MAIS UMA VEZ, os blogues DE RERUM NATURA e SORUMBÁTICO se associam para apresentar aos seus leitores um passatempo com prémio (um exemplar do livro «Ciência ou Vodu», cuja capa aqui se vê), desta feita a propósito do tema «Ciência e Superstição».
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O vencedor será o primeiro leitor que explicar em que consiste (ou consistia) a superstição documentada nesta ilustração dos anos 20 do século passado.
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As respostas, a afixar em comentário, poderão ser dadas em qualquer dos dois blogues, mas só serão tidas em conta as que forem dadas depois das 12h00m do dia 12 de Outubro de 2007. A hora válida será a que o Blogger atribuir.
13 comentários:
Por falar em superstições, estou a lembrar-me de algumas modernas (nas antigas não sou versado). Por exemplo, a de que o tabaco provoca o cancro.... ou que o papiloma virus causa o cancro... ou que o colesterol elevado está associado a um elevado risco de ataques cardíacos... ou que os campos das antenas de telemovel causam leucemia... ou que a sida transmite-se do homem para a mulher mas dificilmente ao contrário... propósito, onde posso encontrar um estudo científico que prove que o consumo de sal faz subir a tensão arterial?
Não sou entendida no assunto, mas essa ilustração faz referência as Bruxas de Salem, mulheres queimadas pela inquisição.
Jugioli
Não arrisco entrar no concurso. Esta é uma informação especialmente dedicada à JOANA (falo a sério) e a todos os que se interessam por curiosidades biológicas.
Hoje tive oportunidade de conversar com um amigo biólogo da Universidade dos Açores. Transmontano, pormenor que não interessa, a não ser na medida em que todos os transmontanos que conheço são belíssimas pessoas. Aproveitei para saber pormenores sobre um espécie de libelinha açoriana que é única no mundo, o que é notável, tendo em conta que há cerca de cinco mil espécies destes fascinantes animaizinhos. O que aconteceu com tal espécie, devido ao isolamento do habitat, e provavelmente à raridade ou ausência de machos, foi que se tornou partogénica. Ou seja, só conta fêmeas, que produzem ovos normalmente, dos quais nascem os filhos (aliás filhas apenas), sem necessidade de fecundação. Esta espécie tem também uma particularidade curiosa e muito rara. Só frequenta águas puras e não ácidas. Por exemplo, na ribeira de S. Francisco, em Santa Maria, elas só aparecem na parte mais selvagem, antes de chegar às proximidades de Vila do Porto, onde a acção humana já produz algum tipo de poluição.
Como creio que o De Rerum também pode servir para este tipo de informações (e já não é a primeira vez que uso o espaço para tal) pensei que esta valia a pena.
Contra-pontos,
Embora as respostas só sejam válidas a partir do meio-dia de hoje, pergunto:
E qual seria o papel do pato?
Repare-se que ele é desenhado com um pano na cabeça - o que, naturalmente, é importante na representação da superstição em causa.
Também julgo que o pato é o actor principal da cena. O facto de caminhar com uma venda nos olhos, às cegas, leva-me a crer que as meninas esperam que vá de encontro a uma delas, que será "a escolhida". Falta saber para quê: será a próxima a casar?
Rui Pinheiro,
Olhe que as respostas só são válidas a partir do meio-dia de hoje...
Como serão válidas as respostas que, eventualmente, sejam dadas exactamente às 12h00m, aqui ficam os seguintes esclarecimentos:
Se isso suceder num único blogue (várias respostas certas dadas no mesmo minuto), o vencedor será o autor da primeira a ser afixada, logicamente.
Se isso suceder em blogues diferentes, o vencedor será o que der a resposta melhor: mais clara ou mais detalhada.
1. As "Bruxas" de Salem não foram queimadas pela Inquisição — não se usarmos esta palavra no seu sentido correcto (instituição católica de combate à heresia); as "Bruxas" de Salem (Massachusetts) foram queimadas por tribunais Puritanos.
2. A ilustração diz tratar-se de uma superstição alemã; isto parece excluir a relação com os processos de Salem (no fim do séc. XVII não havia comunidades significativas de alemães no território actualmente dos EUA).
3. A expressão facial das raparigas parece divertida; isso exclui a possibilidade de o pato servir como "juiz" numa qualquer ordália. Eu diria que o mais provável é estar relacionado com algum ritual de fertilidade (tradições muito divertidas num ambiente sociocultural em tudo o resto muito castrador).
Boas,
trata-se de um jogo, típico da época natalícia, em que raparigas solteiras andam à volta de um ganso vendado. A primeira em que o ganso tocar é a próxima a casar!
o pato parece que vai apanhar alguma coisa do chão... e será que esta vendado? no desenho nao se vê bem? Será pelo "faro"? (humm...Será que os patos tem faro?...)Surgem figuras apenas do sexo feminino, parecendo ser jovens; umas mais alegres do que outras. Todas têm avental de cor clara menos a rapariga que está inclinada, em que o avental parece mais escuro e não tem touca.Vice-versa para a cor das saias.
uma das jovens estendea mão como se dissesse: Espera, espera!...
A gravura foi publicada, em Portugal, no ALMANACH BERTRAND de 1923, com a seguinte legenda:
«Por occasião do Natal, em várias terras da Allemanha, as raparigas costumam tapar os olhos a um pato, e crêem que aquella para quem o animal, em seguida, se dirigir será a primeira a casar»
Assim, a resposta de Gonçalo Figueira, além de estar certa, respeitou a condição das 12h.
Pede-se-lhe, pois, que até às 12h de amanhã escreva para sorumbatico@iol.pt indicando morada para envio do livro pelo correio.
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