Ainda sobre o livro "Caim" de José Saramago, o escritor Cristóvão de Aguiar (na imagem) publicou no seu blogue um texto que começa assim:
"MUITO BARULHO POR NADA
MUCH ADO ABOUT NOTHING
OU A BÍBLIA SEGUNDO SARAMAGO
PONTO FINAL E DISSE
No Jornal de Letras, de 3 de Novembro, Miguel Real, entre muitas outras coisas, escreve: “Em Caim permanece o estilo tradicional de Saramago (já amiúde analisado), tanto barroquizante (…) (uma floresta de palavras (sublinhado meu) ilustradora de uma ideia) e anarquizante (uma espécie de everything goes), isto é, a confluência de um léxico antigo e vernacular – avonde (pp.16 – com um vocabulário moderno, desenhando um melting pot semântico, aparentemente espontâneo, pelo qual a lógica do texto cria as suas próprias hierarquias gramaticais e ideológicas (...)."
O estilo enxuto, descarnado, nunca foi dom de Saramago. O escritor explica tudo até à exaustão, o que não raro se torna enfadonho. Dir-se-ia que há uma inundação de palavras, grande parte delas inúteis, como se tivesse ocorrido uma séria avaria na canalização provinda da nascente criadora. Por esta e outras razões, muita boa gente letrada costuma(va) afirmar, em surdina (o politicamente correcto vigora com força), que se a certos livros de Saramago fossem retiradas cem ou cento e cinquenta páginas, não perderiam nada: pelo contrário, ficariam mais claros, exactos, sucintos…
Quando assim acontece, alguma coisa está podre no reino da literatura. A arte de dizer muito em poucas palavras é difícil, dura, requer muito esforço, muita lima, muita monda… Escrever é cortar! Veja-se Miguel Torga, um dos mais elevados expoentes de concisão de escrita! Se lhe fosse retirada uma só palavra de uma frase ou de um verso, logo ficariam mancos… Não posso acreditar numa arte literária em que palavra menos palavra vai tudo dar ao mesmo…
Os lugares-comuns sempre ocuparam uma posição de relevo na obra romanesca de Saramago. Só do romance Caim extraí uma caterva deles: máquinas de encher chouriços; do pé para a mão; dar tempo ao tempo; para aí virado; fazendo das tripas coração; carta branca; mal se podia ter nas pernas; dois coelhos de uma cajadada; a carne é supinamente fraca (genial, o acrescento do advérbio); chorar o leite derramado (expressão traduzida, à letra, do inglês: em português de lei seria: depois de o mal feito, chorar não é proveito; mas, veja-se a frase completa, para aquilatarmos da genialidade de quem a engendrou: “Chorar o leite derramado não é tão inútil quanto se diz, é de alguma maneira instrutivo porque nos mostra a verdadeira dimensão da frivolidade de certos procedimentos humanos, porquanto se o leite se derramou, derramado está e só há que limpá-lo, e se abel foi morto de morte malvada é porque alguém lhe tirou a vida […] ” (Lili Caneças não diria melhor!) …"
Ler mais aqui.
Cristovão de Aguiar
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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20 comentários:
Felizmente, nunca li nada da senhora dona lili de caneças, e bem me dispensaria de ter posto os olhos em semelhante crítica; quanto ao caim do saramago vou acabá-lo na primeira oportunidade, certamente com júbilo avonde, por ora sem receio dalguma estafadeira nem em iminente precisão de avocar asilo a representante de país mais ou menos democrático, vulgo embaixador, que não consta havê-los aqui no porto, ainda capital do norte.nome? manuel garcia, filho de deus.
É curioso que estas observações, sobre o estilo e a forma de Saramago, tenham sido feitas, há mais de dez anos, por Camilo José Cela, numa bem referida quase polémica.
Um texto como a Bíblia só pode ser abordado, mesmo do ponto de vista crítico, com o recurso a uma exaustiva disciplina hermenêutica.
Pior do que a armadilha da trivialidade que o êxito lança a um consagrado é a incapacidade de resistir a discorrer sobre o que já escreveu.
E o risco das interpretações que de tal advenham resulta da ambiguidade entre o estatuto do emissor e o do receptor. A dama transmigra para o seu paladino.
Saramago devia dexar que o lêssemos m paz, sem a sua tutelar presença.
Culpa também de quem o desafiou para duelos.
E tudo muito bonito mas o Saramago ganhou um Nobel e este tipo e um Ze Ninguem que ate hoje desconhecia.
Ha gente que nao se sabe colocar no seu lugar...
Curiosamente, este texto também está cheio de repetições...
Estes comentários da VI parte da crítica literária, de Cristóvão de Aguiar, ao livro "Caim" de José Saramago revelam que os seus leitores não lograram ler a crítica integral.
_Pedro Silva:
Então, um zé ninguém é vossa excelência.
_Carlos Medina Ribeiro:
Gostava de ver demontradas essas repetições.
_Blogue "de rerum natura"
Estes "postais" truncados não abonam em nada a Ciência.
Ainda a propósito de Saramago, das suas obras, e das críticas que têm merecido, ou desmerecido, ocorre associar a este evento algumas "coisas", como dizia Durkheim, e das quais ora se expõem.
No Sermão de Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, proferido em Lisboa, no Real Colégio de Santo Antão, em 1669, dizia o nosso vernáculo António Vieira que ninguém podia retratar a Santo Inácio porque ele já se tinha retratado, e de que forma:
"E qual é o verdadeiro retrato? Qual é a Vera efígie de Santo Inácio? A Vera efígie de Santo Inácio é aquele Livro de seu Instituto que tem nas mãos. O melhor retrato de cada um é aquilo que escreve. O Corpo retrata-se com o pincel, a Alma com a pena. Quando Ovídio estava desterrado no Ponto, um seu amigo trazia-o retratado na pedra do anel, mas ele mandou-lhe os seus versos, dizendo que aquele era o seu verdadeiro retrato. Séneca, quando lia as cartas de Lucílio, diz que o via. E melhor autor que estes, Santo Agostinho, disse altamente, que enquanto não vemos a Deus em sua própria face, o podemos ver como em imagem nas suas Escrituras. (...) E assim como Dewus se retratou no Livro das suas Escrituras, a si Inácio se retratou no Livro das suas. Retratou-se Inácio por um livro em outro livro. O Livro das vidas dos Santos foi o original de que Santo Inácio é a cópia: o Livro do Instituto da Companhia é a cópia de que Santo Inácio é o original."
Rogam-se desculpas pela longa transcrição que será compensada pelo prazer de ler Vieira, porque ler Vieira é conhecer o seu retrato.
Esta operação de se retratar um escritor pelos seus escritos está bem desenvolvida por Foucault na obra já aqui referida ("O que é um autor", Vega, 7.ª ed., 2009). Socorrendo-se das "Cartas a Lucílio", de Séneca, e dos "Diálogos, de Epicteto, Foucault pode ajudar-nos, como António Vieira, a ter de Saramago e da sua obra uma abrangência mais sociológica e inteligível, do que apenasalguns preciosismos gramaticais parcelares.
Nem falamos, por fugir da regra, no caso do Sonero de Bocage, porque retratando-se a si mesmo, no físico e na alma, parece dispensar-nos de tirar o seu retrato através da sua obra:
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não peaueno,
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Caro João Boaventura.
Assim, com essa substância, vale a pena prosseguir comentando.
Embora a sua intervenção pareça, numa primeira leitura, ambígua.
É também discutível a matéria que respeita a saber se, ou quando uma obra, uma vez escrita, retrata quem a escreveu ou quem lê. É um dos mais complexos problemas de análise da relação entre o emissor e o receptor.
O Car Amigo parte do pressuposto de que os comentários de Vieira sobre a vera efígie de Santo Agostinho retratam o Vieira. A um texto ou a um registo iconográfico há que aplicar um modelo de hermenêutia da mesma natureza. Não vou citar referências bibliográficas.
Ora, para o que alerto, no caso de Saramago é para o facto de ele não deixar a obra concluída com a sua apresentação, mas intrometer-se permanentemente entre ela e o receptor, como se fora o padre ou o mestre escola, que não nos deixa ler a Bíblia a sós e em diálogo com ela. E a metáfora é dele.
Mas repito que ele sabia, ao escrever a obra, que logo muitos sairiam a convocá-lo para o duelo.
Pode-se denominar isto a «obra aberta». Embora o sentido corrente do tópico se aplique à relação do receptor com ela.
E fique claro que não intervenho em desapreço da obra de Saramago. Estou a discorrer sobre um episódio e circunstância.
Levantado do Chão foi dos romances cuja leitura não consegui interromper durante uma noite.
O facto de o Saramago ter ganho o Nobel da Literatura não lhe garante qualidade literária, como não conferiu a centenas de premiados que, desde 1901, enchem as valas comuna do esquecimento! Até Winston Churchill ganhou o Nobel da Literatua! Mas não ganhou Borges, nem Jorge Amado, nem Vergílio Ferreira, nem,nem...Isto só para falar de portugueses. Quando um leitor afirma, antes de ler um livro, que o vai acabar com júbilo, isto significa tão-só servilismo ou porreirismo cabonde(à Aquilino, que pede meças a qualquer escritor lusitano.
A D. Lili Caneças nunca escreveu nada. É celebre por ser uma grande socialite e por ter dito numa entrevista que ser morto era ocontrário de ser vivo!
Caro Manuel de Castro Nunes
Agradeço a sua observação mas, relativamente ao retrato de Vieira, e de acordo com o discorrer do mesmo sobre o assunto, quando digo que ler Vieira é conhecer o seu retrato, já o fiz fora do contexto transcrito.
É possível que se possa tirar a ilação que Manuel de Castro Nunes expõe, e se assim é, penitencio-me.
Fica portanto feita a correcção de que o retrato de Vieira se tira por toda a sua obra, e não apenas pelo pequeno excerto que inseri.
Falam, falam, falam e escrevem que se desunham mas o Saramago ganhou o Nobel e e lido por milhoes e traduzido em dezenas de linguas e voces nao.
O resto sao tretas. Ele e melhor do que a soma das vossas melhores partes!
Concedam a derrota graciosamente.
Anónimo, manuel garcia do porto, ainda capital do norte, filho de deus, diz, começando por perguntar, se houver licença:
como é que o senhor outro anónimo sabe que a dona lili de caneças nunca escreveu nada? eu, pobre de mim, nem conhecia os motivos geradores da celebridade de tal senhora. agora sei que o caro anónimo escreve e das suas afinidades com celebridades dessas. só lhe fica bem. ainda o veremos nobilizado? entretanto, acabei o caim do Saramago, satisfeitojubilosocabonde. de qualquer modo obrigado pelo aquilino que eu já suportei mas de quem hoje só gasto as arcas encoiradas. ou deveria ter dito encouradas? brigado e desculpe lá qualquer coisinha.
"Falam, falam, falam e escrevem que se desunham mas o Saramago ganhou o Nobel e e lido por milhoes e traduzido em dezenas de linguas e voces nao".
A Bíblia foi e ainda é e será mais lida e traduzida do que qualquer livro de Saramago. E a revista "Maria" que tira 400 mil exemplares por semana? Será a melhor revista que se publica em Portugal? E o José Rodrigues dos Santos? Não publica e é traduzido tanto com o o Saramago? Sabia que o escritor português mais traduzido de todos os temppos? Não sabe? Foi Ferreira de Castro. Já leu algum livro dele? Não será ele o maior escritor português de todos os tempos?
O critério de quantidade nunca foi amigo da obra literária, por muito que pese ao escrevente do texto colocado em primeiro lugar. Já agora, sugiro-lhe que aprenda a virgular um texto e a pôr acentuação nas palavras. Ou isto não faz parte da boa ortografia portuguesa?
Caro João Boaventura.
Primeiro que tudo, esclarecendo uma referência. Quando refiro Levantado do Chão é simplesmente porque, uma vez que o li, pela primeira vez, durante uma noite, pude lê-lo sem o espectro da presença tutelar o escritor, porque a presença tutelar que presidia à leitura era o território, humano e físico, onde se houveram passado aquelas tragédias. E era essa presença que tutelava a minha leitura, porque estava dentro dela, embrenhado e inebriado. Seja, Levantado do Chão, na minha leitura, diz-me mais sobre a minha personalidade do que da dele.
E é por isso que insisto em que nenhuma obra nos diz grande coisa sobre o seu emissor, que muitas vezes se perdeu na bruma dos tempos.
E com o meu espírito iconoclasta, pelo menos represento-o como tal, o Caro Amigo representá-lo-á como tonto, vou-lhe transmitir um exemplo linear do que penso.
E o exemplo, blasfémia!, dirá o Caro Amigo, tomo-o de Camões.
Quando tento esboçar a personalidade de Camões tendo por referência a sua obra, tropeço sempre num pedregulho. Não consigo estabelecer uma relação entre a lírica e a épica. E só encontro duas soluções.
Ou entendo a obra épica do lírico como uma sátira, na tradição de uma sequência que enceta nas leituras da Ilíada e de tantas sátiras que suscitou, ou tenho que aplicar a Camões aquela figura da patologia psicológica de que hoje tanto se fala, bipolaridade.
Ora, a vantagem de Camões é a de que não sairá da sua tumba para me contestar e me deixará ler a sua obra como entender. Outros, porventura, ainda falantes, farão desabar sobre mim a sua ira, face a tão descarada enormidade.
Espero ter contribuído para afinar a ideia de que parti na nossa sequência de comentários.
E tenho imenso prazer em fazê-lo consigo.
Um abraço.
Ainda no seguimento do tema em discussão, relativo à retratação do autor pela escrita que faz, e no pressuposto de que ainda subsista paciência e gosto para acompanhar este mundo gerado pela obra caimista de Saramago, também o autor das:
"Exortações domésticas feitas nos Colégios, e Casas da Companhia de Jesus de Portugal, e Brasil. Compostas pelo P. João Pereira da Companhia de Jesus, Provincial, que foi na Província do Brasil, e visitador, e Vice- Provincial na Província de Portugal", Impresso no Real Colégio das Artes da Companhia de Jesus, Coimbra, 1715
aparece a certificar, ou conferir com, os argumentos aduzidos por António Vieira e Michel Foucault, repetindo e relançando Ovídio e Séneca, como ponto de partida, ou como exórdio, a tipos de leitura específicos desenhados na Exortação XIII, § CXXI, pp 199,200, que ora se reproduz:
"Pelo contexto de uma escritura, e pelo estilo de uma carta se conhece infalivelmente, quem a compôs, porque a carta escrita é imagem representativa, de quem a fez, é um espelho, que representa de dentro a imagem, que se pôs a ele de fora, se dentro chora a imagem, representa de fora Eráclito derramando lágrimas, se ri de dentro, representa de fora Demócrito explicando risos, e para ver, se é verdadeira a representação, tomai uma carta na mão sem nome, abri-a, lede, vede, o que contém a carta, e se perguntares: De quem é esta imagem? Conhecereis pelo corpo dela o Autor, que moveu a pena."
"Se a carta vem ferindo fogo, fulminando raios, despedindo coriscos, e em uma folha de papel apresenta uma batalha campal, é Marte Deus da guerra, o que a escreveu. Se a carta vem toda pacífica, abominando discórfdias, serenando os ânimos, e conformando vontades, é a imagem de Mercúrio, que com o seu Caduco firma a paz; se a carta vem com o seu sal, e muito picante; bem mostra ser um Juvenal Satírico. Se a carta é funda nos conceitos, e no estilo, e sentenças discreta: bem representa ser Séneca sentencioso o seu autor; e se a carta vem cheia de espirituais documentos para uma boa vida; de regras ajustadas para uma boa morte; e de resoluções apostadas para voltar as costas ao mundo, e dar-se todo a Deus, é a carta de um Paulo convertido. Se a carta recomenda a obediência, raiz de todas as virtudes representa a Santo Inácio, que quer a seus filhos mais obedientes, que penitentes; se a carta trata da salvação das almas, é de Xavier, que só em salvar emprega o seu zelo, e fervor."
"Temos visto na imagem das escrituras retratados os seus Autores. Vejamos agora o retrato das suas vontades, porque as cartas não só representam os seus escritores, mas também os seus afectos, servindo os dedos da mão de mostradores, de quem move a pena de fora, e do coração, que dita, o que sugere a vontade e dentro; porque cada um escreve o que quer. Quis Pilatos, que pusessem na Cruz de Cristo o título, e mandou escrever Jesus Nasarenus Rex Rex Judaeorum. Escreveu o título conforme à sua vontade, não contentou aos Fariseus a inscrição do título; porque não conheciam outro Rei, mais do que a César. Pedem com instância a Pilatos mude o título e dizem-lhe desta maneira: Noli scribere Rex Judaeorum: Não queirasi escrever Rei dos Judeus."
O extracto do texto vale pela argumentação e pode, a quem tiver gosto pela sua leitura ser visionado aqui.
Tudo isto para concluir com Pascal:
"Fomos feitos para a procura da verdade e não para a sua posse."
O meu teclado nao tem acentos.
Ferreira de Castro ou o orelhudo ganharam o NOBEL da literatura? Nao pois nao? O meu argumento continua valido.
Mais que válido! O problema não é ter ganho ou não o Nobel. O que interessa é que não são as traduções, nem o Prémio Nobel, nem a quantidade de exemplares vendidos que dão qualidade âs obras. O tempo o dirá, como o já disse, eloquentente, sobre muitas obras que obtiveram o galardão. Ainda não percebeu que o Nobel é um cozinhado político? Ou tem dúvidas sobre isso? Quanto a ter chamado "orelhudo" a um dos maiores escritores da nossa Língua, é, além de supina grosseria, uma demonstração de que o escrevente em causa não tem, nem poderia ter o mínimo resquício de sensibilidade literária. Não lhe ficava mal, nem lhe caíam os parentes na lama, se começasse a ler algumas obras essenciais da Literatura Portuguesa. Pode ser que abra os olhos e afine a sensibilidade embotada!
Peço desculpa. Confundi o escritor "orelhudo" com um grande escritor da nossa Literatura, já desaparecido fisicamente. Afinal, o "orelhudo" é bem outro: um best-seller da actualidade, cujos temas agradam muito a quem gosta de "literatura comestível", que também vende em grande escala e as traduções são às catadupas. O mundo vive uma conjuntura propícia a esse tipo de literatusa meio oculta, meio mágica... Até pode vir a acontecer, quem sabe, que o Nobel venha a contemplar escritores dessa têmpera: Paulo Coelho, Fátima Lopes,Rebelo Pinto, e outros da mesma matriz literária. De qualquer modo, é deselegante referir-se a um escritor, bom ou mau, de maneira menos respeitosa.
e honoris causa da UC.
"Quanto a ter chamado "orelhudo" a um dos maiores escritores da nossa Língua"
O Jose Rodrigues dos Santos?!
Onde isto ja vai...
Desde quando e deselegante referir-se a alguem como orelhudo quando claramente tem orelhas mais proeminentes do que o comum humano?
Que treta.
Olha, eu neste momento sou gordo e constatar factos nunca deve ser considerado falta de respeito nem deselegante.
Aldrabar e que e deselegante.
Nem sequer viu o meu pedido de desculpas sobre o escritor "orelhudo", que confundi com outro, esse grande, que já morreu há muito tempo. Quem está a aldrabar? Sou eu ou o que, não tendo lido até ao fim ou lido mal o post em que fazia a ressalva. Não é só deselegante como demonstra má-fé. Eu não disse ""Quanto a ter chamado "orelhudo" a um dos maiores escritores da nossa Língua"
O Jose Rodrigues dos Santos?!
Onde isto ja vai..."
Leia bem antes de escrever!
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