O Prémio Nobel da Medicina deste ano foi para o entendimento de que os cromossomas quando se duplicam têm tendência para encolher, mais ou menos como a roupa delicada na máquina de lavar. Isto porque os telómeros (umas sequências repetitivas de ADN) vão ficando mais curtos em cada ciclo de duplicação celular (lavagem), ficando uma espécie de borbotos no final dos cromossomas. A solução é usar um amaciador (a enzima telomerase) que prolonga a vida dos tecidos (cromossomas). Os telómeros e a telomerase estão envolvidos no processo de envelhecimento das células, mas, como há muitos mais factores, só quando estivermos com os pés para a cova a pedir a eutanásia é que será finalmente possível parar o envelhecimento.
David Marçal, no Inimigo Público
Na imagem: representação conceptual do modo como a enzima telomerase repara as "pontas" do ADN (a verde), usando um molde de ARN(a amarelo) para "reconstruir" a parte do ADN encurtada durante a duplicação.
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