terça-feira, 4 de março de 2008

Ainda as linhas de alta tensão


Continua a causar controvérsia a questão das radiações emitidas por linhas de alta tensão e a sua eventual influência nos seres humanos. Para saber mais sobre linhas de alta tensão e saúde pública, pode ver-se aqui interessante relatório do Engº José Luís Pinto de Sá, do Instituto Superior Técnico.

9 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Também recebi essa informação.
No entanto, os 2 primeiros links não funcionam.

Anónimo disse...

Funcionam!
O que acontece é que infelizmente algumas das nossas Universidades não actualizam os seus certificados e depois algumas versões do Windows desconfiam deles!
Mas neste caso podem instalar à vontade o certificado que o Windows vos questiona; é do IST!

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

Acredito não haver mal para a saude mas o valor das casas baixa consideravelmente quando por cima passam estes cabos horriveis. Esteticamente são do pior mas como são casas dos pobrezinhos (nunca vi uma linha de muito alta tensão a passar por casas de classe A) esse critério nem se põe. Para bem do País (e dos accionistas da REN - eu incluido) ficas com o valor da tua casa partido ao meio. Aguenta-te.
No meu caso, comprei um terreno (urbano) com uma vista deslumbrante e agora tenho um mono (média tensão) a passar mesmo em frente e a vista passou ser para os cabos e fios. Mas claro, isso não importa nada no País do Portugal pequenino. Afinal não faz mal à saude e o ambiente é coisa de meninos. Mais um bocado do País "destruido". Que bom o progresso à Tuga. Se não faz mal à saúde então enterrem os cabos nas zonas urbanas (os campos estão lá na mesma). Eu não tenho de pagar (desvalorização de investimento desc. acima) por todos os utentes da REN e EDP. Que paguem todos. É por isso que em quase todos os países Europeus as linhas estão a ser enterradas. Não tem nada a ver com a saúde. Tem a ver com justiça. Mas claro que em Portugal a justiça... não é para todos.

Depois (apesar de creditar que a saúde não sofre - pelo menos a dos adultos) faz-me confusão ver isto:

Aqui


Se os iões das lampadas sofrem tal campo que acendem deste modo... gostava de ver os autores desses estudos a criarem um bébé seu 24 horas por dia exposto à intensidade destes campos. Onde posso ver um estudo estatístico que mostre preto no branco que bébés que sofrem este tipo de intensidade de campos electromagnéticos durante anos a fio, 24 horas por dia têm saúde estatisticamente igual aos que não são submetidos a tais campos? Não conheço. Submeter uma criança a um (dois, três, quatro...) exames de R.M. não é igual a anos a fio, 24 por dia, a sofrer exposição a campos fortíssmos como estes.

Para que não me chamem ignorante que não sabe o que são campos electromagnéticos acrescento que sou engenheiro de electrónica e telecomunicações. E acredito não haver implicações de maior (ou menor) mas volto a repetir que nunca li estudo que mostre que 1000 bébés durante 5, 6 anos a vive 24 horas dia submetidos a estas condições são saudáveis como os outros. E enquanto não vir isso...

Anónimo disse...

Caro Hugo,
Não se podem prender 1000 bébés numa casa 24 horas por dia durante 6 anos seja para que experiência médica for! Só o Dr. Mengele se lembraria de tal experiência...!
Mas há quem viva imensos anos exposto a campos magnéticos permanentes fortíssimos: os condutores dos comboios eléctricos e do metro!...
Quanto à questão da desvalorização dos terrenos e da inestética das linhas, isso é outra questão completamente diferente da da saúde. Pessoalmente, acho que as "eléctricas" devia compensar muito melhor, mas o problema é que ainda nos regemos por uma lei do tempo do Salazar nessa matéria.

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

Caro Pinto de Sá,
eu não estava a recomendar pegar em 1000 bébés e colocá-los em casas debaixo das linhas de muito alta tensão!

Mas certamente por esse mundo fora existem alguns milhares de familias nessas condições (não 24h/dia mas muitas h/dia). Apesar de os haver aos milhares a viver assim ainda não consegui encontrar info nenhuma com base neste quatidiano ao longo dos anos. Sei que não é do interesse dos fornecedores destes serviços fazê-lo (eu quero é que a REN ganhe muito dinheiro para o investimento das minhas acções compensarem a desvalorização do meu terreno - mais de 50 mil euros deitados fora de um dia para o outro) mas com inúmeros organismos da ONU, com milhares de pessoas a estudar o tema não percebo como ainda não foi feito.

Sabendo que no corpo humano inúmeras interacções electricas são parte fundamental do seu funcionamento e desenvolvimento (e atrevo-me a incluir aqui as quimicas também já que podem sofrer influência de campos electromagnéticos desta magnitude - é sempre importante realçar a magnitude destes campos já que não existe, nem nunca existiu, nada parecido na natureza - a trovoada não vale, passa em algumas horas) parece-me que um estudo destes é fundamental. Como sabe muito bem estamos a falar de intensidades de campo electromagnetico de tal forma elevadas que a evolução nunca teve de lidar com eles.

Que influência terão no desenvolvimento de um bébé desde o seu nascimento até à puberdade? Eu adorava saber que nenhuma mas ainda ninguém me convenceu e sou engenheiro da área... quanto mais, por exemplo, o meu pai que não faz idéia de como é que raio a rádio e a tv chegam a sua casa.

Mas vou estar atento já que 50 mil euros já foram pelo cano por causa dos cabozitos tão bonitos que eles estão ali em frente e não é de todo do meu interesse que volte a perder valor do investimento desta vez nas acções da REN.

Por favor divulguem um estudo desses que diga de uma vez que NÃO EXISTE qualquer razão para preocupações com a saúde/campos electromagneticos de linhas de 400KV mesmo que se viva na sua influência desde a nascença até...


Cumpts

Anónimo disse...

Caro Hugo,
com todo o respeito, noto-lhe que talvez não seja correcto afirmar que a evolução nunca teve de lidar com campos tão elevados como os criados pelas linhas de energia.
Não sei se sabe que o campo geomagnético terrestre vale, em Portugal, 45 microtesla, e que debaixo das maiores linhas de energia nunca há mais que 25 microtesla... Aliás, já reparou que o campo geomagnético é tão potente que é capaz de fazer rodar uma agulha magnetizada?
Quanto aos campos eléctricos a mesma coisa. Em alturas de pré-borrasca, o campo chega a atingir 3 kV/m, o que só conseguirá sentir, debaixo de uma linha de Muito Alta Tensão, se se subir a um escadote...
Cordiais cumprimentos,
Pinto de Sá

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

Caro Pinto de Sá,

obrigado pela informação.

Eu estou zangado mesmo é por ter perdido 50 mil Euros (diferença de valor entre o que o mercado estava disposto a pagar antes e depois das linhas de MÉDIA tensão serem instaladas em frente ao "paraíso".

Reconheço que em termos de perigo para a saúde nunca consegui qualquer informação que me convença que existe perigo real.

Cumprimentos
Hugo

Anónimo disse...

Obrigado, mil vezes obrigado por este artigo e pelos links. Talvez com eles se consiga fazer alguma luz na rês pública...

Já agora: penso que uma das principais razões para este assunto ser tão polémico é, afinal, fruto do facto de se usar o termo «radiação» tanto para os campos electromagnéticos como para a desintegração atómica. No entanto, são coisas muito diferentes. Para quem saiba, claro.

cm

Unknown disse...

Caro Dr. Pinto de Sá

Agradecia que me esclarecesse alguma dúvidas, pois actualmente estou em fase de negociação para aquisição de uma moradia, que na sua proximidade (aproximadamente 6 m da moradia)existe um poste de média tensão (segundo informações do pessoal da EDP de 15.000 v), com 20 m de altura. A minha dúvida é se a proximidade deste poste poderá ter consequências com a saude do meu filho (tem 3 anos de idade).
Agradecia a sua colaboração.

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