sexta-feira, 27 de março de 2009

À ESPERA DE GODINHO - QUANDO O FUTURO EXISTIA


Informação recebida da Editorial Bizâncio:

Sairá no próximo mês o livro "À ESPERA DE GODINHO - QUANDO O FUTURO EXISTIA", da autoria de Amadeu Lopes Sabino, Manuel Paiva, José Morais e Jorge Oliveira e Sousa. Na badana Carlos Fiolhais escreve: «Do coração da Europa chega-nos este diálogo de quatro estrangeirados, um relato muito original da nossa história recente. Portugal desafia as leis da óptica: vê-se melhor ao longe do que ao perto.»

Três portugueses e um belga de origem portuguesa, nascidos nos anos 40 do século XX e cujos caminhos se cruzam em Bruxelas, reúnem-se em quatro jantares à espera de um quinto conviva que se faz rogado. Reencontram-se na terra de ninguém entre a memória e o esquecimento, os tempos e os espaços em que o futuro foi uma realidade: o Estado Novo e a guerra colonial que todos recusaram, escolhendo a experiência amarga e enriquecedora do exílio; a oposição à ditadura, vivida por cada um de diferentes modos e com diferentes expectativas; as miragens da revolução e da democracia e, encerrado o ciclo do império, o regresso de Portugal ao rectângulo europeu.

Em torno da integração política na Europa e das turbulências do início do terceiro milénio reacendem-se os debates do passado revisitado. O diálogo aguça e lima arestas, contradições, interrogações. Chegou a hora de cada um se dedicar a cultivar o seu jardim? Será a Utopia ainda possível ou mais do que nunca nefasta? Quem vence a partida: o descobridor de novos mundos ou o Velho do Restelo?

Quem é afinal o convidado que falha sucessivos encontros e recursos? O Godinho que parte para África é um Gonçalo Ramires, o fidalgote queiroziano que passa pelos trópicos sem tostar a pele, ou um senhor Oliveira da Figueira, o laborioso mercador de panos e contas de vidro dos álbuns de Tintim?

AUTORES

Amadeu Lopes Sabino (Elvas, 1943). Foi advogado, jornalista e docente universitário em Portugal. Exilou-se na Suécia na fase final do Estado Novo. Funcionário da União Europeia, em Bruxelas, a partir de 1984. Conselheiro do presidente da Comissão Europeia para as questões institucionais. Ficcionista e ensaísta.

Manuel Paiva (Porto, 1943) naturalizou-se belga em 1972. Físico, exilou-se na Bélgica em 1964. Professor honorário da Universidade Livre de Bruxelas, onde leccionou e dirigiu o Laboratório de Física Biomédica. Autor de obras de divulgação científica.

José Morais (Lisboa, 1943). Neuropsicólogo, exilou-se na Bélgica em 1968. Professor emérito da Universidade Livre de Bruxelas onde leccionou Psicologia Cognitiva e dirigiu o Laboratório de Psicologia Experimental. Ensaísta e romancista.

Jorge de Oliveira e Sousa (Lisboa, 1945). Politólogo, exilou-se em 1966. Assistente da Universidade Católica de Lovaina, funcionário da Organização das Nações Unidas, posteriormente director-geral da Comunicação na União Europeia e professor no Colégio da Europa (Bruges). Docente do Colégio Europeu.

1 comentário:

Anónimo disse...

As badanas são 1 ponto a favor do livro. Podem sempre arrancar-se para fazer marcador e para acenar ao Sr. Amilcar para pedir a bica (acho na origem bica queria dizer Beba Isto Com Açucar).

E acho que falta 1 "r" no título.

E falta tb 1 chapéu na chapeleira.

Qt ao livro n li. Mas parece-me um livro de memória, de um mundo que já não existe, mas que convém tb não esquecer.

NO AUGE DA CRISE

Por A. Galopim de Carvalho Julgo ser evidente que Portugal atravessa uma deplorável crise, não do foro económico, financeiro ou social, mas...