quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A diferença é abismal



É assim que deve ser gasto o dinheiro que é de todos (público).

(actualizado em 8/10/2010)
Vale a pena ver ainda esta reportagem da TVGlobo.
Algo populista, mas permite ver a realidade na Suécia.



(fim de actualização)

Um senhor que é deputado em Portugal disse estas coisas:



E ainda fez propostas destas.

A diferença é abismal e explica bem muita coisa.

:-(

20 comentários:

Anónimo disse...

Há que ter descaramento,
não ter vergonha na cara,
ao dizer que o parlamento
é quem mais leva de vara!

JCN

Anónimo disse...

Discordo completamente do conteúdo. É uma mania de há muitos anos dizer que "isto só em Portugal" e que lá fora, pelo menos em certos países, é que é bom. Por acaso já encontrei mania semelhante em pessoas de outras nacionalidades a respeito dos próprios países que nós temos como muito avançados.
Já reparou que na Suécia ainda há monarquia que nós abolimos há 100 anos?
Acha que o que se mostra da vida dos parlamentares suecos é de imitar? Ou, pelo contrário, deve-se procurar melhoria das condições de todos? A ser verdade, coitados dos suecos. Depois, não é verdade que os políticos ganhem muito. Qual a diferença para, por exemplo, um catedrático?
É claro que podíamos pôr os cargos políticos com uma remuneração meramente simbólica ou mesmo com vencimento zero. Ou até ter de se pagar caso se fosse Ministro ou deputado. Podia, mas isso equivaleria a reservar esses cargos para os homens da alta finança. Um trabalhador poderia ser deputado e pagar as deslocações, etc. do próprio bolso?
Vou transcrever uma passagem de um romance do escritor sueco Lars Gustafsson. É assim: "Podiam cair impérios e muros, surgir repúblicas independentes em velhos territórios totalitários regados de sangue, mas a ideia de a Suécia poder modernizar-se durante o seu tempo de vida e tornar-se um vulgar e simples Estado industrial sem complicações, onde as pessoas conseguissem viver mesmo sustentando-se unicamente com os seus rendimentos, parecia-lhe altamente improvável e bizarra. De um modo geral, tinha grande dificuldade em compreender o que os suecos faziam nos dias de hoje. Se por acaso faziam alguma coisa com sentido, devia estar no segredo."
Com vê ataques de parolice todos têm, até os suecos. Necessita-se um espírito mais rigoroso e científico.

Anónimo disse...

Que estúpida a comparação de um catedrático com um deputado... de reduzidas letras! JCN

margarida madruga disse...

"Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
A situação não está para mordomias, nem no reino da Dinamarca, perdão, Suécia.
Portugal, não, montes de portugueses são uns deslumbrados. E o grande sonho é alcandorarem-se a lugares cimeiros, muitas vezes sem noção das suas próprias incapacidades. É por isso que temos gestores e governantes de 5ª categoria, por ignorância, inépcia, e incompetência. Coitados, nem se enxergam e... querem falar. Por onde andam os excelentes? É de notar que excelência, pressupõe saber gerir com economia de meios.
SÓ COM ECONOMIA DE MEIOS SE PERCEBE A EXCELÊNCIA; COM DINHEIRO QUALQUER UM É EXCELENTE.
É ESTE O PROBLEMA DESTE PAÍS!!!!

Anónimo disse...

De facto na Suécia elegeram montes de deputados da extrema direita e os portugueses ainda não perceberam que é aí que está a salvação.

Ramiro disse...

Não sei qual a razão que explica o facto de portugal ser o País que é, tendo os politicos que tem, e a Suécia ser o País que é, também com os politicos que tem.
Agora, uma coisa eu sei, deve haver alguma relação entre o modo de estar na política existente em Portugal e a sua situação económica, aliás como também lá na Suécia!!!

Anónimo disse...

O absurdo de comparar com um catedrático, só é suplantado pelo absurdo de introduzir o tema da monarquia neste tópico…
Ganhar muito ou pouco é sempre relativo. O valor absoluto é fácil de obter, mas perceber se o mesmo é muito ou pouco tem que se lhe diga. Só por carolice tentei fazer o comparativo usando o PIB/per capita com a taxa de paridade de poder de compra ao invés da taxa de câmbio (segundo o que percebi, é um método usual de determinação do nível de qualidade de vida). Que me desculpem os respeitosos economistas se isto for um disparate colado :-)

PIB/pc em PPC (dados do FMI 2009)
Suécia = 35.951
Portugal = 22.671
Isto dá uma relação de 35.951/22.671 = 1.5

Analisando o ordenado base dos deputados verifica-se:
Suécia = 5700
Portugal = 3800
Isto dá 5700/3800 = 1.5…precisamente a mesma relação!

O problema é que dada a quantidade de ajudas de custo etc. que existem, podem chegar a levar para casa 2 ou 3 vezes esse valor (não sei se será tanto assim lá pelas terras nórdicas). E isso já é mais indigesto para o cidadão comum...

Outra coisa que me pareceu interessante foi comparar com o ordenado mínimo de cada país. Neste caso parece-me que os tugas estão mais bem servidos.
3800/475 = 8 salários mínimos

Na Suécia não existe ordenado mínimo (os salários são negociados pelas entidades patronais e pelos trabalhadores (normalmente em conjunto com um sindicato)). Ainda assim, pelo que pude apurar, cerca de 1400€/mês parece ser um valor do mais mauzinho que se consegue ter.
Sendo assim temos 5700/1400 = 4 salários mínimos

Mas independentemente dos valores e de toda a panóplia de ajudas de custo e subsídios (parece que um deputado não pode ir a casa-de-banho sem que tenha de receber uma ajuda qualquer) acho que o problema está na atitude. Enquanto os chicos-espertos da piadinha fácil não forem substituídos e enquanto uma parte substancial dos deputados estiver mais preocupado com a sua auto-promoção do que com a responsabilidade do cargo de ocupam, isto não avança.
De certo modo penso que isto reflecte a subserviência que ainda temos para com o Sr. Dr. Deputado, fruto do assustadoramente baixo nível de educação que existe neste país. As pessoas não têm por hábito estar informadas e confrontar ideias, preferindo a autocomiseração e o queixume.

Anónimo disse...

"enquanto uma parte substancial dos deputados estiver mais preocupado com a sua auto-promoção do que com a responsabilidade do cargo de ocupam,"Esta ainda é mais estúpida que a outra. A grande maioria das pessoas está, e bem, preocupada com a sua promoção. Exceptuam-se monges e outros parecidos.
" subserviência que ainda temos para com o Sr. Dr. Deputado," Se calhar esta ainda é pior que a anterior. Infelizmente o que há é (e não só em Portugal) desprezo por deputados e políticos, não subserviência. Este desprezo que grassa é de raiz profundamente anti-democrática. Pode levar à morte dos partidos (que são a espinha dorsal da democracia como disse M. Soares e outros) a à morte da política (como no tempo de Salazar e com esse sentido).

Anónimo disse...

Sabem quantos catedráticos, juízes e outros com rendimentos parecidos já rejeitaram cargos políticos (até de Ministros) porque iriam ganhar praticamente o mesmo (ou até perder e atrasar a carreira) mas com muito mais responsabilidades e exposição pública de tudo desde a vida privada até ao seu passado? Ora pensem (dá trabalho, não é?)

Anónimo disse...

A classe política esqueceu a verdadeira razão por que existe, para servir o povo. Nós temos andado a deixar passar muita coisa. Cada vez existe mais informação e todos os dias ouvimos noticias sobre casos que nem ao diabo lembra relacionados com gastos de políticos, seus assessores, suas famílias, etc etc... a única coisa que fazemos é encolher os ombros. é essa mentalidade que tem de mudar primeiro. Nós é que temos de reclamar e de nos impor! o estado deve-nos servir e não escravizar!
Mas assusta-me a idiotice da quase totalidade desta classe...

J. Norberto Pires disse...

Algumas notas:
1. Como sempre, não respondo a anónimos e nunca a insultos;
2. De facto conheço bem a realidade Sueca. Vivi algum tempo lá, e sei razoavelmente como funciona.
3. A diferença é verdadeiramente abismal e as duas peças são uma boa indicação disso mesmo.

J. Norberto Pires

Anónimo disse...

Faz muito bem em não responder aos anónimos, entre os comentários deles alguns são verdadeiramente difíceis de responder. E quando a resposta é quase impossível, pode sempre considerar-se um insulto.

Anónimo disse...

Ó Humberto, não sejas ridículo. Que é que interessa para discussão que tenhas vivido algum tempo na Suécia? Que argumento tão fraco! Não adianta nada de novo, a não ser que és um gajo viajado!
Desculpa lá, se tu acreditas que os deputados, antes de terem estes apartamentos gratuitos, dormiam nos sofás dos gabinetes, para poupar, estás, tu e eles, completamente chalupa. É que não há necessidade, especialmente se se ganha mais de 5000 euros. Até pode ser que alguns deles, especialmente em noites de muito trabalho, tenham lá dormido algumas vezes, mas nunca como uma coisa normal.
Como dizia um comentador acima, olha que nós não temos os casos de extrema direita que eles têm, para não falar da famosa eugenia que foi lã praticada até aos anos 70, se nõa me falha a memória.
Não sejas parolo, não penses que é tudo preto no branco e não acredites em vídeos foleiros.
Não te irrites com este tom, eu não te estou a insultar, simplesmente a não te tratar com a portuguesa pompa.
luis

Anónimo disse...

Caro anónimo das 13:52 do dia 7: por favor explique-me por que é que a comparação é estúpida. Não atinjo mas ardo em curiosidade (estou a falar a sério).

Anónimo disse...

Conversa de gagos! JCN

Anónimo disse...

Realmente, o nosso sistema político tem algo de errado para que seja possível eleger, para a Assembleia da República, pessoas capazes de produzir tão infelizes afirmações.
Se é assim tão mau ser deputado haja alguém que me explique porque "andam todos à estalada" na altura de fazer as listas de candidatos dentro dos partidos.
Se houvesse o mínimo de decência neste país, este senhor hoje já não era deputado porque não representa ninguém que se considere sério.
Era um favor que lhe faziam, anda o Sr. a penar no parlamento e nos media...
Enfim, isto contado ninguém acredita.
Razão tinha a Maria José Nogueira Pinto, aqui há uns meses atrás...

Anónimo disse...

Mais do que Maria José Nogueira Pinto tinha razão Salazar. Para quê a política?

Anónimo disse...

"o nosso sistema político tem algo de errado para que seja possível eleger, para a Assembleia da República, pessoas capazes de produzir tão infelizes afirmações. " Bem, nós é que os elegemos e, que eu saiba, não temos o costume de realizar eleições fraudulentas.

Anónimo disse...

Quanto à conversa de gagos, qual de nós é o gago? Prefiro argumentos a nomes feios, isso é gaguejar? Por acaso fico cheio de curiosidade e ficarei sem resposta.

Anónimo disse...

Nós é que os elegemos?
Que eu saiba, só se faz uma cruz à frente de uma sigla e um símbolo de 4 em 4 anos (quando tudo corre dentro da normalidade).
Há listas distritais com nomes que na quase totalidade são ilustres desconhecidos...
Se isto é democracia, é muito pouco...

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