quinta-feira, 17 de junho de 2010

A INQUISIÇÃO, O REINO DO MEDO

Outra informação editorial recebida da Presença:

A Inquisição - O Reino do Medo, de Toby Green

Colecção: Biblioteca do Século, Nº na Colecção: 30

O Autor: Toby Green nasceu em Londres em 1974. Estudou Filosofia na Universidade de Cambridge e tem dividido a sua actividade profissional pelo ensino, o jornalismo, a investigação e a escrita. É autor de um conjunto diverso de obras - onde se incluem biografias, crítica literária, história e literatura de viagens - que se encontra traduzido em cerca de uma dezena de línguas. Tem um conhecimento profundo do Continente africano e da América Latina, e as suas investigações levaram-no a passar longos períodos em locais como Bissau, Bogotá, Lisboa, Cidade do México ou Sevilha. Actualmente vive em Inglaterra com a família.

Sinopse: Inquisição - O Reino do Medo lança uma nova luz sobre aquela que foi uma das instituições religiosas mais obscuras e devastadoras da história da humanidade ao adoptar uma abordagem muito viva que elege os relatos de casos individuais como ponto de partida para a análise de mais de três séculos de história da Inquisição. E são justamente as histórias desses indivíduos - bruxas no México, bígamos no Brasil, marinheiros sodomitas, padres pouco castos, maçons, hindus, judeus, muçulmanos e protestantes - que o autor resgata dos arquivos de Espanha, de Portugal e do Vaticano, para compor um fresco inédito, de grande complexidade e riqueza.

Citações
  • «Green transmite-nos uma mensagem que, pode dizer-se, é assustadoramente actual.» Sunday Telegraph
  • «Este livro alerta-nos para os perigos de qualquer sistema que persegue e condena aqueles que não partilham dos seus valores.» Daily Telegraph
  • «Uma descrição vívida da longa e condenável história da Inquisição.» Sunday Times
  • «Um estudo de grande fôlego sobre a intolerância.» Guardian

6 comentários:

Anónimo disse...

CINISMO OU IRONIA ?

Não pondo em causa a sua "santidade",
nunca existiu maior contradição
que a praticada pela Inquisição
durante toda a sua actividade.

Sem admitir qualquer diversidade
em matéria de fé, de opinião,
à sombra do espírito cristão
encheu de sofrimento a humanidade.

Lembremo-nos que foi por cometer
um desses "crimes", sem se desdizer,
que Jesus Cristo foi crucificado.

Perante o tribunal dos Fariseus,
por deles divergir, foi acusado
de horrendo crime de bradar aos céus!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

CRIMES DE OPINIÃO

Vem do fundo dos tempos um clamor,
de todos os quadrantes do universo,
contra o poder despótico, perverso,
que encheu a humanidade de pavor:

gritos de sofrimento nas fogueiras
ateadas pela Santa Inquisição,
gente de bem metida na prisão,
execuções sem culpas verdadeiras.

Quando passeio os olhos da memória
pelas vilezas de que fala a história,
um sentimento de asco me domina.

Perante os crimes que o poder inventa,
não há sabão, lexívia ou água benta
que lave a mão que as mentes assassina!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

FAZER O MAL... POR BEM

Por excesso de zelo ou calculismo
- quem poderá fazer a distinção? -
encheu-se o céu de santos por acção
de um falso e diabólico humanismo.

Nas chamas que ateou a Inquisição
a fim de combater o judaísmo
e limpar de erros o catolicismo
houve quem alcançasse a remissão.

Fosse cinismo ou pura crueldade
ou simplesmente assomos de vaidade,
o mal em si não conheceu fronteiras.

No juízo de Deus, provavelmente,
quantos hereges mortos nas fogueiras
ganho terão de santos a patente!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

IMPOSIÇÃO

Paira nos céus de Portugal ainda,
frente a Castela, dentro de fronteiras,
o grito lancinante nas fogueiras
de quantos estiveram na berlinda.

Não foram só judeus e cristãos-novos,
relapsos, renitentes, contumazes,
que nas chamas ardentes e vorazes
foram queimados nos diversos povos.

Também os cristãos-velhos por suspeita
de heréticos, colhidos de surpresa,
tiveram sorte igual à dita seita.

Imposta por Espanha a Portugal
a introdução da Inquisição-geral,
como sofreu a alma portuguesa!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

CINZAS DO MAL

A muito custo, ao fim de muita dor,
livrámo-nos da Santa Inquisição
e mais recentemente do terror
dos campos ditos de concentração.

Tirando ajgumas poucas excepções,
livrou-se o ser humano da tortura
e das maciças exterminações
de povos por motivos de cultura.

Presentemente reina a liberdade
em quase todo o mundo por virtude
de uma geral mudança de atitude.

O que intimida ainda a humanidade
são nos confusos tempos actuais
as pequeninas "soluções finais"!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Pedro Tito disse...

UM TEMPO NEGRO DA HISTÓRIA MUNDIAL

Quaisquer que sejam os pedidos de perdão, não existe de forma alguma tamanhas atrocidades... foram tantos os inocentes por questões puramente pessoais, e nunca em nome de um Deus, eliminados de forma cruel...
Pedro Tito Almeida

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