terça-feira, 24 de março de 2009
"JUST BEFORE DARWIN": CONFERÊNCIA NA GULBENKIAN
Informação recebida da Fundação Gulbenkian:
ESTEJA PRESENTE, a transmissão ao vivo é boa, mas melhor será estar presente. Ao longo desta série sobre Darwin e a evolução juntaram-se por vezes mais de mil pessoas na Av. Berna. Venha a uma Fundação habituada a enchentes para música e outras actividades artísticas. A Ciência é cultura, ajude-nos a continuar a encher este espaço com o seu apoio e as suas perguntas.
Na próxima quarta-feira, às 18 horas no auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian (Praça da Espanha), uma conferência imperdível: o Prof. Pietro Corsi (na foto), da Universidade de Oxford, Reino Unido. A conferência tem o título “Just Before Darwin: the question of species during the 1850's".
Professor Catedrático de História de Ciências na Universidade de Oxford, Pietro Corsi é dos maiores especialistas mundiais da história da Ciência e Tecnologia do séc. XVIII, e particularmente do período pré-Darwin. Entre dezenas de trabalhos académicos, Pietro Corsi foi também inovador na utilização da Internet como ferramenta de difusão dos documentos e legados históricos, tendo sido o autor e responsável científico pelos sites oficiais de biólogos eminentes desta época, mormente de Buffon ou de Lamarck. A questão da espécie foi determinante em toda a discussão científica do séc. XVIII e por ela passaram grande número de influências sociais e culturais pós-iluministas, nomeadamente a visão religiosa, a revolução francesa, etc.. Entre os seus créditos mais firmados, está a sua grande capacidade de comunicação e de tornar simples e interessantes para o grande públicos as questões históricas que estiveram por detrás de algumas dos mais importantes avanços científicos desta altura, mormente de toda a revolução darwinista do séc. XIX. Um ângulo novo para cientistas, uma grande conferência para historiadores, uma visão fascinante dos contextos históricos em que a Ciência nasce para o público em geral. A não perder.
O Prof. Corsi falará em inglês, com tradução simultânea para português. Aos que não podem assistir a conferência em pessoa, a Gulbenkian oferece um webcast em directo do evento.
Há resumos de conferências anteriores no You Tube. Ver também blogue de apoio à exposição aqui.
Série "A Evolução de Darwin" (com tradução simultânea):
MARCAR NA AGENDA: 14-Abril, 19 h Lynn Margulis, Univ Massachussets, USA,
Evolution on a Gaia Planet: Darwin's legacy
29-Abril Mark Stoneking, Max-Planck Inst. G
Human Evolution: The Molecular Perspective
13-Maio David Sloan-Wilson, Binghamton Univ. US
Evolution and Human Affairs
24-Maio Rosemary e Peter Grant, Princeton Univ. US
Evolution of Darwin's Finches
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6 comentários:
Charles Darwin disse:
«é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades».
Os criacionistas não disputam esta realidade.
Pelo contrário!
De acordo com a Bíblia, depois do dilúvio as diferentes espécies foram-se espalhando pela face da Terra, adaptando-se a novas condições ambientais e dando origem até a várias sub-espécies.
Assim, de acordo com o modelo bíblico, as diferentes espécies de aves encontradas no arquipélago dos Galápagos derivavam realmente de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades.
A intuição de Darwin estava correcta.
Nada a objectar.
Todavia, essa intuição está longe de provar a evolução, na medida em que nessa derivação não foi criada nenhuma informação genética nova, geradora de estruturas e funções totalmente novas e mais complexas.
Antes a informação genética contida nas espécies de aves presentes nos Galápagos era uma especialização da informação genética já contida nas aves continentais de que as mesmas derivavam.
A variação e a adaptação acontecem.
A selecção natural também.
Os criacionistas não põem em causa nem uma nem outra.
Mas a evolução através da criação de informção genética mais complexa, especificada e integrada, não.
Essa, simplesmente nunca foi observada. Ela é pura especulação naturalista.
PAULO GAMA MOTA E OS ÓRGÃOS VESTIGIAIS COMO "PROVA" DA EVOLUÇÃO.
Há alguns dias atrás, Paulo Gama Mota veio defender a evolução invocando, entre outros pseudo-argumentos, a existência de órgãos vestigiais.
Porém, os alegados órgãos vestigiais não servem a causa da evolução, pelas seguintes razões:
1) Não é em princípio possível provar que um determinado órgão de função desconhecida é inútil, porque é sempre possível descobrir mais tarde a sua função.
2) Na verdade, foi isso mesmo que aconteceu. No século XIX (em 1890) dizia-se existirem 180 órgãos vestigiais no corpo humano e agora sabe-se (desde 1999) que não existe nenhum.
3) Mesmo que um determinado órgão já não seja necessário isso provaria a degenerescência (resultante da corrupção da Criação) e não a evolução.
4) Supostos órgãos vestigiais, como o apêndice ou o cóccix, servem, afinal, importantes funções. Basta ler as mais recentes edições da Anatomia de Gray, entre outras obras de referência.
5) O apêndice é parte integrante do sistema imunológico, por sinal com uma localização estratégica.
6) O cóccix é um ponto âncora para a fixação dos músculos que estruturam todo o diafragma pélvico. O facto é apenas esse.
7) Só quem acredita na evolução é que pode dizer que o cóccix é uma modificação de uma estrutura óssea caudal. Mas isso pura especulação evolucionista.
8) Sem a prévia adesão a pressuposições evolucionistas, a afirmação de que o apêndice ou o cóccix são provas da evolução mostra-se totalmente destituída de qualquer evidência empírica.
9) A evolução de partículas para pessoas necessita de exemplos de novos órgãos, com estruturas e funções mais complexas, e não da degenescência de órgãos pré-existentes.
10) A perda de funções é inteiramente consistente com a doutrina bíblica da queda e da corrupção da natureza.
11) A aquisição de novas estruturas e funções através da criação de informação genética nova é impossível, nunca tendo sido observada por ninguém.
12) A teoria dos órgãos vestigiais foi responsável por múltiplos casos de erros médicos.
13) Trata-se, acima de tudo, de um argumento vestigial em favor da evolução que só convence os menos informados.
Uma vez afastada a crença evolucionista, é evidente que a suposta força persuasiva do argumento dos órgãos vestigiais evapora-se.
PAULO GAMA MOTA CONFUNDE SELECÇÃO NATURAL COM EVOLUÇÃO.
A selecção, seja ela natural ou artificial, nada tem que ver com a evolução, na medida em que selecciona informação genética pré-existente, cuja origem não explica.
As mutações e a selecção natural degradam e reduzem os genomas.
Isso já foi observado muitas vezes.
Nem umas nem outra criam genomas com informação codificada a partir de compostos químicos, nem tornam os genomas mais complexos. Pelo menos, tal nunca foi observado.
Nenhum criacionista nega a ocorrência de mutações, selecção natural, especiação ou adaptação.
Apenas negam que esses processos tenham a capacidade de transforma micróbios em microbiologistas.
Trata-se se processos que tendem a degradar e a reduzir genomas, a curto, médio e longo prazo.
Tentar explicar porque é que uma ave canta, tem muitas cores ou é muito complexa a partir da evolução é um absurdo.
A evolução pretende ser um processo cego, sem ponderações fins/meios.
Paulo Gama Mota quase chega a adscrever à evolução capacidade de indentificação de objectivos e escolha de meios para os atingir, personificando-a e dotando-a de inteligente.
Esse tipo de ponderações fins/meios supõe sempre inteligência.
Se nas aves, como nos outros seres vivos, existem relações teleológicas evidentes isso só corrobora o modelo da criação inteligente.
Aí é que faz sentido dizer que os pássaros cantam, têm cores e complexidade porque isso lhes permite realizar determinados objectivos.
De resto, o modelo criacionista é amplamente confirmado pela existência de informação codificada nos genomas, que as mutações e a selecção natural se limitam a degradar e eliminar.
A ESPECIAÇÃO DOS ROQUINHOS NÃO É EVOLUÇÃO
Paulo Gama Mota apresentou a especiação dos Roquinhos nos Açores como um exemplo de evolução.
No entanto, a especiação, alopátrica ou simpátrica, consiste na formação subespécies partir de uma população pré-existente, mediante especialização de informação genética, em que cada nova “espécie” tem apenas uma fracção da informação genética existente na população inicial.
Assiste-se, por isso, a uma diminuição da quantidade e qualidade de informação disponível para cada uma das novas “espécies”, o que é exactamente o oposto do aumento quantitativo e qualitativo da informação genética que existiria se a evolução fosse verdade.
Isso pode comprovar-se empiricamente analisando a quantidade e a qualidade da informação genética codificada e armazenada no DNA dos vários Roquinhos.
A especiação pode ser observada e tem sido observada em muitos casos.
A evolução, essa nunca foi observada nem dela existe qualquer evidência concludente no registo fóssil.
Na verdade, a especiação permite explicar como é que, depois do dilúvio, um casal de cada tipo de animais deu lugar a tanta variedade de sub-espécies, a partir da região monhanhosa de Ararat e das posteriores migrações dos animais pelos continentes e ilhas.
A especiação dos Roquinhos (que nunca serão outra coisa que não uma variação da população inicial) é apenas mais um episódio desse processo de diversificação das formas de vida depois do dilúvio.
No entanto, sabemos que isso nada tem que ver com a evolução, porque em caso algum é codificada informação genética nova, codificadora de estruturas e funções inovadoras e mais complexas.
A SELECÇÃO NATURAL ANTES DE CHARLES DARWIN
A ideia de selecção natural, longe de ter sido uma descoberta científica de Charles Darwin, já tinha sido proposta por outros autores como o próprio Erasmus Darwin, o geólogo James Hutton, o médico escocês-americano William Wells, o naturalista Patrick Mathew e o químico e zoólogo criacionista inglês Edwin Blyth.
Este último foi, talvez, para além do seu avô, o que em maior medida influenciou Charles Darwin em matéria de selecção natural.
Pouco depois de ter publicado a sua obra A Origem das Espécies, Charles Darwin foi acusado de não reconhecer a influência do pensamento destes autores.
Na 6ª edição da sua obra, e depois de muitas críticas, Charles Darwin lá acabou por reconhecer que antes dele 34 autores tinham escrito sobre a selecção natural.
Actualmente alguns sustentam que Charles Darwin plagiou Edwin Blyth e apropriou-se indevidamente do trabalho de Alfred Russel Wallace.
Convém salientar que os criacionistas não negam nem as mutações, nem a selecção natural, nem as variações adaptativas nem a especiação.
Apenas afirmam que nenhum desses mecanismos consegue criar e codificar informação genética em qualidade, quantidade e diversidade que consiga transformar partículas em pessoas.
A discussão sobre «o sexo dos anjos» continua e é bom que assim seja, uma vez que pode daí saltar alguma centelha que esclareça (a quem não medita -, literal) a infantilidade de teorias como o «Big Bang», «Seleção Natural» e outras afins.
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