Miguel Pires, leitor do De Rerum Natura, fez-nos chegar um artigo muito interessante sobre a influência dos computadores no desempenho académico das crianças e jovens bem como do efeito benéfico destes disporem de livros em casa.
Esse artigo pode ser lido aqui.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Computadores e/ou livros?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sociedade Civil
Sociedade Civil : Físicos - A Física pode ser divertida... é uma ciência focada no estudo de fenómenos naturais, com base em teorias, atravé...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
3 comentários:
Livros sempre! E computadores também, naturalmente! Mas livros, sempre!
Os computadores são, obviamente, importantes. Simplificam, auxiliam, desenvolvem mecanismos de facilitação relativamente a certas tarefas. Mas devem ser sempre encarados como meios. O problema é o discurso superficial do poder que tenta impingir a ideia de que as inovações tecnológicas são fins, desenvolvem mecanismos cognitivos, sem, contudo, se basear em qualquer estudo que pudesse corroborar essa ideia (se há poder que utilizou o senso comum como argumento fundamental, foi o actual). Ora, o presente estudo vem colocar o dedo no real problema. No que respeita à cognição, nas suas mais variadas vertentes, a leitura continua a ser importante. Obviamente que também pode e deve existir leitura no computador, desde que essa leitura seja dirigida para documentos sérios, o que, na grande maioria dos casos, não corresponde à realidade. Neste estudo cai por terra também um mito que há muito é cultivado, a saber, que os estudantes têm um maior domínio do que os professores nas ferramentas mediáticas. Se é certo que em alguns casos é verdade, o que não se pode deduzir é que daí haja um acréscimo de conhecimentos; noutros casos esse domínio corresponde mais na forma simplificada com que os alunos utilizam os sítios chamados de redes sociais.
Este estudo não traz nada de novo: a posição actual dada por vários trabalhos de investigação é que televisão, computador, etc... na infância e adolescência têm efeitos positivos se integrados nos espaços familiares, mas têm efeitos negativos se utilizados nos espaços privados das crianças e adolescentes.
Mas uma coisa é sabê-lo, outra é conseguir fazer alguma coisa com esta informação.
Enviar um comentário