem da vida e da evolução, o que geralmente não acontece.

Veja-se:

Zeldovich, Chen and Shakhnovich, “Protein stability imposes limits on organism complexity and speed of molecular evolution,” Proceedings of the National Academy of Sciences, USA, October 9, 2007 (vol. 104, no. 41) pp. 16152-16157,


Por sua vez, Steven Frank chama a atenção para o facto de que a “evolução” favorece a desadaptação das espécies, e não tanto a sua adaptação benéfica, na medida em que os organismos possuem uma variedade de mecanismos que os protegem contra perturbações.

Em seu entender, a robustez dos organismos protege-os da selecção natural, pelo que a dinâmica “evolutiva” conduz os sistemas na direcção de uma adaptação baseada em “designs mais baratos” (“cheaper designs” ) e uma performance de cada vez mais baixo nível.

Levando o raciocínio às ultimas consequências, e à luz do paper anterior, depreende-se que a acumulação de mutações acabará por conduzir a uma situação de “mutational meltdown” e extinção.


Veja-se:

Steven A. Frank, “Maladaptation and the Paradox of Robustness in Evolution,” Public Library of Science One, 2(10): e1021

Anónimo disse...

A Septuaginta [ nome de uma tradução da Torá, para o idioma grego, feita no século III a.c. , encomendada por Ptolomeu II (287 a.C.-247 a.C.) para acervo da Biblioteca de Alexandria ] refere, na versão em inglês :

(22:21) Save me from the lion’s mouth; and regard my lowliness from the horns of the unicorns.

Anónimo disse...

Nota:(Salmos, 22:21)

Anónimo disse...

Link para a Septuaginta [versão em inglês] .

Anónimo disse...

Sinceramente, acho que não compreendi bem toda esta polémica e discussão em redor das novas medidas suecas.

Confesso que me assustei quando li o título deste post: "Criacionismo banido nas escolas suecas"?! Assumidamente darwinista, não deixei de ter as minhas razões para me assustar; que raio, pensei, terá acontecido para já ser preciso banir o Criacionismo? Porque, a meu ver, é necessário que haja espaço para todas as vertentes ideológicas - a escola não deve ser um sítio que restringe mas antes que abre um leque de possíveis caminhos a seguir. A origem da vida e a sua evolução é uma questão que permanecerá sempre envolta em mistério, quer queiramos quer não - mesmo que um dia alguém conseguisse criar vida em laboratório, quem nos garante que se terá passado tudo tal e qual como em laboratório?

Assim, qualquer teoria é manifestamente válida - certo é que há algumas que apresentam mais evidências que outras, tornando-se, portanto, mais verosímeis e plausíveis. Mas porquê deixar de abordar o Criacionismo (de o referir, no fundo) quando se fala em evolução? Cada um terá o discernimento que quiser para acreditar naquilo que muito bem entender!

Quando li "Criacionismo banido nas escolas suecas" assustei-me porque isto pareceu-me uma forma fundamentalista de lidar com algo que tantas vezes é apelidado de fundamentalismo. Que coerência teria uma coisa assim?

Agora, a verdade é também que o título acaba por ser um pouco enganador! (só nisto peca, assemelhando-se lamentavelmente àqueles artigos de revistas sensacionalistas em que na capa vem uma coisa e lá dentro vem outra) Neste caso, ainda bem que na Suécia não aconteceu aquilo que o título parecia querer dizer! Afinal, apenas se decretou que as escolas "não poderão continuar a apresentar como científico qualquer forma de criacionismo" - mas será que apresentavam? Pergunto-me em que evidências científicas se baseariam para o fazerem.

Acho que o Criacionismo não tem de mexer na Ciência, e vice-versa. Já ninguém acredita que Deus criou directamente o homem - já não veio o Vaticano declarar a Bíblia como uma metáfora?

No princípio dos princípios, ninguém sabe dizer o que aconteceu, nem se houve acto de criação ou se não houve - o Criacionismo é, talvez, uma forma cómoda e mais tranquila de se pensar no assunto, mas não deixa de ser válido que mesmo um cientista possa admiti-lo.

Rafael

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