segunda-feira, 9 de novembro de 2009

INVESTIGAÇÃO E CIÊNCIA


A palavra “investigar” remonta ao século XV. A investigação científica moderna teve convencionalmente o seu início na Europa com a chamada Revolução Científica, no início do século XVII. A investigação é o “braço armado” da ciência, uma vez que é graças a ela que a ciência progride. A etimologia ajuda a compreender o seu significado: a palavra "investigação" vem do latim “in” + “vestigium”, que quer dizer seguir o rasto, ir atrás de pegadas. Se se for a um dicionário moderno encontra-se que “investigar é realizar uma “pesquisa crítica e sistemática, com base por exemplo na experimentação, que se destina a rever conclusões aceites à luz de factos novos”.

Os cientistas avançam pois indo atrás de marcas reveladoras, um pouco como Sherlock Holmes, o personagem de Conan Doyle que, a partir de indícios, conseguia descobrir toda uma história. A procura científica tem de ser “crítica” (há que ter cuidado com pistas falsas) e “sistemática” (tem de se perseguir todas as pistas acessíveis). Para a investigação ser produtiva tem de se examinar algo que não se conhecia, os tais “factos novos” que permitem rever “conclusões aceites”.

O processo de investigação científica é persistente. As conclusões só são verdadeiras provisoriamente, dando lugar a outras, que, em geral, são compatíveis com as anteriores. As novas investigações permitem rever as conclusões antes obtidas, alcançando a novas conclusões que, de algum modo, devem abarcar as antigas ou, pelo menos, o essencial delas: a ciência é cumulativa. Pode pois dizer-se que a investigação consiste em ir na peugada não tanto da verdade, só idealmente alcançável, quer dizer, inalcançável, mas na procura da inconsistência, do erro, da mentira.

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A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...