Na sequência de dúvidas levantada por um leitor em relação ao cálculo da circunferência da Terra por Eratóstenes, explicado por António Piedade no texto Quanto mede um meridiano?, o De Rerum Natura procurou junto do classicista Bernardo Mota, que se interessa pelo assunto, informação suplementar. Sugere-nos ele as seguintes leituras:
- Bowen, Alan C. & Todd, Robert B. (2004). Cleomedes' Lectures on Astronomy. University of California Press.
A mais recente tradução inglesa duma das principais fontes para o cálculo de Eratóstenes. Tem esquemas e bibliografia secundária fundamental indicada nas notas.
- Roller, Duane W. (2010). Eratosthenes' Geography - Fragments collected and translated, with commentary and additional material. Princeton University Press.
Trata-se da mais recente obra de síntese sobre Eratóstenes
- Rawlins, D. (2008). Eratosthenes' Lighthouse Ploy Earth Radius 40800 Stades. The International Journal of Scientific History.
Neste artigo, o autor (que gosta de adoptar tom polémico), pretende mostrar que a história de Cleomedes é uma fábula.
Imagem retirada de: Bowen, Alan C.; Todd, Robert B. (2004).
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8 comentários:
Cara Helena Damião
Muito obrigado pelo seu valioso contributo para a resolução do problema que levantei.
Cumprimentos
António Piedade
E a dúvida... persiste: Eratóstenes ou Erastótenes? JCN
Um favor: Suponho que é Eratóstenes e não Erastótenes. Vale a pena corrigir, logo na segunda linha do "post".
Obrigado.
Caro António Piedade
Não tem de me agradecer. O contribuito é de Bernardo Mota, que me limitei a compilar. Eu e os leitores do "De Rerum Natura" é que temos de lhe agradecer ter trazido um tema tão interessante ao nosso conhecimento.
Meu caro Dr. José Batista da Ascenção: "supõe"... ou tem a certeza? JCN
A figura tem um erro, ou então é uma coisa que o Eratóstenes supos e eles põe ali como ele imaginou.
O erro é que Syene e Alexandria não ficam no mesmo "meridian circle", nem pensar, basta ir a um mapa para ver isso. E a mim não me interessa que os gajos sejam ingleses e especialista seja em que for, está errado.
E como Syene e Alexandria não estão na mesma longitude, seria preciso mais uns senos e cossenos para corrigir isso, eu podia fazer já as contas mas agora não me está a apetecer porque tenho que ir tomar café com uns amigos, mas logo posso fazer isso, é facílimo, embora não tenha grande interesse porque o grande homem não o fez.
A figura só está certa se se disser que o grande Eratóstenes pensava que Alexandria e Syene têm a mesma longitude, e imagino que ele não tinha grandes maneiras de saber isso, tirando caminhar para norte ao meio-dia, não podiam usar a posição das estrelas porque ainda não tinham relógios. Convinha referir isso, acho. É apenas uma suposição.
luis
Luis, ponha-se no seu lugar!
Quem é você para vir dizer que este peso-pesado da cultura clássica estava errado?
Você pelo menos tem alguma citação de Pessoa, Camões, Virgílio, Proust ou alguma outra grande referencia cultural a apoiar o que disse?
Não tem pois não?
Então o seu texto é completamente inválido.
Anónimo, és um cómico! Eu percebo a piada. Ja antigamente, quando o Desidério se decidia a escrever sobre ciência apareciam erros infantis. Eu continuo na minha, um gajo só deve falar do que sabe senão está sempre a meter as mãos pelos pés. Às vezes até parece fácil, que um gajo até consegue fazer qualquer cena de jeito, mas não é assim, e estes ingleses ou têm uma explicação no texto sobre o erro na figura ou então são nabos. Mas errar é humano, claro, até eu erro!
luis
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