Informação recebida da editora Âncora:
O Relógio da República, novo livro de Fernando Correia de Oliveira
No Centenário da República, uma viagem, do Tiro da Politécnica aos tiros do Adamastor
O Relógio da República procura identificar e contextualizar quais as mudanças estruturais que o novo regime trouxe, há cem aos, ao quotidiano do tempo nacional. Duas, essencialmente – a adesão ao sistema internacional de Fusos Horários, por um lado; a introdução do regime de Hora de Verão e de Hora de Inverno, por outro.
Pelo meio, ficam personagens que ditaram os últimos dias da Monarquia em termos de tempo colectivo – os relojoeiros Veríssimo Alves Pereira e Augusto Justiniano de Araújo; ou marcadores de tempo como o Balão do Arsenal ou o Tiro da Politécnica.
Ou ainda figuras revolucionárias, como um jovem relojoeiro suíço, Giuseppe Fontana, que trouxe para Portugal o ideário socialista, a visão cooperativa das comunidades de relojoeiros da sua terra natal. Ou Mendes Cabeçadas, que comandou a partir do Adamastor, e coordenando-se pelo seu relógio de bolso, os tiros decisivos contra o Palácio das Necessidades, a 4 de Outubro de 1910.
Do novo regime, saía reforçado o papel do Observatório Astronómico de Lisboa como emissor único do tempo oficial português ou a implantação do Relógio da Hora Legal, ao Cais do Sodré.
O Relógio da República, Editora Âncora. Apoio Longines e Tempus Internacional
Sobre o autor: Fernando Correia de Oliveira (Lisboa, 1954). Jornalista e investigador da área do Tempo, teve a sua carreira ligada às Agências Noticiosas nacionais (ANI, ANOP, NP e Lusa), onde se manteve 20 anos. Primeiro correspondente português em Beijing (1988-1990), ingressou depois no Público, onde esteve nos dez anos seguintes. É desde 2002 jornalista freelancer, produzindo regularmente suplementos e artigos sobre o Tempo e a Relojoaria para o Público, Expresso, Diário Económico, Focus, Espiral do Tempo, etc. É o Director do Anuário dos Relógios e correspondente internacional de publicações especializadas em Espanha, Brasil, México e Coreia do Sul. Consultor do Governo português para o património relojoeiro, é membros de várias instituições internacionais sobre o estudo do Tempo, e mantém o blog Estação Cronográfica.
Tem publicado regularmente: Portugal na I Guerra Mundial (Cadernos do Público, 997); 500 Anos de Contactos Luso-Chineses (Público / Fundação Oriente, 1998); Machado Joalheiro, no Porto desde 1880 (Machado Joalheiro, 2002); História do Tempo em Portugal (Diamantouro, 2003); Cronologia do Tempo em Portugal (Lagonda, 2004); Manuscrito Anónimo de Relojoaria na Academia das Ciências de Lisboa (edição de autor, 2005); Relógios e Relojoeiros – Quem É Quem no Tempo em Portugal (com José Mota Tavares, Âncora, 2006); Relógios de Sol (com Suzana Metello de Nápoles e Nuno Crato, CTT, 2007); Dicionário de Relojoaria – O Universo do Tempo e dos seus Medidores (Âncora, 2007); Tempo e Poder em Lisboa – O Relógio do Arco da Rua Augusta (Espiral do Tempo, 2008); Portugal, o Tempo e a Modernidade (Academia de Marinha, 2008).
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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7 comentários:
Foi uma péssima ideia
o relógio se inventar,
porque agora, se calhar,
o tempo já não "vareia"!
JCN
Se eu tivesse autoridade
para ao tempo pôr travão,
metia-o numa prisão
para toda a eternidade!
JCN
Quando o tempo se contava
pelo relógio de sol,
parecia que ele andava
a passo de caracol!
JCN
Trouxe o relógio, à partida,
uma carga de trabalhos,
fazendo da nossa vida
uma manta de retalhos!
JCN
Como já deixei de usar,
a fim de me orientar,
qualquer relógio que seja,
hoje em dia me regulo
pelo bater, que calculo,
do sino da minha igreja!
O tempo tudo devora,
nada aos seus dentes resiste,
é bem certo, muito embora
ninguém saiba em que consiste!
JCN
Embora tudo pudesse,
nem Deus seria capaz
de tudo quanto acontece
a volta dê para trás!
JCN
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