sábado, 13 de outubro de 2007

ÁGUAS PASSADAS QUE EMPERRAM MOINHOS

Na sequência de outro post - “Os erros pagam-se caro” -, publicado neste blogue, João Boavida, opina sobre a formação dos nossos professores.

A formação dos professores tem sido esquecida e desvalorizada, o que é elucidativo da nossa (in)cultura. Quando a Universidade considera que a formação de professores é uma questão menor ou secundária, está a pensar em termos de uma presunção que tem os dias contados e de uma inconsciência cultural e social hoje inadmissível.

Quando a população não exige professores qualificados, como o faria se fosse com profissionais da saúde, por exemplo, está a mostrar a sua deficiente formação, sendo a pouca importância que dá a isso uma consequência disso mesmo. Mas este facto, que até se compreende quando se refere a pessoas comuns, é inaceitável quando a atitude vem dos culturalmente evoluídos, ou pretensamente evoluídos, pois a cultura devia dar-lhes consciência do que está em causa, e é revelador que não dê. E se a dita mentalidade aparece até entre os profissionais do ensino, como ainda acontece, só pode querer dizer que têm uma consciência profissional (e cultural) com debilidades que desconhecem, para além de ser, no sentido rigoroso do termo, um absurdo.

Ora, quando foi preciso professores para a expansão do sistema educativo, competia às universidades criar processos mais abertos e dinâmicos que respondessem às necessidades, sem deixarem de garantir uma boa formação. Tirando as universidades novas, as universidades clássicas fizeram-no tarde, com relutância, e com níveis de preparação psicopedagógica elementar; digamos que toleraram que a coisa se fizesse. Se tivessem tomado a seu cargo a formação dos professores, na linha da investigação que alguns departamentos universitários faziam há muito, certamente que outro galo teria cantado.

Quando os sindicatos, a seguir ao 25 de Abril, aceitavam, incentivavam e promoviam a inscrição e sindicalização de candidatos a professores, sem querer saber de licenciatura nem de profissionalização, estavam a ver a classe como uma força política e a desprezar a sua efectiva valorização e defesa. Qual seria o sindicato – de electricistas, metalúrgicos, enfermeiros, etc. – que aceitaria inscrições de meros aprendizes ou até simples curiosos sem preparação específica e por vezes nem científica?

Como uma classe assim desvalorizada também aproveitava, segundo parecia, ao Ministério, compreende-se que sindicatos e governos se tenham oposto à criação de uma ordem dos professores, por exemplo. Não percebendo que uma massa heterogénea é tanto mais violenta e perigosa quanto mais desqualificados alberga, o Ministério acabou por ficar refém destas políticas, que depois foi tentando emendar, mas mal. Assim, a formação de professores andou mais de trinta anos ao serviço de grupos de pressão (ou de omissão) e portanto agora não se queixem dos maus resultados e das deficiências do sistema de ensino. Não é uma razão única, mas é de peso.

Note-se que não estou a desvalorizar a classe docente, ou só o faço relativamente ao que ela poderia e deveria ser. Sei dos muitos e belíssimos professores que temos, que a maioria ainda se formou em boas universidades, com cursos exigentes e uma boa preparação científica, e que, apesar de tudo, tiveram alguma preparação psicopedagógica e que a prática acabou por complementar. Mas é evidente que os que tinham responsabilidades neste domínio ficaram muito aquém daquilo que as circunstâncias exigiam deles. E que o Ministério, que tanto gosta de tudo controlar, deixou as coisas entregues a si mesmo, primeiro, a uma espécie de “poder popular” e de ”rebelião das massas”, que tudo mandavam, e depois e às sacrossantas leis do mercado, que tudo resolvem. E isto, note-se, num país onde os arranjistas são mais que as moscas.

João Boavida

Imagem: Queda de Água de M. C. Escher

11 comentários:

Anónimo disse...

Ler artigo de Vital Moreira sobre a futura lei-qudro das ordens neste link
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1044519.html

de André Macedo, neste
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1037728.html

e de Mário Baptista:
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/politica/pt/desarrollo/1037709.html

Todos os links, do Diário Económico.

Fátima André disse...

Mais um admirável post de João Boavida. Muito pertinente.
Sobre estas e outras questões da educação... convido a uma visita ao blog "Revisitar a Educação" -http://revisitaraeducacao.blogspot.com/

Anónimo disse...

Quanto mais olho para Portugal mais gosto da Espanha...

Anónimo disse...

Foi com muito agrado que li este post aliado valioso daquilo que tenho criticado sobre a inscrição sindical de docentes sem formação específica e defendido sobre a necessidade da criação de uma Ordem dos Professores. Assim, respaldo-me, apenas, num meu muito recente artigo publicado em “O Primeiro de Janeiro” (4. Outubro. 2007):

1. “Desde os conturbados tempos revolucionários, com uma ou outra excepção, nunca os sindicatos dos professores se preocuparam em discutir, sequer, quem podia ou devia ser professor. Passado mais de um século de Ramalho Ortigão ter afirmado que 'nem tratante se pode ser sem alguma instrução ou tirocínio', qualquer indivíduo que desse uns escassos dias de aula era logo admitido como sócio de pleno e efectivo direito.
Fortemente crítico relativamente a este “statu quo”, escrevi há 15 anos atrás: ‘Consultar códigos não habilita ninguém a constituir-se em homem de leis e receitar um vermífugo ao cão da vizinha não cumpre os requisitos de inscrição no Sindicato dos Médicos Veterinários. Com raras excepções, os sindicatos dos professores nunca acataram este princípio que a analogia justificava e o simples bom senso aconselhava. Talvez por isso, o estudante de Direito quando ainda estava a aprender – dava aulas e era intitulado professor! Quando já sabia, passava a jurista. O estudante de Farmácia quando ainda estava a aprender – dava aulas e era intitulado professor! Quando já sabia, passava a farmacêutico. O estudante de Arquitectura quando ainda estava a aprender – dava aulas e era intitulado professor! Quando já sabia, passava a arquitecto. Em contrapartida, ser professor em Portugal era menos uma profissão e mais uma maneira de ganhar a vida’ [chegando-se ao ponto de haver docentes sindicalizados com menor habilitação académica que a dos alunos que era suposto virem a ensinar!] (“Jornal de Notícias, 25 de Junho de 92).

2. “Na senda de outras profissões organizadas em ordens profissionais e perante o caos existente na formação dos professores, o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados [de que sou presidente da respectiva Assembleia Geral], em 25 de Fevereiro de 2004, apresentou uma petição com 7857 assinaturas para a criação de uma Ordem dos Professores, debatida na Assembleia da República, em 2 de Dezembro desse mesmo ano, que nem sequer chegou a ser votada sob a alegação de estar em estudo uma lei-quadro para, entre outras medidas, retirar às futuras ordens profissionais o direito de não permitirem a admissão a indivíduos habilitados com cursos por si não reconhecidos.
Viviam-se então os agitados dias em que a Ordem dos Engenheiros não reconhecia umas tantas licenciaturas em Engenharia, v.g., as da Universidade Independente. Ora retirar às futuras ordens esse importante papel de auto-regulação é despojá-las da sua capacidade de fecharem a porta a futuros mestrados [ pós- Bolonha], muitas vezes, de pechisbeque, embora com o ouropel da chancela do Estado ou o seu reconhecimento.
Com uma possível, embora indesejável, aprovação desta medida legislativa existe o perigo de personalizar a acreditação dos novos mestrados aos perfis social, político ou económico de alguns dos seus usufrutuários criando-se, desta forma, situações, no mínimo, pouco ou nada claras, apenas justificadas se for esse o caminho pretendido para manter o atoleiro em que se afunda a Educação para vergonha do nosso país perante a Comunidade Europeia. Neste caso, esta a medida exacta na hora certa!” (“id”, “ibid”).

3. Mudar este "statu quo" deve ser uma cruzada em que todos os professores devem estar empenhados porque sabendo-se que as estruturas educativas (da educação infantil ao ensino universitário) condicionam o estado de vitalidade de um país, reflectindo as suas virtudes e os seus defeitos, o seu dinamismo e a sua inércia, a sua riqueza e a sua pobreza, sendo um verdadeiro banco de dados do respectivo desenvolvimento, seja ele económico, social, científico, cultural ou qualquer outro, não pode ou deve Portugal assistir a uma Política de Educação que tarda em consolidar uma personalidade forte que não dependa dos partidos que estão, ou venham a estar, no poder e que correm o risco de se deixarem influenciar pelas suas clientelas ou submergirem a pressões externas, sejam elas sindicais ou de qualquer outra natureza.
Os professores universitários João Boavida, autor do post, e Helena Damião, que o publicou, cumpriram um dever de cidadania que deve ser festejado e servir de exemplo numa época de indesejável apatia por aquilo que é um verdeiro desígnio nacional - a Educação!

Anónimo disse...

Educação, mas que grande paixão!
Uns percebem pouco e outros não...
Grandes cabeças, grandes crânios
Que pensam tanto, tanto e mal
Que ficam com diarreia mental...

E há ainda aqueles que arrotam postas de pescada mas apenas comeram sardinha sarnenta...

J. Norberto Pires disse...

A profissão de professor está desvalorizada.

Diria que quase ninguém hoje quer ser professor: não é um sonho, talvez antes um mal menor, algo que se pode fazer se correr mal o que verdadeiramente queremos fazer.

Consequentemente, o ensino foi invadido por desiludidos, muita mediocridade e incompetência, e pessoas sem iniciativa, visão ou paixão. O ensino é para esses um "entretanto" que se eterniza.

Nada disso se resolve com ordens. Não queiram resolver um problema, criando outro.

O que é necessário fazer é desenvolver uma consciência social da importância dos professores no futuro do país.

1. Não há redução do deficit sem bons professores. Não será sustentado.

2. O país não será relevante, nunca, sem bons professores.

3. Os 20 e tal anos de atraso que temos relativamente à Europa não se vai encurtar sem bons professores. Antes seremos ultrapassados pelos mais novos da Europa.

4. O nosso nível de vida não se aproxima da Europa sem bons professores.

5. Não seremos competitivos sem bons professores.

6. Estamos a condenar gerações sucessivas de jovens, porque não temos bons professores. Aniquilamos as suas possibilidades neste mundo global, logo à partida. Isto entra pelos olhos dentro: porque razão não se preocupam os pais?

O problema é para mim do tamanho do mundo. Como se convence uma população da importância capital de ter bons professores, e de os valorizar, se ela não se preocupa em avaliar, pedir responsabilidades, ser exigente e consequente, com tudo o que lhes acontece.

Vejam como fazem com a política: um permanente Benfica-Sporting, onde vale tudo, até mentir com todos os dentes da boca, com isso ganhar eleições, e depois fazer tudo ao contrário (não estou a falar de nenhum governo em particular, mas de todos em geral).

Não exigimos, não avaliamos e não tiramos consequências. E isso é CULTURAL. Mudem lá isso com uma ordem.

Como é que isto se faz?
:-(

Só se vai fazer quando formos capazes de fixar um objectivo nacional, uma meta, na qual todos nos identifiquemos e seja verdadeiramente motivador para congregar vontades. É necessária uma "nova aventura", meio louca, meio utópica, daquelas que fazemos porque "raios partam se não consigo", e cerramos os dentes. Só se faz por paixão, e em conjunto. Não vejo isso no horizonte.

Anónimo disse...

Meu Caro J.Norberto Pires:

Claro que também eu me interroguei anos a fio sobre a vantagem ou não da criação de uma Ordem dos Professores. Por isso, quiçá melhor que ninguém, compreendo perfeitamente quando sobre a respectiva criação escreve que "só se vai fazer quando formos capazes de fixar um objectivo nacional, uma meta, na qual nos identifiquemos e seja verdadeirmente motivador para congregar vontades". Hoje, estou cada vez mais convencido que este desiderato passa pela auto-regulação da profissão.

Não aceitar esta auto-regulação é passarmos à profissão um atestado de menoridade pemitindo que a tutela, julgo que um tanto abusivamente, se substitua a esse órgão de classe, sendo, com isso, os professores tidos como párias relativamente a brâmanes de outras profissões de idêntica exigência académica (ou até menores, como o acontecido com a profissão de enfermagem tutelada por uma ordem). Refiro-me, como é óbvio, à possiblidade dos professores, sem qualquer impedimento arbitrário e, por isso, de duvidosa intenção, criarem uma associação pública, ao abrigo do próprio Direito Administrativo, “com o fim de, por devolução de deveres do Estado, regular e disciplinar o exercício da respectiva actividade profissional” (“Curso de Direito Administrativo”, Diogo Freitas do Amaral), ou seja, uma Ordem dos Professores. E esta espécie de relutância, é tanto mais estranha, por se seguir a anos e anos a fio sem rei nem roque e tempos de má consciência em que conheceram a luz do dia escolas superiores privadas (e até estatais), havidas como meros liceus superiores, autorizadas a conceder licenciaturas de nenhuma credibilidade.

O actual ministério da Educação não deverá persistir com a política de dois pesos e duas medidas diferentes levada a efeito no consulado de Marçal Grilo. Como noticiava, na ocasião, um semanário, o Conselho de Ministros acabara de aprovar,entretanto, propostas de lei para a criação da Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Biólogos e da Ordem dos Economistas, noticiando, em simultâneo, que “a estratégia de Marçal Grilo passa por colocar as ordens profissionais na linha de fogo às locuras do mundo académico”. Por isso levantavei,publicamente, a seguinte questão: “A que título de excepção os professores licenciados continuarem escravizados a uma desordem pofissional e na retaguarda ‘da linha de fogo às loucuras do mundo académico?’” E isto é tanto mais grave por ser proferido por quem se devia preocupar mais com os professores debaixo da respectiva tutela directa e menos com os arquitectos, os biólogos e os economistas.

Quer isto dizer, o que é simplesmente espantoso, que uns tantos licenciado são senhores do seu próprio destino. Outros escravos submissos às medidas tomadas no recrutamento e formação dos docentes como se tratasse de um palco de feirantes e os professores marionetas do reino da mediocridade. Por quanto tempo mais, neste extremo ocidental da Europa, será a Cultura do seu povo vítima de uma subalternização que nada justifica e ninguém tem o direito de sustentar?

Enfatizo este facto por ser esta a atitude de alguns sindicatos que tentam contrariar “à outrance” a criação da Ordem dos Professores amarrando os seus defensores ao pelourinho do elitismo. Como defendeu, em 99, o professor catedrático Carlos Reis não se deve ser adepto de um modelo exigente e elitista para a Universidade?

Para mal dos pecados de alguns sindicalistas que se manifestaram à luz do dia ou na sombra contra a Ordem dos Professores, deverão eles agora arcar com a responsabilidade de tentar fazer passar a imagem da actual docência como que a modos de uma profissão de escravo grego ao serviço dos fihos dos senhores da Roma Antiga. Ou, em altenativa, expiarem a sua ignorância, ou a sua má-fé, em acto de contricção pública.

Passados são os tempos em que discutir a criação de uma Ordem dos Professores era assunto quase tabu ou apenas sussurado. Hoje, argumenta-se,como neste momento aqui acontece, em salutar confronto de ideias, já não tanto a necessidade da sua criação mas mais o seu “modus operandi”. Avanço considerável e irreversível, sem sombra de dúvida!

J. Norberto Pires disse...

Não me parece que a Ordem dos Professores seja algo de definitivo e irreversível. Mas como digo, não vejo vantagens assim tão evidentes.

Preferiria ver as questões debatidas, e existem espaços de debate suficientes para isso. Não é preciso mais um.

Anónimo disse...

A recente divulgação aberta do pensamento da universidade e das famigeradas elites sobre a temática do ensino é de saudar com entusiasmo mas soa um pouco a rebate falso.
Durante décadas os ministros da educação foram deixados queimar em lume mais ou menos brando, sem qualquer apoio ou ajuda por parte dos "connaisseurs e catedráticos".
De facto foi com a complacência (por simples inacção, desinteresse ou desleixo) dos iluminados que a temática do ensino foi resvalando para uma guerra de representação de interesses entre as políticas governamentais e a classe dos professores, representada pelos sindicatos a quem os associados exigem muito justamente não a reforma do sistema mas a melhoria das condições laborais e remuneratórias -e com a conivência de alguns sectores políticos (ai,ai...)- , independentemente de qualquer orientação para a excelência.
Igualmente se pode constatar que a universidade durante pelo menos as duas ultimas décadas pautou o seu pensamento sobre o sistema de ensino apenas pela constatação crítica de que os estudantes chegavam ao ensino superior cada vez mais ignorantes, nomeadamente no básico escrever e contar.
Infelizmente estou convencido de que a criação de uma Ordem dos Professores não traria nada de novo para a resolução dos problemas do sistema mas apenas mais um interveniente (que aliás creio de génese democrática e interesse social duvidosos, tal como as já existentes ordens profissionais) com poder de afirmação mas inimputável em termos de responsabilidade na questão da melhoria do sistema.

Anónimo disse...

Julgo que o autor do post fez muito bem em falar na Ordem dos Professores, assunto tabu que tem sido varrido para debaixo do tapete ou vitimado por uma espécie de política da avestruz que enterra a cabeça dentro da areia até que aquilo que se julga ser um perigo passe.A atenção que o tema aqui está a merecer,com opiniões a favor e contra, é sinal da sua importância e da oportunidade em ser discutido em foruns da importância e de ampla divulgação como este.

Claro que, a exemplo dos dois comentários anteriores, também eu julgo não ser ela a panaceia milagrosa para resolver os graves problemas de que sofre o sistema educativo nacional. Mas, muito menos, que se entenda que esta forma de associação profissional, que estabelece os deveres e os direitos dos respetivos associados, e os responsabiliza científica, técnica e éticamente junto da sociedade pela qualidade dos serviços por si prestados,seja uma simples e inócua aspirina para curar uma grave doença.

Atendendo ao numeroso número de ordens profissionais existentes e daquelas que se perfilam num horizonte mais ou menos próximo(correndo-se até o perigo de elas se banalizarem!) julgo não ser de assumir o papel daquela mãe que ao ver o filho desfilar em numerosa e vistosa parada militar se volta orgulhosa para os circunstantes dizendo alto e bom som: "Todos levam o passo trocado, só o meu filho é que leva o passo certo!"

Seja como for, reforço o que disse no princípio: julgo que o autor do post fez muito bem em falar na Ordem dos Professores. E acrescento ser de louvar os comentários obedecendo ao princípio do contraditório consagrado na construção de princípios democráticos.

Pedro Tildes Gomes disse...

Ordem dos Professores?
O que é?
É aquela organização sindical designada de Pró-Ordem onde uma boa parte dos seus elementos estão colocados nos moribundos CAE ou noutras pequenas chafaricas? E lá continuam, talvez, em troca de "pequenas" cdências ou "pequenos" acordos pontuais com o Ministério da Educação.
Mas, se o assunto é outro, muito bem! Contudo, Uma Ordem deveria ser construída a partir de realidades mais homogéneas e não as que hoje exsitem e que são monstros criados pelos sindicatos. A única vantagem que, neste momento, vejo na criação de uma Ordem de Professores será a de tirar aos anacrónicos sindicatos algum poder de negociação e representatividade. Seria deixá-los, somente, com a parte meramente profissional, o que, mesmo assim, ainda seria demasiado.

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