- "De que tipo...", perguntou o entrevistador?. "De todo o tipo", respondeu o convidado.
- "Mesmo aqueles que...?". "Mesmo esses", confirmou ele, e logo apresentou dois argumentos: primeiro, se as crianças não virem tais filmes em casa, descobrirão o mesmo na rua, com os amigos e, quem sabe, com adultos mal intencionados; segundo, só nos podemos pronunciar acerca daquilo que experienciamos, e, portanto, é preciso experienciar.
Não sei em que estudos o senhor se baseou para opinar com tanta segurança, nem sei, sequer, se existem estudos sobre os efeitos desse tipo de filmes no desenvolvimento. Ainda assim, gostaria de deixar a primeira nota que me ocorreu, das muitas que o assunto suscita: "aconselhar" tal "estratégia de aprendizagem" a crianças que estão no primeiro ciclo contrasta em absoluto com o conteúdo dos manuais escolares que lhe são destinados. Aqui é a candura da procura de um amigo, o civismo de separação do lixo, o elogio da natureza que prevalecem... Tudo envolto numa linguagem simples, ou simplista, conseguida pela supressão das passagens tidas por mais complexas e pela substituição de palavras menos comuns por outras que se usam no dia-a-dia.
Em suma, no que respeita a textos didácticos, presume-se que só se deve apresentar à criança aqueles que ela é capaz de entender sem qualquer dificuldade, sendo que, em geral, se subestimam as suas capacidades cognitivas. Porém, no que respeita a sexualidade, presume-se que a criança pode ver tudo e que tudo entenderá.
Bom, dirá o leitor, não são as mesmas pessoas que se pronunciam em ambos os campos. Pois, não são, de facto. Mas, paradoxos como estes, sobre a educação das crianças e jovens, que não podem ser mais pronunciados, emergem do modo de pensar da mesma sociedade, que é a nossa, que os vai deixando conviver e correr, sem conflitos de maior…
Por outro lado, dirá ainda o leitor, paradoxos em torno da educação sempre existiram. Sim, mas os paradoxos relativos ao rumo a dar à educação devem ser pensados, sendo que nessa tarefa de os pensar podem surgir boas ideias. E, para surgirem boas ideias, ajuda dispor-se de informação científica e/ou filosófica sólida.
45 comentários:
Plenamente de acordo, sobretudo aqueles de sado-maso, e cheios de palavrões, mas de preferência brasileiros porque assim entram mais depressa no espírito do acordo ortográfico.
Também devemos ensinar as crianças a manusear armas, tipo montar e desmontar 1 Kalashnikov num minuto e com os olhos vendados, dar-lhes droga para saberem o que é e não se meterem na droga quando forem grandes, dar-lhes tareias para saberem o que dói e não baterem nos outros, ensinar a roubar para não serem roubados, ensinar a mentir para saberem conhecer a mentira.
São tudo boas práticas.
No entanto continuo a achar que se esses pós modernistas da treta fossem cavar ou arrancar as ervas à roda da estrada, seriam mais úteis ao pais.
Há muitos a pensar e muitos outros a executar. Ou os primeiros pensam coisas não executáveis ou os segundos não sabem executar "pensamentos" ou, simplesmente, não há diálogo entre ambos.
Perante isto, que validade tem o pensamento/opinião do psicólogo, ou mesmo a crítica a esse pensamento/opinião?
Anda tudo no vácuo.
suponho que o psicólogo nas horas vagas é actor porno e está a vender o seu peixe. outra explicação não encontro para tamanha estupidez. sexo não é pornografia , pornografia é sexo ficcionado , e nessas idades a ficção mais aconselhada são fadas e duendes. e abelhinhas . e claro , posters tamanho real do corpo humano , com tudo bem explicadinho , funcionamento e tal , mesmo dos orgãos usados no porno : um dia irás meter o diabo no inferno e vê lá , chegarás ao paraíso. e chega como informação primeira.
Não existe um único estudo sério que conduza a esse conselho psicológico; pelo contrário, todos os estudos sobre os efeitos da pornografia apontam numa direcção contrária. Os efeitos da pornografia no desenvolvimento são preocupantes, embora seja necessário ter outros factores em conta: podem incluir agressões sexuais ou induzi-las e degradação da imagem que os homens fazem das mulheres. Os jovens podem ver ponografia e vêem efectivamente, na nossa era digital e abundante em tais materiais, mas com o consentimento ou supervisão dos pais? ... isso causa perturbações familiares, muito preocupantes. Para todos os efeitos, a pornografia violenta associada ao álcool incrementa a violação, a agressão sexual, etc, e isto nos adultos, além de poder indicar níveis de inteligência reduzida. Porém, os estudos não desaconselham o uso da pornografia: sempre houve pornografia...
Ah, não associo os estudos da pornografia com o pós-modernismo que fala a diversas vozes, embora esse psicólogo possa estar mal-informado, porque nunca li um estudo pós-moderno a recomendar o acesso parental à pornografia!
Algumas Igrejas americanas querem acabar com a pornografia, com alegações obscuras, e discursos opinativos como o do pseudo-psicólogo só facilitam a caminhada das forças obscurantistas!
Um efeito da pornografia é o empobrecimento da experiência e da imaginação eróticas: o sexo deixa de ser uma "aventura" e passa a obedecer a uma receita fixa com fases; tudo o que sai do esquema "machuca" o outro parceiro/a. Também leva à busca de novas experiências e, nesse aspecto, tem um efeito pós-moderno, dissolvendo a experiência, o social e o afectivo. Mas é preciso ter em conta outras variáveis e os tipos de pornografia. E a pornografia cria adição... Um assunto complexo que já tratei em diversos posts.
Pós-modernismo III: está tudo doido!
O psi tem razão. A minha actual desadequação sexual fundamenta-se naqueles inumeráveis episódios do Verão Azul ou da Abelha Maia, já para não falar na vida desgraçado do Marco. Seria preferível ter visto mais precocemente a inesquecível Gina para ser um ser humano mais compreensivo e actuante em termos de sexo. Mas também devo dizer que compreende o Psi. Foi daqueles que encheram os ecrãs de cinema para ver o primeiro filme «pornográfico» pós-25 de Abril intitulado Último Tango em Paris, com o Marlon e a Maria. Mas o que é mesmo incrível é que, actualmente, quem tem sucesso profissional e económico são aqueles que enganam o povo...
PS: Também gostava de uma loirinha dos Pequenos Vagabundos
E existem as ddiferenças sexuais: homens e mulheres não reagem do mesmo modo à pornografia e, regra geral, os homens interessam-se mais por pornografia do que as mulheres: a pornografia é uma indústria masculina, feita por homens e para homens. As mulheres não se excitam tanto por esses materiais e, quando os parceiros os querem usar durante as relações sexuais, ficam desconfiadas e, quase sempre, com razão. Mas este é um assunto do casal...
Ah, referia-me a filmes pornográficos e não a filmes eróticos. Nestes o sexo é ficcional: é simulado sem mostrar a actividade sexual. São coisas diferentes. Porém, na opção de escolher entre um filme erótico ou porno e outro de acção e de agressão, a criança, sobretudo a masculina, escolhe o segundo: as crianças que revelam apetência por filmes porno ou eróticos são mais excepção do que regra: não atingiram maturidade sexual e a sua reacção é quando muito de mera curiosidade do que de real interesse excitatório. Os filmes porno visam produzir excitação sexual e ajudam a fantasia sexual a orientar a masturbação ou outra actividade sexual, e, neste campo, os homens são especialistas natos.
Observação: Concordo com a Helena quando fala das competências cognitivas e sexuais (sic) das crianças. Se nascessemos com todas essas competências já desenvolvidas, a escola não seria necessária. A escola visa preparar as crianças para entrar no mundo dos adultos e da cidadania plena. As exigências é outro assunto: a pedagogia do atrasado mental produz atrasados mentais: quanto mais exigentes formos, melhor será o resultado. Exigir o impossível às crianças é um bom princípio quando usado com bom senso. :)
«a pornografia é uma indústria masculina, feita por homens e para homens»Felizmente isto não é verdade :)
Também tive a sorte ver a cena em directo.
Devo confessar a minha estupefacção quando pela primeira vez em muitos anos ouvi um destes psicólogos de contos de fadas dizer algo absolutamente deslocado do "senso-comum". Tudo teria corrido bem não fosse o facto de este mesmo progresso consistir numa arrepiante candura.
Tentando alhear-me do conteúdo efectivo que conduz às objecções de Helena Damião, a sensação com que fiquei foi de que o "especialista" estava tão absorvido pelo papel de entertainer que naquele momento poderia ter dito o completo oposto(i.e., que as crianças não devem ter acesso a materiais audiovisiais retratando a sexualidade.) Nesse instante em que que a ânsia de impressionar as pessoas com o seu "progressismo" prevaleceu, poderia muito bem ter optado pelo discurso civilizado. Quando deu conta das consequências já era tarde.
Ou seja, ficou empolgado com o feedback que anteviu na audiência, sustentando então que só "experienciando" é possível saber o que se quer e nisso toda a tarefa da educação é aniquilada em favor da formação integral, como se a introdução imediata de um código do possível e suas representações mecânicas na cabecinha das crianças conduzissem necessariamente a uma compreensão adequada do que está em causa na sexualidade. Psicologia à bruta.
"Experienciando", foi, de facto, a expressão usada pelo psicólogo. Não significando ela a mesma coisa que "conhecendo" (que eu havia usado por me escapar a palavra exacta), fiz agora essa alteração no texto, pois parece-me que a diferença é relevante. Obrigada Cláudio.
Esta forma de educação sexual também se inserirá no domínio do politicamente correcto?
Eu não vi nem ouvi o que o senhor disse, mas já nada me admira; há tempos, também num programa de televisão, um psicólogo (quiçá o mesmo) alertava os pais para o facto de poder ser muito mais problemático um filho que só tem notas de 4 e 5 do que um daqueles que não liga à escola e tem uma data de negativas...
Estas duas visões doe "especialistas" nas matérias da educação e do desenvolvimento entroncam perfeitamente na apreciação que a Helena faz da simplicidade quase, se não mesmo, imbecil que encontramos nos manuais escolares.
Aguardo um comentáro do Desidério Murcho a este texto.
Isto porque, há umas semanas, houve uma interessante conversa a este propósitos aquando da uma feira do livro em Braga e de um célebre confisco...
Sobre outros “relatos pornográficos”, acessíveis também a menores...
Basta ler (Génesis 19), edição revista e “atualizada” de João Ferreira de Almeida . A versão da bíblia de João Ferreira de Almeida está disponível no Portal Evangélico .
(Génesis 19:5-8): Ló pretende entregar das filhas aos habitantes de Sodoma (que pretendiam "molestar" os anjos de visita à sua casa) e "fareis delas como bom for nos vossos olhos" (Gen 19:8) .
5 - E chamaram Ló e disseram-lhe: Onde estão os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos.
6 - Então, saiu Ló a eles à porta, e fechou a porta atrás de si,
7 - e disse: Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal.
8 - Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram varão; fora vo-las trarei, ; somente nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do meu telhado.
(Génesis 19:30-38): as 2 filhas de Ló embebedam o pai, fornicam com ele e têm filhos do pai ...
30 - E subiu Ló de Zoar e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele, porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas.
31 - Então, a primogênita disse à menor: Nosso pai é já velho, e não há varão na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra.
32 - Vem, demos a beber vinho a nosso pai e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos semente de nosso pai.
33 - E deram a beber vinho a seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
34 - E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe a beber vinho também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos semente de nosso pai.
35 - E deram a beber vinho a seu pai, também naquela noite; e levantou-se a menor e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
36 - E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai.
37 - E teve a primogênita um filho e chamou o seu nome Moabe; este é o pai dos moabitas, até ao dia de hoje.
38 - E a menor também teve um filho e chamou o seu nome Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom, até o dia de hoje
Pornografia acessível a crianças com 8 anos ? É a "pornocracia" republicana da "west coast" .
Só um demente (ou apologista da pedofilia) diria semelhante barbaridade .
E o processo da Casa Pia lá vai "andando" ...
Dona Helena, no meu comentário utilizei intuitivamente o gerúndio do verbo "experienciar" sem me recordar dos termos utilizados pelo entertainer. Tudo faz mais sentido, um tal projecto pedagógico consistiria numa abdicação dos princípios e avanço cândido para uma sexualidade transparente e desproblematizada (aquela que se discute com um "bom chefe de família" no intervalo do futebol). Claro que isto implica uma concepção incapaz de se dar conta de que uma construção biográfica da sexualidade não deve prescindir de um horizonte normativo. É um tal horizonte que marca uma diferença clara entre o erotismo humano e a mera necessidade instintiva da espécie. A sexualidade é sempre uma experiência que "põe o sujeito em causa", mas para tal é necessário o pressuposto mínimo da sua formação como entidade autónoma. Esquece-se frequentemente que a falta de princípios é ela mesma a mais opressora forma de liberdade, aquela que torna o sujeito vulnerável porque imerso numa indiferença valorativa. Vários textos de M. Nussbaum se endereçam a esta problemática ainda que, curiosamente, com uma certa estreiteza de vistas quanto à pornografia.
Mas também há algo que me deixa inquieto e muitas das vezes se leva avante sob a roupagem da necessidade de conhecimento. A implementação de uma "educação sexual", sempre dependente das marés administrativas, está também ela sempre baseada em perspectivas morais implícitas que muitas vezes são dadas como verdades. Diria apenas que na sexualidade humana está em causa aquilo que, por envolver complexos investimentos emotivos e orgânicos, não pode ser filtrado didacticamente e reduzido a uma função entre outras, algo que teria regras precisas e momentos próprios. Tal seria sempre um amestrar da vida afectiva e emocional. Daí que a justificação de tais iniciativas assumidas por sistemas estatais esteja inevitavelmente cruzada com programas de saúde pública e uma educação moral autónoma face às teorias compreensivas da religião. E é bom que assim seja, é difícil uma psicologia sem ideologia e o óptimo seria antes de querer resolver as grandes questões existenciais tratar de resguardar os mínimos do que se constantemente se reconfigura como "decência".
Acho muito bem.
Não entendo o elogio da ignorância. Não entendo lá muito bem a razão pela qual quase toda a gente considera o sexo uma coisa feia que se deve esconder. Há até quem considere a actividade sexual parecida com o exercício da violência ou a utilização de armas para matar. Há quem fique muito aflito se a criança viu algo que sugere sexo mas fica muito descansado quando a criança vê violência, por vezes horrível, e aparece na TV fora das horas nocturnas. Já vi cenas de tortura e violência que me arrepiaram sem que houvesse protestos. E já vi cenas de sexo que me agradaram (sem violência, antes pelo contrário) e logo provocaram protestos em série. Porquê? E aqueles que correm o risco de multa elevada porque (Estados Unidos) foi mostrado um mamilo? Que mal há num mamilo? Eu gosto de ver. Já vi cenas com o Schwarzneger ou o Chuk Norris de arrepiar...E destas não gosto de ver...Enfim, gostos.
Estou de acordo com o anónimo. A ignorância é coisa má. Vedar o aceso à realidade é mau. O sexo é bom. A palavra pornografia é idiota porque dá uma carga negativa a uma coisa boa. Manter adultos ou crianças na ignorãncia a pretexto da conservação da pureza é mau,embora muito defendido pela Igreja. A violência é má. O sexo é carinho, é gozo, é prazer. Para quê escondê-lo?
NOCTÍVAGO
Boa citação, Isabel Saraiva. Engasga os defensores da pureza da castidade.
O caso Casa Pia é um caso de violência inaudita, não de sexo (apesar da violência ter sido acompanhada de sexo como podia ter sido de gastronomia, e se fosse este o caso, condenaríamos a gastronomia?)
A banalização da actividade sexual significa precisamente a sua aniquilação como experiência comunicativa intensa na base da sua associação inevitável à violência. Tal proximidade não é meramente mitológica ou comercial, ela é constitutiva e por mais que se queiram impingir preservativos florescentes e coleiras com botão de emergência, os traços imaginários patentes na experiência sexual permanecem ligados à dominação e subordinação (como posições cambiáveis). Parece-me que o politicamente (in)correcto é pensar que a sexualidade é exclusivamente uma actividade que se faz a hora adequada para atingir um certo nível de realização pessoal.
É claro que já há muito a sociedade de consumo saturou o espaço público de apelos à sexualidade humana. Mas a questão aqui não é puritanismo versus consciência descomplexada (e o mais das vezes normativizada). Trata-se de opções inevitáveis quanto ao modo como se forma a capacidade para significar uma experiência. E a esse respeito nem se pressupõe que as crianças vivem no 7º céu, nem se quer tapar os olhos das mesmas face todas as formas de violência e de sexo. Mas é algo completamente distinto o prevenir programático de encontros traumáticos com visões bacocas do trama.
Quer-me parecer que a mentalidade da formação instantânea e desproblematizadora que grassa no país está a dar frutos mais cedo que o previsto.
Peço desculpa se fôr inconveniente , mas não resisto. Tenho um sobrinho , esperto , esperteza que fomento, sem nunca lhe dar respostas , só perguntas. Ele que pense. Tem 8 anos.
Aos 7 !! li , a brincar , as linhas da mão dele : vais ter 7 filhos. Diz ele : Tia , mas se tenho de usar preservativo (!!!!!) por causa da sida , como vou ter 7 filhos? Bom , acho que corei de embaraço , mas lá lhe disse que , pronto , se achasse que a moça era a tal , os dois faziam análises e em caso negativo , punham-no de parte. E problema resolvido. Vai ele , com um ar mesmo maroto , diz : se pensas que não sei que vocês metem aquilo na boca , sei. Diz lá porque há preservativos de sabores? Livra !! , nem respondi , só ri .( Estão a ver os anuncios a preservativos de sabores na tv? os miúdos também veêm...)
Aos 6 , falando de Deus: ora , Tia , foi o homem que criou Deus : diz lá como é que sabem que tem barbas? e se foi o homem que criou Deus , ele não pode ter criado o homem.
Aos 8 : lá o socras diz que o Magalhães serve para os meninos estudarem. é mentira !!! , Tia , os meninos na escola estamos sempre a jogar a , e disse um nome qualquer , sei que tem um pinguim que anda e dá saltos mortais.
Ós miúdos livre pensadores são a minha esperança , pois são. Nada de formatar-lhes o pensamento e as vivências. Muito menos sujando com porcarias pronto a comer uma das coisas mais belas que há : a fusão do masculino com o feminino.
Por muitas reservas, que também tenho, sobre este "método educativo" não deixa de ser verdade a facilidade com que qualquer criança pode aceder a materiais de cariz pornografica, independentemente da vontade e formação dos país.
Pode-se, por isso, perguntar qual a melhor estratégia dos país para lidarem com a situação:
- a indicada?
- esperar para ver?
- manter "vias de diálogo aberto"?
- ver com as crianças, e "desmontar(?) as cenas", quando se considerar oportuno?
- .....
Uma coisa é certa, mais dia menos dia, terão de lidar com este e outros "problemas", e repressão e castigos são uma solução de resultados muito duvidosos.
Ingénuo Renitente
Helena Damião,
Se eu mandasse... escolhia-a como orientadora, a nível nacional, da disciplina de Educação Sexual, tão necessária nas escolas.
Como escrevi algures, Educação Sexual nas escolas sim, mas dada por mim em colaboração com uma enfermeira!
Muito obrigada pelo seu excelente Post!
Caro anónimo,
Felizmente mesmo!
(E o "Anónimo" contracena com o "Anónimo. Excelente argumento para um texto dramático surrealista.)
É claro que só pode ser pela via do DIÁLOGO ABERTO!
Boa noite
Eu comecei a ver pornografia aos 12 anos, um pouco mais tarde e em casa de um colega que tinha na altura vídeo. Antes e no secundário tinha já entrado em contacto com as famosas Ginas ( de qualidade muito duvidosa LOLLL) , por volta dos 9 anos.
Francamente , e como sempre tive a possibilidade de ler a literatura científica sobre o assunto consegui usufruir o melhor dos dois mundos.
Não vejo que , com o devido enquadramento exista nenhum tipo de mal, mostrar pornografia a quem não está preparado para se sentir atraído por o tipo de experiência não faz nada, nem aquece nem arrefece.
Não é levar a pornografia ao colo, mas às tantas não achar que é uma dimensão diferente da higiene pessoal, das necessidades fisiológicas, às tantas menos tarados existiriam, e quem sabe uma educação para a responsabilidade retiraria uma data de teias de aranha da cabeça de muitos que acabam por crescer uns moralistas em casa e uns depravados na rua.
A esmagadora maioria dos utilizadores do sexo pago sempre foram educados em sistemas repressores, porque eram esses o que existiam, por isso....
Regressando ao tema: de facto a minha geração teve amplo acesso a todo o material porno que queria e conseguia comprar sem problemas nos quiosques, a maioria sem o enquadramento em casa que eu tive. às tantas esse senhor não está tão errado como se poderá imaginar.
A Pornografia deve ser vedada às crianças e adolescentes.
Assim:
1. Deve explicar-se (até aos 12 anos) que as crianças vêm no bico das cegonhas.
2. Deve vedar-se o acesso à Bíblia ou pelo menos às partes porcas.
3. Os Lusíadas só devem ser estudados na Universidade, pelo menos a parte da Ilha dos Amores inventada pelo porcalhão do Camões. Ainda por cima reduz a mulher a objecto de prazer para compensar os feitos do homens.
4. Aquela célebre pintura que vinha na capa dum livro e foi apreendida no Norte foi muito bem apreendida. Lembro que estava a provocar o gáudio de crianças que chamavam outras para contemplar aquilo. Não eram adultos que se dedicavam à contemplação daquela coisa.
4. O livro daquele escritor brasileiro sobre os Budas não sei qué. Deve ser vendido em shopings decentes? Claro que não. Podemos deixar os nossos filhos descansadamente a passear em shopings ou já nem aí há decência?
5. Nas aulas de Medicina, os alunos devem estar em turmas à parte das alunas. Caso contrário extingue-se a diferença entre pornografia e Anatomia. Os Professores de Anatomia deveriam ter vergonha na cara.
MÃE CUIDADOSA
Caro Nuvens de Fumo:
Começou a ver pornografia aos 12 anos?
Eu, por volta dessa idade (suponho que até um pouco antes)comecei a praticar à grande e à francesa com uma empregada (nesse tempo chamavam-se criadas) que se divertia com certas brincadeiras e eu adorava. Foi há dezenas de anos e fiquei com óptimas recordações. Mas há muito pouco tempo percebi que o que ela fazia afinal era crime pelos critérios de hoje pois era muito muito mais velha que eu. Abençoada criminosa!
Estive a ver e encontrei um pequeno estudo que indica que as crianças que foram expostas a filmes mais cedo tem tendência a iniciar mais cedo a sua sexualidade.
http://www.sciencedaily.com/releases/2009/05/090504105555.htm
O que nos leva apenas para o campo da moralidade e não da resposta medicamente correcta.
Depende do que cada um achar que é "cedo".
Como sempre, é apenas um tema cultural, não existe um certo e um errado.
Para Anónimo, 10:21
Cara Mãe Cuidadosa,
Os episódios de Os Lusíadas para o 9º ano do ensino básico seleccionados nos programas nacionais estão muito bem escolhidos, embora falte, incontornavelmente, o episódio da Ilha dos Amores.
Mas para isso, ainda precisaremos de muitas mais "Mães Cuidadosas".
PS - "Ganda" Sentido de Humor!
J Francisco Saraiva de Sousa
Olhe que não, olhe que há mulheres que gostam, e ainda bem LOLLLL
depende das pessoas, e não do género
Nuvens de Fumo
Sim, há mulheres que gostam, mas isso não invalida o resto. Os estudos estão aí para o confirmar. No entanto, tem razão no sentido que ver neste diálogo a evaporação ou desconstrução pós-moderna do masculino! Porém, os estudos de que falei, além de abrangerem diversas amostras nacionais de todo o mundo e de serem recentes, usam boas metodologias e técnicas sofisticadas, tais como falometria, ressonância magnética funcional, pupilometria, etc. No entanto, respeito as opiniões enquanto tais: apenas não correspondem aos estudos experimentais realizados, até porque usam um conceito confuso de pornografia. :)
Quanto às diferenças de género e sexuais, elas existem e revelam-se claramente nesses estudos; mais, apesar da libertação das mulheres, os estudos ainda não reflectem o apagamento das diferenças de género na utilização de materiais pornográficos ou simplesmente sexuais ao longo desse período.
Sigo os estudos, não as opiniões emitidas pelas pessoas, embora as respeite... A psiquiatria não foi desconstruída, porque continua bem de saúde, sempre em frente! :)
Os estudos que eu tenho acesso, na scientific american, indicavam algo mais curioso que essa divisão:
as mulheres, mesmo quando diziam que não gostavam do que estavam a ver, tinham respostas positivas , quando observavam filmes lésbicos.
Ora deixa muito em que pensar.,....LOLL
Sim, filmes lésbicos: é necessário levar em conta o tipo de filmes pornográficos. Tinha dito isso num comentário anterior.
Porém, há outro "argumento de peso": o papel da orientação sexual. As lésbicas tendem a aproximar-se do padrão masculino, mas os homens homossexuais não se diferenciam das contrapartes heterossexuais, podendo exibir padrões hipermasculinos.
Outro aspecto que referi e não foi debatido é o da porno-adição: a dimensão relacional e afectiva perde-se completamente nesses casos.
«as mulheres, mesmo quando diziam que não gostavam do que estavam a ver, tinham respostas positivas , quando observavam filmes lésbicos.»
Todas as mulheres são lésbicas. A maioria também gosta de homens, mas isso é secundário.
No meu comentário de 10 DE MAIO DE 2009 18:08, leia-se:
"Ló pretende entregar as filhas aos habitantes de Sodoma … "
Isabel Saraiva
era um convite a uma orgia, enfim, nada de novo, esta seria benzida.
Não respondo a ordinarices !
"Nuvens de fumo disse...
Isabel Saraiva
era um convite a uma orgia, enfim, nada de novo, esta seria benzida.
12 de Maio de 2009 12:07"
Ao que isto chegou ...
Andam por aí "psicólogos" sem clientela . É o que faz o excesso de fumaça
Este deve andar com falta de dinheiro.
As profissionais que ele conhece não aceitam cheques e fazem bem, é a crise.
então isto
"Ló pretende entregar as filhas aos habitantes de Sodoma … "
não era um convite a uma sessão non stop ? pelo menos haveria uns milhares de habitante, fazendo uma conta por alto, ora noves fora nada.... eram umas horas de violência indescritível.
enfim , biblices
Nuvens de fumo, 11 Março 18:05
Ó Rapaz: atão tu não sabias que as mulheres também tinham prazer? Atão moço?
LOLLLLLLLLL
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