sexta-feira, 16 de outubro de 2009
SÍMBOLOS PERDIDOS EM LISBOA?
Minha crónica no "Sol" de hoje:
O recente romance O Símbolo Perdido, do escritor norte-americano Dan Brown é, tal como os seus antecessores Anjos e Demónios e O Código Da Vinci, evidentemente, uma obra de ficção. Desta vez a instituição visada no enredo não é a Igreja Católica, mas a Maçonaria, a associação fundada em Londres em 1717 e que se desenvolveu ao longo do século das luzes. Brown localiza a sua acção na capital norte-americana, Washington D.C., uma cidade fundada precisamente nesse século. Com efeito, foi em 1791 que o presidente George Washington, provavelmente um maçon, encarregou o arquitecto francês Pierre Charles L'Enfant, que não era maçon, de desenhar o projecto da nova cidade, o que este fez, embora pouco depois viesse a abandonar a obra, incompatibilizado com os mandantes. Brown, no seu livro, vê mistérios na arquitectura da cidade que alberga a Casa Branca e o Capitólio. Embora seja possível encontrar alguns elementos maçónicos na urbe, como de resto em muitas outras, é pouco crível que o traço de Washington contenha mensagens secretas, como é dito ou insinuado no “best-seller” instantâneo.
Em Lisboa também não são difíceis de encontrar “símbolos perdidos”, isto é, sinais, maiores ou menores, com significado maçónico. Tal resulta do facto de, no século XVIII, terem começado a surgir na capital portuguesa lojas maçónicas ligadas a Inglaterra. O Marquês de Pombal, que alguns dizem ter sido iniciado em Londres, tolerou a maçonaria O nosso Iluminismo foi aliás protagonizado por algumas figuras maçónicas como, por exemplo, só para referir cientistas, o Abade Correia da Serra, Ribeiro Sanches, Domingos Vandelli e Avelar Brotero. Um dos arquitectos da reconstrução de Lisboa após o terramoto, o húngaro Carlos Mardel, era também maçon. A primeira loja mesmo portuguesa, o Grande Oriente Lusitano, só foi criada em 1802, sendo seu primeiro grão-mestre um neto do Marquês. Mas, para desgosto de algumas mentes mais fantasiosas, é muito pouco crível, tal como no caso de Washington, que Lisboa esconda segredos cósmicos...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
AS FÉRIAS ESCOLARES DOS ALUNOS SERÃO PARA... APRENDER IA!
Quando, em Agosto deste ano, o actual Ministério da Educação anunciou que ia avaliar o impacto dos manuais digitais suspendendo, entretanto,...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à in...
2 comentários:
Post interessante.Acho sempre o que Dan Brown escreve fascinante,apesar de polémico,acho que incita sempre a nossa curiosidade e despoleta interesses pela História da Igreja Católica,da Maçonaria etc.Aprendemos que há em Lisboa,muitos simbólos disso.Parabéns.
Cumprimentos
Lena
www.aldeiadaminhavida.blogspot.com
www.clubedasmulheresbeiras.blogspot.com
Saudações.
Simbologia não falta, basta Olhar...
Pedro Afonso
Enviar um comentário