Algumas reacções, transmitidas pessoalmente, aos posts anteriores sobre homeopatia fizeram-me perceber que a esmagadora maioria das pessoas, que já tinha ouvido falar desta banha da cobra e algumas já a tinham usado ou conheciam quem usasse, não fazia a mínima ideia no que assentava, nomeadamente nunca tinha ouvido falar na dita «dinamização» dos princípios vitais. Para além disso, confundiam homeopatia com terapias herbais e ninguém sabia o que significavam as tais sinalefas que indicam a diluição.
Uma delas fez-me saber em termos muitos vivos que não acreditava ser verdade que os homeopatas pretendem que «O poder curativo provém do poder cósmico transferido para o remédio através do ritual da potencialidade», ritual esse que basicamente consiste em «extrair» a «energia curativa imaterial» através de sacudidelas na vertical, 100 destas sacudidelas, para ser rigorosa, as tais que são pomposamente denominadas «sucussões». Por outro lado, uma vez que não fazia a mínima ideia o que significavam as tais sinalefas, interpelou-me sobre a minha afirmação de que os «medicamentos» homeopatetas, na maioria das diluições prescritas, não têm uma única molécula dos «princípios vitais» que são supostos conter e se eu o tinha confirmado de alguma forma.
Na realidade, basta entrar no portal da Sociedade Homeopática portuguesa para o confirmar, isto é, podemos ler, entre inanidades como a diluição infinitesimal agir como um catalisador por processos de biorressonância (o que disparate quer que isto seja):
A partir da 12ª diluição centesimal, segundo a lei de Avogadro, já não encontramos moléculas da substância e daí a ausência de iatrogenicidade.
A diluição pressupõe uma agitação (sucussão), que se designa por dinamização, sem a qual o efeito é nulo.
Esclarecida a questão das sacudidelas, que segundo os homeopatetas são o cerne da questão, vamos então ver a questão da existência ou não de moléculas dos tais «princípios vitais» nas homeopatetices com um exemplo simples. Os homeopatetas preparam os seus «medicamentos» a partir ou de tinturas mãe, um extracto alcoólico das plantas ou o que seja que utilizem, ou das substâncias trituradas no caso em que estas não são solúveis em álcool e trituradas em conjunto com lactose nas três primeiras triturações no caso de substâncias insolúveis de todo (isto é, admitindo densidades semelhantes, no fim das três triturações há cerca de um ppm ou uma molécula do princípio vital para um milhão de moléculas de lactose).
Não faço ideia qual seja a concentração inicial das tinturas mãe mas façamos o exercício usando água como ponto de partida e assumamos que se dilui água em etanol seco (sem água) para calcularmos a concentração de água ao fim de algumas diluições. A molécula de água é muito pequena e a água tem uma densidade elevada (para um líquido) de forma que não conheço nenhuma substância pura que apresente maior molaridade. A água pura tem uma concentração de ~55.5 M, isto é, num litro de água existem 55.5 moles da mesma, 55.5xnúmero de Avogadro ou 3.34x1025 moléculas de água por litro.
Uma tintura terá necessariamente uma concentração inicial muito menor, provavelmente inferior a 1 M, portanto o exercício seguinte com a água é um majorante do que se passa com qualquer homeopatetice, isto é, necessariamente para uma homeopatetice a diluição a partir da qual não há uma única molécula do «princípio vital» em solução é inferior à que vamos obter para a água.
Na primeira diluição, CH1 ou C1, obtemos água com concentração 0.555 M ou com 3.34x1023 moléculas de água por litro. Continuemos o exercício com as várias diluições:
Diluição .... Nº moléculas/litro
CH2 ............. 3.34x1021
CH3 ............. 3.34x1019
CH4 ............. 3.34x1017
CH5 ............. 3.34x1015
CH6 ............. 3.34x1013
CH7 ............. 3.34x1011
CH8 ............. 3.34x109
CH9 ............. 3.34x107
CH10 ........... 3.34x105
CH11 ............ 3.34x103
CH12 ............ 33.4
Ou seja, a partir da diluição CH12 (e há quem venda CH100, supostamente «medicamentos» mais «potentes» que qualquer outra diluição porque foram sujeitos a mais batidelas) já não há uma única molécula de água em solução.
Assim, ou temos as crenças não justificadas de que as batidelas extraem «a essência ou alma de cada elemento» e de que as doenças não têm uma causa material mas sim sobrenatural que é igualmente curada «sobrenaturalmente» ou por magia por esta «alma» (e que doenças causadas por microorganismos patogénicos e afins são invenções «cientifistas») ou então necessariamente concordamos que a homeopatia não passa de banha da cobra.
As explicações pseudo-científicas arranjadas para explicar a acção de moléculas inexistentes são muito imaginativas mas, mais uma vez, não passam disso, delírios pseudo-cientificos e bastante grosseiros.
Desmontarei num próximo post os argumentos químicos inventados para sossegar os que não se sentem confortáveis com argumentos sobrenaturais ou mágicos, nomeadamente a história da catálise por «biorressonância» e a suposta «memória» da água, que não passam de disparates sem ponta por onde se lhe pegue.
Por agora, deixo as referências de um artigo publicado na edição de 27 de Agosto de 2005 da revista científica «The Lancet», intitulado «Are the clinical effects of homoeopathy placebo effects? Comparative study of placebo-controlled trials of homoeopathy and allopathy», da página sobre homeopatia de David Colquhoun, catedrático de Farmacologia na Universidade de Londres, e de mais um artigo de Ben Goldacre no Guardian que desmonta os argumentos dos homeopatas para convencer os mais incautos.
Como se pode ver na argumentação debitada em 2005 pelo homeopateta britânico mais «proeminente», hoje em dia em completo pânico de ver desaparecer a sua fonte de (enorme) rendimento, os homeopatetas essencialmente afirmam ser esta variante particular de magia insusceptível de avaliação por métodos científicos bem estabelecidos, razão que «explica» porque não resiste a uma análise estatística dos seus supostos efeitos comparativamente com os efeitos de simples placebos em testes sérios e controlados...
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28 comentários:
Lá está a Palmira a defender o status quo do inpenetrável estabelecimento científico, com uns cálculos completamente ininteligíveis, modo natural com que a clique "cientista" mascara os seus argumentos de autoridade, dada a linguagem iniciática e impossível de decifrar.
Obviamente, tudo contra o senso comum, esse supremo guia do estudo de fenómenos que se passam a escalas completamente díspares das quotidianas: quem é que duvida que um comando de televisão disfuncional sucumbe eventualmente a uma boas sucussões?
Se assim é, quando o princípio vital cósmico-quântico-etérico-potencial-ondulatório-energético-magnético-plasmático fluí apenas da mão do utilizador, como duvidar da veracidade da bioressonância, em que a sintonia permite um fluxo sinérgico-recíproco-ambivalente-multipolar-relativísta?
Aguardo refutação.
bolas! voce não percebeu os cálculos?? não admira que este país seja uma m**da a matemática...
se calhar o seu problema é que não sabe o que é o nº de avogadro... mas isso é facil de pesquisar!! talvez assim já perceba que calculos são aqueles!! é que depois é só dividir por cem em cada diluição sucessiva...
daah
Ah e já agora o ch12 é 33,4!
Cpts
No anterior texto sobre este tema perguntei se a homeopatia não tinha começado por Hipócrates.
Como ninguém quis saber de Hipócrates proponho aleitura deste link
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homeopatia#Hip.C3.B3crates
com as devidas reservas que a wikipedia merece, evidentemente.
Calma, mc! Deixou o sentido de humor nas outras calças? Fónix!
Aquele artigo que começa assim?
"Este artigo ou secção possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade.
Tenha algum cuidado ao ler as informações contidas nele. Se puder, tente tornar o artigo mais imparcial."
Já li - hilariante... O culpado de haver homeo é Hipócrates - touché...!
Também diz lá isto "O tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas em pessoas saudáveis, quando expostas a quantidades maiores" o que, q.e.d. no post, é MENTIRA...
Mas cada um acredita no que quer (o meu filho com 3 anos acreditava no Pai Natal e meu avô sempre se recusar a acreditar que o Homem foi à Lua...). Agora que tente impingir aos outros como ciência aquilo que é crença é que me parece um pouco mal.
Jorge,
Realmente em vez de ficar estupefacto e incomodado com tamanhos disparates deveria ter-me rido!
"quem é que duvida que um comando de televisão disfuncional sucumbe eventualmente a uma boas sucussões?"
A coluna da minha aparelhagem também só funciona quando lhe dou umas pancadas! Axo que chamam a isso mau contacto... se um dia tiver paciência de a abrir e fixar bem os fios isso passa...
Comparar isto ao que os homeopatetas dizem, ou seja, que umas agitadelas na água activam a sua "memória" tira-me, realmente o humor destas calças!
A água no seu ciclo dissolve milhentas substâncias. Por exemplo, temos chuvas ácidas porque quando está na atmosfera reage com alguns gases poluentes. Na infiltração no solo dissolve metais. Uma água do rio tem carradas de moléculas que não H2O!
agora imagine-se o que é pegar numa destas "águas", purificá-la até termos só H2O, depois agitá-la e ela "recordar-se" de todas as substâncias que já lá estiveram dissolvidas! O ciclo da água só tem uns milhões de anos!!!
Quando se diz uma data de disparates e se pede refutação... também é necessário ter humor para a aceitar.
Ciencia 3- Homeopatices - 0
É um serviço publico o que este blogue nos oferece, esclarecer-nos para as banhas da cobra que andam para ai.
Se os médicos não conseguem curar são esses charlatães que o fazem? Então porque não estão todos no serviço nacional de saude?
O pessoal que abra os olhos e deixe de sustentar esses parasitas, estamos no séc.XXI e já deveria haver alguma evolução na mentalidade do povo.
Oh mc... eu estava meeeeesmo a gozar desde o início, bolas! E o "aguardo refutação" era a cereja no bolo aa acusar o habitual estilo trauliteiro de muitos defensores da coisa.
Vá lá rebuscar os bolsos da calças, homem!
ok! por momentos pensei que era um defensor da coisa e que esses eram os seus argumentos!! (é que depois dos criacionistas já espero tudo!)
quanto às calças, isso é alguma obsessão?
Sim, não saio à rua sem elas!
Olá MC:
Obrigado pela detecção da gralha, Claro que é 33.4.
Uáu! Ainda às voltas com a homeopatia um ano volvido?! Puxa vida, isso sim, é insistir sem olvido! :)
De facto, o que me chamou logo a atenção foi a ilustração inicial do acidentado.
De um modo geral, TODAS as práticas médicas têm a mesma essência - a primeva capacidade de auto-regeneração do organismo - ainda que talvez a moderna alopatia não o queira reconhecer, na sua óbvia sobranceria e auto-ensimesmamento, que se espera não vá caminhando para um autismo desagregador.
Felizmente, isso não se dará, claro, já que muitos praticantes da homeopatia e restantes terapias complementares têm eles próprios formação médica convencional e puderam comprovar na sua prática clínica o óbvio benefício de combinar TUDO aquilo que tem efeitos terapêuticos comprovados!
Because... the proof of the pudding is in the eating!
Anyway... essa imagem é esclarecedora, claro. A grande e indiscutível vantagem da alopatia e da moderna medicina quimioterapêutica reside precisamente na sua capacidade de ser insuperável em casos agudos e traumáticos, em que não é possível fazer apelo imediato à energia curadora do organismo, porque este está demasiado debilitado, em perigo de vida em muitos casos.
Não existe pessoa alguma de bom senso, ainda que defensor e praticante de outras terapias não quimioterapêuticas, que se atreva a negar aquilo que é absolutamente óbvio e indesmentível. Como já disse tantas vezes no passado acerca deste mesmo assunto, esse triste qualificativo fica mesmo confinado à voluntária cegueira da tal medicina dita "científica" e que teima em não reconhecer o inegável valor das outras práticas "não convencionais", ainda que as mesmas até sejam admitidas e encorajadas pela OMS e reconhecidas oficialmente em diversos países do dito Primeiro Mundo, afinal.
Por fim, insisto e desafio de novo a que me respondam acerca desse tão misterioso "efeito placebo". Ou ainda, como é que o organismo é capaz de se auto-regenerar, e que papel representa a influência psicológica positiva da crença em determinada terapia no processo curativo em si?! Vide, acerca disto, os modernos estudos sobre visualização e o advento da "body-mind medicine", por exemplo.
É que este é mesmo o fulcro da questão... it's all in the mind, seek and you shall find!
Daí, o simples facto destas terapias serem altamente individualizadas, algo que é deveras dificílimo de encontrar na prática médica convencional. Dito ainda de outra forma, na homeopatia e outras formas tradicionais e "mágicas" de cura, deveras o tratamento do corpo está antes subordinado ao da mente, e daí os resultados práticos serem mesmo tão efectivos... quando feitos por quem sabe e seguidos por quem está receptivo!
Deste modo, não é de estranhar que os resultados em estudos controlados e em especial os "double-blind" não sejam de facto estatisticamente conclusivos, ainda que até demonstrem um pendor ligeiramente favorável para o lado homeopático, como o artigo do "Lancet" também comprova.
Por fim, e como nem é necessário repetir-me sobre este assunto que já rebati aqui exaustivamente no passado, recordo apenas essa afirmação importantíssima no editorial da revista e que vem justamente ao encontro daquilo que disse atrás quanto ao superior benefício do tratamento mais individualizado na homeopatia, naturopatia e afins:
...the failings of modern medicine to address patients' needs for personalized care.
That's it... this is it!!! Pshicology wins again...
Rui leprechaun
(...mind over body to be sane! :))
Leprechaun:
O estudo da Lancet diz que os "testes" dos homeopatetas são "biased", não são testes cegos.
Claro que se eu der homeopatetices a pessoas saudáveis (no corpo) e der placebos a pessoas mesmo doentes a percentagem de "curas" é maior nos que tomaram as homeopatetices.
Sobre o resto do comentário, parece-me apropriado que quem se alcunha leprechaun acredite em magia.
Se venderem as homeopatetices como água mágica também não tenho nada contra.
Eu não acredito em magias mas se alguém quiser acreditar em bruxas e leprechauns, desde que não pretendam que eu não posso achar isso rídiculo, é á com eles.
Pretender que magia é apoiada pela ciência é fraude pura e dura!
Diário de Notícias - 8 de Dezembro de 2007
http://dn.sapo.pt/2007/12/08/ciencia/framboesas_e_mirtilos_ajudam_cura_ca.html
A importância de ingredientes naturais no tratamento do cancro foi esta semana reforçado por várias investigações simultâneas. Cientistas da Universidade de Ohio demonstraram que o carcinoma da boca, uma doença com alta percentagem de mortalidade associada, pode regredir se tratado precocemente com um gel à base de framboesas pretas. Por outro lado, uma bebida energética à base de frutos, à venda na Austrália, poderá tratar com sucesso o cancro da próstata, O chá verde, por seu turno, permite terapias eficazes no cancro colorrectal. As investigações foram apresentadas esta semana na Conferência Anual da American Association for Cancer Research, a decorrer em Filadélfia.
Não são conhecidos tratamentos eficazes do cancro da boca. Normalmente a sua remoção só é possível através de cirurgias radicais que deixam o paciente desfigurado para sempre. Mas os investigadores da Universidade de Ohio apresentaram a primeira fase de um estudo que demonstra que lavar e escovar as lesões orais com gel produzido a partir de framboesas pretas diminui o carcinoma em 35% dos casos, estabilizando os precocemente detectados em 45%. Apenas 20% não tiveram evolução positiva.
O gel é parecido com compota de framboesa, mas o sabor é bem diferente, já que lhe foram retirados os açúcares associados.
Por seu turno, na Universidade de Sydney, a aplicação em ratos de laboratório de enzimas destacados de Blueberry Punch, uma bebida energética à base de mirtilo, gengibre, estragão e açafrão- -das-índias, fez retroceder o tamanho dos cancros de próstata dos roedores em 25% do seu tamanho. Os cientistas recomendaram à marca que validasse a sua licença não só como bebida mas também como medicamento.
A bebida tem vários componentes anteriormente reconhecidos como potenciais combatentes do cancro da próstata. No entanto, segundo os cientistas de Sydney, a combinação de vários frutos parece criar uma sinergia eficaz.|
Caro Fernando, esses casos nada têm a ver com a homeopatia. É óbvio que muitos produtos naturais terão grandes efeitos terapêuticos, isso é mais que sabido e reconhecido. O que a ciência muitas vezes contesta é o tratamento à base de ervas, uma vez que muitas vezes estes tratamentos são aplicados segundo lógicas tradicionais e poderão não ser indicados para cada caso (ou poderão ser mesmo totalmente errados). Ainda assim, se determinado produto natural tiver substâncias que ajudam o corpo humano a recuperar de algum problema, tudo óptimo. É uma questão de descobrir qual o princípio activo e extraí-lo.
O caso da homeopatia é que o princípio activo não cura e, mesmo que curasse, nem sequer lá está. A diferença entre um caso e outro é gritante.
leprechaun disse:
confinado à voluntária cegueira da tal medicina dita "científica" e que teima em não reconhecer o inegável valor das outras práticas "não convencionais"
Quando as outras práticas não convencionais demonstrarem a sua validade cientifica tal como a medicina tradicional o fez então ai serão aceites.
A homeopatia não passa de tretas e não há qualquer estudos que tenham passado pelo crivo da refutação cientifica com sucesso por isso ela não pode ser aceite.
Há todo um trabalho anterior à comercialização que se chama investigação que visa produzir teorias e resultados que devem ser revelados e reproduzidos noutros locais por outras pessoas nas mesmas condições para verificarem se corresponde ao declarado, que eu saiba isso ainda não aconteceu com a homeopatia..
Tambem que eu tenha conhecimento nenhumas das práticas não tradicionais consegue substituir totalmente a medicina "cientifica"
podem no maximo ser complementares mas nunca substituir-la, à luz do conhecimento actual, mas não incluo a homeopatia obviamente.
http://www.arteculturanews.com/art502.htm
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NO BANCO DOS RÉUS
"A people's Agenda", Uma entrevista com o Dr. Matthias Rath, (abril de 2003 )
Website: www.dr-rath-foundation.org
Após a sua campanha contra a Guerra no Iraque, o público árabe está muito interessado em saber mais acerca de si. Pode proporcionar-nos mais informação acerca das suas descobertas?
Permita-me salientar, antes do mais, que sou um médico, um cientista, mas, sobretudo, um ser humano; sou um habitante deste planeta que deseja conservá-lo intacto, e, não permitir a sua incineração numa 3ª Guerra Mundial.
Como médico e cientista, tive o privilegio de contribuir com o meu trabalho em diversas áreas que, espero possam permitir à humanidade um mundo mais saudável, e, no melhor dos casos, mais pacífico. As minhas descobertas na área da saúde natural vocacionadas para a prevenção e tratamento de doenças do tipo cardiovascular, irão permitir a erradicação, em grande medida, dos ataques do coração, apoplexias, hipertensão, falhas cardíacas, arritmias e uma grande variedade de condições relacionadas, tanto com a actual como com as gerações futuras.
O meu segundo contributo para a humanidade foi revelar que a indústria farmacêutica é um dos maiores investimentos do planeta, que mantém e fomenta uma das maiores decepções da história da humanidade. Enquanto que os anúncios reflectem uma promessa de saúde, o mercado principal desta indústria, vocacionada para o investimento, é a existência e prolongamento das doenças. A prevenção, o tratamento e a erradicação das doenças ameaçam os investimentos da indústria farmacêutica e do seu "negócio com a doença", e, portanto, são combatidos pelo cartel da indústria farmacêutica. Numa apresentação pública em Junho de 1997, apresentei, pela primeira vez, uma análise reflectida acerca deste facto, que a indústria que reclama o monopólio global dos "cuidados da saúde", é, em si própria, o maior obstáculo para que as pessoas de todo o mundo possam desfrutar uma vida saudável.
(…) É licenciado em medicina e trabalhou como médico e investigador, qual foi o motivo pelo que mudou para o campo da investigação dos programas de saúde natural?
Comecei com a investigação tradicional sobre os motivos das doenças cardiovasculares. Naquela época, conhecia-se que os níveis altos de colesterol eram um dos factores principais que ocasionavam ataques do coração e apoplexias. Sob a influência dos fabricantes de remédios para descer o colesterol, os médicos foram informados que os níveis altos de colesterol deterioravam as paredes das veias, aumentando a sua contracção, e, finalmente o seu bloqueamento, dando lugar a ataques do coração e apoplexias. Hoje em dia, sabemos que era apenas uma história comercial da indústria farmacêutica. Se o colesterol alto deteriorasse as paredes das veias, teria o mesmo comportamento ao longo de todo o nosso sistema circulatório. Todo o sistema ficaria obstruído e não só o coração ou cérebro. Noutras palavras, sofreríamos também enfartamentos do nariz, das orelhas, dos joelhos, dos cotovelos, dos dedos e de qualquer outro órgão do corpo. Evidentemente, este não é o caso.
Descobri também, que as doenças cardiovasculares são completamente desconhecidas no reino animal, no entanto, são um dos motivos principais de morte para os seres humanos. A descoberta seguinte foi os grandes progressos relacionados com a saúde naturalista em todo o mundo. O organismos dos animais produz a quantidade vitamina C necessária para a produção de moléculas de fortalecimento do corpo e do sistema sanguíneo denominado colagénio. Quanta mais vitamina C, mais colagénio, e portanto, mais estabilidade para as paredes dos vasos sanguíneos e menos ataques do coração. Os animais padecem muito raras vezes ataques do coração porque o seu organismo produz a quantidade necessária de vitamina C. Os seres humanos não podem produzir as moléculas desta vitamina e, acontece com frequência que ingerimos poucas vitaminas com a nossa dieta, expondo o nosso sistema dos vasos sanguíneos ao enfraquecimento e ao desenvolvimento de depósitos. Estas acumulações têm o seu desenvolvimento, em primeiro lugar, nas zonas onde os nossos vasos estão expostos a um stress mecânico, como, por exemplo, as artérias coronárias do coração.
Esta série de descobertas foi tão convincente que explica não só qual é o motivo pelo qual os animais não padecem ataques do coração mas também porque os seres humanos padecem ataques do coração e não do nariz. Entretanto, estas descobertas tão importantes foram confirmadas com a documentação obtida mediante investigações e em estudos clínicos.
Portanto, as descobertas científicas realizadas por mim foram o motivo mais importante pelo qual deixei a investigação convencional para passar a estudar as moléculas, as quais são mais relevantes na altura de prevenir e curar as doenças actuais - as moléculas produzidas pela própria natureza e que são necessárias para o funcionamento óptimo das células.
Muitos dos seus trabalhos de investigação foram publicados em revistas científicas, qual era o alvo da sua investigação?
A descoberta acerca da natureza das doenças cardiovasculares, motivo dos ataques do coração e dos derrames cerebrais, foi só o principio. Depois de conhecer que as vitaminas, os minerais, determinados aminoácidos e os oligoelementos são necessários como "gasolina" biológica para milhões de células no nosso organismo, parecia óbvio que não só as doenças coronárias e os ataques do coração poderiam ser evitados aplicando estes conhecimentos, mas também uma variedade de doenças e estados de saúde actuais podiam ser evitados aplicando estas descobertas e melhorando deste modo as condições de saúde actuais. Durante os últimos anos, no meu centro de investigação, de colaboração com cientistas e médicos de todo o mundo verificou-se que, sem nenhum género de dúvidas, as seguintes doenças têm a sua origem, principalmente, por deficiências a longo prazo destes micronutrientes (vitaminas, minerais, etc.). Quando se aplica uma quantidade óptima destes micronutrientes quer na nossa dieta normal quer ao ingerir suplementos alimentares, os seguintes estados podem ser evitados em grande medida: hipertensão (ocasionada pela deficiência de micronutrientes em milhões de células das paredes dos vasos durante um longo período de tempo), paragem cardíaca (deficiência de micronutrientes em milhões de células do músculo do coração) bem como um ritmo cardíaco irregular, problemas circulatórios relacionados com a diabetes e outros.
Outra descoberta muito importante foi o modo natural de prevenir que as células portadoras do cancro invadissem todo o corpo. Há alguns anos, publiquei uma informação na qual afirmava que todas as células cancerígenas, independentemente do tipo de cancro e do órgão no qual tivesse o seu início, tinham um alastramento similar. Utilizam "tesouras biológicas" (enzimas) que são capazes de atravessar o tecido das moléculas (colagénio) do nosso organismo. Quanto mais agressivo for o tipo de cancro, maior quantidade destas enzimas colagénio/digestivas irá produzir.
Esta produção excessiva de enzimas, capaz de destruir o tecido, pode ser reduzida ou bloqueada por completo de um modo natural usando os aminoácidos lisina e prolina, combinados com vitamina C e outros micronutrientes. A nossa empresa de investigação descobriu recentemente que todos os tipos de células cancerígenas estudados podem ser bloqueados aproveitando a sinergia deste nutriente na acção bloqueante destas enzimas. Na Europa e na América existem centenas de milhares de pacientes doentes de cancro desfrutando deste método natural de prevenir e tratar o cancro. (…) Estudamos minuciosamente a informação de muitos pacientes de cancro, tirando radiografias dos pulmões e dos ossos antes e depois deste tratamento natural. Podem ver o sucesso documentado na página web da nossa Fundação: www.dr-rath-foundation.org.
(…) E temos que perceber também que o facto das pessoas em todo o mundo terem estado "a dormir" durante um século inteiro não é devido a que não somos pessoas inteligentes. Temos que perceber que, para que a indústria farmacêutica fraudulenta possa funcionar, tem que gastar milhares de milhões de dólares em enganos e criar uma fachada artificial como a de "bem feitores da humanidade". Para alcançar esta meta, a indústria gastou o dobro em "marketing" que em investigação. (…)
Fernando:
O lençol de copy&paste que aqui deixou, que não tem nada a ver com homeopatia nem com nada, só mostra que há gente que se passa e prontos. Não sei se este Dr. Rath (será Dr. o nome próprio?) é um vendedor de banha da cobra mas o Linus Pauling com que publicou os últimos (poucos) artigos científicos, há 15 anos, passou-se com a idade.
Parece banha da cobra porque tem lá os ingrdientes, teorias da conspiração que caem sempre bem, puxar dos galões, misturar banalidades como Depois de conhecer que as vitaminas, os minerais, determinados aminoácidos e os oligoelementos são necessários como "gasolina" biológica para milhões de células no nosso organismo (que podia ser substituído por depois de descobrir que a comida é a gasolina biológica, com mentiras descaradas (ou ignorância, o senhor há pelo menos quinze anos que não sabe o que é ciência e a biologia evoluiu muito nestes últimos anos.
Da próxima vez, em vez de despejar lençóis de pseudo-ciência, deixe só o link, poupamos no scroll e quem quiser rir pode segui-lo.
Realmente, uma quebra de netiqueta de primeira ordem... Faça também um blog, Fernando!
Cara Rita:
A sua réplica não apresenta uma refutação substantiva dos argumentos que transcrevi. Limita-se a patentear um incómodo numa linguagem provocatória inadequada a um discurso científico.
Caro Jorge:
Quanto à sua sugestão de criar o meu próprio blogue, creio que denuncia um sentimento próprio de quem se encontra numa coutada e não num fórum de ciência, com a agravante de não se ter pronunciado sobre o conteúdo da minha intervenção.
Caro Fernando: se me encontrasse numa coutada, fosse já estava empalhado e a enfeitar o topo da lareira há uns dias. Quanto ao agravante que enuncia, não me pronunciei sobre o conteúdo da sua intervenção porque isso implicaria lê-la, e infelizmente tenho um compromisso inadiável na quarta-feira à noite.
Obviamente, em vez de "fosse" é "você"... ligeira disgrafia, mil perdões.
Boas tardes a todos.
Eu de contas, quimica e farmaceutica nada percebo e confesso que não quero saber.
Agora em relação à experiência que tenho desde há 3 anos com os meus filhos posso partilhá-la com vôces.
Utilizo a homeo(patetice) como vôces tão carinhosamente lhe chamam, desde que a minha filha, agora com 5 anos, começao a ir regularmente ao médico ou hospital com febre, ou tosse....enfim o costume nas crianças.
não havia vez nenhuma em que não me receitassem "antibioticos" durante uma semanita e tudo passaria.
na realidade passava mas será que este uso massificado de antibióticos não será um exagero na maioria dos casos?deixo isto à discussão.
Após algum tempo foi-me recomendado um homeo(pateta) que por acaso até é alemão, que tinha muita experiência com crianças e mais, até era pediatra.
Experimentei sem nunca deixar a medicina convencional e hoje acho que as duas podem muito bem co-existir.Desde há 3 anos a minha filha nunca mais tomou antibioticos ou seja o que fosse comprado na farmácia. Por muito insipientes e despidas de qualidades que as vulgares "bolinhas" homeopatetas sejam, têm tido um efeito positivo.
ou seja mesmo que a homeopatetice não faça nada, quer dizer que o nosso corpo sabe na maioria dos casos(se calhar numa grande percentagem) recuperar o seu equilibrio sem que sej aajudado por farmacos.
Não será que quando somos bombardeados com remédios na farmácia para tudo e mais alguma coisa, na maioria dos casos, estamos a ser enganados e explorados.
Sempre fui muito céptico em relação a fenómenos paranormais e "ocultos" pelo que confio a 100% na medicina convencional e não vejo virtudes " mágicas" na (homeopatetice).
Agora uma coisa é verdade: PARECE QUE MUITOS MÉDICOS COMEÇAM A TER A TENDÊNCIA DE QUESTIONAR O PORQUÊ DO AUMENTO EXPONENCIAL DOS HOMEOPATETAS.
Será que vais começar a haver concorrência na medicina?;
Será que é uma questão cultural e as pessoas acreditam nas "bruxas";
Será que ir ao médico prescrever uma "medicinopatetices" em 5 minutos por 75€ vale a pena?
Será que não é preferível pagar 5€ por umas bolinhas que nada fazem mas que na realidade deixam o nosso sistema trabalhar?
Eu por mim vou continuar a ser cliente dos 2.Mas vou primeiro ao homeopata e se necessário ele próprio receita medicamentos convencionais para ir à farmácia.
Já agora, o meu outro filho de quase 3 anos ainda só tomou homeopatetices desde que nasceu, será que faz mal?
Como já tinha dito anteriormente, sou apenas um utilizador de ambas as medicinas e penso que ambas são úteis cada um no seu lugar e com a sua importância.
A única coisa que me começa a peocupar é que o homeopateta já tem tanta gente insatisfeita com a médicina tradicional que começa a estar cheio.
Gostaria de saber se algum de vós já realmente experimentou a homeopatetice? Mesmo depois das experiências de todos esse atómos.
Cuprimentos desde o Algarve
DIRIGIDO AOS RESPONSÁVEIS DO BLOG:
Gostaria de saber quem é este sr "malacueque" que utiliza o meu nome para escrever comentários,e ainda coincidência ou não, diz ser do Algarve como eu! É que isto assim não passa de uma mera palhaçada e não patetice!seria bom que verificassem o email deste sr porque anda a usurpar a identidade de outras pessoas e a relatar factos que não são verídicos!...Sinto-me bastante desconfortável com esta situação e espero que sejam tomadas medidas em relação a este assunto!
obrigado pela atenção!
Malacueque
Fernando,
Substituir palavras simples pelas mais eruditas que conseguir encontrar num dicionário de sinónimos não lhe dá razão extra!
É claramente uma demonstração de falta de netiqueta o len... velame de copy paste que aqui coloca.
Miguel Curado
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