segunda-feira, 2 de abril de 2007

Momento zen de segunda

Quando vi pela primeira vez o vídeo da banana do pastor Ray Comfort pensei que os criacionistas na sua cruzada para negar a evolução tinham atingido os limites do rídiculo. Enganei-me: este vídeo da manteiga de amendoim confirma que, tal como Einstein afirmava em relação à estupidez humana, o rídiculo criacionista é infinito...

13 comentários:

João Vasco disse...

Eu sempre pensei que o vídeo da banana era um sarcasmo de alguém razoável, a gozar com os argumentos criacionistas.

Mas depois de ver o argumento da manteiga de amendoim, compreendi que o sarcasmo mas patético e os argumentos dos criacionistas são indistinguíveis.

Complica bastante a tarefa de gozar com as patetices deles, quando eles próprios se ridicularizam a este ponto.

É a estratégia que o Ricardo Araújo P. aconselha: "gozem convosco antes que outros o façam". Os criacionistas não perdem tempo!

João Vasco disse...

O Ludwig propôs no "Que treta!" uma forma interessante de pôr fim a este debate com os criacionistas que negam a evolução.

«Se Deus criou as bactérias sensíveis à penicilina, e se a [evolução é falsa], então não pode haver agora bactérias que resistam à penicilina. Basta os criacionistas se recusarem a tomar qualquer outro antibiótico que a controvérsia acaba em duas ou três décadas.»

Bruce Lóse disse...

Bom amigo jo&matilde; ó vasco (via Palmira),

estou certo de que já deu a sua esmola para este peditório e já leu o suficiente sobre o assunto para compreender que o criacionismo não recusa a hipótese da variação adaptativa. Ou não leu?

A melhor forma de terminar este debate é fechando a torneira. Realismo soviético. E peçam à Palmira que não se faça fiozinho de água a crepitar na pedra para salpicar toda a gente, até porque o Desidério anda a prescrever prudência e cortesia.

João Vasco disse...

«eu o suficiente sobre o assunto para compreender que o criacionismo não recusa a hipótese da variação adaptativa»

Não há um, mas muitos criacionismos: uma série de teorias patéticas que têm uma coisa em comum: o disparate.


Assim sendo, há criacionistas como o Jónatas Machado que defendem que a terra tem menos de 10 000 anos. É verdade! Ele defende mesmo isso!!!

Outros já dão mais um tempinho à terra...


Assim sendo, alguns criacionistas estão convencidos que existe «micro-evolução», mas não «maco-evolução». A distinção é disparatada, mas eu creio que é a ela que o Bruce Lóse se refere quando diz que certos criacionistas «não recusa[m] a hipótese da variação adaptativa» desde que seja em pequena escala. Aliás arbitrariamente pequena...

Esse não negam a evolução - a «micro-evolução» - que aliás é um facto que pode ser observado com enorme facilidade em qualquer laboratório.

Mas aqueles que falam no «documentário» (eu chamar-lhe comédia se não fosse trágico) negam qualquer evolução - é um conto de fadas, afirmam.
Digamos que é um pouco radical, mas quando se perde a noção da realidade é mesmo assim. A abertura da caixa de manteiga de amendoim passa a mostrar que «não existe evolução».

Negando qualquer evolução, a sugestão da penicilina torna-se pertinente.

Anónimo disse...

Ou seja...
É uma questão de escala.
:-)
Os micro-organismos evoluem, os organismos maiores, nem por isso. Confirma-se que é verdade. Afinal aquelas alminhas criacionistas não evoluiram mesmo nada, e já têm um tamanho razoável.
QED

P.S: Será que o deus deles, de tão grande, não estará em regressão? Deve ser grave venerar algo que caminha para a obsolescência. Digo eu...

Anónimo disse...

O tema do criacionismo está sobreavaliado. Revela sobretudo uma obsessão da autora em tratar de um assunto que não tem muita importância.
Alerto que o objectivo da autora não é o de atacar o criacionismo de uma forma científica e rigorosa. O objectivo da autora é sobretudo atacar a religião sobretudo a católica tipificando atitudes e comportamentos. Tenta relançar uma polémica que hoje em dia tem importância zero que é o conflito entre religião e ciência. Tem um tipo de linguagem demasiado agressivo, como se ela fosse dona da verdade. No entanto é muito infeliz o mau uso que a Palmira dá a ciência utilizando-a de um modo pouco ortodoxo para atacar aquilo que não gosta. Digo mais, muitas das suas interpretações bíblicas e teológicas são tão hilariantes para os teólogos como são hilariantes as teorias criacionistas para a Palmira. Também noto que muitas vezes existe a tentação de construir uma teoria filosófica a partir da evolução trantando-a muitas vezes mais do que uma teoria científica, de um modo dogmático.
Não existiria aqui qualquer problema se todos aqueles que atacam tais teorias filosóficas naturalistas/positivistas não fossem considerados inimigos da ciência.
Mais, não pondo em causa as teorias científicas (como a da evolução) revela um espírito pouco científico. Alguém que baseia todo o seu pensamento e filosofia em torno de uma teoria pode ter um grande dissabor já que essa teoria pode alterar e tomar um significado diferente. Assim o espírito crítico do cientista encontra-se enevoado pelo que conhece e acredita e assim não tem coragem suficiente para por em causa as teorias que existem. Lembro aqui Einstein que dizia que por ter tido um desenvolvido tardio soube por em causa tudo o que conhecia, mesmo aquilo que era mais certo a teoria da gravitação de Newton.

Não é obviamente por causa da religião que o interesse pela ciência em Portugal é baixo. Penso que blog poderá contribuir para isso.

Anónimo disse...

Deste excerto:
"Alguém que baseia todo o seu pensamento e filosofia em torno de uma teoria pode ter um grande dissabor já que essa teoria pode alterar e tomar um significado diferente. Assim o espírito crítico do cientista encontra-se enevoado pelo que conhece e acredita e assim não tem coragem suficiente para por em causa as teorias que existem."
Deduzo que a posição dogmática dos criacionistas seja excelente. Asseguram, por negação de todo e qualquer facto provado, que a posição deles continuará a existir de forma confortável para eles.
Um cientista aceita a mudança, adapta-se, e vive com ela. Chama-se a isto, progresso, e alguma maturidade, pois implica aceitar, e lidar com os dissabores.
Pouco progresso vêm da visão confortável, e auto-suficiente, dos criacionistas.
Posso não gosto de tudo o que leio de Palimra F. Silva, mas, dos criacionistas até hoje não li nem ouvi nada que se aproveitasse.

Nuno D. Mendes disse...

É pena Deus não ter sido tão generoso com as romãs que, apesar de serem o meu fruto favorito, dão uma trabalheira a descascar.

João Vasco disse...

anónimo:

Começa por dizer que «O tema do criacionismo está sobreavaliado.» e deduz toda a sua argumentação a partir desta afirmação não fundamentada.

Mas a Palmira não só alega o contrário, como fundamentou-o devidamente em artigos anteriores. O problema criacionismo está, na verdade, subavaliado.

Joana disse...

E eu a pensar que a Palmira tinha sido muito clara a esclarecer que as patetadas criacionistas são sobretudo patetadas evangélicas.

Pelos vistos há uns católicos que querem mesmo aproveitar a onda...

Esta de que " não pondo em causa as teorias científicas (como a da evolução) revela um espírito pouco científico."

é absolutamente hilariante! Mais hilariante porque o criacionista que a escreve ainda tem a lata de dizer que " tema do criacionismo está sobreavaliado". Pois, estão todos lixados com a Palmira que há mais de 3 anos vem alertando para o crescendo criacionista dos fundamentalistas...

Bolas, porque será que custa tanto a entrar na cabeça dura dos fundamentalistas esta verdade tão simples: a evolução não é uma teoria: é um facto! Indiscutível!

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/profile_videos?user=SoldierInGodsArmy

Hilariante. Ironia, felizmente.

Mas a verdade é que a argumentação dos verdadeiros fanáticos religiosos não anda muito longe da do SoldierInGodsArmy.

Palmira F. da Silva disse...

caro anónimo:

Pode encontrar semelhante no godtube:

http://www.godtube.com/

ou na conservapedia

http://www.conservapedia.com/Main_Page

mas infelizmente não são ironias...

CAA disse...

Inacreditável !

TODA A GLÓRIA É EFÉMERA

Quando os generais romanos ganhavam uma guerra dura e bem combatida, davam-lhes um cortejo e rumavam ao centro de uma Roma agradecida. ...