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19 comentários:
Boa noite
Não costumo comentar "posts", mas a pergunta que dá o título a este sempre me fascinou!
Trata-se de uma questão que quando me ponho a pensar nela me sinto literalmente a "perder o pé"...
Não temos qualquer referência cultural, genética, histórica ou cientifica que esboce sequer um indício do que "Era" "antes de Ser".
Poderá parecer pretensioso da minha parte e não sei se me conseguirei exprimir correctamente, mas o assunto parece-me assumir uma forma "elíptica".
Quero dizer que me parece que qualquer tentativa para iniciar sequer uma aproximação do que "Era" terá necessáriamente ou de partir, ou de passar, ou de acabar, no conceito de "infinito".
Permita-me ainda que diga o seguinte: em termos práticos, no mundo de hoje, tal como se encontra, a questão continuará a "descoberto" de qualquer investigação cientifica que procure "cobrir" este tópico.
Dizem os sábios que somos ainda uma raça muito jovem. Na realidade, que estamos, mais coisa -menos coisa, na correspondente fase de "infantário".
Ainda.
E no entanto, atrevo-me a pensar que quando alguns dizem que somos "crianças das estrelas" ou feitos a partir da mesma matéria, algo nessa ideia (poesias à parte) me parece válido para justificar que embora estejamos apenas no começo, é precisamente essa origem que nos faz interrogarmo-nos sobre, por exemplo, este assunto.
Como se estivesse, digamos, no nosso ADN.
A resposta do cientísta entrevistado foi de facto honesta.
Sobre isto nada se sabe. Apenas se "intui" que deve haver uma resposta :-)
E isso é maravilhoso.
Obrigada por me ter lido.
Ana Almeida
A pergunta não é da cosmologia mas da metafísica. Logo, o Carlos Fiolhais é a pior criatura a quem poderia perguntar tal coisa. Ignorância de ambos. Um que não sabe que perguntou à pessoa errada. O outro que não sabe que a pergunta não é da sua competência. Junte-se o pretenciosismo do último e temos três post só sobre a sua aparição num programa com emissão bem para lá da meia-noite.
É a primeira vez que intervenho no De Rerum Novarum, nestes “comentários”. Espero que me relevem (por esse motivo ou outro que lhes esteja mais à mão) o cariz eventualmente “pouco urbano” da intervenção. Mas a verdade é que ando assaz falho de paciência para coisas como o comentário anterior, por acaso anónimo, que comete a proeza de acrescentar à pesporrência do autor, quantidades de estupidez e ignorância absolutamente notáveis, até no espaço virtual.
Dos cumes de uma misteriosa sabedoria, incomensurável e inultrapassável – por mais infinitamente infinitos que sejam tempo e espaço – Sua Anonimidade decreta que a questão é definitivamente alheia à Física (deve ter descoberto os limites desta ciência, se não mesmo os de todo o conhecimento científico), inserindo-se inapelavelmente no da Metafísica – ramo da filosofia de definição um tanto controvertida, sujeito às contingências das correntezas filosóficas, até HOJE, dia da Anónima Revelação!
E aponta, pois, o soberano dedo: à ignorância de quem pergunta – por ter perguntado à pessoa errada – (francamente, ó Fernando, atãonãssetavamêmaver?!); e a quem responde, que é, assevera, a pior criatura a quem se poderia pôr a questão! Como esta evidentíssima conclusão não pode resultar de Carlos Fiolhais ser UM físico (nesse caso, seria, apenas, UMA das piores criaturas), talvez decorra de a Anónima Excelência saber, pelos mesmos insondáveis meios, que ESTE físico é o único de todos os físicos que não sabe (ó órrorispanto!) que “a pergunta não é da sua competência”! Permito-me, no entanto, mui deferentemente, notar que Sua Anónima Eminência não esclareceu se o mesmo acontece no que se refere à resposta.
Seria, quiçá, inadequadamente pretensioso duvidar de que o Sapientíssimo Anónimo SABE quem é a “melhor criatura”, ou até “as melhores”. Por mim, sempre com o máximo respeito pela enormidade cognitiva Anónima, sugeria ao Fernando Alvim que, sempre que lhe viesse a perigosa tentação de arremessar perguntas destas, convidasse um chefe de uma qualquer claque futebolística, das boas, tipo hiper/super/ultra qualquer coisa, que, pelo seu empenho na destruição de postos de gasolina, lojas de conveniência e outras estruturas ultrajantemente físicas, demonstram um fortíssimo anseio metafísico.
Já me esquecia de que, às incompetências do Prof. Fiolhais, na suposição de que seja ele “o último”, há que juntar o “pretenciosismo”, termo cujo significado permanece ainda desconhecido (não o encontro dicionarizado), mas que temo seja designação de maleita pestífera, que atinge os que ousam dar o passo – fatal – para além do que foi determinado, pela Anónima Entidade, ser da “sua competência”, não podendo a “ignorância” ser tomada como atenuante. Cuidado, Professor!
Uma nota final: não estando escarrapachada (perdoe-se-me a vulgaridade da linguagem) no TEXTO a definição definitiva e incontroversa da Metacoisa, lá se há-de encontrar, digamos, de forma imanente, como é conveniente num ambiente textual tão transcendentalmente transcendente…
E com esta me vou, que tenho de mandar limpar a anonimamente enodoada túnica inconsútil…
Paulo Rato
Vamos então aguardar que a metafísica possa responder à pergunta que todos nós gostamos de fazer mas quase nunca encontramos ninguém habilitado para responder...ainda menos, antes da meia-noite!
Dervich
Profunda ignorância...meus caros. As questões, as verdadeiras questões da Filosofia não têm resposta. São questões eternas com as quais cada um dos grandes autores se confronta. A Filosofia é o trabalho dos conceitos, é a questão "o que é"? É-o precisamente porque nunca sabe exactamente o que é. O que é a realidade, o que é existir, o que ser, o que é a Ciência, o que é conhecer, o que é um conceito, o que é a metafísica, são alguns exemplos. São questões da Filosofia, em particular da Metafísica, isto é, e num certo sentido, aquilo que está para além de qualquer possibilidade de ser conhecido através da experiência sensorial. A Física é a busca de conhecimento sobre a Natureza extensa. A Física trabalha com equações, e tem como condição a priori o espaço, o tempo, a causalidade, etc, etc. Portanto, querer saber o que existia antes do espaço e do tempo, querer saber de que modo se pode falar de um "antes" do Big Bang, que nada mais é que uma hipótese científica, pertence ao mesmo domínio do que perguntar o que é o tempo, o que é a Física, perguntar o que existia antes da Natureza existir, etc. Ou seja, são questões que escapam ao Físico. O Físico pensa já a partir do pressuposto da existência real da Natureza e da sua cognoscibilidade. São questões da Metafísica. Isto é elementar, não é novidade alguma. Um Físico sério, um Cosmologista sério, e existem vários, afirmaria logo que isso era uma questão que não lhe podia competir.
Ainda bem que há comentadores como o Paulo Rato . Não há como um bom sorriso irónico para desmanchar qualquer doutorice e fazê-los dar cambalhotas da cátedra.
Para mim antes da explosão, a implosão; antes da expansão, a contracção.
O Universo pulsa eternamente como um coração.
Aos «filósofos» de serviço, proponho (entre saudáveis risos depois de ler o post de Paulo Rato) um exercício de reflexão. A noção de «competência», no sentido de jurisdição profissional específica, é um conceito moderno e altamente dependente de um modo de organização cognitiva e deontológica das profissões típico de sociedades industriais. Neste sentido, declarar a «não competência» de um não filósofo para se pronunciar sobre qualquer assunto é fazer apelo a um conceito de profissão típico das profissões que têm a ciência por base. A vida não é irónica?
A palavra cientista tem origem no século XIX precisamente para designar aqueles que são profissionais de Ciência.
E, ao segundo dia, o 4.º Anónimo quebrou o 4.º Selo, e proferiu as terríveis palavras: PROFUNDA IGNORÂNCIA…MEU CAROS.
E eu, que deixei abandonada a Filosofia, em favor de outras leituranças!, eis-me aqui, pecador incontrito, por minha vez abandonado de sabenças várias, contraditórias por contrato de trabalho (dos conceitos).
Tenhamos paciência, ó caros dele. As questões são as “eternas com as quais cada um dos grandes autores se confronta”. Mas os pequenos (e médios) autores, ó deuses? Não lhes concedeis uma confrontaçãozinha sequer? “Porque lhes dais tanta dor…”?
Mas, alto aí!, ó misérrimo confusionista (eu), o que é a Dor? Dir-no-lo-á o 4.º Anónimo?
“To be or not to be”? THAT IS NOT THE QUESTION!
“The question” - filosoficamente - é “O QUE É”, “precisamente porque nunca se sabe exactamente o que é”! Ouviste, ó Shakespeare, sua espécie de renascentista desterrado do SABER? De que te serviu leres os clássicos todos, conheceres tantas palavras e teres essa habilidadezeca para as juntares, se - irresponsavelmente - pões na boca desse destravado do Hamlet uma question tão abusivamente conceptual… dirigida a UMA CAVEIRA?! Quando nem o 2.º nem o 4.º Anónimo tinham (ou tinha, caso coincidam…) nascido? Para esclarecer - a caveira e o Hamlet - sobre a concepção, educação e vida profissional do conceito.
E depois, os físicos da Física! Que trabalham com equações… Que até (ao que dizem, que eu não acredito...) já mandaram uma equação à Lua, com dois gajos lá dentro! Sem fazerem ideia nenhuma do conceito de Lua, nem de equação… ou de gajos. Porque são físicos (q.e.d.)!
Imaginemos um físico dos antigos. Acorda de noite e quer verter águas. Procura, sob a cama, o penico… MAS! O que é exactamente um “penico”? Alguém sabe? Sabe-se (4.º Anónimo dixit) que o físico “pensa já a partir do pressuposto da existência real da Natureza” (um desaforo!, diga-se). E se o penico tiver um conceito diferente do do cientista? Será ele (penico) natural e cognoscível, ou incognoscível e apenas mal cheiroso? Terá o físico conseguido aliviar-se? Eis o que nunca saberemos.
E esta cadeira (onde não me sento, que lhe não sei o conceito)? E esta mesa, sobre a qual NÃO ESTÁ este computador, no qual NÃO ESTOU a escrever: quem sabe, de saber sabido, quais são as suas realidades e conceitos? E se não forem coincidentes: o computador existe, mas não a mesa nem a cadeira; ou existe a cadeira, mas não a mesa nem o computador; ou a mesa existe, mas porque não pertence à natureza…? Tudo coisas que me ralam…
É elementar qu’isto são questões da Metafísica, metam isso nas cabeças, ó caros! A Física tem como condição a priori… o etc., sobretudo o etc. Ora, existe o etc.?
Haverá metafísicos pró e contra o etc… É a Filosofia (as correntezas…), as questões eternas e os grandes autores. Já agora (mera curiosidade), qual é o conceito de “grande autor”? Já é conhecido? Já apareceu na televisão?
E pronto, espero ter dado o meu contributo para reforçar a reafirmação de que “Um Físico sério,… E EXISTEM VÁRIOS*, afirmaria logo (…)”
* Eu bem sabia! Vêem, vêem como sou esperto?
Quanto a si, sim, você! Eu sei que parte do pressuposto de que a Natureza não existe e muito menos é cognoscível, mas!... cuidado!... com a escaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa… da!
Pois.
Era dura e esquinada…
Requiescat in pace!
Vou outra vez lavar a túnica.
Paulo Rato
O rato afinal é uma mulher trácia. Ri como ela. Ri como ela. Ri pelos mesmos motivos e argumenta como ela. E outro mistério ficou resolvido: os ratos riem.
"Imaginemos um físico dos antigos"
Quem são? Quem lhes deu antiguidade? Quantos anos descontaram para a segurança social? O que é isso de imaginar? Deve ser melhor perguntar ao Fiolhais...
"E se o penico tiver um conceito diferente do do cientista?"
Cientista? Então não era um físico dos antigos? Daqueles que usa penico? Será ele tão pobre que não tem dinheiro para ter uma casa de banho? Ou cortaram-lhe a água? Se lhe cortaram a água, a culpa será da FCT? Os penicos têm conceitos? Talvez o rato seja um penico. Mas quem melhor que um rato para nos falar de penicos?
Os físicos enviaram dois "gajos" para Lua? Quando? Quem eram esses "gajos"? Onde moram? Têm facebook? E os físicos fizeram isso sem fazer uso de equações? Ouve Fiolhais este esclarecido, o único de nós que viu a luz, deixa essa coisa das equações e dedica-te à construção de catapultas...mas sem equações.
"E esta cadeira (onde não me sento, que lhe não sei o conceito)? E esta mesa, sobre a qual NÃO ESTÁ este computador, no qual NÃO ESTOU a escrever: quem sabe, de saber sabido, quais são as suas realidades e conceitos?"
Assim é um mamifero recto. Só se senta no que sabe o que é. Mas, não sabe que cadeira é essa onde não se senta ou não sabe o que é uma cadeira? E quando as coisas não estão então não são reais? Afinal o rato é um adorador de Berkeley e apenas gosta de brincar ao engano. E que é que os conceitos e as realidade se relacionam? E já agora, o que é um conceito? O que é a realidade? Olhe, pergunte ao Fiolhais....E já que lá vai, pergunte-lhe como se faz Física sem espaço, tempo, equações, conservação, causalidade, entre outras "coisas" menores.
Por fim, um pequeno exercício: Demonstre que a realidade da Natureza extensa existe por si mesma. Dou-lhe um queijo...ou um estalo na cara, como lhe der mais prazer.
Percebo a sua mania de lavar a túnica de cada vez que fala.
A vez da poesia:
APELO IRRESISTÍVEL
Antes de tudo o mais, antes do nada,
em todos os espaços do universo,
havia tão-somente uma chamada,
um forte anseio de embalar um berço!
Deus fez o jeito e tudo começou
num arraial de fogo de artifício:
em sinfonia a música arrancou
e fez a poesia... o seu ofício.
Não há decreto governamental
nem teoremas inquestionáveis
que nos permitam deduções fiáveis.
Dê-se voz aos Poetas, em geral,
pois Deus lhes terá dado a intuição
que é, desde logo, a chave do portão!
JOÃO DE CASTYRO NUNES
Vejo que alguém não terá gostado da minha resposta e, como tal, resolveu fazer uso da censura. O riso das mulheres trácias é saboroso.
E, ao terceiro dia, o 5.º Anónimo tentou quebrar o 5.º Selo e… não conseguiu: era o Selo do Anonimato, da Irresponsabilidade. Não lhe assistiram força ou coragem. Falhou-lhe a Metafísica.
E o 5.º Anónimo, que afinal é também o 4.º e o 2.º, em desatada e inconsequente fúria, não encontrou, para as dizer, outras terríveis palavras, as que só o 5.º Selo, inexoravelmente fechado, lhe desvendaria!
Em desespero, o Triplo Anónimo tentou responder a quem não receia dizer quem é (para clandestinidades, sobraram-me os mais de 20 salazarentos anos que tive de suportar).
Mas como tal tentou o Triplo Anónimo?
Da pior maneira: tentando imitar-me!
Eis, porém, que o Triplo Anónimo não se chama Guillermo Cabrera Infante, o escritor que, em “Tres Tristes Tigres” - um livro que é tanto (ou mais!) sobre a própria linguagem como sobre a noite e seus habitantes, na decadente Havana de Baptista -, recria um mesmo episódio, no exacto estilo de diversos escritores cubanos: do barroquíssimo Carpentier (11 páginas de prosa compacta) ao hermético Lezama Lima (uma única página, a abarrotar de referências literárias, como toda a poesia e prosa deste complexo autor).
Eis, ainda, que o Triplo Anónimo não é sequer um “médium”, habilitado a convocar farrapos da sombra fantasmagórica do genial cubano.
Pois, ao Triplo Anónimo, simplesmente, não lhe calhou em sorte… TALENTO para levar a bom termo a sua intenção (ou sonho?).
O Triplo Anónimo resume-se a uns incertos estudos filosóficos, voluntariamente encurralados no seu próprio e inviolável cercado.
Se, por milagre, o Triplo Anónimo fosse um “erudito” filosofante, não teria eu qualquer dúvida em enquadrá-lo na categoria (essa sim, extensíssima) dos que confundem “erudição” com “cultura”.
Enfim, não será por minha culpa que o De Rerum Natura irá aturar por mais tempo este Anónimo Incompetente Global. Divertiu-me um pouco… mas ultrapassou já o prazo de validade.
No estafado final do seu escrito, propõe-me o Triplo Anónimo, já desorientado de todo, que eu demonstre o contrário de uma parvoíce metacoisa qualquer (que me interessa tanto como a problemática da existência de deus…), procurando aliciar-me com umas dádivas de contornos, não só previsivelmente básicos como, inesperadamente, masoquistas.
A parvoíce é-me indiferente.
Mas sugiro à Anónima Empáfia que, se por vesgo acaso, alguma vez me encontrar pessoalmente, não esboce sequer o gesto de me dar “um estalo”… seja onde for…
É que para tudo é preciso… TALENTO.
Paulo Rato
Sou o «quarto anónimo» (que nada tem que ver com outros «anónimos» nesta linha de comentários) e tudo ia bem até entender que o Sr. Plácido, etc., não percebeu nada de nada. Gostei do seu primeiro «post», ri-me com ele e até o afirmei. Porque veio estragar tudo? Triplo anónimo? Não estará acaso a «construir» demasiado?
Erudição confundida com cultura? Talento? Imitação? Triplo Anónimo? Exercício Masoquista de comer queijo? Demonstração do contrário (que nem sabe do que se trata)? Previsiveis e inesperados? Que confusão mental...Que Deus - o metafisico - lhe cuide.
Esclarecimento ao (espero que erradamente) ofendido “quarto anónimo” (que não o é, mas já lá vamos).
Há, efectivamente, um erro, na minha última intervenção, pelo que apresento as minhas mais sinceras desculpas ao… 5.º anónimo!
Os “anónimos” não se diferenciam na introdução dos “posts”, a menos que, “anónimos” à partida, por indiferença ou desconhecimento destas “técnicas bloguísticas” (onde eu também não me movo com grande flexibilidade), assinem no fim (não importa, neste caso, se com nome verdadeiro ou pseudónimo). Portanto, se pretendermos referir UM dos “anónimos”, só o podemos fazer pela sua ordem de “entrada em cena”.
Ordenemo-los, portanto, relembrando o início de cada intervenção:
1.º Anónimo - “Boa noite. Não costumo comentar (…)”. E assina: Ana Almeida
2.º Anónimo - “A pergunta não é da cosmologia (…)”
3.º Anónimo - “Vamos então aguardar (…)”. E assina: Dervich
4.º Anónimo - “Profunda ignorância…”.
Nota: Referências à minha modesta pessoa - zero.
5.º Anónimo - “Aos «filósofos» de serviço, (…)”. E, não por se me referir, mas e sempre, pelo engano que cometi, renovo o meu pedido desculpas, a si e a todos os que passaram (ou vierem a passar…) por esta série de comentários, a quem solicito que substituam, mentalmente, 5.º por 7.º, no meu terceiro “post”, tanto no que se refere a “Anónimo” como a “Selo”. Em consequência, o que estaria certo, logo a seguir, seria (e É): “E o 7.º Anónimo, que afinal é também o 4.º e o 2.º, (…)”
Creio não valer a pena prosseguir esta ordenação.
Mais do que ninguém, lamento o meu erro, por duas razões: a primeira, naturalmente, porque ofendi, ainda que involuntariamente, um dos intervenientes nestes comentários e perturbei a leitura de todos os que tiveram a paciência de ler os meus “posts”; a segunda porque quem me conhece - e ao meu trabalho profissional - sabe que tenho uma exigência de rigor, algumas vezes reputada de exagerada, que me levou mesmo a reacções verbalmente ríspidas em ocasiões em que fui interrompido na execução de alguns desses trabalhos, sendo que a probabilidade de um certo abrandamento de atenção, acompanhando a condição de aposentado, me preocupa.
Quanto a “construir demasiado”, penso que, após este esclarecimento, compreenderá que não. É possível atribuir diversas intervenções a um mesmo autor, recorrendo a ferramentas que não designaria por “análise textual” ou “análise do discurso” (embora, em certos meios profissionais, se utilizem, com naturalidade e frequência, estas expressões), pelo risco de alguém lhes associar complexas definições e percursos teóricos e académicos; mas que passa, na verdade, por uma aplicação simplificada (neste caso, simplificadíssima) de metodologias que, tendo a ver com esses graus mais académicos - e circunscritos - de investigação, na verdade os precedem e a eles não aderem tão uniformemente quanto isso…
Paulo Rato
Caro Paulo Rato, com certeza que nem isto merecia um pedido de desculpas mas, em todo o caso, claro que aceito. Quanto ao anonimato, talvez merecesse antes apenas eu ter um "nickname"; a verdade é que, por questões de ordem profissional, preferi manter tudo assim.
Um bom dia para si.
Caro ex-ofendido, claro que valeu a pena o pedido de desculpas e alegra-me que se tenha dado ao trabalho (que nasce da atenção convivial, ao “outro”) de me transmitir a sua aceitação.
Autorizo-me a ser agreste - com quem considero que o merece, precisamente porque prezo a frontalidade e desprezo o ambíguo, o esconso, o “faz de conta”. Por isso, não me bastava o esclarecimento: queria ter a certeza de que o incómodo e a indignação que lhe causei eram lesões superficiais e já saradas.
Mesmo sabendo que não há ninguém que nunca se engane (excepto o Prof. Cavaco Silva, já me esquecia!) e por muito alta que coloque a fasquia do rigor (no que o exige!, senão a vida seria uma chatice…), sempre assumi as responsabilidades dos erros que cometi e dos “danos colaterais” deles decorrentes. Porque, em meu entender, é nestas coisas (desfazer equívocos, aceitar que outra opinião seja melhor que a nossa, repor o convívio no seu justo lugar) que o grau de civilização - não a “civilidade”, a “boa educação” e outras “etiquetas” mais ou menos servis - se manifesta.
Quanto ao “anónimo”, o problema só se coloca quando serve de capa à irresponsabilidade, o que não é, manifestamente, o seu caso e no De Rerum Natura raramente acontece.
Outros “sítios” onde intervenho exigem o tal “nickname” ou “pseudónimo” (como prefiro, porque penso que devemos esforçar-nos para que a nossa língua não vá sendo paulatinamente devorada pelo inglês). Mas parece-me que este “alojamento” de blogues, a exemplo de muitos outros, não facilita a diferenciação dos vários comentadores e este pequeno “incidente” demonstra que, não sendo grande problema, tem alguma importância.
Paulo Rato
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