Como hoje é o Dia Mundial da Poesia e como estamos no ano darwin, valerá a pena publicar o poema "Evolução" de Antero de Quental:
Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paul, glauco pascigo...
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
Antero de Quental
sábado, 21 de março de 2009
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1 comentário:
Homenagem a Antero de Quental!
Velar crispados seios é crueldade,
colorindo em desafios a humanidade.
Margem é homem e liberdade o poente
e jorra a fonte serena, nascente!
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