Esta pitoresca história vem num trabalho da Lusa sobre as tabernas de Coimbra que foi divulgado, entre outros, no sítio do "Sol":
"As tabernas de Coimbra sempre cultivaram algumas singularidades. Se noutros locais eram espaços de sociabilidade da classe operária, nesta cidade foram ponto de convergência e convívio de 'futricas' e de 'doutores'.Eu, que julgava saber como se chega a catedrático, aprendo que há afinal uma outra via: conviver com 'doutores' servindo copos de três bem cheios de tinto (talvez também traçadinhos) em cima de um balcão de mármore. E aprendo uma outra coisa: as "novas oportunidades" não são uma invenção de agora!
Mário Nunes, historiador e vereador da Cultura da Câmara de Coimbra, recorda que um antigo taberneiro de Coimbra, na Rua Adelino Veiga, porventura mercê desse convívio com 'doutores', ousou aventurar-se nas lides académicas e chegou a professor catedrático da Universidade".
7 comentários:
Quem for diariamente ao Manel dos Ossos arrisca-se a acabar em catedrático de ortopedia.
Pois pois. Eu também conheci um sargento enfermeiro que, no fim da comissão de serviço, foi graduado em alferes médico.
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Caro Professor; Saúdo-o pelo bom uso que faz (e a que nos habituou, aliás) da máxima latina: "Ridendo castigat mores". Já não só com as novas oportunidades, mas com as novíssimas oportunidades qualquer dia o Ministério do Ensino Superior manda cá para fora uma tabela com o número de copos de vinho necessários beber para se ser engenheiro,médico, professor, etc. E o número de garrafões de vinho necessários emborcar para se ser doutorado nessas profissões. Em nome do sucesso em aumentar a percentagem de portugueses escolarizados ao mais elevado nível académico, perdoe-se-me o plebeísmo, borracheiras não hão-de faltar pelas vielas e ruas da chamada Lusa Atenas!
O que se tira do comentário é que se acha que um taberneiro, a menos que seja por cunhas e outras que tais, apenas assim chega a catedrático...
Afinal a notícias não diz quando foi, nem como foi, nem quem foi. Mas também sabendo o país em que vivemos e as estatísticas tiradas a olhometro da realidade que nos rodeia temo bem que não me possa chatear pela insinuação...
Talvez com uma diferença: as "novas oportunidades" de outrora seriam em menor quantidade, mas mais reais; as de hoje em maior quantidade, mas... mais virtuais! Mudanças do tempo.
na lusa - atenas recordo de que quando lá cheguei, imberbe rapariga de dezoito anos, numa conversa com a sra dona x do supermercado, esta me epitetou sra doutora... e, não fosse a lisonja que tal epiteto me causara, nem sem quer a corrigi....
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