domingo, 29 de maio de 2011

Eu, a redentora do país…

Pode o leitor ouvir aqui o discurso de uma professora, de seu nome Amanda Gurgel, pouco comum em circunstâncias formais, em que intervêm vários responsáveis pela educação.

Ainda que esse discurso seja relativo ao que se passa no sistema de ensino do brasileiro, muitos apectos que aflora são verdadeiros para outros sistema de ensino, nomeadamente para o nosso.

Estou a referir-me, por exemplo, à invocação constante de números para afirmar o progresso na educação, progresso que o quotidiano parece desmentir...

Não é fácil dizer isto olhos-nos-olhos às pessoas que apresentam esses números... Mas foi o que a delicada professora Amanda fez...

4 comentários:

José Batista da Ascenção disse...

Eis o que se chama falar claro.
Gostei dos termos ou expressões: "concepção errônea", "queremos ob(e)jectividade", "respeito", "saber a realidade".
Por cá (como lá) mistifica-se (tanto) quanto se pode. E para agradar à turba inventam-se sistemas de avaliação(!?) em que um professor avaliador, se se candidatar às quotas de "muito bom" e "excelente", concorre com ("contra") os docentes (seus colegas) que lhe cabe avaliar! E elogia-se uma tal monstruosidade! Aliás fundamenta-se com "teorias" e opiniões de (supostos) cientistas da educação, de que há sempre uns professores a afirmarem-se "fans"...
E, não liguem ao que digo, não. Eu sou um privilegiado que já está no (actual) nono escalão e que ainda este mês arrecadou a bonita soma de 1.876,22 euros. Assim demonstro, portanto, que os professores portugueses são escandalosamente bem pagos, melhor que nos restantes países europeus, pelos vistos (que isto também há uns entendidos que o demonstram melhor do que eu).
Portanto, tudo bem.
Não é?

Só mais uma coisinha: parabéns à Professora Helena Damião.

Leonardo disse...

A pena é que (aqui) em terra Brasilis este filme não teve repercussão na classe política!

E é tudo verdade.

Anónimo disse...

Ao contrário do Brasil em Portugal a maioria dos professores ganha bem demais para aquilo que faz.

No privado têm que dar o litro, já no público tanto se lhe dá..

Cláudia Tomazi disse...

Tem sido heróica a manifestação da Prof. Amanda Gurgel em território nacional.
E cito que além, da má distribuição de renda ser uma vergonha, a densidade demográfica em determinadas regiões, vem transformando as escolas em depósito de crianças e adolescentes. O mais triste é que o Brasil tem recursos de sobra, para aplicar na educação.

É uma vergonha, a falta de empenho dos governantes brasileiros, para com a classe do ensino que agoniza pela defasagem na folha de pagamento e recursos em sala de aula, ocasionando a falta de prestígio na carreira e empenho aos que nela dedicam seus melhores dias.

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