segunda-feira, 31 de maio de 2010

TRÊS POEMAS DE PIET HEIN

Na última "Gazeta de Matemática" (Abril 2010), Natália Bebiano e F. J. Craveiro de Carvalho, no seu artigo "Uma Mente não menos brilhante. Os grooks de Piet Hein", falam da vida e obra do matemático e poeta dinamarquês Piet Hein (o inventor do jogo do Hex). Eis três breves poemas que eles traduziram:

Primeiro as Últimas Coisas

Soluções para problemas
são fáceis de encontrar:
o problema é uma boa
contribuição.
O que realmente é uma arte
é torcer a mente
e obter um problema que encaixe
numa solução.

Revelação à Meia-Noite

Toda a gente
pensa no Infinito
como um oito
deitado.
Mas de repente
apercebo-me
de que o oito é
o Infinito levantado.

Indo ao Fundo das Coisas

A nossa morada terrena
contrair-se-á progressivamente
até cada antípoda ficar
sobre o seu antípoda.

Piet Hein

7 comentários:

Anónimo disse...

Há muita gente incapaz
de distinguir o que seja
a diferença que faz
a ginja de uma cereja.

JCN

joão boaventura disse...

Para quem estiver interessado em conhecer O jogo do Hex, ou por curiosidade.

Anónimo disse...

Quis eu com isto dizer
que nem tudo o que parece
é poesia a valer,
pois do seu jeito carece!

JCN

Anónimo disse...

Na Dinamarca talvez
isto seja poesia,
mas ao gosto português
mais não é que acrobacia!

JCN

Anónimo disse...

Quando a terra se encolher
e os opostos se tocarem,
já ninguém há-de viver
para o acto constatarem!

JCN

Anónimo disse...

ainda bem que tanta gente há conhecedora de poesia e dos problemas da sua tradução.
Só uma nota não dispicienda. Naquilo que é referido como terceiro poema falta uma estrofe.

Anónimo disse...

já ninguém há-de viver
para o acto constatarem!


constatarem?????????? não será constatar??????????????????

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