Minha crónica do "Público" de hoje:
As prendas que mais gosto de dar e receber são livros. Agora que volta a ser época de prendas, os livros aí estão à nossa espera nas livrarias, acabados de chegar dos prelos de editoras, pequenas e grandes. Aqui deixo, como sugestão e por ordem alfabética de autores, uma mão cheia de títulos saídos há pouco:
- Miguel Telles Antunes, “Alexandre Rodrigues Ferreira e a sua obra no contexto português e universal”, Alêtheia, FMR e Fundação Champalimaud.
Este é um livro ilustrado que é um verdadeiro prazer para a vista. O autor, paleontólogo e director do Museu da Academia das Ciências de Lisboa, conta a vida e a obra de um dos nossos mais famosos naturalistas, um brasileiro que, depois de se formar em Filosofia na Universidade de Coimbra, iniciou em 1783 uma viagem de exploração à sua terra natal que havia de durar nove anos.
- Anselmo Borges (coordenação), “Deus no século XXI e o futuro do cristianismo”, Campo das Letras.
As prendas que mais gosto de dar e receber são livros. Agora que volta a ser época de prendas, os livros aí estão à nossa espera nas livrarias, acabados de chegar dos prelos de editoras, pequenas e grandes. Aqui deixo, como sugestão e por ordem alfabética de autores, uma mão cheia de títulos saídos há pouco:
- Miguel Telles Antunes, “Alexandre Rodrigues Ferreira e a sua obra no contexto português e universal”, Alêtheia, FMR e Fundação Champalimaud.
Este é um livro ilustrado que é um verdadeiro prazer para a vista. O autor, paleontólogo e director do Museu da Academia das Ciências de Lisboa, conta a vida e a obra de um dos nossos mais famosos naturalistas, um brasileiro que, depois de se formar em Filosofia na Universidade de Coimbra, iniciou em 1783 uma viagem de exploração à sua terra natal que havia de durar nove anos.
- Anselmo Borges (coordenação), “Deus no século XXI e o futuro do cristianismo”, Campo das Letras.
O coordenador, padre, professor de Filosofia da Universidade de Coimbra e colunista do “Diário de Notícias”, reuniu um conjunto notável de textos sobre a religião cristã nos dias de hoje. Talvez devido ao 11 de Setembro o fenómeno religioso está hoje no centro das atenções, valendo a pena reflectir sobre ele em profundidade. De notar que o manifesto pró-ateísmo “A Desilusão de Deus”, do biólogo Richard Dawkins, foi publicado pela Casa das Letras numa colecção sobre religião dirigida por aquele sacerdote.
- Nuno Crato, “Passeio Aleatório pela Ciência no Dia-a-Dia”, Gradiva.
Um dos nossos melhores divulgadores de ciência, professor de Matemática, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática e opositor ao “eduquês”, reuniu aqui, melhoradas e ampliadas, as suas saborosas crónicas do “Expresso”. Crato escreve com conhecimento de causa de muitos tópicos de ciência: a ciência, que é a sua causa, devia também ser a nossa.
- Pedro G. Ferreira, “O Estado do Universo”, Presença.
O físico português que é professor de Astrofísica na Universidade de Oxford e especialista na radiação fóssil do “Big Bang” faz um ponto de situação da cosmologia moderna, incluindo a discussão das misteriosas matéria e energia escuras. Não é tão conhecido como Magueijo mas poderia ser.
- Kay Redfield Jamison, “Tocados pelo Fogo”, Pedra da Lua.
Um livro que relaciona a doença bipolar ou maníaco-depressiva (de que a própria autora sofre) com o génio artístico. É impressionante a lista de doentes bipolares que atingiram os píncaros nas artes: Baudelaire, Byron, van Gogh, Handel, Hesse, Mahler, Poe, Rachmaninoff e Whitman. Chega? Mas há mais: Dickens, Hemingway, Munch, Pollock, Tchaikowsky, Tolstoy e um longo etc.
- Carlota Simões e Constança Providência, “Ciência a Brincar 7. Descobre o Som!”, Bizâncio.
Um livro de ciência para os mais pequenos, que ensina por meio de experiências simples e divertidas como afinar garrafas com água, como apagar velas com letras e como pôr um piano a imitar um papagaio. Declaração de interesses: o prefácio é deste cronista.
- Gonçalo M. Tavares, “Aprender a Rezar na Era da Técnica”, Caminho.
Uma das vozes mais originais da literatura portuguesa, que já se está a afirmar lá fora: na minha opinião com boas razões, pois pede meças a Lobo Antunes e é melhor do que Saramago. O romance inicia-se com uma cruel cena de sexo…
- E. O. Wilson, “A Criação”, Gradiva.
Um livro do biólogo especialista em formigas, criador da sociobiologia e apóstolo da biodiversidade, que pretende lançar uma ponte entre a ciência e a religião em defesa da vida na Terra. Muito oportuno no ano em que se comemora o triplo centenário de Lineu e nas vésperas do ano consagrado pelas Nações Unidas ao planeta Terra. Bom Natal e Bom Ano Internacional do Planeta Terra!
- Nuno Crato, “Passeio Aleatório pela Ciência no Dia-a-Dia”, Gradiva.
Um dos nossos melhores divulgadores de ciência, professor de Matemática, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática e opositor ao “eduquês”, reuniu aqui, melhoradas e ampliadas, as suas saborosas crónicas do “Expresso”. Crato escreve com conhecimento de causa de muitos tópicos de ciência: a ciência, que é a sua causa, devia também ser a nossa.
- Pedro G. Ferreira, “O Estado do Universo”, Presença.
O físico português que é professor de Astrofísica na Universidade de Oxford e especialista na radiação fóssil do “Big Bang” faz um ponto de situação da cosmologia moderna, incluindo a discussão das misteriosas matéria e energia escuras. Não é tão conhecido como Magueijo mas poderia ser.
- Kay Redfield Jamison, “Tocados pelo Fogo”, Pedra da Lua.
Um livro que relaciona a doença bipolar ou maníaco-depressiva (de que a própria autora sofre) com o génio artístico. É impressionante a lista de doentes bipolares que atingiram os píncaros nas artes: Baudelaire, Byron, van Gogh, Handel, Hesse, Mahler, Poe, Rachmaninoff e Whitman. Chega? Mas há mais: Dickens, Hemingway, Munch, Pollock, Tchaikowsky, Tolstoy e um longo etc.
- Carlota Simões e Constança Providência, “Ciência a Brincar 7. Descobre o Som!”, Bizâncio.
Um livro de ciência para os mais pequenos, que ensina por meio de experiências simples e divertidas como afinar garrafas com água, como apagar velas com letras e como pôr um piano a imitar um papagaio. Declaração de interesses: o prefácio é deste cronista.
- Gonçalo M. Tavares, “Aprender a Rezar na Era da Técnica”, Caminho.
Uma das vozes mais originais da literatura portuguesa, que já se está a afirmar lá fora: na minha opinião com boas razões, pois pede meças a Lobo Antunes e é melhor do que Saramago. O romance inicia-se com uma cruel cena de sexo…
- E. O. Wilson, “A Criação”, Gradiva.
Um livro do biólogo especialista em formigas, criador da sociobiologia e apóstolo da biodiversidade, que pretende lançar uma ponte entre a ciência e a religião em defesa da vida na Terra. Muito oportuno no ano em que se comemora o triplo centenário de Lineu e nas vésperas do ano consagrado pelas Nações Unidas ao planeta Terra. Bom Natal e Bom Ano Internacional do Planeta Terra!
4 comentários:
Vim parar a este blog através do Público. Reparei logo nos nomes dos seus autores, gente falada na praça. Uma elite de pessoas bem-pensantes que guia a maioria das pessoas mal-pensantes. E, apesar de individualmente serem gente com curriculum, nem por isso a sociedade avança, porque apostam a elite não é capaz, apesar das muitas, e únicas, intervenções nos media. Vejo a lista de livros aconselhados e não encontro gente nova, tudo já visto e revisto como o Nuno Crato. As cúpulas não respiram. Atrofiam...
Desculpem o desabafo, até admito que estejam cheios de boas intenções.
Saudações
No Natal damos presentes uns aos outros porque Deus nos deu o seu mais precioso presente: o seu Filho Jesus Cristo.
Há cerca de 2000, em Belém, nos arredores de Jerusalém, Ele nasceu, viveu, morreu e ressuscitou fisicamente, como foi testemunhado por muitos.
Assim sendo, parece inteiramente adequado apresentar sugestões de livros criacionistas para oferecer no Natal (quanto mais não seja a si próprio), precisamente numa altura do ano em que se celebra a encarnação do Criador.
Todos os livros estão acessíveis em www.amazon.com
1) Werner W. Gitt, In the Beginning Was Information: A Scientist Explains the Incredible Design in Nature
Este eminente físico alemão demonstra que a informação contida no DNA só pode ter tido uma origem inteligente, não existindo nenhum método naturalista conhecido que permita explicar a origem da informação. Para o autor, a única diferença que separa a informação biológica da não biológica é a sua quantidade exponencial inabarcável e a sua extrema e incompreensível complexidade. Quando ao mais, uma e outra só podem um efeito de uma causa inteligente. No caso da informação biológica, tem que ser uma inteligência suprema.
2) Walter James ReMine, The Biotic Message
Uma apresentação da criação profundamente científica, estruturada a partir de um conceito refutável e testável, chamado “teoria da mensagem”. Este livro tem sido descrito por académicos evolucionistas como persuasivo e desafiador. O mesmo não contém argumentos sobre a idade da Terra ou a geologia do dilúvio, mas trata exaustivamente outras matérias. (538 pags.)
3) Lee Spetner, Not by Chance
Este especialista em mutações, pretende dirigir uma crítica ao coração do neo-darwinismo. O campo de batalha central é a questão da origem da informação genética. O livro de Lee Spetner mostra que o tempo e o acaso não conseguem produzir qualquer informação genética para além da que já existe. As mutações destroem a informação genética. (272 pags.)
4) Michael Oard, An Ice Age Caused by the Genesis Flood.
Trata-se de um estudo detalhado das evidências científicas de que a Idade do Gelo foi causada pelo Dilúvio de Noé, mostrando que as mesmas estão inteiramente de acordo com a cronologia bíblica e com uma criação recente. O mesmo encontra-se totalmente documentado com fontes científicas. (243 pags.)
5) Carl R. Froede, Field Studies in Catastrophic Geology
O autor apresenta um modelo teórico de articulação das evidências geológicas com o enquadramento bíblico. Ele aplica o seu modelo a situações de campo e ilustra o funcionamento do seu modelo metódico. Esta monografia pode ser utilizada para ensinar os geólogos a olharem para a evidência a partir de uma perspectiva bíblica. (93 pags)
6) Michael Oard, Ancient Ice Ages or Gigantic Submarine Landslides
Uma contundente refutação do livro de Davis Young “Christianity and the Age of the Earth.”, em que se considera as idades do gelo pré-pleistocénicas como um dos principais argumentos contra o dilúvio do Génesis. Neste livro de Michael Oard são analizadas as hipóteses das idades do gelo anteriores ao pleistoceno e rejeitadas de forma fundamentada. É apresentada uma interpretação alternativa. (130 pags.)
7) Alex Williams, John Hartnett, Dismantling the Big Bang: God’s Universe Rediscovered
Este livro revela as fraquezas científicas e filosóficas no centro da teoria do Big Bang e as contradições internas a que o modelo conduz. Numa linguagem tão clara quanto a matéria permite, o livro mostra a superioridade intelectual da história do Universo tal como apresentada na Bíblia, consistindo esta uma base fidedigna para pensarmos acerca do Cosmos. Esta obra ensina a pensar o Cosmos com base na Bíblia, mostrando que as observações científicas só fazem realmente sentido quando interpretadas a partir dessa base. (346 pags)
8) John Hartnett, Starlight, Time and the New Physics,
Este livro pretende apresentar uma nova resposta para o problema da luz estelar distante. Muitos ainda duvidam da cronologia bíblica porque, pensam eles, é impossível que a luz tenha chegado à Terra em apenas alguns milhares de anos a partir de estrelas que estão a milhões de anos-luz de distância. Este erro de concepção é frequentemente um obstáculo à aceitação da mensagem Bíblica da Criação e, por arrastamento, da Salvação. Utilizando conceitos da teoria da relatividade e modelos de dilação gravitacional do tempo, o autor mostra que é perfeitamente possível compatibilizar as observações astronómicas com o relato bíblico. (231 pags)
9) Larry Vardiman, Climates Before & After the Genesis Flood
Esta monografia é uma tentativa de aplicar métodos científicos convencionais e dados ao enquadramento geocronológico e geológico do dilúvio de Noé. São tratados temas como a atmosfera pré-diluviana, as quantidades de hélio na atmosfera, a glaciologia e o Dilúvio, a deposição de sedimentos no fundo dos oceanos, a modelação do clima global e a modelação dos furacões.(110 pags.)
10) John Woodmorappe, The Mythology of Modern Dating Methods
Uma demonstração exaustiva das falácias rodeano os métodos de datação radioactiva. O mesmo consegue expor as falhas das técnicas de datação utilizadas, usando citações de cerca de 500 artigos de geólogos evolucionistas. Trata-se de uma sólida refutação da ideia de que os métodos radiométricos provam a antiguidade da Terra. (118 pags.)
Existem centenas de outro livros, mas estes podem aguçar o apetite.
Em todo o caso, a informação criacionista está sempre disponível, na Enciclopédia On Line,
www.creationwiki.org
Caro Carlos Fiolhais,
Por favor, não começe as suas postas com "Minha crónica no Público..." sempre que o leio julgo estar a fazê-lo no Rio de Janeiro: "minhá crônica do público". Na escrita da nossa língua, tal como em ciência, há também minuciosidades que ao não serem cumpridas atrofiam o resultado geral.
Fora isso, considero o conjunto de livros por si propostos adequados aos assuntos por si geralmente abordados. Dos presentes, só um, o de Gonçalo M. Tavares, é realmente literatura, sendo que os outros são de carácter expositivo. É por isso totalmente despropositada a sua opinião taxativa sem justificações. Porque deve alguém comprá-lo? "Porque é original; porque é melhor que Saramago; porque compete com Lobo Antunes. Sim, mas porquê?
Os leitores com um mínimo de sentido crítico ficarão na mesma sem critérios de escolha, à parte o gosto pessoal do Professor Universitário.
O apontamento anterior é correcto. Há que fundamentar as afirmações feitas e não falar ex catedra. Também outros neste blogue têm incorrido no mesmo erro.Talvez seja o hábito de recorrer permanentemente a argumentos de autoridade e, de preferência, da própria autoridade.
Só que esta técnica rapidamente se mostra falível.
Quando a Palmira Silva, uma professora universitária de química, compara a ordem dos cubos de gelo e de detergentes com a complexidade especificada do DNA isso só é possível para quem pensou ter atingido um estatuto de impunidade crítica.
O mesmo sucede com Ludwig Krippahl, que veio sustentar neste blogue que a mitose e a meiose são processos naturalistas de criação de DNA, quando na verdade se trata de mecanismos de divisão de célula e de cópia da informação contida no DNA no respectivo núcleo, processos previamente codificados pelo DNA.
Também no caso o Ludwig Krippahl só um sentimento de imunidade ou impunidade crítica (mujito feio vindo de um professor de pensamento crítico)é que pode justificar que alguém faça uma afirmação como estas e pense que escapa.
No entanto, em nenhum destes casos o Carlos Fiolhais veio com o seu habitual e histérico grito GRANDES ERROS!
É por isso que os criacionistas vieram para este site para ficar.
É que é preciso dizer basta a esta fantochada evolucionista, naturalista e ateísta.
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