domingo, 2 de março de 2008

Limites da Ciência

Luís Alcácer disponibiliza na sua página um ficheiro PowerPoint com os acetatos da sua lição de jubilação e um resumo da mesma em formato pdf. Um pequeno excerto para os nossos leitores:

«A vida é o caso de emergência mais extremo!

Uma simulação (computacional) interessante de como um sistema biológico governado por regras simples pode evoluir, foi realizada por Daniel E. Nilsson e Suzanne Pelger, usando apenas duas regras de selecção.

Começando com um olho primitivo plano formado por três camadas, semelhante a organismos multicelulares simples, o programa aplica uma variação de mais ou menos 1% na curvatura da abertura. Por adaptações sucessivas, seleccionando as que melhoravam a acuidade visual, em cerca de 1000 passos formou-se uma pequena abertura no olho plano e adquiriu uma certa curvatura. Quando o programa fez variar o indice de refracção da camada superior transparente, seleccionando as adaptações com maior sucesso, formou-se uma lente, e um olho quase ideal emergiu. Usam-se as regras de selecção e deixa-se correr o programa.»

2 comentários:

Lennine disse...

Por falar em simulações evolutivas há os biomorfos de Dawkins. Hoje há várias dezenas de exemplos; quem se interessar pode começar por aqui: http://www.google.com/search?hl=en&q=
biomorphs+dawkins&btnG=Google+Search
(link quebrado).

Abs
Alex.

perspectiva disse...

As simulações evolutivas (que supõem sempre um programa e um programador) não reproduzem eventos ocorridos no mundo real, nas células, nos eco-sistemas e no Universo.

Um olho não existe num vácuo, antes pressupõe todo um ser vivo totalmente integrado, vivendo num eco-sistema adequado e num planeta inserido num sistema solar que tenha condições favoráveis à vida.

No mundo real o DNA não pode subsistir sem um sistema de reparação previamente codificado em DNA.

No mundo real, a presença de oxigénio pode destruir a vida primordial, ao passo que a sua ausência impede a formação da camada de ozono, deixandoa vida vulnerável às radiações cósmicas.


Tentar provar a evolução no mundo virtual com base em simulações informáticas (em muitos casos a partir da pré-programação do resultado final pretendido) só revela a credulidade das pessoas e é uma confissão tácita da impossíbilidade de provar a evolução no mundo real.

Simulações computacionais de selecção cumulativa, algorítmos genéticos e outros modelos evolutivos imaginários para a origem do código genético acabam por falhar sempre, na medida em que ignoram a natureza imaterial e inteligente da informação.

A vida depende de um circuito informacional fechado, em que o DNA é sintetizado por um processo controlado por enzimas (replicação), o RNA é sintetizado por um processo controlado por DNA (transcrição) e as proteínas e enzimas são sintetizadas com base num processo regulado por RNA (tradução).

Para funcionar, o sistema tem que estar perfeito e completo de uma só vez, não podendo originar através de um sistema de selecção contínua.

Isso é inteiramente consistente com a doutrina bíblica da criação instantânea por um Deus imaterial, omnipotente e omnisciente.

A vida, na sua complexidade irredutível, requer uma fonte inteligente de informação. Não existe informação codificada sem uma origem inteligente.

Simulações computacionais e algorítmos genéticos, programadas para a optimização de processos dinâmicos (v.g. caixeiro viajante), não passam de métodos de cálculo numérico, totalmente alheios aos processos celulares e incapazes de explicar a origem da informação genética.

Esses métodos apoiam-se, em geral, na pré-determinação de informação, e não na criação de informação codificada inovadora.

O DNA tem um elemento imaterial (informação, código) e um elemento material (molécula do DNA), realidade inteiramente consistente com a revelação bíblica de que o mundo material foi criado por um Deus espiritual.

Só por si, o DNA refuta uma visão epicurista, naturalista e evolucionista da vida.

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