sexta-feira, 22 de outubro de 2010
UM CONSELHO ÚTIL?
Soube pelo artigo de Rui Baptista que o Conselho Nacional de Educação veio lamentar o estado da educação do país. Mas não é esse órgão, por acção ou inacção, corresponsável por esse mesmo estado? Agora que se anunciam tantos e tão desvairados cortes, lamentavelmente também na educação, será que já alguém pensou em diminuir o Orçamento do Estado poupando nos Conselhos inúteis?
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10 comentários:
No lobby das "ciências" da educação ninguém se atreve a mexer.
Pior que inúteis, são muitas vezes contraproducentes tal como são inúteis e genericamente contraproducentes, até do ponto de vista ecológico, as toneladas de papel que os professores têm que preencher a propósito de tudo e de nada.
Regina Gouveia
Caro C. Fiolhais,
O conselho que dá é excelente.
Este país é uma palhaçada e os palhaços (à força) somos todos nós.
E já agora bem que podiam acabar com a imensa torrente de financiamento dado a projectos e bolsas na área das super-cordas e com a contribuição para esse titânico aterro sanitário que é o CERN.
Caro Professor:
A sua corajosa proposta em diminuir o Orçamento do Estado poupando nos conselhos inúteis e a louvável persistência de Fartinho da Silva em denunciar o lobby das "ciências" da educação estimulam-me (ou melhor, obrigam-me em dever de cidadania ) a escrever um novo post em que pretendo ampliar algumas das causas que têm emperrado, propositadamente ou por incúria, o bom andamento do sistema educativo português. É o que farei, tão breve quanto possível.
Costumo ler este blog, e vou comentar pela segunda vez.
Já se aperceberam que o fanatismo e a obsessão pelas Ciências da Educação retiram alguma credibilidade, alguma razão que possam ter? Um discurso tendencioso, cego, incapaz de distinguir o trigo do joio. Seria interessante conhecerem a realidade multicultural, a heterogeneidade dos alunos da escola pública. Quanto ao post que vai escrever sobre as causas, como professor convido-o a, anteriormente, visitar algumas escolas deste país e conhecer de perto a realidade das nossas escolas, de forma a obter uma perspectiva mais abrangente.
Quanto ao anterior post do Rui Baptista, comungo e partilho inteiramente esta visão: “Nunca ninguém me explicou por que é que não há concursos verdadeiros para professores, por que é que se utilizam as notas das universidades, venham eles de uma escola boa e exigente ou de uma universidade manhosa e perdulária nas notas”. Esta situação muito se agrava na docência para o 2.º ciclo básico em que os candidatos à respectiva docência concorrem apenas com a nota de licenciatura (antes de Bolonha) ou mestrado (depois de Bolonha) obtida em universidades e escolas superiores de educação com classificações inflacionadas na saída e deflacionadas no ingresso.”
Ora, ora... Será que não saberei como é a realidade da(s) escola(s) a caminho de três décadas sempre a lidar com alunos, com o horário lectivo completo?...
Multiculturalidade? Sim, e então? Heterogeneidade dos alunos? Muito bem, e depois?
Algum ou ambos (d)esses factores justifica(m) as barbaridades continuadas ou consecutivas que se têm perpetrado?...
As escolas não têm direcção? E as direcções não saberiam interpretar e aplicar as leis, se as leis fossem interpretáveis e aplicáveis? Para quê tantas estruturas intermédias? Nao se poupava e facilitava muito extinguindo-as?
A quem servem essas estruturas? Quem as alimenta (paga)?
E as teorias que se sucedem, criando o caos, que outras teorias aproveitam aumentando esse caos, e assim sucessivamente?...
Porque transformámos (ou deixámos transformar) o ensino público numa macacada?
Os alunos (mais) pobres não são gente? Não têm direito a um ensino rigoroso e de qualidade? Não têm direito a serem respeitados? Temos que os impedir de conseguirem singrar na vida? Ou estas interrogações todas servem apenas para justificar a criação de cada vez mais "Conselhos"?...
Por isso felicito o Professor Carlos Fiolhais. E o Professor Rui Baptista. E a ambos agradeço.
A Fartinho da Silva também. Que não lhes doa a voz.
Obrigado.
Há que cortar a direito
sem para os lados olhar:
quando o caminho é estreito,
há que os ombros apertar!
JCN
Cara ou caro café com letras,
O caos instalado serve a muita gente... e essa gente tem um nome: lobby da "ciências" da educação. Só não vê quem não quer. Faça as contas ao desperdício financeiro, económico e humano criado por este lobby em nome de um discurso palavroso e muito, muito, muito sofista. Mas, atenção que esta "escola" pública é para os filhos dos outros, porque para os seus filhos e netos a escola é outra...
Quero para os meus filhos e para os meus netos o mesmo que o senhor quer para os seus...
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