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3 comentários:
DARWIN, TENTILHÕES DOS GALÁPAGOS E CRIACIONISTAS
Charles Darwin disse:
«é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades».
Os criacionistas não disputam esta realidade. Pelo contrário! A generalidade dos criacionistas concorda com esta afirmação de Charles Darwin.
Mas para concordar com Darwin neste ponto não é necessário acreditar na teoria da evolução.
Basta acreditar na Bíblia.
De acordo com a Bíblia, depois do dilúvio as diferentes espécies foram-se espalhando pela face da Terra, adaptando-se a novas condições ambientais e dando origem até a várias sub-espécies.
Assim, de acordo com o modelo bíblico, as diferentes espécies de aves encontradas no arquipélago dos Galápagos derivavam realmente de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades.
A intuição de Darwin estava correcta. Nada a objectar.
Todavia, essa intuição está longe de provar a evolução, na medida em que nessa derivação não foi criada nenhuma informação genética nova, geradora de estruturas e funções totalmente novas e mais complexas.
Se a população de aves inicial tiver suficiente variabilidade genética (potencial genómico), ela pode dar origem a diferentes (sub)espécies, com diferentes características, sem que no processo se crie qualquer informação genética nova.
A selecção natural se encarregará de tornar isso possível.
Estamos a falar, claro, das cerca de 13 espécies de tentilhões nos Galápagos.
A informação genética contida nas espécies de aves presentes nos Galápagos é uma especialização da informação genética já contida na população de aves continentais de que as mesmas derivaram.
De resto, o mesmo se passa na selecção artificial. O caso das diferentes espécies de caninos é paradigmático.
Também aí se assiste à especialização de informação genética pré-existente e não de criação de informação genética nova.
A informação genética vai sendo reduzida, reduzindo também o potencial para nova selecção. Não se pode obter São Bernardos de Chihuahuas.
A variação, a adaptação e a especiação acontecem. A selecção natural também.
Mas a evolução através da criação de informação genética nova, mais complexa, especificada e integrada, não.
SELECÇÃO NATURAL ANTES E DEPOIS DE DARWIN
A ideia de selecção natural, longe de ter sido uma descoberta científica de Charles Darwin, já tinha sido proposta por outros autores.
Assim sucedeu, entre outros, com o próprio Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin, o geólogo James Hutton, o médico William Wells, o naturalista Patrick Mathew e o químico e zoólogo criacionista inglês Edwin Blyth.
Este último foi, talvez, para além do avô, quem em maior medida influenciou Charles Darwin em matéria de selecção natural.
Pouco depois de ter publicado a sua obra A Origem das Espécies, Charles Darwin foi acusado de não reconhecer a influência do pensamento destes autores.
Na 6ª e última edição da sua obra, depois de muitas críticas, Charles Darwin lá acabou por reconhecer que antes dele 34 autores tinham escrito sobre a selecção natural.
Actualmente alguns sustentam que Charles Darwin plagiou Edwin Blyth e apropriou-se indevidamente do trabalho de Alfred Russel Wallace.
Convém lembrar que os criacionistas não negam nem as mutações, nem a selecção natural, nem as variações adaptativas nem a especiação.
Apenas afirmam que nenhum desses mecanismos consegue criar e codificar informação genética em qualidade, quantidade e diversidade que consiga transformar partículas em pessoas.
Pelo contrário, eles tendem a reduzir e a degradar a informação genética existente.
O ELO EM FALTA? A IDA JÁ FOI, COM BILHETE SÓ DE IDA
Com pompa e circunstância, foi apresentada recentemente a Ida, o suposto elo de ligação entre os primeiros primatas e os seres humanos. Como o fóssil não trazia uma etiqueta com data de sepultamento, foi-lhe dada a idade de 47 milhões de anos, com base em métodos de datação que assentam em premissas naturalistas, uniformitaristas e evolucionistas indemostráveis.
O mesmo foi baptizado de Darwinus masillae, em homenagem aos 200 anos de Charles Darwin. Curiosamente, os próprios cientistas que apresentaram o animal no Museu de História Natural de Nova Iorque não pareciam muito convencidos. É que, por mais que se olhe para o dito fóssil, apenas se vê o esqueleto fossilizado de um animal muito semelhante ao Lémure moderno, como os próprios cientistas reconheceram. O mesmo não tem nada de semelhante ao homem moderno.
Este é mais um exemplo de que os fósseis são os mesmos para os criacionistas e para os evolucionistas.
Vejamos, então:
1) Os evolucionistas apenas admitem que faltam elos na cadeia evolutiva quando pensam que encontraram um.
2) O fóssil foi encontrado em duas partes separadas, o que, por si só, recomenda a maior prudência, face a outras experiências do passado que se revelaram desastrosas para a causa evolucionista (v.g. Homem de Piltdown, Archaeoraptor).
3) As condições ambientais em que o fóssil ficou guardado desde a sua descoberta, em 1983, são pouco claras.
4) A campanha mediática orquestrada parece mais preocupada com a promoção do negócio dos museus e com a propaganda evolucionista, do que com o rigor científico.
5) Uma coisa é o fóssil, a outra é a interpretação evolucionista do mesmo. Tudo indica que o fóssil representa um Lémure, com alguma evidência de variação dentro da sua espécie.
6) Um fóssil representa sempre um organismo morto, e não um organismo em evolução. Ele dá informação acerca do modo como organismo morreu e não acerca de como o organismo surgiu. No caso, sabemos que a Ida foi encontrada juntamente com centenas de outros animais muito bem preservados.
7) O fóssil do Lémure está muito bem conservado, tendo inclusivamente tecidos moles fossilizados e conteúdos não digeridos no estômago. Por isso, ele dá mostras de sepultamento abrupto, sem que tivesse havido tempo para se decompor ou ser devorado pelos predadores. Esse facto adequa-se inteiramente ao cenário de catastrofista do dilúvio global e das respectivas sequelas, que constitui uma peça essencial do criacionismo bíblico.
8) Na verdade, os investigadores concluíram que o ser vivo em presença foi enterrado abruptamente no fundo de um lago, o que corrobora inteiramente o relato bíblico acerca de um dilúvio catastrófico.
9) Os evolucionistas já acreditavam na teoria da evolução muito antes de obterem a suposta evidência, o que mostra que não foi esta que os levou a acreditar na teoria. Na verdade, foi a adesão ao naturalismo que os levou a acreditar na teoria da evolução e foi a crença na teoria da evolução que levou os cientistas a interpretar um fóssil de um Lémures como sendo um antepassado comum dos chimpanzés.
10) A teoria da evolução necessita desesperadamente de elos de ligação. Daí que qualquer coisa seja interpretável como tal. Uma pessoa que acredite que os automóveis evoluíram por mutações aleatórias e selecção natural também interpretará os triciclos como elos de ligação de uma cadeia evolutiva que levou da bicicleta ao automóvel.
11) Lémures, chimpanzés e seres humanos são contemporâneos. A existência de estruturas semelhantes entre eles não prova que eles evoluíram. Ela prova apenas a existência de estruturas semelhantes. As homologias que diferentes espécies possam apresentar resultam de terem um Criador comum.
12) Para um suposto elo de transição, o fóssil em causa tem demasiadas semelhanças (95%!) com um Lémure moderno.
Ou seja, ainda não é desta.
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