segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Exterminação ecológica

Na sequência do post 10-10-10:

Alertar para a relação entre os nossos comportamentos poluidores e o aquecimento global é legítimo (ainda que, ao que me é dado saber, essa relação não esteja inteiramente percebida e, portanto, explicada). A maneira como isso se faz é que pode ser ilegítima...

A jornalista Joana Viana exemplica isto mesmo no jornal i do passado dia 6 de Outubro, dando a notícia de um filme no mínimo polémico, cujo propósito era esse alerta.

No âmbito da campanha da União Europeia "20% até 2020" - redução de emissões de CO2 nessa percentagem na próxima década -, fervorosos activistas ambientais e um realizador (Richard Curtis, guionista do Quatro Casamentos e um Funeral) idealizaram várias cenas em que as pessoas displicentes quanto aos perigos da poluição são simplesmente... explodidas! E fizeram um filme chocante que as mostram...

O Reino Unido reagiu e proibiu-o de passar na televisão, mas talvez valha a pena vê-lo aqui... para que cada um possa tirar as suas conclusões.

3 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

O filme parece-me um péssimo serviço à causa que diz defender.

Não explica nada sobre aquecimento global mas mostra que há pessoas dispostas a fazer explodir as outras que não fazem exactamente o que elas querem.

Esta mentalidade, como se pode ver, não está só nos fundamentalistas islâmicos. Parece que muitos destes activistas não vêm a ecologia como uma preocupação pelo futuro comum mas sim como uma religião fundamentalista. E, como se sabe, para os fundamentalistas a verdade subordina-se sempre ao que eles querem.

José Batista da Ascenção disse...

Por mim, dispenso-me de ver tal filme.
Já (me) bastam algumas coisas que não posso deixar de ver e saber. Cá dentro e lá fora...
Por exemplo, é possível que uma artista se "vista" de pedaços de carne para assim aparecer em público? E há quem assista e aplauda!... Se contrastarmos com a fome que afecta cada vez mais pessoas no mundo, dá que... arrepiar!
Lá dizia um meu muito apreciado e estimado professor dos tempos de Coimbra: "o ser humano pode tornar-se na maior das aberrações da natureza"

Anónimo disse...

Polémico, sem dúvida,claramente para maiores de 30 anos!, mas... - a subversão como consequência da exaustão não será legítima? Pode um monstro ser combatido por um doce e afável unicórnio?

Alguém liga alguma coisa aos activistas que enfrentam os baleeiros japoneses pondo em risco a própria vida? Pelo contrário, até dizem os imbecis comensais, ao jantar, em família: "Não tivessem ido, ninguém os mandou...(apenas um exemplo entre muitos outros).

Fundamentalismos islâmicos não são comparáveis a activistas ambientalistas exaustos. Mal explicado ou não, o planeta não tem recursos inesgotáveis nem terá capacidade de se auto-regenerar para todo o semnpre.

A estratégia foi chocar para alertar, até porque, caros concidadãos, aquilo é um filme, não aconteceu de verdade, o que acontece de verdade é a morte de animais (incluindo os da nossa espécie), todos os dias, sem sentido nenhum e com uma conivência mais indecente que o filme pornográfico mais ordinário que imaginar se possa.

Não acredito que a maior parte de quem por aqui anda ache que dar cabo do planeta é legítimo.
HR

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