Destaco da caixa de comentários ao post relativo ao programa "Plano Inclinado" com Guilherme Valente o seguinte do leitor Luís Neves:
"(...) Só um País subdesenvolvido como o nosso pode ter como Professores universitários consagrados pessoas como o sr. Medina Carreira, sr. Nuno Crato, e este inenarrável sr. Guilherme.
Dar crédito a qualquer uma das ideias deste trio de aposentados da razão, seria certamente o aniquilar de qualquer ideia de Futuro para Portugal e Abandonar a ideia de Escola Pública moderna.
Venha antes o Doutor Salazar ou Prof. Marcelo Caetano...
chiça... (...)"
E a resposta de Guilherme Valente:
"O meu Pai morreu quando eu tinha oito anos. Era advogado. A minha Mãe contava-me que quando era preso pela PIDE o tratavam por Sr. Valente, retirando o Dr., cujo uso era costume. Essa tentativa odiosa de humilhação ficou gravada a fogo na minha memória.
O meu nome é Guilherme Valente. Apenas. E um homem vale o que valerem os seus argumentos."
Luís Neves, que trata o editor da Gradiva por "sr. Guilherme" e o ex-presidente do conselho de ministros por "Doutor Salazar", é, ele próprio o confessa, um saudosista do Estado Novo. Hoje, porque há liberdade de expressão, pode dizer o que quiser, o que não acontecia antigamente. Mas convém realçar uma diferença importante entre os esbirros da PIDE e os saudosos dela: os primeiros tinham um rosto, os segundos nem isso.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
"A escola pública está em apuros"
Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
29 comentários:
Sou um dos muitos admiradores da sabedoria, coragem, determinação e sentido de responsabilidade das pessoas referidas, ou seja Medina Carreira, Nuno Crato e Guilherme Valente.
Quanto ao comentário de Luís neves, julgo não merecer qualquer resposta.
Cada vez mais, em Portugal, há cidadãos sem rosto: estamo-nos a converter num país de embuçados! JCN
A importância da Gradiva e de colecções como a Ciência Aberta e a Filosofia Aberta, para não falar do Calvin & Hobbes e de Ian McEwan, é tão grande que não é fácil achar adjectivos para a medir. Em Portugal, o ensino e a prática da ciência e da filosofia devem muito a Guilherme Valente. Esse muito não cabe em palavras tão pequeninas como "Dr." ou mesmo "doutor". Talvez coubesse em "cidadão", se entretanto o "eduquês" não tivesse abastardado o conceito de Cidadania.
Isto desgosta-me imenso.
Podemos não concordar, ou sequer simpatizar, com alguém. Tantas vezes tal é fruto apenas do momento (menos feliz)ou das feromonas (curioso ou discutível); mas se fosse usada a ironia fina ao invés da acidez fera, se fosse nobre o intuito de contrapor, se houvesse elegância, boa fé, lhaneza, aceitar-se-ia o 'contraditório' de bom grado (o mundo é rico e maravilhoso na variedade e diferença).
Assim, é atirar a pedra e esconder a mão.
O excelentíssimo senhor Guilherme Valente está tranquilo, porque sabe que por um que na sombra se declara detractor, há milhares que estão na luz para o secundar. Porque nos assiste a razão. Serena, mas veemente.
Os outros dois excelsos cavalheiros também dispensam aplausos, mas têm-os.
Merecidamente.
Guilherme Valente. Apenas. Um nome basta para designar o homem que veio da filosofia e, por via dela, enamorou-se pelo Conhecimento. Depois quis partilhá-lo com as pessoas do seu país, fez disso a sua vida e teve sucessso: geração após geração lê os livros que edita criteriosamente. Guilherme Valente é, como Mariano Gago um dia disse, Reitor da Universidade Gradiva. Acrescento: uma grande Universidade. Apenas.
Helena Damião
Quero lembrar ao Carlos Fiolhais e aos restantes comentadores do Rerum Natura, a forma como o Guilherme Valente (espero que esta forma de o tratar seja a que ele prefira) se refere neste Programa de TV a todos (Todos os que trabalham na área do Ensino e Educação em Portugal)
1º Compara o trabalho de dezenas de milhares de Professores e Educadores na formação dos nossos jovens às ideias Nazis.
2º Apelida quem acredita nas ciências da educação e as aplica nas suas Escolas como complemento e ferramenta de Ensino, foram apelidados como "Idiotas úteis"
Este programa de TV tem um público de milhares de pessoas! as pessoas que têm opiniões que são tão radicais e são tão infundadas não podem livremente estar a insultar livremente o trabalho de milhares de pessoas , assim como quem se refere a assassinos Nazis.
Não pode! é imoral!
EU SIGO há muito este Blog RERUM NATURA, tenho uma enorme admiração pelo Prof. Carlos Fiolhais e nunca percebi que neste espaço seguissem esta linha de pensamento. Que é muito pouco edificante . Porque assim não se constroi nada. É apenas um exercicio de retórica e de vaidade pessoal e de querer ser original à força.
O ano passado fui assistir na Gulbenkian a uma conferência sobre o Ensino da Matemática em que Participou o Prof. Carlos Fiolhais, texto que foi recentemente postado no Rerum Natura. Eu copiei o Texto e também o publiquei no meu Blog.
Nessa conferência tive a oportunidade de ouvir o Prof. Nuno Crato em frente a centenas de Professores de Matemática , e tive a esperança que talvez ele nesse dia conseguisse finalmente explicar o que era isso de o "Eduquês". Mas o que é verdade é que os senhores falam muito nessa palavra , mas no fundo não sabem muito bem explicar o que ela quer dizer.
Quanto ao comentário do Prof. Fiolhais de eu ser adepto ou simpatizante de Salazar ou da PIDE , isso são coisas sem qualquer sentido. Não vale a pena estar a comentar coisas que não têm nada a ver comigo nem com as minhas ideias. Acho que o Blog "Rerum Natura" é um excelente Blog de Ciência, e vou continuar a ler e seguir, e dou os Parabêns a todos os autores. Não acho que este Blog sirva este tipo de discussão, e de defesa da honra dos amigos.
Eu não pretendi ofender ou menorizar os senhores que participaram nesse referido programa. Pretendi apenas expressar a minha opinião extremamente negativa sobre o que os senhores Doutores disseram no referido programa.
Luis Neves
Mas ninguém notou que a comparação do eduquês com o nazismo foi ligeiramente exagerada? Quando se utilizam estas palavras assim teremos de inventar novas palavras quando o mal a sério chegar.
Só em Portugal, com a subserviência que nos caracteriza é que pode levantar-se uma discussão em torno do título a dar a uma pessoa...
Os grandes seres humanos não se medem pelos títulos que têm ou deixam de ter.
Saudosismo de Salazar?...esquecem-se os ditos saudosistas que a liberdade de agredir verbalmente, a liberdade de expor ideias e ideais contraditórios, a liberdade de se pronunciar e dar vazão às opiniões (por mais ridículas que estas possam ser), a liberdade de troçar dos gostos, a liberdade de se ter falta-de-chá, a liberdade de saber ser ouvido, enfim, podia continuar, mas iria sempre parar ao mesmo: LIBERDADE.
Hoje em dia é um direito conquistado e tido como adquirido, de tal forma, que nos damos ao luxo de ter saudades de Salazar...é fácil falar de barriga cheia, não é?...
Cara Vani: não é só em portugal que se levanta a discussão do título a dar a uma pessoa. O problema da forma de tratamento apropriado existe em todas (ou quase, não sei) as línguas. Até em sueco, sabia? Essa do "só em Portugal" foi chão que deu uvas e começa a enjoar.
Se me permitem, faço minhas, uma a uma, as palavras de Fartinho da Silva e de carlos Pires.
Que ridículo! O Guilherme é completamente ridículo. Só porque os pides não tratavam o pai por dr isso era uma: tentativa odiosa de humilhação ficou gravada a fogo na minha memória.
Isso é que é dar importância aos títulos. E dar-se ao trabalho de responder só porque não lhe chamam doutor mostra também a importância que dá a isso.
É muita lata que neste blogue depois venham com a conversa de que Portugal é um país de doutores e engenheiros. Pois é, como é que não tem que ser se as pessoas continuam a teimar em dar uma importância brutal aos títulos?
A mim ninguém me trata por doutor, é completamente proibido seja para quem for, é uma coisa que me arrepia, que me mete nojo, muito nojo. Também já tive instituições a mandar-me cartas com o título de doutor, sem eu pedir, mas fui lá reclamar para me tirarem aquela merda, que é o que é, uma grande merda.
"tentativa odiosa de humilhação"?!! Foda-se, para mim é um orgulho ser senhor como qualquer outra pessoa e não um janota pavão armado em que é alguma coisa só porque fez uns examezecos numa qualquer escola.
Portugal é um país de pomposos de merda. Em qualquer país civilizado as pessoas são conhecidas pelo short name, ninguém diz William Gates, mas Bill (ah, coitado, não é doutor, esse não podia ser ainda mais humilhado pela pide), ou Anthony Blair, mas sim Tony, etc, etc. Gostava de ver alguém tratar o Sócrates por Zé. Ui, o escândalo que ia ser! Não me venham cá com merdas (ah, estas palavras também são um escândalo, eu sei, mas é só em Portugal e como eu de momento estou no estrageiro...), Portugal tem que comer muita sopa, as mentalidades têm muuuuuito que evoluir.
Carlos, estás (como estou de momento no UK vai um tratamento por tu? Incomoda-te muito? Não gostas de gabar os países em que as pessoas se tratam por tu?) a falhar muito, este post era desnecessário e está muito fraquinho.
luis
A maior miopia intelectual é a de quem vê as coisas grandes muito pequenas e as coisas pequenas muito grandes. Trata-se de um problema de óculos culturais desajustados. E o Sr. Luís, que aparentemente vive por agora no Reino Unido, sofre desse problema. Com a desvantagem de que (e eu vivi vários anos no Reino Unido) nos países que refere, ninguém liga a pessoas como o Sr. Luís. Mesmo que queira ser tratado por tu. Por uma questão de pragmatismo.
Daniel de Sousa
Meu caro Dr. Guilherme Valente e prezado Amigo:
Enredado na redacção de um novo “post”, só agora tomei conhecimento do ataque de que foi vítima em ofensiva contestação para com os princípios e as ideias por si defendidas no “Plano Inclinado” do passado sábado.
Que dizer ? Transcrevo apenas, pela actualidade de que se reveste e aplicação para o momento, palavras de António Sérgio:
"Contestar a ideia de um certo homem ou defendida por um certo homem não é insultar esse mesmo homem: sabe-se isto no mundo inteiro e só se desconhece neste país. E porquê? Porque muitos dos que escrevem, berram, ou declamam na nossa terra, andam a fingir de pessoas cultas: nunca se elevaram verdadeiramente à autêntica vida do pensamento, e ficaram no nível do fanatismo e dos simples interesses e relações pessoais" ( Prefácio a "O Seiscentismo”, pp. 11-13, Lisboa, 1926).
Ola. Que tristeza essa mania da doutorite. Que imbecilidade, que provincianismo, que falta de cultura e de elevação.
Sorbonagros, é o que merecem que se lhes chame.
Para quem entender francês, fica aqui a magnifica réplica de um enorme advogado do século XX (Moro-Giafferi) a um bastonario que o repreendia por não o tratar com o devido respeito (queixando-se de não ter sido tratado por "Exmos Sr Bastonario"). Resposta imediata de Moro Giafferi :
"Mais Monsieur, pour moi, vous êtes beaucoup plus que le Bâtonnier de l'Ordre des Avocats. Vous êtes mon égal !".
Na realidade, deve ser porque as mentalidades já evoluiram muito na Madeira que o (Sr) Alberto João tratou um certo político por Sr. Silva...
E talvez por o UK ser um país assim tão informal, progressita e tudo, é que mantém o título de "Sir"...
Há doutores infelizes nos exemplos que escolhem, talvez porque, como doutores, não sejam exemplos para ninguém...
Dervich
Por que é que não publicam os comentários que, apesar de não serem ofensivos, vos desagradam? Ou levantam questões de difícil resposta?
O Luís Neves tem carradas de razão. Trata-se de tentar provar algo com argumentos e não de chamar nomes feios. Chamar (ou insinuar) nazis ao pessoal do eduquês é fácil. Mesmo só a comparação é obscena. Mostrar que eles estão errados é um bocadinho mais difícil. Digo um bocadinho porque não me parece complicado mostrar que as posições deles são insustentáveis. A maneira de argumentar de Guilherme Valente aproveita ao eduquês (se calhar o objectivo dele é mesmo defender o eduquês, apresentando-se com a capa contrária. Há tipos maquiavélicos. Podem não acreditar mas que os há, há).
Anónimo de 6 de Maio às 23:33: e a comparação do que disse o Luís com a Pide?
Mais, como a Pide não utilizava os títulos académicos, agora estamos condenados a utilizá-los toda a vida. Bolas, a pide ainda manda trinta e tal anos depois de ser extinta.
Caro Luís Neves:
"1º Compara o trabalho de dezenas de milhares de Professores e Educadores na formação dos nossos jovens às ideias Nazis."
Isto é mentira - o que diz aplica-se, com devida ironia (espero que perceba o que é ironia...) a um certo grupo ligado a Boston e ao ISCTE - que deu cabo da Educação e Ensino em Portugal. Eu, como professor, adoro ouvir o Nuno Crato ou Guilherme Valente dizem estas coisas, porque as sinto na pela na minha Escola...
"2º Apelida quem acredita nas ciências da educação e as aplica nas suas Escolas como complemento e ferramenta de Ensino, foram apelidados como Idiotas úteis"
Aqui não concordo - devia era chamar-lhes idiotas inúteis...
PS - o Guilherme Valente tem feito, em termos de divulgação científica, algo de maravilhoso em Portugal. A Gradiva é um daqueles milagres inexplicáveis (como a Fundação Calouste Gulbenkian nos anos 50, mas a maior escala...) que aconteceram no nosso país. E esquecer isto, como os eduqueses querem porque o Guilherme ou o Nuno Crato os chateiam, é terrível para o país porque perpetua vários erros no ensino em Portugal.
PS - aconselho a quem não percebe o que o Eduquês a lerem as provas de aferição de 6º Ano de Português e Matemática deste ano...
VOLTAR AO PARAÍSO
Talvez um dia o homem descontente
com a vida da Terra poluída
a troque por um sítio diferente
onde reconstruir a sua vida.
Mais próximo de Deus seguramente
e sob a sua paternal guarida,
em Marte, onde é propício o ambiente,
terá nova existência garantida.
Sem precisar de leis, em anarquia,
em liberdade física e mental,
outro será... seu meio social:
nada de "excelentíssimo senhor"
nem presidente seja do que for
ainda que tão-só de freguesia!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Ó Daniel, eu nem por senhor gosto que me tratem, estás à vontade, manda lá um tu. Mas manda argumentos que valham alguma coisa e não apenas dizer que eu sou míope e que tu é que vês bem. Mas eu pedi a alguém para me ligar alguma coisa? Muito menos a ti!
Dervich, tu cá para mim gostas das pompas, nota-se logo. Olha, os gajos têm os títulos de sir, e até tem os títulos de doutor, como sabes, e como têm outros, general, etc. Mas isso são para coisas muito formais, se te dedicares a ver algumas entrevistas vais ver sir's e lords a serem tratados pelo nome, sem os títulos.
Como eu sou um gajo porreiro vou pôr-te aqui um vídeo que exemplifica isso, a ver se aprendes alguma coisa. É um vídeo que tem apenas umas semanas e em que ouves o jornalista a chamar ao primeiro ministro Gordon Brown pelo nome: Gordon. Nem Mister nem Prime Minister nem nada. E os outros é o mesmo: David e Nick, nada de mister. Mais uma coisa que vais achar ridícula porque acho que é muito fácil adivinhar o que pensas, para mim és muito claro, és como a água: o Jardim não é tão burro como tu pensas (gajos como tu acham que ele é um bronco, eu sei), mas não sei se sabes o gajo é muito amigo do Sr. Silva, e imagino que em privado nem isso lhe chama. Nem digo mais nada porque acho que não vale a pena, não adianta.
Aqui vai o videozinho, a ver se aprendes alguma coisa:
http://www.youtube.com/watch?v=tPlmnO9mRl8
luis
Sobre as caralhadas, basta ir a qualquer jornal de qualidade espanhol e apanhar o primeiro artigo à mão para encontrar logo uma caralhada:
"No me jodas, tío"
Ali no El Mundo:
http://www.elmundo.es/elmundodeporte/2010/05/06/motor/1273155100.html
Fucking na BBC?
Isso é banal, quantos quereis?
Aqui vai um com o prestigiado Jonatham Ross: I'd fuck you
http://www.youtube.com/watch?v=8ffgMqS-4bM
Parece-me que ainda temos que comer muita sopa para nos deixarmos de merdas e aparências, é só mesmo imagem. Felizmente como eu sou um gajo do norte profundo nunca fui influenciado pela fraca etiqueta artificial lesvoeta.
luis
Pois eu ká sô a favor das etiquetas. É muito bonito ouvir falar bem. Ser delicado, eu gosto.
"os gajos têm os títulos de sir, e até tem os títulos de doutor, como sabes, e como têm outros, general, etc. Mas isso são para coisas muito formais"
Sim, estou a ver, os tipos da PIDE, como não eram nada formais e até eram velhos conhecidos da família, entravam pela casa dentro do Dr Valente e diziam-lhe:
- "Sr. Valente, ande ali connosco ao café beber umas minis....ah!ah!ah! távamos no gozo, afinal é para o sr. valente nos acompanhar à prisão, somos tão divertidos..."
Luís, você tinha-se safo desta argumentando simplesmente que talvez os agentes Pide não soubessem (nem fossem obrigados a saber) o grau académico de quem iam deter, tinha sido bem mais fácil, não?
O filmezinho pode ser muito interessante mas não mostra de que forma, no início, o jornalista apresentou ao público os participantes no debate, aí deve ter usado algo mais que os respectivos nomes, nem que fosse um simples "Mr".
No debate em si, é natural cair esse formalismo:
Os candidatos apresentam-se em iguais circunstâncias entre si (Gordon não está ali como "prime minister" mas como candidato) e o jornalista tornar-se-ia demasiado repetitivo (além de que, muito provavelmente, é ele próprio, também licenciado).
Mas isso também se passa cá, Judite de Sousa, M. Sousa Tavares ou Mário Crespo também invectivam os seus convidados nas suas entrevistas apenas pelo seu nome (quando são personagens que não estão a exercer funções de soberania). Se calhar já não estamos assim tão "mal", certo?
E eu sei muito bem que o Alberto João não é nada burro...
o único problema dos espertos (e sonsos) é que pensam que convencendo os outros de que eles são burros, então isso bastará para que tudo lhes seja permitido/desculpado/perdoado, etc
Mas não, felizmente ainda há, e haverá sempre, quem se indigne com a exibição ostensiva da mediocridade...
Dervich
Quem é que falou em pide??? Só te estava a explicar que os títulos não se usam sempre, mais nada, já nem me lembrava da pide. Portugal é um país muito parolo, escusas de estar com coisas, basta ires ali a Espanha e vês todas as pessoas a tratarem-se por tu, não são como tu, que se nota que és um gajo que adora etiquetas e merdices que não valem nada, estás sempre a tratar-me por você, porra, detesto isso.
Olha lá como estás sempre a meter os pés pelas mãos:
(Gordon não está ali como "prime minister" mas como candidato) e o jornalista tornar-se-ia demasiado repetitivo (além de que, muito provavelmente, é ele próprio, também licenciado).
Que é que tem a ver se o jornalista é licenciado ou não?! O jornalista, no máximo, chama-lhes mister, mas tu dizes que por ele ser licenciado já lhe pode chamar pelo nome, e isto só mostra como és mau, fazes a diferença entre as pessoas pelos títulos que têm. Não sejas ridículo, estás ultrapassadíssimo, algumas das pessoas mais inteligentes e importantes do mundo nunca tiraram um curso, pessoas das mais diversas áreas, e eu posso dar-te uma lista que nunca mais acaba, começando em Picasso ou Dali, John Major, Lula da Silva, etc, etc. Não passas de um racista social e dos fracos. Fica lá com a alegria do seres um doutorzinho se isso te consola assim tanto. Isso de puxar do título diante de uma pessoa que não tem título é uma desgraça, é dum pedantismo parolo e mais que ultrapassado, é falta de educação e respeito pelos outros, é opressor, é inútil e escusado, serve apenas a meia-dúzia de pavões que gostam se pôr acima dos outros, de ter que estar sempre por cima, nem que seja à força.
luis
Concordo com o anónimo das 23:45. Gosto de ser delicada e afável e costumo tratar os generais por "senhor general" salvo se forem razoavelmente íntimos. Iso é um problema? Pois não sabia. A mim desagrada-me é ouvir no futebol chamarem o árbitro de "senhor filho da puta". É uma questão de estética. Dizer "Ó senhor almirante" parece-me mais bonito do que dizer "Ó senhor barda merda". Mas cada um tem os seus gostos.
Que raio de conversa... mais sem jeito! Que mal existe em tratar um presidente de junta de freguesia por "Senhor Presidente"?!... JCN
Quando vou à mecearia trato o homem por senhor Zé (às vezes abrevio para seu Zé). Vou passar a ser mais informal e vou tratá-lo por "seu cara de caraças". Parece que é assim no estrangeiro e nós devemos imitar os estrangeiros. Assim os adeptos da informalidade, isto é, os gajos da descontracção, vão gostar mais de mim.
Esta conversa de anónimo para anónimo começa a ser um exercício de surrealismo para quem a tenta seguir...
Enviar um comentário