quinta-feira, 12 de novembro de 2009

RECEPÇÃO DO WERTHER DE GOETHE


Informação recebida fa Faculdade de Letras da Universidade do Porto:

O Director do Departamento de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a Coordenadora Científica do Centro de Investigação Estudos Germanísticos (CIEG), a Directora da Colecção Minerva / CIEG e as Edições MinervaCoimbra convidam para o lançamento do livro

A Recepção Portuguesa de Die Leiden des jungen Werthers
(de 1784 até Finais do Primeiro Romantismo)

de Maria Antónia Gaspar Teixeira

A apresentação será feita pela Prof.ª Doutora Zulmira Coelho dos Santos (Faculdade de Letras da Universidade do Porto).

A sessão realiza-se no dia 16 de Novembro de 2009, pelas 18h00, na Biblioteca do Departamento de Estudos Germanísticos da FLUP (Via Panorâmica Torre A, Piso 1), Porto.

Um dos romances internacionalmente mais conhecidos, Die Leiden des jungen Werthers, de Goethe, obteve – tanto nos países de língua alemã como em grande parte do espaço europeu – um intenso e controverso acolhimento logo após ter sido lançada a primeira versão (1774). Em Portugal, a recepção dessa obra não foi tão tardia e escassa como se supunha. Para além de se detectarem desde muito cedo sinais inequívocos de interesse por parte dos leitores, existe na Torre do Tombo o manuscrito de uma primeira tradução do romance, proibida pela censura em 1799. É essa tradução que se analisa no presente estudo, juntamente com outra já conhecida, de 1821, bem como diversos testemunhos de recepção até finais do Primeiro Romantismo.

A Autora:
Maria Antónia Gaspar Teixeira é professora auxiliar da Universidade do Porto e foi, entre 1994 e Março de 2007, investigadora do Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos. Licenciada em Filologia Germânica na Universidade de Coimbra, obteve na mesma Universidade o grau de Mestre em Literatura Alemã e Comparada, em 1992, com um estudo sobre a recepção portuguesa do drama Mutter Courage und ihre Kinder, que integra o primeiro número desta colecção. Com a dissertação publicada no presente volume doutorou-se na Universidade do Porto, em 2007.

Este é o n.º 16 da Colecção Minerva-CIEG dirigida por Maria Manuela Gouveia Delille.

1 comentário:

rt disse...

"Quando o médico chegou junto do desventurado Werther, achou-o caído no chão, sem salvação possível. O pulso ainda batia, mas o corpo estava já paralisado; a bala entrando-lhe na cabeça por cima do olho direito, fizera-lhe saltar os miolos. Não obstante sangraram-no num braço; o sangue correu! Werther ainda respirava."

É um romance interessante em muitos aspectos: a natureza epistolar, o romantismo afectado (aqueles pontos exclamação, aquelas lágrimas por dá cá esta palha, a afectação com as coisas belas...), os suicídios que desencadeou, o convencionalismo, etc.

Nesta passagem é particularmente curioso (em termos sociológicos e da história da medicina) o pormenor (que seria dispensável em termos narrativos) da sangria.

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