quarta-feira, 13 de maio de 2009
PORTUGUÊS QUE SE CORRESPONDEU COM DARWIN INSPIRA PEÇA DE TEATRO
Informação recebida do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra (na foto Darwin na fachada da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra):
Dia 15 de Maio às 16 horas no Museu da Ciência
É divulgação científica. É ficção. É realidade. O naturalista português que se correspondeu com Darwin virou protagonista de uma peça de teatro. Paulo Trincão, o ex-director da Fábrica - Centro de Ciência Viva de Aveiro, vai estar no Museu da Ciência da UC para apresentar o seu novo livro. O prefácio é de Carlos Fiolhais.
Correspondeu-se com Charles Darwin e muitos outros notáveis do seu tempo, acabando por entrar para a história graças ao seu trabalho inovador na área do evolucionismo aplicado à classificação das espécies: o naturalista português Francisco de Arruda Furtado é agora o protagonista de uma peça de teatro. O livro "O português que se correspondeu com Darwin", do cientista Paulo Trincão, é lançado no dia 15 de Maio às 16 horas no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC). A apresentação estará cargo do director da Biblioteca Geral da UC, Carlos Fiolhais, que é também o autor do prefácio.
Francisco de Arruda Furtado tinha uma "enorme energia e capacidade de iniciativa" que o levaram a contactar "com alguns dos mais notáveis investigadores do seu tempo", sublinha Paulo Trincão. A correspondência trocada com Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, entre 13 de Junho e 21 de Novembro de 1881 é um dos pontos altos do empreendedorismo científico do naturalista açoriano, o mesmo que agora deu o mote a uma peça de teatro pensada para o público jovem e adulto.
"A correspondência entre ambos deverá ter terminado devido ao grave estado de saúde de Darwin, que faleceria a 19 de Abril de 1882", explica o também ex-director da Fábrica - Centro de Ciência Viva de Aveiro. "A relação de trabalho gerada teve como base a carta de resposta de Darwin de 3 de Julho, onde apresenta um programa de trabalho que Arruda Furtado segue com entusiasmo durante esse Verão".
E são precisamente a troca de impressões com Darwin e o resultado dessa interacção que dão corpo ao livro "O Português que se correspondeu com Darwin". "Este texto tem como objectivo central a divulgação do naturalista português Francisco de Arruda Furtado e dos seus estudos pioneiros na introdução de uma perspectiva evolucionista no trabalho de classificação taxonómica comum à época", explica Paulo Trincão.
Pensada para subir ao palco, a obra procura aproximar-se da realidade da época, sem se desviar do seu propósito de divulgar ciência. "O texto foi construído numa base ficcional, embora apresente fragmentos de textos muito próximos das citações originais dos respectivos autores. Nestas situações foi necessário introduzir ou eliminar algumas palavras e construções gramaticais mais arcaicas, para o discurso se tornar mais fluído quando transposto para a oralidade", resume o cientista.
Lançado no ano em que se comemora o bicentenário do nascimento do naturalista inglês e os 150 anos da sua obra mais célebre, "A Origem das Espécies", o livro "O Português que se correspondeu com Darwin" é um tributo a um dos nomes maiores do conhecimento científico nacional. "A divulgação e o reconhecimento, fora do meio académico, da importância de Francisco de Arruda Furtado para a História da Ciência em Portugal, aparecem como uma homenagem justa e oportuna", sublinha o autor.
Paulo Trincão nasceu em Coimbra em 1958. Licenciado em Geologia pela UC e doutorado em Estratigrafia e Paleobiologia pela Universidade Nova de Lisboa, é professor auxiliar da Universidade de Aveiro, tendo dirigido a Fábrica - Centro de Ciência Viva de Aveiro. Foi director do Instituto de História da Ciência e da Técnica do Museu Nacional da Ciência e da Técnica e comissário de mais de uma dezena de exposições de divulgação científica a nível nacional em instituições como o Museu da Electricidade (Lisboa), o Museu da Ciência e da Técnica e a Universidade de Coimbra.
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9 comentários:
Os portugueses têm a mania de embandeirar em arco sempre que um português consegue a suprema honra de ser ouvido por um tipo importante. De facto não é pouco mas se um português for, ele próprio, o importante (a ouvir osoutros) que se há-de dizer? Faltarão as palavras que, entretanto, foram gastas com os que conseguiram obter resposta a uma carta de um tipo dos bons.
Bom, o Darwin não é o pai da teoria da evolução mas sim da selecção natural. Já havia outras teorias da evolução.
Eugénio
p.s. além de críticas à sociobiologia faltam referências às críticas provenientes da ciência ao darwinismo. Este é um bom ano para discutir isso. Não vale a pena fingir que além de darwinismo só existe criacionismo.
O ANÓNOMO ESTÁ ENGANADO. A SELECÇÃO NATURAL TINHA SIDO TEORIZADA ANTES DE DARWIN!
A ideia de selecção natural, longe de ter sido uma descoberta científica de Charles Darwin, já tinha sido proposta por outros autores.
Assim sucedeu, entre outros, com o próprio Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin, o geólogo James Hutton, o médico William Wells, o naturalista Patrick Mathew e o químico e zoólogo criacionista inglês Edwin Blyth.
Este último foi, talvez, para além do avô, quem em maior medida influenciou Charles Darwin em matéria de selecção natural.
Pouco depois de ter publicado a sua obra A Origem das Espécies, Charles Darwin foi acusado de não reconhecer a influência do pensamento destes autores.
Na 6ª e última edição da sua obra, depois de muitas críticas, Charles Darwin lá acabou por reconhecer que antes dele 34 autores tinham escrito sobre a selecção natural.
Actualmente alguns sustentam que Charles Darwin plagiou Edwin Blyth e apropriou-se indevidamente do trabalho de Alfred Russel Wallace.
Convém lembrar que os criacionistas não negam nem as mutações, nem a selecção natural, nem as variações adaptativas nem a especiação.
Apenas afirmam que nenhum desses mecanismos consegue criar e codificar informação genética em qualidade, quantidade e diversidade que consiga transformar partículas em pessoas.
DARWIN, TENTILHÕES DOS GALÁPAGOS E CRIACIONISTAS
Charles Darwin disse:
«é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades».
Os criacionistas não disputam esta realidade.
Pelo contrário!
A generalidade dos criacionistas concorda com esta afirmação de Charles Darwin!!
Mas para concordar com Darwin neste ponto não é necessário acreditar na teoria da evolução.
Basta acreditar na Bíblia!
De acordo com a Bíblia, depois do dilúvio as diferentes espécies foram-se espalhando pela face da Terra, adaptando-se a novas condições ambientais e dando origem até a várias sub-espécies.
Assim, de acordo com o modelo bíblico, as diferentes espécies de aves encontradas no arquipélago dos Galápagos derivavam realmente de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades.
A intuição de Darwin estava correcta. Nada a objectar.
Todavia, essa intuição está longe de provar a evolução, na medida em que nessa derivação não foi criada nenhuma informação genética nova, geradora de estruturas e funções totalmente novas e mais complexas.
Se a população de aves inicial tiver suficiente variabilidade genética (potencial genómico), ela pode dar origem a diferentes (sub)espécies, com diferentes características, sem que no processo se crie qualquer informação genética nova.
A selecção natural se encarregará de tornar isso possível.
Estamos a falar, claro, das cerca de 13 espécies de tentilhões nos Galápagos.
A informação genética contida nas espécies de aves presentes nos Galápagos é uma especialização da informação genética já contida na população de aves continentais de que as mesmas derivaram.
De resto, o mesmo se passa na selecção artificial.
O caso das diferentes espécies de caninos é paradigmático.
Também aí se assiste à especialização de informação genética pré-existente e não de criação de informação genética nova.
A informação genética vai sendo reduzida, reduzindo também o potencial para nova selecção. Não se pode obter São Bernardos de Chihuahuas.
A variação e a adaptação acontecem. A selecção natural também.
Mas a evolução através da criação de informação genética nova, mais complexa, especificada e integrada, não.
«Convém lembrar que os criacionistas não negam nem as mutações, nem a selecção natural, nem as variações adaptativas nem a especiação.»
Não negam a especiação!?
Esta é nova...
Tenho uma carta/email para ser enviada para a CM de Sintra, contra a realização de um espectáculo de circo com animais selvagens
Peço a tua ajuda, para que envies também um email para eles, para acamarmos com os circos com animais.
Vai ao meu Blogue está lá tudo explicado
http://troca---letras.blogspot.com/
Ó Troca Letras, mas eu sou a favor de espectáculos de circo com animais. Racionais e outros. Também se devem proibir os espectáculos com pulgas amestradas?
Mas não acham que os animais deviam ser ouvidos? Alguns estão muito satisfeitos com o emprego que têm. Acho mal é que os condenem à morte nos matadouros. Sem isso ser sequer decretado por um juiz. Esta dos direitos dos animais tem muito que se lhe diga.
Como é que eu sei que alguns estão satisfeitos com os empregos? Da mesma maneira que vocês sabem que outros não gramam o emprego. Não se aflijam, eu não revelo os procedimentos.
Caro Troca Tintas:
A vossa palavra de ordem é "animais do circo para o desemprego já". Não concordo.
AMIGO DA BICHARADA
Deixemos de ser passivos, só os do politicamente é que são activos ou como é? Vamos organizar um abaixo assinado a favor de espectáculos com animais. De certeza que reuniremos muito mais assinaturas do que os do policamente correcto.
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