sexta-feira, 20 de novembro de 2009

UMA IDEIA PARA PORTUGAL


O jornal "I" pediu-me que indicasse uma "Ideia para Portugal" e dei esta, que foi hoje publicada:

"Fala-se muito da defesa da língua portuguesa, mas a verdade é que pouco se faz por isso. Que tal, numa acção concertada, colocar na Web o conteúdo integral de todos os livros em língua portuguesa que estejam no domínio público? Porque não andar com o Camilo e com o Eça no bolso, bastando pressionar numa tecla do telemóvel para os contactar?"

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma ideia bem simples e de concretização iniciada, vide http://pt.wikisource.org/wiki/Categoria:Romances_portugueses

Aureliano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
joão viegas disse...

Hummm,

Concordo, mas.

1) Concordo. Concordo nomeadamente porque julgo que a iniciativa so pode incentivar a leitura de livros, que é realmente onde se aprende a ler. A ler devagar. E a escrever. E a pensar. A Internet, pelo menos tanto quanto posso constatar, serve sobretudo para consultar. E ha o perigo de servir a literatura como o missal serve a biblia : mal, se for tomado como um substituto. Usando uma comparação que julgo sera compreendida pelo autor do post, é um pouco como o Magalhães : no abstrato tudo bem, desde que não se pense que as crianças vão passar a saber mais por simples virtudes magicas do contacto com o aparelho.

2) Mas. Esta pequena reserva é porque julgo que mais urgente ainda, seria colocar livros gratuitamente ao dispor de todos. Criar mais bibliotecas. E mais ainda do que bibliotecas, habitos de leitura. Isso sim parece-me fundamental. Para estimular a leitura é bom começar por criar leitores. Neste particular, não sei se devemos começar pela Internet...

Mas é possivel que a minha reacção não passe disso mesmo : uma reacção de reaccionario...

Manuel de Castro Nunes disse...

Outra ideia, para uma ideia para Portugal.

A área da edição do livro impresso, ao contrário do que as editoras propagam, é ainda um bom negócio. Diria mesmo que excelente, se nos restringirmos à edição dos manuais escolares.
Gatámos «um dinheirão» para equipar os alunos das nossas escolas com o Magalhães. Mas não há, ou há poucas famílias que aguentem o peso orçamental dos gastos em manuais escolares para os seus filhos.
Ora, com a devida vénia a Camilo e a Eça, porque não começar por aí, por ter os manuais escolares on line. Para mais, cuidava-se da coluna das crianças e dos jovens e evitava-se muita marreca. Tomem o peso a mochila que os vossos filhos transportam diariamente às costas.

AINDA AS TERRAS RARAS

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