domingo, 15 de março de 2009

"AMOR PELOS PROFESSORES"


Cartaz sobre o "Amor pelos Professores" que circula na Net (clicar para ver melhor).

4 comentários:

Victor Gonçalves disse...

O problema não é a falta de amor, houve muitas criações belas que não resultaram de um acto de amor. O problema é a forma como pessoas com responsabilidades políticas, isto é, de organização da comunidade, constituem uma visão profundamente preconceituosa sobre um conjunto de cidadãos que exercem uma profissão muito importante para essa mesmo comunidade.

Em resumo: o problema é a falta de inteligência política destes... políticos.

Anónimo disse...

Eu concordo inteiramente com a ideia de nobreza associada à profissão de professor e também acho que esta tem sido uma classe muito maltratada pelos responsáveis, leia-se ministério de educação. Mas também acho que a classe começa a desbaratar, se é que já não o fez, o capital de "respeito" que tinha na sociedade. Sinceramente já me cansa ver pessoas que, pela imagem que tenho e que admito possa ser injusta em muitos casos, fogem de uma coisa tão básica como uma avaliação de desempenho. Afinal de contas tratam-se de pessoas que sabem que não podem ficar desempregadas e que aconteça o que acontecer vão ter sempre o estado a garantir-lhes o emprego, algo que não acontece nas empresas privadas. Quando vejo um professor que se diz desmotivado a primeira coisa que me apetece dizer-lhe, é que faça como qualquer outro profissional de uma qualquer empresa privada, que procure outra ocupação que o motive mais. Tenho um amigo professor que diz que não perde uma manifestação de protesto. Sem querer obviamente desvalorizar as razões, algumas delas muito justas, não posso deixar de reparar que se trata de alguem que reconhece ter boas condições salariais e que sabe que não pode perder o emprego, por já estar nos quadros. Coisas como avaliação e horários controlados de trabalho são normais em qualquer empresa privada e não vejo porque não o devam ser com os professores.

Jorge Tavares

Carlos Albuquerque disse...

Jorge Tavares

A raíz dos protestos dos professores não é a recusa da avaliação mas sim a recusa de uma avaliação injusta qualquer, feita apenas com a ideia de que vale mais fazer qualquer coisa do que não fazer nada.

Infelizmente uma avaliação injusta desmotiva os melhores e promove os piores. É isso que se pretende para a educação pública em Portugal?

Anónimo disse...

Infelizmente, o défice democrático está instaurado. Pelo facto das pessoas não poderem protestar devido ao medo de perderem o seu emprego, não coíbe os professores de o fazer.É uma condicional que não se aceita. As pessoas que se auto-intitulam «do privado» argumentam que são avaliadas. Acredito que sim, embora também gostasse de ver a forma como é exercida essa avaliação. Conheço também muitas empresas que não avaliam (de repente Portugal tornou-se o país formalmente avaliado onde todos são de facto avaliados). Os funcionários preenchem alguma declaração, papel, documento para a sua avaliação? Duvido! O problema é que fizeram uma divisão artificial dos profs, promoveram mecanismos de diferenciação injustos, encetaram um ridicularização burocrática. Para os «da privada» lamento que não tenham poder reivindicativo. deveriam de ter! É um direito. Mas também digo às pessoas que, antes de falarem, se informem. A net, felizmente, trouxe consigo uma democratização dos canais de comunicação mas também trouxe lixo, manipulação, desinformação. Haveria muito mais a dizer, mas só pergunto às pessoas uma coisa: Alguém se sentiria bem se, de um momento para o outro, lhe dissessem que a partir deste momento é avaliado pelo tipo que está ao seu lado que, em muitos casos, tem menos habilitação e revela menos profissionalismo?
Em qualquer empresa a motivação faz parte da ordem do dia. A avaliação também poderia funcionar como leit motiv de prestações mais positivas se, simultaneamente, se estimulasse a exigência, o rigor, a disciplina. Estes senhores incompetentes fizeram o contrário: desresponsabilizaram o paciente e desarmaram os agentes. Como diria Colin Mcginn, não me f**** o juízo.

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