sábado, 3 de outubro de 2009
ONDE ESTÁ MALTHUS?
Como já é habitual destacamos aqui um dos controversos pontos levantados na sua coluna das sextas-feiras WHAT’S NEW pelo físico norte-americano Robert L. Park:
POPULATION: WHERE IS MALTHUS WHEN WE NEED HIM?
"Even as Nature featured the problem of "planetary boundaries”, a special issue of New Scientist asked, why isn't population control a key priority. Paul and Anne Ehrlich clearly thought it should be. They note, as Malthus did 200 years earlier, that we have a choice between a falling birth rate and a rising death rate. Jesse Ausubel, however, argued that technology will save us. Where has he been? We already have the technology to save us; the pill has no side effects, is 100% effective, and is cheap as aspirin. Reiner Klingholz worried that problems in Europe will grow as the European population shrinks. It's been shrinking for years, and the last time I checked Europe was doing great. Fred Pearce blamed overconsumption. The poor half of the world’s population, he says, is responsible for just 7% of the world's emissions. Perhaps he's suggesting that we should make sure they remain poor lest they exacerbate warming."
Robert Park
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10 comentários:
Uma pequena indicação: uma caixa de contraceptivo oral custa por mês 3 vezes mais que uma caixa de aspirinas. Os contraceptios orais apresentam bastantes efeitos secundários.
O controlo de natalidade enriquece a pool de genes com os genes daqueles que, por algum motivo (real ou imaginário), não a querem ou não a podem fazer.
O que a médio prazo (10 gerações?) a torna inútil.
A natalidade da "velha" europa em breve vai começar a recuperar, para muitos inesperadamente, (salvo cataclismo).
Malthus ri no fim.
José Simões
O controlo da natalidade é uma questão cada vez mais actual. Os recursos naturais vão-se esgotando a pouco e pouco. Mas como passar a mensagem para a população? Os países querem ter mais população para aumentar o peso político nas instituições internacionais, e há incentivos à procriação. Por isso, devem instituir-se politicas a nível mundial.
O Francisco tem toda a razão. Falta saber é como é que se deve fazer ou gerir essas taxas de natalidade crescentes, no sentido inequívoco da sua redução, sem o que os recursos do planeta entrarão em colapso e consequentemente todos os restantes sistemas montados por nós neste 3º calhau a contar do Sol – social, económico, político, prosperidade et all.
- Ou nos tornamos dramaticamente mais eficientes na exploração dos recursos do planeta, substituindo paulatinamente as actuais tecnologias e as suas bases materiais primárias – petróleo, carvão, terras aráveis, água-doce, Peixes do Mar, por outras menos consumidoras de recursos ou de recursos passíveis de reposição economicamente viável.
Desenvolvemos economicamente e socialmente a Ásia (incluindo a China e a Índia), África e América Central e do sul e esperamos pacientemente a diminuição das taxas de natalidade concomitantes com o crescimento da qualidade de vida e o aumento da esperança de vida resultantes do desenvolvimento das instituições sociais decorrentes dos 2 desenvolvimentos anteriores? O que parece ser uma estratégia eticamente aceitável e com resultados comprováveis entre 2030/20050, mas que deixa dúvidas quanto à capacidade de os actuais recursos disponíveis e sistemas humanos que dependem dele, poderem durar tanto.
- Ou aceitamos sem hipocrisia a “Nova Direcção Mundial” que intervém mais determinantemente, mas sem contar a ninguém o que está a fazer. Vemos por aí uns resquícios. Umas guerras e terrorismo cirúrgicos e umas crises e “pandemias” (repare-se na riqueza lexical demonstrada pelo abandono das vulgares epidemias) nascidas no BM e na ONU. Já que estes não conseguem explicar claramente porque só conseguem fazer chegar aos locais em que são necessários os apoios, menos de 80% dos recursos que gerem para o efeito.
O controlo da natalidade e as suas consequências são um pau de dois bicos. Se, por um lado, coduzirá a um menor crescimento da população, com as consequências naturais que daí advêm (recursos naturais, alimentares,...), por outro lado, conduz a um envelhecimento da população, pelo aumento da esperança de vida, em parte devido à melhoria de condições sanitárias, alimentares, assistenciais, médicas. Uma população envelhecida traz consequências graves a uma sociedade: reformas tardias, maior assistência social, elevado nº de dependentes,... no fundo, para garantir a continuidade desta sociedade, haverá cada vez menos a trabalhar/sustentar mais, "ficando" com menos no bolso. No fundo, uma maior carga de impostso sobre a força laboral...estará a sociedade preparada para esta situação? Estarão, os que trabalham, dispostos a "sustentar" muitos, abdicando de muito que poderiam usufruir?
João Moreira
Básicamente João Mareira, como a grande maioria dos economistas aprovará, diz o seguinte: como a organização económica actual só se aguenta num mundo em crescimento, há que adiar uma solução, mesmo que o problema potencial aumente, e quando batermos com a cabeça nos limites de crescimento, de pessoas e bens, a toda a velocidade, os politicos deverão fazer a mesma cara de espantados, como quando apareceu a crise económica, dum dia para o outro.
Mas por agora, fiquemos com a próxima crise de energia, já com restrições, não monetárias, ao consumo, talvez em 2012.
Provavelmente, considerando as diversas perspectivas e contexto histórico, teremos de repensar ou criar um novo sistema, uma nova organização social e produtiva de forma a fazer crescer a "humanidade", a preservar os "constructos" que a evolução histórica nos proporcionou e os ensinamentos que daí advêem.
Ao comentador Oscar:
A solução que apresenta é simplista: enquanto a situação não for impeditiva do modelo em que se sustenta, mesmo agravando-se, aguenta-se até "estourar". Os que vierem a seguir que se arranjem...
João Moreira
Ao comentador F.Curia:
Sim, este modelo de sociedade está esgotado. Adaptou-se ao século XX. Para o século XX outros desafios se colocam.
João Moreira
Em relação ao comentário das 18:53, onde está "Para o século XX (...)", leia-se Para o século XXI (...).
João Moreira
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