sexta-feira, 27 de maio de 2011
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2 comentários:
A licenciatura de nove meses já andou mais longe.
O Processo Bolonha-4, actualmente em vigor, está a pensar no Bolonha-3, Bolonha-2 e Bolonha-1, congeminando-se como chegar ao Bolonha-0, e para o qual se conta com o extraordinário e avançado contributo do inventor das Novas Oportunidades.
E assim, de tentativa em tentativa, a Europa voltará à Idade Média, evitando-se que Umberto Eco continue a blasfemar que tudo o que hoje se passa, já se passou na Idade Média.
Posto o que, como sentencia Norbert Elias, ficamos então configurados na Idade Média.
O grande passo para a humanidade, no séc. XXI, aí está: conseguirmos entrar e estar na Idade Média.
Sim, sim, mais aperfeiçoada, isto é, sem as grandes bibliotecas conventuais, e dispensa total dos trabalhos cansativos dos frades a escanearem as grandes obras.
Do tudo passamos para o nada, que passa a ser o tudo do séc. XXI.
A ideia da Idade Média é bem pertinente. O feudalismo financeiro parece uma realidade incontornável. As "urbes", hoje, são dos grandes senhores e dos bancos. Pior do que isso, o Estado e o país estão hipotecados por endividamentos que reduzem o direito de propriedade a algo menos consistente do que um arrendamento. Os políticos não representam o povo e o povo tem a "liberdade" de escolher políticos que nada ou pouco podem fazer no quadro das integrações comunitárias e internacionais a que estão sujeitos. Todos os tributos e vassalagens são devidos, para a paz e para a guerra. As independÊncias são impensáveis e os golpes de Estado não fariam sentido...Não estou a dizer que isto é melhor ou pior, estou a constatar sumariamente...
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