terça-feira, 10 de março de 2009

Que se fale nos erros...

O Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, foi hoje à Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a propósito da proposta de diploma legal sobre a violência doméstica.

Ouvi-o, na rádio, apontar os muitos erros de Português que ele disse que o documento tem: vírgulas mal colocadas, redundâncias, frases sem sentido... Deu exemplos desses erros e explicou as suas consequências jurídicas.

Haja mais pessoas, com a importância de um Procurador Geral da República, que falem abertamente dos erros de Língua Portuguesa, sem os desvalorizar. Talvez desta maneira se passe a ter mais cuidado na apresentação pública de textos, ainda que eles estejam na fase de proposta.

7 comentários:

Anónimo disse...

Caros,

Aproveitei a discussão de vocês para também fazer uma postagem sobre o assunto.

Um abraço!

Anónimo disse...

Não se trata de mais cuidado mas de se ser capaz de fazer melhor. São já adultos muitos dos que aprenderam pelo eduquês e esses estão definitivamente incapacitados. Quem não aprendeu ortografia nem estudou verbos na idade própria, nuca mais aprenderá mesmo que se esforce. Conheço muitas pessoas com graus universitários e que escrevem nos jornais que não sabem conjugar o verbo haver e escrevm "houveram muitas pessoas..." etc. Para estes já não há remédio. E muitas gerações se seguirão com a mesma sorte porque não se descortina o fim do eduquês nem está no horizonte dos actuais dirigentes do Ministério.

Anónimo disse...

O problema é que as leis estão mesmo mal redigidas o que origina um interpretação dúbia.Isto é característico deste governo. Vejam-se as leis na educação...

Anónimo disse...

não sabem conjugar o verbo haver e escrevm

E outros aparentemente não sabem escrever escrevem.

Temos de ser rigorosos e pedantes caso contrário onde é que isto vai parar?

Nem com dois Salazares isto vai ao sítio!
Venham mais cinco...

MiguelT disse...

O problema essencial parece-me a maneira como as pessoas que redigiram tal legislação chegaram à situação profissional em que se encontram...

Unknown disse...

O problema é mais vasto do que o se depreende da posição do Sr. Procurador. Há já muitos, demasiados, anos que a escola portuguesa, por orientações definidas superiormente, ignora olimpicamente o ensino tradicional da Gramática, à semelhança, aliás, do que sucede com muitas áreas da Matemática. Para o sistema de ensino português, ao longo das últimas décadas, apenas tem importado desenvolver capacidades, esquecendo os conteúdos sobre os quais essas capacidades devem ser desenvolvidas.
A ignorância sobre a conjugação verbal está ao mesmo nível da ignorância básica sobre a matemática, sobre a Geografia sobre a História, sobre a Literatura, sobre...
É caso para dizer como o Anónimo de 10 de Março de 2009 22:35:"houveram muitas pessoas..." Pois é, mas deveria acrescentar-se "mas já não hão..."

Anónimo disse...

Ó Senhor António hão, hão.

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