Aos longo do tempo, Cristóvão de Aguiar foi apontando, presumo, em papéis soltos, cadernos de notas e, quem sabe, contra-capas de livros, os mais diversos tipos de erros de português que, com frequência, surgem em anúncios, jornais, televisão, rádio, conversas... Um dia decidiu reunir alguns desses erros, comentá-los, corrigi-los e explicar a forma correcta de dizer e/ou de escrever. Vários erros têm direito a história... E assim nasceu o livro Charlas sobre a Língua Portuguesa: Alguns deslizes mais comuns de linguagem, que a Almedina acaba de editar.
Numa prosa muito clara e didáctica, misturada com bom humor, o escritor açoriano, que também foi durante muitos anos leitor de Inglês na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, dá um contributo para que o comum dos mortais que usa o português melhore a sua competência linguística.
Em Coimbra, a apresentação da obra será na próxima quarta-feira, dia 25 de Março, pelas 18h30, na Livraria Almedina-Estádio Cidade de Coimbra e está a cargo de Regina Rocha, linguista e professora de Português, co-autora de um livro com o mesmo propósito do de Cristovão de Aguiar e que se intitula Cuidado com a Língua!
segunda-feira, 23 de março de 2009
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8 comentários:
Hoje em dia falar em bom português pode e deve ser um factor de distinção social. É curioso que numa sociedade que dá tanto valor a este factor não tenha já acordado para esse facto.
Acima de tudo evitar que o erro se torne norma. Por favor não mais "isto está aponte" ou "hoje desfiz a barba de manhã"(já sei que esta última é aceitável mas não é de longe a mais correcta)
Um erro "que também está-se a tornar norma" é utilizar este tipo de construção frásica. Já vi exemplos disso em conceituados jornais diários da nossa praça. É preciso denunciar, não ter vergonha de corrigir que fala assim. (excepto se for o chefe...)
Luís Ferreiro
Acrescento ao comentário de Caro Luís Ferreiro a importância da publicação de livros como os de Regina Rocha e de Cristovão de Aguiar que, de maneira simples e muito acessível, elucidam quem se queira elucidar acerca de como usar a língua portuguesa.
Por engano, não assinei com o meu nome o comentário que acima fiz.
Por engano, não assinei com o meu nome o comentário que acima fiz. Helena Damião
Isto lembra-me as Charlas Linguísticas, do Padre Dr. Raul Machado, que fizeram história na RTP e deram origem ao livro do mesmo título, com a chancela da Sociedade da Língua Portuguesa (1998). Outra leitura que aconselho vivamente.
Talvez este blogue pudesse contribuir para uma discussão rigorosa do que seja o chamado erro de língua ou a tão reclamada norma. Desconheço os livros em apreço, mas avaliando pelas amostras dos autores existentes em diversos blogues, suponho que escasseiem em análise crítica e abundem em dogmática balofa.
É sintomático que Luís Ferreiro que, pelos vistos, gostaria de se distinguir socialmente pelo uso que faz do idioma, logo no parágrafo seguinte (o que começa por "é curioso") construa um enunciado com sujeito torto. Pronto, lá ficou ele socialmente desclassificado!
Ou que a ilustre Helena Damião apresente o Aguiar como um escritor açorEano. Será que tal deslize desqualifica a Helena?
Alberto Sousa
Caro Alberto Sousa, agradeço-lhe a detecção do erro, o qual, tendo em conta a natureza do texto em que surge, não devia ter acontecido. Muito obrigada. Helena Damião
Agora quando leio estas tretas (principalmente com erros) aponto sempre o artigo do Desidério:
http://dererummundi.blogspot.com/2009/01/errar-humano.html
Se tiver cometido algum erro de português que não retire legibilidade ao que escrevi, aguentem!
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