terça-feira, 4 de maio de 2010

A FRASE DO DIA

Nuno Crato, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, citado pelo jornal "Público", sobre as provas de aferição de Matemática dos 4.º e 6º anos, da responsabilidade do Ministério da Educação:

"Seria óptimo se nas provas houvesse perguntas de Matemática".

8 comentários:

Anónimo disse...

Por falar no Crato e nas teorias que são por aqui expostas, que birram muito na memorização e na sua importância, sobre a qual eu tenho muitas dúvidas e gostava de ouvir outras opiniões, lembrei-me de uma historieta sobre um garnde matemático, o Ernest Krummer:

Despite being called the father of modern arithmetic (that is, number theory), Kummer was rather poor
at simple arithmetic. Once, in a class, he needed to find the product of seven and nine. “Seven times
nine,” he began, “Seven times nine is er – ah --- ah --- seven times nine is ….” “Sixty-one,” a student
suggested. Kummer wrote 61 on the board. “Sir,” said another student, “it should be sixty-nine.”
“Come, come, gentlemen, it can’t be both,” Kummer exclaimed. “It must be one or the other.” Paul
Erdős had another version of this story. Kummer calculated 7 x 9 as follows: “Hmmm the product
cannot be 61, because 61 is prime, it cannot be 65, because 65 is a multiple of 5, 67 is a prime, 69 is too
big. Only 63 is left."

Aqui:
http://www.google.co.uk/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=5&ved=0CBsQFjAE&url=http%3A%2F%2Fwww.robertnowlan.com%2Fpdfs%2FKummer%2C%2520Ernst%2520Eduard.pdf&ei=4BngS8PnE9Ob-AbV1-WWBw&usg=AFQjCNFuaIJwopxThi9xvuBtfq4bqqX_pQ&sig2=QzffSsSNgmvtxD5LhotjAA

Já agora, um vído muito interessante para mostrar aos putos, uma coisa do MIT. Acho que ficava bem num post:

http://techtv.mit.edu/videos/717-mit-physics-demo----bicycle-wheel-gyroscope

luis

Anónimo disse...

Embora não contribua directamente para o desenvolvimento da aptidão matemática, a memorização permite queimar etapas na sua aprendizagem:
Alguém que não soubesse a tabuada mas fosse forçado a fazer contas manualmente e diariamente, durante dezenas de anos, acabaria por memorizá-la involuntariamente e ter assim um melhor ou mais rápido desempenho.
Como em criança não se tem dezenas de anos para aprender, a memorização permite acelerar o processo, servindo de trampolim para a aprendizagem de matérias sucessivamente mais complexas, além de que o esforço que lhe é inerente desenvolve algumas capacidades cerebrais.

Em matemática, não interessa se a resposta é dada por memória ou por cálculo, interessa sim que seja certa:

A 1ª parte da piada, simplesmente não tem piada e deve ter sido inventada por alguém para ridicularizar Krummer.

A 2ª parte, pelo contrário, tem piada e pretende demonstrar a agilidade mental de Krummer, não terá sido à toa que é atribuída ao génio de Paul Erdos.

Dervich

Fernando Martins disse...

Excelente! Amanhã começam os pseudo-exames (provas de "aferição") de 4º e 6º Ano. Era bom que as pessoas as lessem e lessem também aquilo que os professores têm de papaguear durante as mesmas, os critérios públicos de correcção e os VERDADEIROS critérios...

Anónimo disse...

Claro que não sei se as piadas foram inventadas ou não, mas não me admirava nada que mesmo um grande matemático, se não usar a tabuada diariamente se esqueça dela, qual é a dúvida? Eu acredito que deve haver vários nessa situação.
Não sei se o esforço de memorizar a tabuada desenvolve alguma capacidade cerebral, duvido muito e gostava de ver as provas.
Não concordo que em matemática seja importante que a resposta certa seja dada por memorização, para mim é muito mais importante que seja por cálculo. A memória só ajuda a dar solução nos problemas corriqueiros e que pode ser refeita, se estiver esquecida, usam do cálculo. Há muito poucas coisas básicas na matemática e a tabuada não é uma delas. Se eu me esquecer quanto é 7 vezes 9 posso calcular isso usando a soma. isso é que é importante, o resto são tretas. Pelos vistos o Krummer pensava o mesmo.
luis

Anónimo disse...

Kummer o criador da maravilhosa Teoria dos Ideais pensava como se descreve acima?
Bem, tinha outras maneiras de pensar que ainda não foram descritas. Ou então inventou o que inventou por milagre, hipótese que eu acho que é de considerar. De facto eu não sei como ele pensava mas se tinha fraca memória e tinha de reconstituir os raciocínios para chegar onde chegou é por que há muita coisa não explicada nos processos de raciocinar. O milagre e o inexplicável existe.

Anónimo disse...

O problema é que o ensino tem de ser pensado e dirigido ao comum dos mortais e não para Kummer. É melhor esquecer como funcionava a cabeça de Kummer e tratar dos nossos pequenos.

Fartinho da Silva disse...

Como é possível que ainda existam pessoas a relativizar a importância da memorização em pleno século XXI?

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo com o Fartinho da Silva. Só com uma objecção. A coisa da memorização não tem nada a ver com o século XXI, em todos os séculos foi importante e até antes de haver séculos como no paleolítico inferior. Aí quem não memorizava lixava-se.

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