Informação recebida do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa (na figura esquema da ideia do "uso e desuso" de Lamarck):
A conferência Lamarck e a Filosofia Zoológica - pelo Prof. Luís Vicente (DBA/CBA, FCUL) - realiza-se a 12 de Março pelas 18h, na FCUL, na sala 8.2.06 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Esta conferencia realiza-se no âmbito do Seminário Permanente de Filosofia das Ciências num ciclo dedicado à Filosofia das Ciências da Vida
Lamarck e a Filosofia Zoológica
Há exactamente 200 anos, em 1809, ano de nascimento de Charles Robert Darwin, um homem da Revolução Francesa e lente do Museu de História Natural de Paris, Jean-Baptiste Lamarck, publicava a sua Filosofia Zoológica. A Filosofia Zoológica é o acto de nascimento do transformismo, ou seja, das abordagens científicas à evolução da vida na Terra. Com Lamarck o tempo passa a ser uma variável imprescindível na equação da vida e a classificação dos seres vivos torna-se, obrigatoriamente, genealógica.Mas, mais que uma esposição do transformismo, a Filosofia Zoológica é o texto fundador da Biologia. Lamarck inventa a palavra Biologia para designar a "ciência dos seres vivos". Se Lineu tinha dotado a História Natural de uma linguagem própria (o primeiro passo para a autonomia), Lamarck define a Biologia como ciência autónoma e afirma a radical diferença entre seres vivos e objectos inanimados. Para Lamarck, vivos ou inanimados, os objectos têm a mesma base material, estão sujeitos às mesmas leis físicas, correspondem apenas a diferentes formas de organização da matéria. Os seres vivos possuem apenas uma organização particular tal, que o jogo dessas leis produz vida em lugar de inércia.
4 comentários:
Só vejo um problema: Lamarck nunca deu o exemplo do pescoço da girafa. Se quiserem um texto muito bom sobre isso meu e-mail é: martabellini@uol.com.br
Marta Bellini
Maringa, PR, Brasil
vacarrona
Se o «transformismo» é verdadeiro (e não ponho isso em dúvida) no plano das leis físicas, já tenho dúvidas quanto à evolução que a Humanidade (na sua humanidade) sofreu ao nível da evolução do conhecimento do mundo real (não obstante teorias que tudo tentam explicar, axiomas («em que não é preciso explicar») e dogmas que nada deixam explicar...).
Conhece-se melhor isto e aquilo... certo. Mas faz-me crer que esse (tipo de) conhecimento nos vem afastando cada vez mais da resposta à «questão» colocada pelo sábio: conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo... experiência que, no meu entender, só subsidiariamente poderá ser empreendida num laboratório.
Quem escreveu, esqueceu de olhar o corretor gráfico, tais erros como esposição que seria exposição...
Atenção.
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