No âmbito do XII Festival Internacional de Teatro de Tema Clássio, o grupo espanhol El Aedo Teatro (Cádiz) representa a peça Prometeu Agrilhoado, de Ésquilo.
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Ao servir-se do mito de Prometeu, Ésquilo quis, uma vez mais, mostrar que até os deuses devem ser moderados, sem nunca ultrapassarem as limitações do seu poder. Prometeu é o último rebelde, que ensinará a Zeus que a paz só se alcança através da justiça e da persuasão. Só quando Zeus modera a sua ira e perdoa a Titã, a quem injustamente tinha infligido um castigo tão severo, é que se estabelece sobre deuses e homens um governo pacífico.
Uma sessão terá lugar no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, no dia 13 de Maio (quinta-feira), às 11h00; outra sessão terá lugar no Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, no dia 14 de Maio (sexta-feira), às 11h00.
7 comentários:
PROMETEU
Prenderam-te ao rochedo com cadeias
no cimo da montanha por castigo
para as aves do céu, dando contigo,
matarem sua sede em tuas veias!
Teus gritos abalaram terra e céus
fazendo recuar os oceanos,
mas foi em vão que aos deuses desumanos
pediste vénia, a começar por Zeus.
Teu crime era hediondo aos olhos deles,
pois aos mortais, vestidos só de peles,
tu deste a conhecer o seu segredo.
Em resultado, os homens com o fogo
que tu lhes revelaste, desde logo
do próprio Zeus deixaram de ter medo!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Prometeu é um dos Titãs, não o único Titã da mitologia grega, se não estou em erro.
O roubo do fogo aos deuses tb pode ser visto como a procura do conhecimento ou da ciência.
E ainda se podia estender o mito de Prometeu à clonagem de seres humanos ihihih.
Que sapiência! JCN
Peço desculpa se o ofendi de alguma forma, JCN.
Nada há, para descomprimir, como uma subtil e socrática ironia: dizia o Dr. Montezuma de Carvalho que ela era o sal da inteligência. JCN
Prefiro a ironia queiroziana...e não sei se o verbo correcto será descomprimir...
Cara senhora: queirosianamente des(van)ecido com o interesse que lhe mereceu a minha forma de ironizar, perfeitamente inocente e descontraída, não tão subtil como a do Eça, mas porventura mais certeira, deixo à sua exigente preocuupação vocabular a escolha do verbo mais apropriado para traduzir o sentimento que eu, ao meu jeito, pretendi expressar com "descomprimir". Não gosta?... Tem muito por onde escolher, pois o português é a língua que mais palavras tem no mundo: cerca de cem mil. É obra! Parafraseando Bordallo Pinheiro, diria que, a demais da microcefalia, ninguém nos vence em palavriado! Por mim... fico-me pelo "descomprimir", dada a pressão a que V. Exª me pôs com a sua graciosa crítica. Rebentaria... se não me descomprimisse! Seja tudo... pelo nosso "Prometeu Agrilhoado"! E nada de vani(tates), que não estamos em tempos disso: anda tudo muito... corriqueiro! JCN
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